31 outubro 2010
A Freira que viu sangue
Quando eu era uma criança, minha avó paterna me contou um fato interessante. Depois com o passar dos anos, já tendo me formado na Faculdade de Direito, ao conversar com um amigo num café do centro de São Paulo, ele me contou a mesma história. De fato, antes essa história circulava muito, mas hoje caiu no “esquecimento”... Passo a narrar o que ela me contou:
Um taxista, numa manhã de sol, se despediu da família e entrou no seu automóvel para ir trabalhar. No seu automóvel havia uma imagem pequena de Nossa Senhora fixado no painel, e como era seu costume, antes de sair rezou três “Ave-Marias” para que a Mãe do Céu o protegesse e à sua família, pedindo também que Nossa Senhora lhe mandasse passageiros suficientes para que ele pudesse trazer o sustento para sua casa. Depois disso, ligou seu automóvel e calmamente saiu pelas ruas de São Paulo.
Depois de algum tempo ele observou uma freira que vestia um hábito muito bonito na beira da calçada. Pensou: “Acho que ela precisa de um táxi.” Parou perto dela e saindo do automóvel abriu a porta traseira para que ela adentrasse. E foi o que ela fez.
Sorrindo por ser o seu primeiro cliente, perguntou:
- “Bom dia irmã, para onde a senhora quer que eu a leve?”
Ela, que era uma freira já de idade avançada, mas com rosto angelical, lhe respondeu:
- “Ao mosteiro da Luz, na Avenida Tiradentes.”
Então o taxista, zelosamente em sua profissão, tomou o rumo indicado.Porém ao passar pelo Viaduto do Chá, a freira pediu para o taxista parar o carro. Ele estacionou e ela saiu do automóvel e se apoiando no muro lateral do viaduto, ficou observando detidamente o movimento dos carros que passavam por debaixo do viaduto. Como ela demorava muito para voltar ao carro, o taxista resolveu ir falar com ela muito respeitosamente.
- “A senhora precisa de alguma coisa? Está esperando alguém? Olhando o movimento?”
Foi então que a freira olhou para o taxista e disse:
- “Estou vendo rios de sangue que inundarão as ruas do Brasil.”
O taxista empalideceu, olhou para a rua que estava embaixo do viaduto, e voltando os olhos novamente para a freira disse:
- “A senhora não quer que eu lhe ajude a voltar para o carro?”
A freira com olhar de doçura e muita bondade, deu meia volta e entrou no carro para prosseguir no seu trajeto. Chegando ao belíssimo Mosteiro da Luz, a freira saiu do automóvel e entrou no Mosteiro. O taxista esperou por mais de meia hora, mas a freira não voltava para pagar-lhe a corrida. Cansado de tanto esperar ele resolveu bater na porta do Mosteiro. Logo veio uma freira de meia idade abrir a porta.
- “Pois não, o que o senhor deseja?”
E o taxista explicou que havia trazido a freira e que precisava receber seu dinheiro para prosseguir no seu trabalho. A freira que lhe atendeu, disse-lhe:
- “Isto é impossível, pois ninguém saiu daqui e ninguém chegou também desde ontem à tarde. Nossas irmãs estão todas recolhidas numa cerimônia.”
Ante a insistência do taxista, a freira convidou-o a entrar e então apontar qual é a freira que ele trouxe de táxi.As freiras estavam todas numa sala, numa cerimônia de réquiem, rezando.Olhando para todas elas ele não identificava nenhuma, mas de repente o taxista tomou um susto muito grande e empalideceu. Era justamente a irmã falecida que estava na urna funerária que havia pegado o táxi. Ao relatar isso, a freira se admirou muito, pois a irmã haviafalecido no dia anterior e estava sendo velada.
- “O senhor tem certeza de que era mesmo esta freira?” – indagou a irmã.
- “Sim, absoluta certeza” – respondeu o taxista relatando tudo o que tinha havido, inclusive a visão das ruas cheias de sangue. As freiras então choraram e se afervoraram em suas orações. O taxista saiu muito impressionado, rezando para que Nossa Senhora protegesse o Brasil de todas as coisas ruins que viriam num futuro breve.
Um taxista, numa manhã de sol, se despediu da família e entrou no seu automóvel para ir trabalhar. No seu automóvel havia uma imagem pequena de Nossa Senhora fixado no painel, e como era seu costume, antes de sair rezou três “Ave-Marias” para que a Mãe do Céu o protegesse e à sua família, pedindo também que Nossa Senhora lhe mandasse passageiros suficientes para que ele pudesse trazer o sustento para sua casa. Depois disso, ligou seu automóvel e calmamente saiu pelas ruas de São Paulo.
Depois de algum tempo ele observou uma freira que vestia um hábito muito bonito na beira da calçada. Pensou: “Acho que ela precisa de um táxi.” Parou perto dela e saindo do automóvel abriu a porta traseira para que ela adentrasse. E foi o que ela fez.
Sorrindo por ser o seu primeiro cliente, perguntou:
- “Bom dia irmã, para onde a senhora quer que eu a leve?”
Ela, que era uma freira já de idade avançada, mas com rosto angelical, lhe respondeu:
- “Ao mosteiro da Luz, na Avenida Tiradentes.”
Então o taxista, zelosamente em sua profissão, tomou o rumo indicado.Porém ao passar pelo Viaduto do Chá, a freira pediu para o taxista parar o carro. Ele estacionou e ela saiu do automóvel e se apoiando no muro lateral do viaduto, ficou observando detidamente o movimento dos carros que passavam por debaixo do viaduto. Como ela demorava muito para voltar ao carro, o taxista resolveu ir falar com ela muito respeitosamente.
- “A senhora precisa de alguma coisa? Está esperando alguém? Olhando o movimento?”
Foi então que a freira olhou para o taxista e disse:
- “Estou vendo rios de sangue que inundarão as ruas do Brasil.”
O taxista empalideceu, olhou para a rua que estava embaixo do viaduto, e voltando os olhos novamente para a freira disse:
- “A senhora não quer que eu lhe ajude a voltar para o carro?”
A freira com olhar de doçura e muita bondade, deu meia volta e entrou no carro para prosseguir no seu trajeto. Chegando ao belíssimo Mosteiro da Luz, a freira saiu do automóvel e entrou no Mosteiro. O taxista esperou por mais de meia hora, mas a freira não voltava para pagar-lhe a corrida. Cansado de tanto esperar ele resolveu bater na porta do Mosteiro. Logo veio uma freira de meia idade abrir a porta.
- “Pois não, o que o senhor deseja?”
E o taxista explicou que havia trazido a freira e que precisava receber seu dinheiro para prosseguir no seu trabalho. A freira que lhe atendeu, disse-lhe:
- “Isto é impossível, pois ninguém saiu daqui e ninguém chegou também desde ontem à tarde. Nossas irmãs estão todas recolhidas numa cerimônia.”
