31 janeiro 2018

PT E A IGREJA – A "NOVA" ESTRATÉGIA DA ESQUERDA





Com a condenação de Lula, o PT antecipa suas ações a partir das comunidades de base na Igreja Católica na mesma cidade em que nasceu o Petrolão. Conheça os detalhes da nova estratégia e seus agentes.






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30 janeiro 2018

Detestar o que ofende a Deus





"Orar é falar com Deus, é um diálogo com Deus. Esta é uma verdade básica que procuramos não perder de vista nas anteriores reflexões. Mas, para a oração ser um bom diálogo com Deus – como víamos –, tem que ser uma conversa de amor. Na realidade, toda a oração cristã deveria ser sempre uma procura muito sincera do Amor de Deus, um intercâmbio de amor entre Ele e nós.

Para isso, como acabamos de ver, precisamos da sinceridade. E como é possível dizer a Deus sinceramente que o amamos, se não nos importamos com aquilo que, na nossa vida, o ofende, nem que seja de leve? Seria como se, ao mesmo tempo que lhe dizemos “Senhor, eu te amo”, continuássemos friamente a espetar-lhe os pregos e a coroa de espinhos das nossas faltas e pecados.

Quanta razão não tem São Josemaria Escrivá quando diz que, para fazer a oração dos filhos de Deus, «temos que esforçar-nos para que não haja em nós a menor sombra de duplicidade. O primeiro requisito para desterrar este mal, que o Senhor condena duramente (cf. Mt 7,2123), é procurar comportar-nos com a disposição clara, habitual e atual, de aversão ao pecado. Energicamente, com sinceridade, devemos sentir, no coração e na cabeça, horror ao pecado grave. E, numa atitude profundamente arraigada, temos que detestar também o pecado venial deliberado, essas claudicações que, embora não nos privem da graça divina, debilitam os canais por onde ela nos chega» (Amigos de Deus, n. 243).

Inconformismo santo
Todos nós temos um monte de pecados veniais (é só deles que vamos falar nesta meditação), que já aderiram à nossa alma como musgo, como bolor, como plantas parasitas que roubam a “seiva” da alma, enfraquecem-na e, sobretudo, ferem o amor a Deus. Temos..., mas ficamos sem fazer nada ou quase nada para vencê-los.

Pecados veniais? A lista seria interminável. Bastem uns poucos exemplos corriqueiros: irritações e impaciências em casa e no trabalho, que se repetem de modo habitual; palavras e olhares que magoam; muitas concessões à preguiça, que nos levam a fazer mal o trabalho, a adiar os deveres que custam, a dedicar menos tempo que o devido a Deus e aos outros; caprichos da gula que não se justificam; curiosidade mórbida, que nos põe em perigo de pecar contra a castidade; pequenas maledicências, etc.

Tentamos justificar-nos dizendo que “ninguém é perfeito”, o que é uma grande verdade, mas é uma verdade que interpretamos mal, pois confundimos as fraquezas e limitações inevitáveis (que sempre existem, até nos santos), com as faltas que são evitáveis e deveriam ser evitadas, verdadeiros pecados veniais que, se quiséssemos e pedíssemos ajuda a Deus, poderíamos evitar. Temos que ser santamente inconformistas com eles.

Jesus nos lembra repetidas vezes que o primeiro mandamento é amar a Deus com todo o coração, com toda alma, com toda a mente e com todas as forças (Mc 12,30), e por isso, no livro do Apocalipse, revela a São João a “mágoa” que lhe produzem os cristãos que se conformam com um amor medíocre, contaminado pelo pecado venial consentido: Tenho contra ti que arrefeceste o teu primeiro amor... Não achei as tuas obras perfeitas diante de meu Deus (Apoc2,4 e 3,2).

«Os pecados veniais fazem muito mal à alma» (Caminho, n.329). Não nos esqueçamos nunca de que não é compatível falar carinhosamente com Deus, enquanto guardamos dentro da alma hábitos e pecados veniais, que são “parentes” daquelas cusparadas, tapas, chicotadas e espinhos que caíram sobre Cristo na Paixão, quando sofria pelos nossos pecados (cf. 1 Cor 15,3).

Meios a empregar
Então, o que havemos de fazer? Dizer a Deus, “sim, eu te amo”, e, ao mesmo tempo, empregarmos toda a força do nosso amor – robustecido pela graça de Deus – numa luta diária por vencer esses hábitos e pecados.

Meios para isso? Vários deles iremos comentá-los nos próximos capítulos. Mas, para já, podemos enunciar os principais: confissão frequente, com verdadeira dor dos pecados e com o desejo de nos corrigirmos e de reparar; exame de consciência todas as noites; pedir ao confessor conselhos e leituras que nos orientem nas nossas lutas concretas; e sermos mais mortificados (este será o próximo tema destas nossas reflexões).

Talvez você pergunte: – Empregando esses meios, será fácil vencer o pecado venial? Será possível, ainda que não seja fácil, sobretudo se esses pecados são hábitos que já têm raízes fortes. E, apesar de que não consigamos vencer todos os pecados veniais, poderemos ter muitas vitórias, porque Deus está conosco e quer “lutar conosco”, como dizia Pascal.

Pede-nos, porém: a humildade de não desanimar e sempre recomeçar a luta, mesmo que tornemos a cair nas mesmas faltas por fraqueza (o desânimo, aí, seria orgulho, vaidade de querer vernos a nós mesmos perfeitos); reforçar a oração e frequentar mais a comunhão para obtermos mais graça; e, especialmente, levantar-nos logo das quedas, retificando rapidamente e confessando-nos, quando for o caso.

Quero terminar citando mais um trecho do livro Caminho: «Sei que te portaste bem..., apesar de teres caído tão fundo. – Sei que te portaste bem, porque te humilhaste, porque retificaste, porque te encheste de esperança e a esperança te trouxe de novo ao Amor. – Não faças essa cara boba de surpresa; de fato, te portaste bem! Já te levantaste do chão... Agora, ao trabalho!» (n. 264)".

Professor Felipe Aquino na aula 92 do curso Espiritualidade Católica na Escola da Fé Online.


29 janeiro 2018

A sinceridade na oração






"Meditávamos sobre a necessidade de conseguirmos condições favoráveis, externas e internas, para poder fazer uma boa oração: o recolhimento exterior e o recolhimento interior.

Mencionávamos também uma outra condição, sem entrar a fundo nela: para orar, é preciso ter sinceridade, a coragem de enfrentar a verdade no íntimo do coração. Vamos refletir agora sobre isso.

É interessante verificar que o primeiro conselho de Cristo sobre a oração, que se encontra no Evangelho, fala de sinceridade: «Quando orardes – diz Jesus –, não façais como os hipócritas» (Mt 6,5). Que fazem os hipócritas? Vamos recordar o que Jesus nos diz acerca deles, e – ao vermos as máscaras que Cristo lhes arranca da alma – enxergaremos melhor a sinceridade que nos pede.

Primeira máscara: No meio da parábola do semeador, Nosso Senhor faz uma citação do profeta Isaías: O coração deste povo se endureceu: taparam seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração compreenda; para que não se convertam e eu os sare (Mt 13,15).

Como são claras e fortes essas palavras! O segredo está no final da frase: não querem se converter, ou seja, não estão dispostos a aceitar a graça de Deus, que os curaria dos seus erros passados e os levaria a mudar. Isso faz com que seu coração se “endureça”; e essa dureza de coração se manifesta na má vontade, que leva a não querer ouvir nem ver: tapar os ouvidos e fechar os olhos.

Que Deus nos livre dessa dureza de coração! Mas..., será que isso não acontece conosco? Às vezes, custa-nos abrir o coração com plena sinceridade diante de Deus, expor sem medo a nossa vida à luz das exigências do Evangelho, dispor-nos a acolher os conselhos de um bom confessor..., simplesmente porque não queremos mudar.

“Não quero me complicar!”. O coração deixou de ser manso e flexível, e ganhou a dureza da pedra. Agir assim é a mesma coisa que expulsar Deus da alma, e dizer-lhe: “Não me toques, não mexas comigo, não me perturbes, fica longe de mim!” Como é bela a sinceridade de uma alma que, quando vai orar, abre de par em par o coração, disposta a aceitar todas as luzes, inspirações, repreensões e exigências que Deus lhe quiser manifestar. Só ora bem uma alma transparente, uma alma corajosa, que está disposta a mudar.

Segunda máscara: a do fariseu da parábola. Sobe ao templo, e ora no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, porque não sou como os outros homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros (Lc 18, 914).

É a máscara do orgulho, do convencimento, da falsa bondade. Aparentando piedade, o fariseu, na realidade, se defende. Ele, no fundo, diz a Deus: “Veja, Deus, eu sou bom: não tenho pecado. Não falho nas minhas obrigações religiosas, e não me misturo com pecadores como esse publicano aí... Portanto, estamos quites, o Senhor não tem nada que reclamar de mim, pode me deixar em paz”. Você nunca conheceu cristãos assim? Dizem: “Não cometo pecados, não preciso me confessar; eu cumpro as minhas obrigações; rezo; vou à Missa sempre que posso”.