Ante a insistência do taxista, a freira convidou-o a entrar e então apontar qual é a freira que ele trouxe de táxi.As freiras estavam todas numa sala, numa cerimônia de réquiem, rezando.Olhando para todas elas ele não identificava nenhuma, mas de repente o taxista tomou um susto muito grande e empalideceu. Era justamente a irmã falecida que estava na urna funerária que havia pegado o táxi. Ao relatar isso, a freira se admirou muito, pois a irmã haviafalecido no dia anterior e estava sendo velada.
- “O senhor tem certeza de que era mesmo esta freira?” – indagou a irmã.
- “Sim, absoluta certeza” – respondeu o taxista relatando tudo o que tinha havido, inclusive a visão das ruas cheias de sangue. As freiras então choraram e se afervoraram em suas orações. O taxista saiu muito impressionado, rezando para que Nossa Senhora protegesse o Brasil de todas as coisas ruins que viriam num futuro breve.
Fonte: Blog Ponto de Táxi - O nosso ponto de encontro.
http://pontodetaxi0001.blogspot.com
30 outubro 2010
Amigas da Dilma e a CNBB
Segue abaixo email que recebi. Não concordo com tudo, mas é muito interessante...
Márcia Vaz | 22 Outubro 2010
Artigos - Eleições 2010
Artigos - Eleições 2010
E quem pensa que as únicas amigas da Dilma são aquelas do aborto, engana-se. Basta ver a despedida escandalosa dela dentro da CNBB dizendo que foi muito bem recebida lá quando em muitos lares, ela nem passa da porta. Afirmando ter grandes amigos lá.
Dilma Rousseff declarou publicamente: "Falando com "ocê"... e "ocê" sabe disso..." Para quem quiser saber quem é o "ocê" é a jornalista Gisele Vitória da Revista "Isto É". Ela aparece fazendo as perguntas que "ocês" podem conferir com mais detalhes no YouTube (Tag: Dilma aborto. Vídeo do dia 06 de outubro de 2010); Dilma: "Todas as minhas amigas que eu vi passar por experiências assim (abortos) entraram chorando e saíram chorando."... "Além de ser uma agressão, dói."
Uma vez que aborto é crime no Brasil, isso não está parecendo nada com "questão de saúde pública", mas de segurança pública. A questão pode até tomar rumo de caráter mais investigativo já que foram feitas declarações públicas afirmando que suas amigas (não especificadas) fizeram aborto num espaço físico (não especificado), com a ajuda de quem (também não especificado) e a Senhora Dilma Rousseff viu as amigas entrando e saindo para abortar (cúmplice?). Essas amigas choravam porque foram agredidas? Ou porque doeu? Quem agrediu quem? E os bebês? Quantos foram? Choraram? (Porque muitos são arrancados vivos! Como a sobrevivente de aborto com sal - Gianna Jessen.) Doeu neles? Ou só doeu nas amigas da candidata? E já sabendo que a história se repetia, ou seja, todas as vezes, todas choravam, sentiam dor e saiam baqueadas...Dilma não tentava impedi-las? Com uma amiga assim, ninguém precisaria ter inimigos.
Para piorar o que não poderia ser pior, Dilma Rousseff estava se condoendo das coitadinhas das mães que abortam usando... (é até difícil de escrever)... agulhas de tricô. Afinal o SUS poderá vir a matar os bebês com instrumentos melhores para a segurança das mães e piores para desgraça dos bebês. E Dilma acha que agulha de tricô para abortar está entre "métodos absolutamente medievais". Mas a Idade Média não foi justamente aquela que inovou começando a proteger os oprimidos doentes? Porque antes da Idade Média os doentes eram considerados fracos e, não poucas vezes, os fracos eram jogados fora pelos próprios pais, até para os lobos ou montanha abaixo? Idade Média, a que valorizou os doentes (antes desprezados) nos primeiros grandes hospitais gratuitos junto às catedrais? Acho que a História está se repetindo: Dilma, o PT, o aborto dos fracos... E, na contramão, os Bispos, as catedrais, a Igreja defendendo os fracos, os bebês...
Ora, aborto com ou sem agulha de tricô deve ser coisa do tempo dos bárbaros, provavelmente dos hunos. Dentre os bárbaros, os hunos foram aqueles que se destacaram pela sua alta crueldade, falta de cultura, não civilizados e violentos. Aliás, é só verificar quando foi o primeiro assassinato na história da humanidade. Com certeza é coisa do tempo de Caim quando matou Abel. O crime é bem mais antigo que a Idade Média.
Conta-se que um estrangeiro que nunca tinha visto uma banana chega ao Brasil e no restaurante do hotel ele fica curioso para "entender" aquela fruta. Afinal, nunca tinha se deparado com uma. Pensou... Pensou... E com seus parcos conhecimentos terminou descascando a banana, comendo a casca e jogando fora o "caroço" enooorme. Se dessem a banana a um macaco ele saberia perfeitamente o que fazer com ela. Da mesma forma acontece quando você resolve dar uma agulha de tricô compriiida na mão de alguém que não consegue desenvolver habilidades que exigem movimentos delicados como é o caso dos que sabem fazer tricô, bordar ponto cruz, fazer crochê... Nunca viu! Não sabe nem para o que serve! Dá no que dá: mau uso da agulha.
Mas com todas estas afirmações Dilma Rousseff não foi parar na delegacia. Sabe quem quase foi parar na delegacia em cena que parecia mais do filme "A Vida é Bela"? O senhor Paulo Ogawa, dono da gráfica que imprimia os panfletos do arqui-inimigo do PT, Dom Luiz Bergonzini, da Arquidiocese de Guarulhos. Enquanto daarquibancada a CNBB assistia o aborto de um dos arqui-planos de um Bispo Católico Apostólico Romano. Afinal a CNBB pode ficar tranquila porque se o PT ou a polícia der uma batida lá não vai achar a carta em defesa da vida nem no seu site.
Tiraram a carta rapidinho. Antes que Rousseff e seu Partido chegassem para a visita. E quando chegaram... a conversa mudou: água potável, casa própria, e lá pelas tantas uma leve perguntinha sobre o aborto. E de troco a discreta, disfarçada e evasiva respostinha de sempre: "Eu, particularmente, sou contra o aborto, mas..." . Por que será que não soa verdadeiro? (Porque não é!)
O Brasil inteiro, católicos, cristãos e não cristãos se posicionando principalmente, mas não somente, contra ou a favor do aborto e a CNBB prioriza perguntas à Dilma sobre temas do fim da pauta como água potável, moradia... É brincadeira!? Antes de tomar água potável ou não, morar numa casa própria ou não, é preciso ter a oportunidade de nascer; questão de prioridade, ou não?Porque senão, do jeito que o desprezo à Vida Humana vai, toda água do planeta ficará só para os peixinhos. "Ai se eu fosse um peixinho e soubesse nadar..."