Com essa mentalidade, é impossível falar com Deus e ouvi-lo. «O orgulho cega tremendamente», dizia São Josemaria Escrivá. Cuidado! Porque esse orgulho que nos leva a justificar-nos, vai nos congelando, cristalizando no erro, no mal, na mediocridade. É natural que o Espírito Santo, quando encontra o nosso coração endurecido, nos recorde o que Jesus comentava acerca do fariseu: Não saiu do templo justificado. Por quê? Porque Deus resiste aos soberbos e só dá a sua graça aos humildes (1 Pedr 5,5).

Entende-se assim o que diz o Catecismo da Igreja Católica: «O pedido de perdão é o primeiro movimento da oração...» (n.2631), e que cite como exemplo a oração do publicano, ouvida e aceita por Deus: Tem piedade de mim, pecador (Lc 18,13).

Terceira máscara: Jesus também a arranca da alma de alguns hipócritas, quando afirma: Nem todo aquele que me diz “Senhor, Senhor!”, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus (Mt 7,21).

Glosando estas palavras, São Josemaria falava da «oração dos filhos de Deus», em contraste com o palavreado dos hipócritas: «Que o nosso clamar – Senhor! – se una ao desejo eficaz de converter em realidade essas moções interiores que o Espírito Santo desperta na alma» (Amigos de Deus, n. 243).

A oração do egoísta sentimental, que gosta de rezar, que chora ao cantar na Igreja, que se emociona com um bom sermão..., mas que não procura captar nem realizar a Vontade de Deus, é a oração dos hipócritas, que têm duas vidas separadas: a “vida espiritual” e a vida prática, real.

Quarta máscara: É a que nos mostra, com palavras brevíssimas, esta frase de Cristo: Quando vos puserdes de pé para orar, perdoai, se tiverdes algum ressentimento contra alguém, para que também o vosso Pai que está nos céus vos perdoe os vossos pecados (Mc 11,25).

Se – como acabamos de lembrar – o pedido de perdão é «o primeiro movimento da oração» (Catecismo, n. 2631), com que sinceridade pode falar com Deus aquele que pede perdão, mas não perdoa? Poucas coisas existem que endureçam tanto a alma como o ressentimento. É uma barricada entre o Deus da misericórdia e o pecador, que somos nós. É lógico que, entre interlocutores tão díspares, não possa haver diálogo".


Professor Felipe Aquino na aula 91 do curso de Espiritualidade Católica no Escola da Fé Online



28 janeiro 2018

Como devem ser as condições para se orar bem





"Qualquer forma de oração – meditação, oração mental, oração vocal – precisa de umas condições favoráveis, da mesma maneira que uma planta só cresce numa terra adequada e com um clima propício.

Em primeiro lugar, para orar bem precisamos das condições exteriores imprescindíveis: recolhimento exterior. Ninguém consegue conversar com paz no meio do barulho estridente de uma apresentação de rock, nem no meio dos gritos das torcidas exaltadas num estádio.

É verdade que se pode rezar bem na rua, no carro, no ônibus, num trem atulhado de gente, em meio ao barulho do trânsito, mas, para isso, é preciso possuir as condições de recolhimento interior de que falaremos logo.

Em todo o caso, não há dúvida de que deveríamos esforçar-nos por garantir um mínimo de condições exteriores de recolhimento. Concretamente – volto a insistir –, orar num local e ambiente que nos permita isolar-nos sem ser atrapalhados.

Contudo, bem mais importantes do que as condições exteriores são as condições interiores, necessárias para fazer uma boa oração. Vamos pensar, pois, um pouco no recolhimento interior.

Nunca lhe aconteceu de estar sozinho, à noite, na cama ou em algum lugar isolado e silencioso, e perceber que não consegue se concentrar, porque há uma enorme confusão, uma agitação caótica dentro de você? Cruzam pela cabeça, como foguetes, ou ficam martelando, pensamentos variadíssimos: lembranças do dia que passou, preocupações e medos que ficaram entalados, ansiedade pelo que se esqueceu de fazer ou pelo que terá de fazer amanhã, “filmes” em que você é o protagonista vencedor ou humilhado... E, assim, não consegue se concentrar, nem rezar, nem meditar, nem falar em paz com Deus.