E quem pensa que as únicas amigas da Dilma são aquelas do aborto, engana-se. Basta ver a despedida escandalosa dela dentro da CNBB dizendo que foi muito bem recebida lá quando em muitos lares, ela nem passa da porta. Afirmando ter grandes amigos lá. E que deve muitos favores à CNBB. Tudo registrado no YouTube. Quem seriam os grandes amigos? Quais os favores? Não dá para dizer todos os nomes ou desenhar o rosto?
Só quem perdeu o crédito foi a CNBB, porque a carta de Dom Bergonzini está ficando mais famosa que a de Pero Vaz de Caminha. Tem gente na internet trabalhando duro para que a carta se transforme na maior corrente que a Dilma, o PT e a CNBB já viram. A cópia da carta-mãe está à disposição na internet para quem quiser reproduzir. Fora as gráficas que com o download da carta querem imprimir de graça os panfletos proibidos.Estes não são os amigos da "Amiga do Rei", mas os verdadeiros amigos do quase procurado e algemado Dom Bergonzini.
Esta carta histórica já foi parar nos arquivos do Vaticano e com certeza terá lugar de destaque para que, amanhã, ninguém distorça os fatos ensinando aos alunos que a Igreja Católica se calou na questão dos bebezinhos do Brasil. Embora muitos tenham se calado, tenham mandado calar, e até ameaçado quebrar acordos feitos com a Igreja.
Impossível no atual momento querer que o povo separe religião de política, que não tome partido, ou não se torne pelo menos um fervoroso anti-Partido do PT. Principalmente, porque quando partidos vermelhos sobem ao poder é de praxe a perseguição a todos aqueles que acreditam em Deus, o que resulta em perseguir mais de 90% dos brasileiros. É muita ousadia e atrevimento!
Mas estas eleições estão prestando um ótimo serviço à população. Separando o joio do trigo. No PT, quem não concorda com todas as suas propostas de quem concorda com "todas", inclusive o aborto. Dilma e Lula estão dentro! Na CNBB, os que estão a favor da retirada da carta de Dom Bergonzini que pede claramente para não votarem nos contra a vida, contra a família, contra a liberdade de imprensa, contra o direito à propriedade privada e os que tem medo de falar que discordam. Entre os batistas, o corajoso Pastor Piragine está separado dos que discordam do seu fantástico pronunciamento no vídeo que também foi censurado. Nas gráficas, as que imprimem e as que não imprimem panfletos que o partido de Rousseff pode descobrir. Na mídia, jornalistas que se calam dos que levam notícias mesmo que elas não sejam as abençoadas pela CNBB, pelo PT, ou permitidas pelo PNDH3 - que nem está vigorando e já tem uma turma tremendo de medo. Quem quiser que fale agora ou calam-te para sempre.
Enfim, no 2º turno só restou o "ou pela Dilma ou contra a Dilma" e "ou pela Igreja Católica Apostólica Romana ou pelos amigos da Dilma na CNBB". O caso de Dilma e seus suspeitos amigos cai como uma luva no ditado: "Diga-me com quem andas e te direi quem és". Com alteração de palavras, não de conteúdo, uns conhecem assim: Diga-me com quem andas e te direi se vou contigo. Já em época de eleição pode ser dito: Fale quem são seus grandes amigos da CNBB, diga à polícia o nome de todas aquelas suas amigas e ainda assim não irei contigo nem votarei em você, Dilma!
Márcia Vaz é escritora e palestrante.
Ora, aborto com ou sem agulha de tricô deve ser coisa do tempo dos bárbaros, provavelmente dos hunos. Dentre os bárbaros, os hunos foram aqueles que se destacaram pela sua alta crueldade, falta de cultura, não civilizados e violentos. Aliás, é só verificar quando foi o primeiro assassinato na história da humanidade. Com certeza é coisa do tempo de Caim quando matou Abel. O crime é bem mais antigo que a Idade Média.
Conta-se que um estrangeiro que nunca tinha visto uma banana chega ao Brasil e no restaurante do hotel ele fica curioso para "entender" aquela fruta. Afinal, nunca tinha se deparado com uma. Pensou... Pensou... E com seus parcos conhecimentos terminou descascando a banana, comendo a casca e jogando fora o "caroço" enooorme. Se dessem a banana a um macaco ele saberia perfeitamente o que fazer com ela. Da mesma forma acontece quando você resolve dar uma agulha de tricô compriiida na mão de alguém que não consegue desenvolver habilidades que exigem movimentos delicados como é o caso dos que sabem fazer tricô, bordar ponto cruz, fazer crochê... Nunca viu! Não sabe nem para o que serve! Dá no que dá: mau uso da agulha.
Mas com todas estas afirmações Dilma Rousseff não foi parar na delegacia. Sabe quem quase foi parar na delegacia em cena que parecia mais do filme "A Vida é Bela"? O senhor Paulo Ogawa, dono da gráfica que imprimia os panfletos do arqui-inimigo do PT, Dom Luiz Bergonzini, da Arquidiocese de Guarulhos. Enquanto daarquibancada a CNBB assistia o aborto de um dos arqui-planos de um Bispo Católico Apostólico Romano. Afinal a CNBB pode ficar tranquila porque se o PT ou a polícia der uma batida lá não vai achar a carta em defesa da vida nem no seu site.
Tiraram a carta rapidinho. Antes que Rousseff e seu Partido chegassem para a visita. E quando chegaram... a conversa mudou: água potável, casa própria, e lá pelas tantas uma leve perguntinha sobre o aborto. E de troco a discreta, disfarçada e evasiva respostinha de sempre: "Eu, particularmente, sou contra o aborto, mas..." . Por que será que não soa verdadeiro? (Porque não é!)
O Brasil inteiro, católicos, cristãos e não cristãos se posicionando principalmente, mas não somente, contra ou a favor do aborto e a CNBB prioriza perguntas à Dilma sobre temas do fim da pauta como água potável, moradia... É brincadeira!? Antes de tomar água potável ou não, morar numa casa própria ou não, é preciso ter a oportunidade de nascer; questão de prioridade, ou não?Porque senão, do jeito que o desprezo à Vida Humana vai, toda água do planeta ficará só para os peixinhos. "Ai se eu fosse um peixinho e soubesse nadar..."
E quem pensa que as únicas amigas da Dilma são aquelas do aborto, engana-se. Basta ver a despedida escandalosa dela dentro da CNBB dizendo que foi muito bem recebida lá quando em muitos lares, ela nem passa da porta. Afirmando ter grandes amigos lá. E que deve muitos favores à CNBB. Tudo registrado no YouTube. Quem seriam os grandes amigos? Quais os favores? Não dá para dizer todos os nomes ou desenhar o rosto?
Só quem perdeu o crédito foi a CNBB, porque a carta de Dom Bergonzini está ficando mais famosa que a de Pero Vaz de Caminha. Tem gente na internet trabalhando duro para que a carta se transforme na maior corrente que a Dilma, o PT e a CNBB já viram. A cópia da carta-mãe está à disposição na internet para quem quiser reproduzir. Fora as gráficas que com o download da carta querem imprimir de graça os panfletos proibidos.Estes não são os amigos da "Amiga do Rei", mas os verdadeiros amigos do quase procurado e algemado Dom Bergonzini.
Esta carta histórica já foi parar nos arquivos do Vaticano e com certeza terá lugar de destaque para que, amanhã, ninguém distorça os fatos ensinando aos alunos que a Igreja Católica se calou na questão dos bebezinhos do Brasil. Embora muitos tenham se calado, tenham mandado calar, e até ameaçado quebrar acordos feitos com a Igreja.
Impossível no atual momento querer que o povo separe religião de política, que não tome partido, ou não se torne pelo menos um fervoroso anti-Partido do PT. Principalmente, porque quando partidos vermelhos sobem ao poder é de praxe a perseguição a todos aqueles que acreditam em Deus, o que resulta em perseguir mais de 90% dos brasileiros. É muita ousadia e atrevimento!
Mas estas eleições estão prestando um ótimo serviço à população. Separando o joio do trigo. No PT, quem não concorda com todas as suas propostas de quem concorda com "todas", inclusive o aborto. Dilma e Lula estão dentro! Na CNBB, os que estão a favor da retirada da carta de Dom Bergonzini que pede claramente para não votarem nos contra a vida, contra a família, contra a liberdade de imprensa, contra o direito à propriedade privada e os que tem medo de falar que discordam. Entre os batistas, o corajoso Pastor Piragine está separado dos que discordam do seu fantástico pronunciamento no vídeo que também foi censurado. Nas gráficas, as que imprimem e as que não imprimem panfletos que o partido de Rousseff pode descobrir. Na mídia, jornalistas que se calam dos que levam notícias mesmo que elas não sejam as abençoadas pela CNBB, pelo PT, ou permitidas pelo PNDH3 - que nem está vigorando e já tem uma turma tremendo de medo. Quem quiser que fale agora ou calam-te para sempre.
Enfim, no 2º turno só restou o "ou pela Dilma ou contra a Dilma" e "ou pela Igreja Católica Apostólica Romana ou pelos amigos da Dilma na CNBB". O caso de Dilma e seus suspeitos amigos cai como uma luva no ditado: "Diga-me com quem andas e te direi quem és". Com alteração de palavras, não de conteúdo, uns conhecem assim: Diga-me com quem andas e te direi se vou contigo. Já em época de eleição pode ser dito: Fale quem são seus grandes amigos da CNBB, diga à polícia o nome de todas aquelas suas amigas e ainda assim não irei contigo nem votarei em você, Dilma!
Márcia Vaz é escritora e palestrante.
Bispos não podem dormir sem antes alertar contra o aborto, diz chefe do Supremo Tribunal do Vaticano
(Roma, 20 de Outubro de 2010)
Em Roma, o arcebispo Raymond L. Burke, presidente do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica (tribunal supremo da Santa Sé), e recentemente apontado para receber a púrpura cardinalícia por S. S. Bento XVI, concedeu entrevista a Thomas McKenna, fundador e presidente da associação Ação Católica pela Fé e Família, dos EUA. http://www.catholicaction.org/
O entrevistador interrogou ao arcebispo sobre as razões que o levaram a escrever uma carta pastoral ‒ quando dirigia a arquidiocese de St Louis ‒ sobre a maneira com que os católicos devem votar.
Há grave obrigação moral de votar, e pelos candidatos melhores
O prelado explicou que muitos católicos, embora professando bons princípios, na hora dar o voto acham que podem colocar as verdades da fé “entre parênteses e votar de acordo com outros critérios”.
‒ “Eu queria me certificar ‒ explicou o prelado ‒ que os fiéis se dessem conta de que têm uma obrigação moral muito grave de votar nos candidatos que defendam a verdade da lei moral, o que, naturalmente, também redunda no maior bem da sociedade”, explicou.
“Não podemos alegar, por exemplo, a respeito da existência em nossa sociedade da prática generalizada do aborto ou de uma permissão cada vez maior para os assim chamados casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que ‘Nada temos a ver com isso.’ Temos sim, pois elegemos para cargos públicos pessoas que permitem essas coisas em nossa sociedade.”
“É minha real obrigação enquanto bispo de exortar os fiéis a cumprirem seu dever cívico de acordo com sua fé católica”.
Pode-se votar em alguém que defende o aborto como ‘direito’?. A resposta foi clara:
‒ “Não se pode jamais votar em alguém que favoreça absolutamente o ‘direito’ de uma mulher de destruir uma vida humana em seu seio ou de procurar um aborto.”
Porém, esclareceu com muito equilíbrio um ponto delicado:
‒ “Em algumas circunstâncias em que não exista nenhum candidato que se proponha a eliminar todo e qualquer aborto, pode-se escolher o candidato que mais limite esse grave mal em nosso país; mas jamais seria justificável votar num candidato que não só não quer limitar o aborto mas entende que ele deva estar ao alcance de todos.
Bispos brasileiros não podem dormir sem antes denunciar o aborto
O entrevistador, Thomas McKenna, lembrou que esse é um problema também do Brasil e perguntou-lhe que mensagem enviaria aos bispos brasileiros engajados na luta contra o aborto.
O chefe do Supremo Tribunal de Justiça vaticano disse:
‒ “Eu os elogiaria por exercerem seu ministério como mestres da fé a respeito de um assunto fundamental. Como poderia um bispo dormir a noite se não ensinasse nem alertasse seus fiéis contra um mal tão grave quanto o aborto, que ameaça acometer a sua nação? Então, esses bispos devem ser parabenizados, pois o que estão fazendo é simplesmente exercer sua função de mestres da fé e da moral, num assunto como disse fundamental e essencial: a proteção da vida de inocentes e indefesos seres humanos.”
Thomas lembrou que há católicos que dizem: ‘socialmente, ou por outras razões, quero votar no outro lado a despeito do que a Igreja diga’.
Mons. Burke respondeu:
‒ “Eu simplesmente lhes perguntaria: ‘Vocês seguem a Regra de Ouro que nos foi ensinada pelo próprio Nosso Senhor nos Evangelhos? Em outras palavras, ‘façam aos outros aquilo que gostariam que lhes fizessem?’
“Vocês acham realmente justo negar o direito à vida de outros membros da sociedade, especialmente os que dependem totalmente de nós para viver, a fim de obter alguma vantagem, ainda que legítima, seja ela ambiental ou outra? (…) ou seja, fazer o mesmo que quereríamos que nos fizessem quando nos encontrávamos, pequeninos, no ventre de nossa mãe, em fase embrionária de desenvolvimento ou a caminho do nascimento; como gostaríamos então que os eleitores votassem para proteger e salvaguardar nossas vidas”.
“Casamento” homossexual e a sã e legítima discriminação
Diz-se também que o “casamento” homossexual é uma questão de não-discriminação, e isso impressionou a alguns católicos tíbios, observou McKenna. Qual seria a resposta da Igreja a isso?