Ou será que tem medo de se enfrentar a sós com a sua alma, porque teme o vazio que nela pode descobrir? Você deve conhecer, como eu, pessoas que são incapazes de ficar dez minutos sós, em silêncio: sentem uma espécie de vertigem, experimentam o mal-estar de quem se acha pendurado sobre o abismo do nada, querem evitar a todo o custo ter que escutar a voz da consciência. Por isso, tratam de se esquivar à sinceridade, à verdade, com diversas “técnicas de fuga”: horas e horas de Internet à toa, de televisão, de som; de baladas, de bebida, ou simplesmente de cochilo e sono... A alma está vazia e precisam tapá-la.

Como vê, acabamos de descrever duas causas de falta de recolhimento interior muito comuns: o descontrole da imaginação, da memória e das emoções; e o medo de ser sincero para se enfrentar consigo mesmo.

Hoje ficaremos apenas com a primeira dessas faltas de recolhimento interior, e tentaremos sugerir alguns meios para consegui-lo. Na próxima ocasião, refletiremos sobre a segunda.

Para conquistar o recolhimento interior e dominar aos poucos o caos da imaginação, da memória e dos sentimentos, há, principalmente, três meios.

Primeiro, um meio muito simples... e nada fácil! A ordem: tanto a ordem material como a ordem nos horários e tarefas. Uma pessoa desorganizada vive com marimbondos na cabeça, que não lhe dão sossego: “Tenho muito que fazer..., mas o que faço primeiro?”, “Esqueci, não anotei, não previ... e vou chegar tarde, vou perder o prazo...”, “Por que não aproveitei a chance que tive de fazer uma ligação ou uma visita, e de resolver ou ao menos encaminhar esse problema que agora me aflige ou me deixa frustrado?”, “Passou-me o aniversário de Fulano!”, “Não previ bem, e agora não dá mais para estudar tudo o que precisaria para as provas”... Muito bem diz o livro Caminho: «Virtude sem ordem? – Estranha virtude» (n.79), e «Quando tiveres ordem, multiplicar-se-á o teu tempo...» (n. 80).

Aconselho que, num dia em que estiver afobado e sentir a agonia de um monte de coisas a fazer que se agitam por dentro, pare, detenha por cinco minutos a correria: sente-se, pegue num papel (melhor numa agenda) e anote os assuntos pendentes, colocando-os em coluna e recolocando-os a seguir pela ordem de precedência que julgar melhor.

Depois disso, verá duas coisas: os “marimbondos” não são tantos como a imaginação insinuava, e o tempo não é tão curto como parecia. Normalmente, dá para fazer tudo ou quase tudo. Como faz falta a agenda, e como é grande a preguiça de usá-la! Se, ainda por cima, percebe que se demora demais em certas tarefas, telefonemas ou “papos furados” e que poderia também ter aproveitado melhor alguns intervalos e tempos “mortos”, descobrirá que, com uma ordem bem planejada, o tempo rende bem mais do que imaginava. Então, com o dia assim preenchido e sem a ansiedade nas tarefas, chegará à noite ou acordará de manhã com mais paz, poderá sentar-se, recolher-se e estar em melhores condições de ler e de orar com serenidade e proveito.

Segundo meio: vencer a curiosidade inútil ou má. Os olhos e os ouvidos são janelas..., e às vezes são bueiros de esgoto. Veja o que deixa entrar na alma por aí. Porque o que entra, fica, e depois pica (como os mosquitos e as cobras). É preciso lutar para evitar a curiosidade infantil ou sórdida, descontrolada, é preciso fazer a mortificação de vencer-se nesse defeito. Quando se vai conseguindo, nota-se que a paz aumenta na alma.

O terceiro meio, que também não é fácil, mas é possível e muito conveniente. Mal perceba que a imaginação e a memória se agitam com imagens e pensamentos inúteis ou nocivos, não se largue ao embalo deles, mas procure reagir. Poderá fazê-lo com um ato de vontade – “tenho que parar de pensar nisso, vou pensar em outra coisa” –, ou, melhor, pedindo ajuda a Deus, a Nossa Senhora, ao seu Anjo da Guarda.

Também, por exemplo à noite, quando não conseguir adormecer, reze seguidamente orações brevíssimas (jaculatórias, como faziam os santos), ou os Pai-nossos e as Ave-marias do terço; ou, se a insônia for mais forte, pegue num bom livro. Alguém recomendava, com humor, um livro pesadão, que possa ter a função de sonífero.

Vemos que o recolhimento, no fundo, consiste na conquista do silêncio exterior e interior".