D. Burke respondeu:
‒ “Há discriminação injusta, por exemplo, quando se diz que um ser humano, por causa da cor de sua pele, não é parte da mesma raça humana Mas há uma discriminação que é perfeitamente justa e boa, ou seja, a discriminação entre o que é certo e o que é errado. Entre aquilo que está de acordo com nossa natureza humana e que é contrário à nossa natureza humana.
“Assim, ao ensinar que atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são intrinsecamente maus e contra a natureza, a Igreja Católica está simplesmente anunciando a verdade, ajudando as pessoas a discriminarem o certo do errado em suas próprias atividades. (…)
“Portanto, não é de modo algum discriminação injusta simplesmente dizer ‘não’”.
Gravidade do escândalo dos políticos abortistas
Thomas apontou que personalidades públicas votam a favor do aborto ou são contrárias aos ensinamentos da Igreja, porém continuam a comungar e ir à igreja e a se apresentarem como católicos. E perguntou: “O senhor poderia dizer algo sobre o que é exatamente esse escândalo, qual sua gravidade?”
“É muito grave, ‒ explicou Mons. Burke ‒ isso lhe digo. Porque muitas pessoas, católicos e não-católicos, passaram a crer que o ensino da Igreja Católica sobre a gravidade do aborto não deve ser muito firme ou até mesmo que está prestes a ser alterado de um modo ou doutro. (…)
“O que é, pois, dar escândalo? Dar escândalo é fazer ou deixar de fazer algo que leve outros a ficarem confusos ou caírem em erro sobre o bem moral.
“Aqui está um perfeito exemplo de escândalo: católicos que traem a fé católica na vida política, como legisladores, juízes ou o que for, levando outras pessoas a acreditar que o aborto não deve ser o grande mal que realmente é, ou que de fato o aborto é uma coisa boa em certas circunstâncias.”
A caridade exige denunciar o escândalo
Porém, hoje se tende a menosprezar a pessoa que se manifesta escandalizada diante de atentados clamorosos contra os costumes e contra a Fé. O arcebispo abordou esse falso dilema moral:
‒ “Hoje tornou-se mais importante do que nunca considerar a realidade do escândalo porque há uma tendência a dizer: ‘O problema está em você. Esta é uma boa pessoa, está fazendo aquilo que acha certo’ e assim por diante, sem ligar para o que é verdadeiro e o que não o é. ‘Você é que cria problema para nós quando o critica’.
“Ora, isso não é verdade de modo algum. Quando manifestamos que algo nos causou escândalo, aconselhamos a pessoa que causou o escândalo a corrigir-se e reparar o mal que fez. Não se trata de acusar a outrem falsamente. Não se trata de introduzir discórdia ou desunião na comunidade. Trata-se na realidade de buscar os fundamentos da verdadeira unidade.Em outras palavras, a unidade na promoção do bem comum”.
Políticos e militantes abortistas devem fazer penitência pública
Mas, interrogou ainda McKenna, se um homem público católico dá escândalo, que tipo de reparação deve fazer para compensar o mal causado?
‒ “Em primeiro lugar, explicou D. Burke, deve haver uma genuína reforma do coração. Isso se faz através do sacramento da Penitência, por meio da satisfação ou penitência atribuída no sacramento.
“Mas é preciso reconhecer que, tratando-se de uma figura pública que tenha promovido algo muito mau de maneira pública, ela deve renunciar também publicamente ao erro que cometeu e ao qual estava levando outras pessoas.
“Então, para mim, a única coisa adequada é que essa figura pública diga: ‘Eu estava errado e agora entendo a verdade sobre a vida humana. E lamento profundamente o que fiz.’
“Por exemplo, no campo da medicina, alguém como Bernard Nathanson, que foi grande promotor do aborto provocado e depois se emendou, reconheceu o erro e passou a escrever livros e dar palestras para tentar reparar as muitas e muitas vidas para cujo assassinato serviu de instrumento.
“Você se pergunta: ‘Como pode alguém ser perdoado por cometer aborto?’ Mas Deus nos perdoa. Sua misericórdia é incomensurável, e em seguida nos leva a fazer a reparação que nós humanamente precisamos fazer para reparar o mal praticado e atrair as pessoas para o bem.
Rezemos a Nossa Senhora e obteremos a graça
Como conclusão o futuro Cardeal recomendou:
‒ “Desejo convidar todos a invocar de modo particular a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe. Ela foi-nos dada como Mãe da América. Ela é nossa Mãe. Ela é a Mãe de Jesus Nosso Senhor, mas nossa Mãe de modo muito particular.
“Apareceu em nosso continente em 1531 e mostrou-se protetora de toda vida humana. Rezemos muito especialmente sob sua intercessão, unindo nossos corações ao seu Coração Imaculado, para pedir o fim do aborto e de todos os ataques à família, especialmente o fim da promoção de uniões do mesmo sexo.
“Estejamos confiantes de que Bispos não podem dormir sem antes alertar contra o aborto, diz chefe do Supremo Tribunal do Vaticano Pelos nossos débeis esforços e orações, obteremos para os nossos irmãos e irmãs o dom do amor e da misericórdia de Deus.”
Fonte: Comunidade Shalom
http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/17861-bispos-nao-podem-dormir-sem-antes-alertar-contra-o-aborto-diz-chefe-do-supremo-tribunal-do-vaticano“The day after” – repercussões sobre o discurso do Papa
A repercussão do discurso de ontem de Sua Santidade foi realmente impressionante. Quando o Papa fala, todos escutam e todos comentam – os fiéis católicos, para serem dóceis à voz do seu pastor e, os inimigos da Igreja, para deixarem cair as máscaras e revelarem quem são realmente. Mas a voz de Cristo ressoada na voz de Pedro repercute no mundo inteiro. Provoca o regozijo dos bons, ao mesmo tempo em que faz os maus estrebucharem.
O Wagner Moura registrou algumas das muitas coisas que, ao longo do dia de ontem, foram ditas sobre Sua Santidade. E, como ele mesmo diz, é pouco; muito mais poderia ser citado. Em particular, vale a pena mencionar também a matéria do El País, lamentando que Bento XVI tenha entrado nas eleições brasileiras. Mas o conhecido jornal espanhol não é o único caso em que podemos ver a peçonha escorrendo pelo canto da boca. Aqui no nosso Brasil, o Everth já ontem notava que os petistas reagiram com violência ao discurso do Papa. E, sobre isso, o trabalho feito no Twitter foi tão bem feito, mas tão bem feito, que não deixa possibilidade de dúvidas sobre quem são as pessoas que estão contra Sua Santidade.
Sob a pitoresca hashtag “pérolas da turba”, foram reunidas algumas das manifestações indignadas e violentas dos opositores do Papa. Naveguem por lá, tem bastante coisa. É agressivo e muitas vezes chulo, mas é importante que seja conhecido – para que saibamos com que tipo de gente estamos lidando. Colho alguns exemplares ao acaso, apenas para fins de exemplificação (e registro, porque parece que, infelizmente, o Twitter só mantém as últimas 24 horas):
- Até qndo religião vai ser motivo cego pra votarem. Votem por ideais! Igreja na política ñ dá! Bento XVI idade média acabou
- Bento XVI se intrometendo na nossa Política, não têm mais o quê fazer não? Assume que Gay logo, enrustido!
- Pq algumas pessoas acham q o papa deveria ter relevância na eleição? Cadê o estado laico?
- Bento XVI,ex-membro da juventude hitlerista e hoje Papa no TT.Tudo por uma tentativa de ingerência na eleição do Brasil
- Pq o Bento XVI não investiga os casos de pedofilia dentro da igreja? Vem querer discutir politica no Brasil.. ah vá…
- Nós mulheres devemos ser escravas de posicionamento religioso dentro do Estado LAICO?![CENSURADO], Bento XVI
Estas são as pessoas que estão contra o Papa Bento XVI e a favor da candidata petista! E olhe que o Papa não citou nomes de candidatos, não citou partidos políticos, não citou nem mesmo as eleições de domingo próximo. A carapuça, no entanto, foi rapidamente vestida pelos militantes do PT. Eles confessam, assim, a própria política de desrespeito à dignidade humana (da qual o aborto é notável expoente) condenada pelo Papa. A sua agressividade histérica revela quem eles são.
Mas, enquanto os cães ladram, a caravana passa: Bento XVI ganhou hoje manchete (pelo menos) nas versões impressas d’O Globo, da Folha de São Paulo e da Gazeta do Povo (de novo; aliás, sobre a excelente cobertura que o jornal está fazendo do caso – foi quem deu o furo, antecipando na sua manchete de ontem a notícia que, hoje, está nas capas de todos os jornais… -, não deixem de ler este artigo). Pedro fala, e o mundo escuta! O Coturno Noturno fala que os institutos serão salvos pelo Papa… Não deixem de navegar também pelos outros textos do blog do coronel. E intensifiquemos as nossas oraçõespela salvação do Brasil; alguém tem ainda alguma mínima dúvida de que as nossas preces estão sendo ouvidas?
Ontem foi um grande dia. Um dia sem dúvidas histórico. Demos graças a Deus. E obrigado, Santo Padre!
Posso votar no PT? - Para conhecimento...
Posso votar no PT?
(uma questão moral)
Autor: Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Publicação original: Julho de 2010
Extraído de http://www.providaanapolis.org.br/possovot.htm
Publicação original: Julho de 2010
Extraído de http://www.providaanapolis.org.br/possovot.htm
A Igreja, justamente por ser católica, isto é, universal, não pode estar confinada a um partido político. Ela “não se confunde de modo algum com a comunidade política” [1] e admite que os cidadãos tenham “opiniões legítimas, mas discordantes entre si, sobre a organização da realidade temporal” [2].
2. Então os fiéis católicos podem-se filiar a qualquer partido?
Não. Há partidos que abusam da pluralidade de opinião para defender atentados contra a lei moral, como o aborto e o casamento de pessoas do mesmo sexo. “Faz parte da missão da Igreja emitir juízo moral também sobre as realidades que dizem respeito à ordem política, quando o exijam os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas” [3].
3. O Partido dos Trabalhadores (PT) defende algum atentado contra a lei moral?
Sim. No 3º Congresso do PT, ocorrido entre agosto e setembro de 2007, foi aprovada a resolução “Por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais”, que inclui a “defesa da autodeterminação das mulheres, dadescriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público” [4].
4. Todo político filiado ao PT é obrigado a acatar essa resolução?
Sim. Para ser candidato pelo PT é obrigatória a assinatura do Compromisso do Candidato Petista, que“indicará que o candidato está previamente de acordo com as normas e resoluções do Partido, em relação tanto à campanha como ao exercício do mandato” (Estatuto do PT, art. 128, §1º [5]).
5. Que ocorre se o político contrariar uma resolução do Partido como essa, que apoia o aborto?
Em tal caso, ele “será passível de punição, que poderá ir da simples advertência até o desligamento do Partido com renúncia obrigatória ao mandato” (Estatuto do PT, art. 128, §2º). Em 17 de setembro de 2009, dois deputados foram punidos pelo Diretório Nacional. O motivo alegado é que eles “infringiram a ética-partidária ao ‘militarem’ contra resolução do 3º Congresso Nacional do PT a respeito da descriminalização do aborto” [6].
6. O PT agiu mal ao punir esses dois deputados?
Agiu mal, mas agiu coerentemente. Sendo um partido abortista, o PT é coerente ao não tolerar defensores da vida em seu meio. A mesma coerência devem ter os cristãos não votando no PT.
7. Mas eu conheço abortistas que pertencem a outros partidos, como o PSDB, o PMDB, o DEM...
Os políticos que pertencem a esses partidos podem ser abortistas por opção própria, mas não por obrigação partidária. Ao contrário, todo político filiado ao PT está comprometido com o aborto.
8. Talvez haja algum político que se tenha filiado ao PT sem prestar atenção ao compromisso pró-aborto que estava assinando...
Nesse caso, é dever do político pró-vida desfiliar-se do PT, após ter verificado o engano cometido.
9. Houve políticos que deixaram o PT e se filiaram ao Partido Verde (PV). Os cristãos podem votar neles?
Infelizmente não. Ao deixarem o PT e se filiarem ao PV, eles trocaram o seis pela meia dúzia. O PV é outro partido que exige de seus filiados a adesão à causa abortista. Seu estatuto diz: “São deveres dos filiados ao PV: obedecer ao Programa e ao Estatuto” (art. 12, a ) [7]. E o Programa do PV, ao qual todo filiado deve obedecer, defende a “legalização da interrupção voluntária da gravidez” [8].
10. Que falta comete um cristão que vota em um candidato de um partido abortista, como o PT?
Se o cristão vota no PT consciente de tudo quanto foi dito acima, comete pecado grave, porque coopera conscientemente com um pecado grave. O Catecismo da Igreja Católica (n. 1868) ensina sobre a cooperação com o pecado de outra pessoa: “O pecado é um ato pessoal. Além disso, temos responsabilidade nos pecados cometidos por outros, quando neles cooperamos: participando neles direta e voluntariamente; mandando, aconselhando, louvando ou aprovando esses pecados; não os revelando ou não os impedindo, quando a isso somos obrigados; protegendo os que fazem o mal.” Ora, quem vota no PT, de fato aprova, ou seja, contribui com seu voto para que possa ser praticado o que constitui um pecado grave.
PT: Partido ou Religião?
Quando um cidadão encontra o Partido dos Trabalhadores, encontra um tesouro. Vale a pena vender tudo para comprar o campo onde o tesouro está enterrado. O PT não é o melhor dos partidos políticos. É o único partido verdadeiro. Os outros são simulacros de partido.A alegria de ter encontrado a verdade, faz com que o cidadão, para filiar-se ao PT, renuncie a tudo. Uma vez filiado, ele não terá mais direito de escolher seus candidatos. Seu dever será “votar nos candidatos indicados” pelo Partido. (Estatuto do Partido dos Trabalhadores, aprovado em 05/10/2007, art. 14, inciso VI). Se for candidato a um mandato parlamentar, deverá reconhecer expressamente que o mandato não é seu, mas que “pertence ao partido” (art. 69, inciso I). A obediência ao Partido é sagrada. Está acima de tudo: de suas opiniões pessoais, de suas convicções, das reivindicações dos eleitores. Só em casos extremamente excepcionais, o parlamentar poderá ser dispensado de cumprir as ordens do alto, para seguir sua consciência ou o clamor dos que nele votaram (art. 67 § 2º).
Com alegria o filiado pagará anualmente uma contribuição proporcional ao seu rendimento (art. 170). Se ocupar um cargo executivo ou legislativo, a contribuição não será anual, mas mensal, obedecendo a uma tabela progressiva (art. 171 e 173). Mas a alegria de ser filho do verdadeiro Partido faz com que todas essas imposições pareçam leves.
Dentro do Partido, zela-se não só pela unidade (“que todos sejam um”), mas pela uniformidade. Frações, públicas ou internas ao Partido, são expressamente proibidas (art. 233 §4º). No entanto, os filiados podem organizar-se em “tendências” (art. 233). Estas, porém, estão submissas às decisões partidárias e ao encaminhamento prático do Partido (art. 238). Nenhum filiado poderia, por exemplo, organizar uma tendência para combater o “casamento” de homossexuais ou a legalização do aborto, que são bandeiras do Partido. As tendências não podem ter sedes próprias (art. 235 “caput”), não podem reunir-se com não-filiados (art. 235 §3º) e não podem difundir suas posições fora do Partido (art. 236 §1º). Mesmo que uma tendência deseje publicar documentos seus contendo posições oficiais do Partido, está proibida de fazê-lo (art. 236 §2º). O petista submete-se a todo este mecanismo de controle, ciente de que o Partido sabe o que faz.
Se sou vereador e o Partido me proíbe de propor um projeto de lei pró-vida, não tenho motivo para reclamar. O Partido deve ter suas razões. Se sou senador e cabe a mim a tarefa de emitir um relatório sobre um projeto de aborto, eu, por fidelidade ao PT, não posso manifestar-me contra a proposta. Devo agradecer ao Partido por ele, benignamente, permitir que eu passe o encargo de relator a um colega abortista. Se sou deputado federal e o Partido manda que eu me ausente de uma sessão deliberativa, onde meu voto, contrário ao aborto, atrapalhará a aprovação de um projeto, a resignação será minha melhor atitude.
Tudo isso e muito mais vale a pena. Pois todos os outros partidos são comprometidos com as oligarquias, com o neoliberalismo, com a classe dos opressores, e não dão importância aos pobres, aos excluídos, aos marginalizados, aos explorados, aos sem voz e sem vez. Pertencer ao PT é uma glória tão grande que justifica qualquer custo.
Se sou petista, pouco me importa que Lula e Fidel Castro tenham fundado em 1990 o Foro de São Paulo para fortalecer a ditadura cubana, após a queda da União Soviética.
Se sou petista, não quero saber por que durante anos nenhum parlamentar petista, desde a mais humilde Câmara Municipal até o Senado Federal, ousou propor um projeto de lei antiabortista. Nem me interessa questionar a punição de dois deputados que ousaram apresentar propostas legislativas pró-vida.
Se sou petista, pouco me importa que Dilma Rousseff defenda a legalização do aborto como “questão de saúde pública” [9]. Muito menos que Dilma e Lula tenham assinado em dezembro de 2009, o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, que defende a descriminalização do aborto, o reconhecimento da prostituição como uma profissão, a união civil de pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por duplas homossexuais [10].
Aliás, o bom petista jamais chegaria até esta linha do artigo. Muito antes já teria parado a leitura por considerá-la perigosa à fé que ele tem no Partido.
Agora, uma pergunta final, com vistas às eleições de outubro: pode um cristão votar no PT? Só há um jeito: trocar sua Certidão de Batismo pela Certidão de Petismo. Duas religiões antagônicas não podem coexistir num mesmo fiel.
Um cristão não pode apoiar com seu voto um candidato comprometido com o aborto:
– ou pela pertença a um partido que obriga o candidato a esse compromisso (é o caso do PT)
– ou por opção pessoal.
– ou pela pertença a um partido que obriga o candidato a esse compromisso (é o caso do PT)
– ou por opção pessoal.
Anápolis, 12 de julho de 2010.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz. ____________
[1] Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral “Gaudium et Spes”, n. 76.
[2] Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral “Gaudium et Spes”, n. 75.
[3] Catecismo da Igreja Católica, n. 2246, citando “Gaudium et Spes, n. 76.
[4] Resoluções do 3º Congresso do PT, p. 80. in:http://old.pt.org.br/portalpt/images/stories/arquivos/livro%20de%20resolucoes%20final.pdf
[5] Estatuto do Partido dos Trabalhadores, Versão II, aprovada pelo Diretório Nacional em 5 out. 2007, in:http://www.pt.org.br/portalpt/dados/bancoimg/c091003181315estatutopt.pdf
[6] DN suspende direitos partidários de Luiz Bassuma e Henrique Afonso. Notícias. 17 set. 2009, in:http://www.pt.org.br/portalpt/documentos/dn-suspende-direitos-partidarios-de-luiz-bassuma-e-henrique-afonso-254.html
[7] http://www.pv.org.br/download/estatuto_web.pdf
[8] Programa: 7 - Reprodução Humana e Cidadania Feminina, in:http://www.pv.org.br/download/programa_web.pdf.
[9] Dilma Rousseff defende legalização do aborto. 28 mar. 2009, Diário do Nordeste, in:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=626312
[10] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7037.htm.
29 outubro 2010
Dilma chama a religião de mais de um bilhão de pessoas de “a crença do papa”. Achei que também fosse a dela…
“Eu acho que é a posição do papa e tem que ser respeitada. Encaro que ele tem o direito de manifestar o que ele pensa. É a crença dele e ele está recomendando uma orientação”.
É a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, referindo-se ao pronunciamento inequívoco do papa Bento 16, que condenou o aborto e recomendou aos bispos brasileiros que orientem seus fiéis a não votar em candidatos que defendam a legalização. Já escrevi a respeito.
“É a crença dele…” Errado! É a crença de mais de um bilhão de católicos no mundo inteiro, para os quais o papa é a máxima autoridade religiosa. O PT pediu — e ministro Henrique Neves, do TSE, autorizou — que impressos dando EXATAMENTE ESSA ORIENTAÇÃO fossem recolhidos. Era uma encomenda da Diocese de Guarulhos.
“Crença dele?” Achei que fosse a dela também. Nos últimos dois meses, eu a vi na Igreja algumas vezes. Na Basílica de Aparecida, ela até chegou a fazer o “Pelo Sinal”. Como Gilberto Carvalho, o réu, não conseguiu dar um curso intensivo, ela errou um tantinho a seqüência “esquerda-direita” na hora de representar o Lenho Sagrado. Acrescentou ainda um toque a mais no nariz etc. Ela queria nos passar a idéia de uma conversão sincera. “Crença dele”???
Instada a comentar a reação do PT à recomendação de igrejas cristãs em favor do voto antiaborto, ela comentou:
“Vamos separar as questões. Eu não acho que o papa tem nada a ver com isso. No Brasil, ocorreu outra coisa: uma campanha que não veio à luz do dia; quem fez a campanha não se identificou, não mostrou sua cara. Foi uma campanha de difamações,calúnias e algumas feitas ao arrepio da lei porque a lei proíbe que isso ocorra. Ele veio a público e falou a posição dele”.
“Vamos separar as questões. Eu não acho que o papa tem nada a ver com isso. No Brasil, ocorreu outra coisa: uma campanha que não veio à luz do dia; quem fez a campanha não se identificou, não mostrou sua cara. Foi uma campanha de difamações,calúnias e algumas feitas ao arrepio da lei porque a lei proíbe que isso ocorra. Ele veio a público e falou a posição dele”.
Epa! Há uma salada russa aí. O impresso que o PT pediu para recolher não poderia estar mais à luz do dia; não poderia ser mais iluminado: trazia a assinatura de três bispos; foi redigido pela Comissão de Defesa da Vida da Regional Sul I, da CNBB.
Quais calúnias? Quais difamações?
Pergunta - Dilma é ou não favorável à descriminação do aborto|?
Resposta - É. Entrevista à Folha em 2007 e à Marie Claire em abril de 2009 provam que sim.
Pergunta - Dilma integra ou não um governo que agiu em favor da descriminação do aborto?
Resposta - Sim!
Pergunta - O Programa Nacional de Direitos Humanos que ganhou forma final na Casa Civil, quando Dilma era ministra, trazia ou não a descriminação do aborto como diretriz?
Resposta - Sim!
Pergunta - Dilma é ou não favorável à descriminação do aborto|?
Resposta - É. Entrevista à Folha em 2007 e à Marie Claire em abril de 2009 provam que sim.
Pergunta - Dilma integra ou não um governo que agiu em favor da descriminação do aborto?
Resposta - Sim!
Pergunta - O Programa Nacional de Direitos Humanos que ganhou forma final na Casa Civil, quando Dilma era ministra, trazia ou não a descriminação do aborto como diretriz?
Resposta - Sim!
E, bem, diante da história reescrita, esporte predileto dos petistas, nada como a verdade ela mesma, que tem de ser relembrada mais uma vez.
Revista Veja
Padre Paulo Ricardo – Em defesa da Vida (Vídeo)
Bento XVI e o Silêncio dos Bispos
Por Padre Paulo Ricardo
Faltando três dias para a votação do segundo turno, o acalorado debate eleitoral ganhou um interlocutor de peso: o Papa Bento XVI.
Num discurso pronunciado, nesta manhã de quinta-feira, para bispos do Nordeste – reconhecida base eleitoral do PT de Dilma Rousseff – Bento XVI condenou com clareza “os projetos políticos” que “contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto”.
Num discurso pronunciado, nesta manhã de quinta-feira, para bispos do Nordeste – reconhecida base eleitoral do PT de Dilma Rousseff – Bento XVI condenou com clareza “os projetos políticos” que “contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto”.
Com o discurso de hoje, Bento XVI rompe, desde o mais alto grau da hierarquia católica, o patrulhamento ideológico que o PT vem impondo a bispos do Brasil através de ameaças, pressões diplomáticas, xingamentos e abusos de poder.
É conhecida a absurda apreensão, a pedido do PT, de milhares de folhetos contendo o “Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras”, em que a Comissão em Defesa da Vida, da Regional Sul I da CNBB, exortava os católicos a não votar em políticos que defendam a descriminalização do aborto. É conhecida a denúncia do bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, de que tem sido vítima de censura e perseguição por parte do PT (cf. Revista Veja). É arquiconhecida a prisão de leigos católicos que realizavam o “ato subversivo” de distribuir nas ruas o documento dos bispos de São Paulo.
É conhecida a absurda apreensão, a pedido do PT, de milhares de folhetos contendo o “Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras”, em que a Comissão em Defesa da Vida, da Regional Sul I da CNBB, exortava os católicos a não votar em políticos que defendam a descriminalização do aborto. É conhecida a denúncia do bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, de que tem sido vítima de censura e perseguição por parte do PT (cf. Revista Veja). É arquiconhecida a prisão de leigos católicos que realizavam o “ato subversivo” de distribuir nas ruas o documento dos bispos de São Paulo.
O Papa convida os bispos à coragem de romper este patrulhamento e falar. Ao defender a vida das crianças no ventre das mães, os bispos não devem temer “a oposição e a impopularidade, recusando qualquer acordo e ambigüidade”.
O pronunciamento de Bento XVI ainda exorta os bispos a cumprirem “o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas”. E, numa clara alusão a uma das propostas do PNDH-3 do PT, se opõe à ausência “de símbolos religiosos na vida pública”.
O pronunciamento de Bento XVI ainda exorta os bispos a cumprirem “o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas”. E, numa clara alusão a uma das propostas do PNDH-3 do PT, se opõe à ausência “de símbolos religiosos na vida pública”.
Com seu discurso, o Papa procura evitar que o Brasil continue protagonista de um fenômeno que seria mais típico do feudalismo medieval, do que de uma suposta democracia moderna. De fato, durante a Baixa Idade Média, era comum que os posicionamentos e protestos mais decididos fossem os do Papa, enquanto os do episcopado local, mais exposto às pressões e ao poder imediato dos senhores feudais, eram como os de um cão atado à coleira. Pode até ensaiar uns latidos, mas quem passa por perto sabe que se trata de barulho inofensivo.
Ao apagar das luzes da campanha de segundo turno, o Pontífice parece preparar o terreno para que a Igreja do Brasil compreenda, sejam quais forem os resultados das eleições, que é inútil apelar para um currículo de progressos sociais e de defesas dos oprimidos do Partido dos Trabalhadores, quando seu “projeto político” está tão empenhado em eliminar os seres humanos mais fracos e indefesos no ventre das mães.
Segue abaixo o discurso do Santo Padre
Amados Irmãos no Episcopado,
«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.
Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.
Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).
Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).
Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o “Compêndio da Doutrina Social da Igreja”» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).
Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).
Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.
Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.
Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.
Fonte: Vaticano
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CEFAS, oriundo do nome de São Pedro apóstolo, significa também um Acróstico: Comunhão para Evangelização, Formação e Anúncio do Senhor. É um humilde projeto de evangelização através da internet, buscando levar formação católica doutrinal e espiritual.