Professor Felipe Aquino na aula 90 do Curso de Espiritualidade Católica da Escola da Fé Online



Livros da Ecclesiae





Irmãos, sou representante de vendas de livros da Editora Ecclesiae. Estarei vendendo livros no estilo porta a porta para pessoas físicas e para livrarias que se interessarem. Este trabalho vem do desejo de fomentar no povo de Deus a leitura e os conteúdos riquíssimos que essa editora vem editando e que tem edificado muitas vidas. No catálogo dela estão inseridos também importantes obras de várias outras editoras.

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Estarei divulgando diariamente vários livros de sugestão no Twitter, Facebook e Whatsapp. Me acompanhe nestas redes sociais e se quiser ser incluído na lista de transmissão no Whatsapp, me envie uma mensagem solicitando.

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27 janeiro 2018

Jaculatórias: uma excelente forma de orar





“Uma excelente maneira de orar é o uso de jaculatórias. No que concerne à oração, é isto uma indústria pessoal. Consistem as jaculatórias em aspirações ou ato de virtude muito breve, os quais, no decurso do dia, segundo as circunstâncias e sem preparação especial, desprendem-se de nossos corações e se elevam a Deus. Tudo pode dar ocasião a esses impulsos da alma: o sofrimento, os prazeres, uma graça obtida ou tentação que nos assalte; o desejo de renovar nossos bons propósitos ou as lembranças do que consiste o ponto do exame particular; uma igreja no caminho; uma imagem de um santo ou ainda a presença de tal pessoa a quem desejamos qualquer bem ou queremos preservar de algum mal; finalmente, o cuidado de aproveitar os muitos instantes de descanso ao longo do dia. Para uma alma amante da oração, muito importa vigiar com calma e prudência a fim de que esses momentos, até agora, os mais das vezes improdutivos, sejam frutuosamente empregados no louvor de Deus. É isso – seja-nos permitida a comparação – uma espécie de comércio por miúdos; mas um negociante avisado não descura os pequenos proveitos, pois que é isto um meio de se enriquecer.

Quem menospreza as pequeninas coisas não é digno das maiores. As jaculatórias são parcelas diminutas, sim, porém parcelas de ouro.

Essa maneira de orar é quase isenta de distrações, pois antes que estas cheguem já as invocações alaram-se céleres a Deus. A prática inteligente das jaculatórias mantém a alma numa disposição propícia à oração. Aquele que se limita a orar apenas quando for necessário, arrisca fazê-lo mal.

Relativamente à prece, essas aspirações são o mesmo que as miríades de pequenos astros cintilantes, para uma noite límpida e serena: ornato e luz, consolo supremo quando a sombra da hora extrema invadir o céu de nossa existência”.

FONTE: A vida espiritual reduzida a três princípios – R. P. Mauricio Meschler, S.J.


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“Rezar não pode ser nunca uma coisa mecânica. Portanto, as jaculatórias devem expressar aspirações e sentimentos sinceros do coração: adoração, amor, gratidão, arrependimento, petições por necessidades ou pessoas, oferecimentos, aceitações, expressões da nossa alegria ou da nossa dor..., enfim, aquilo que, espontaneamente, diz a Deus um coração que tem fé e amor, quando sabe que o tem junto de si.

Na realidade, quase todos dizemos jaculatórias espontaneamente quase sem reparar. Por exemplo: “Obrigado, meu Deus!” (quando recebemos uma alegria ou escapamos de um perigo); “Meu Deus, me ajude!” (quando nos sentimos incapazes de resolver um problema, ou estamos aflitos ou em situação de risco); “Perdão, Senhor”, ou “Jesus, tem piedade de mim” (quando reconhecemos uma falta e nos arrependemos); “Minha Mãe, não me abandone” (quando estamos precisados do aconchego da Mãe de Deus e nossa); “Minha Nossa Senhora!” (quando levamos um susto); “Meu Anjo da guarda, me acompanhe e me proteja” (quando saímos à rua); “São José, meu Pai e Senhor, interceda por mim” (por diversas necessidades ou desejos), etc.; Outra fonte de jaculatórias, inesgotável, é a Bíblia. Colocar exemplos seria interminável, desde versículos dos Salmos (“Senhor, sois Vós quem eu procuro”, “Tende piedade de mim, segundo a vossa grande misericórdia”, “Meu coração está pronto, ó Deus, meu coração está pronto!”...), até as frases que os personagens do Evangelho diziam: “Senhor, se queres, podes limpar-me”, “Senhor, que eu veja!”, “Senhor, eu creio, mas ajuda a minha incredulidade”, “Pai, pequei contra o Céu e contra Ti”, “Ó Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador!”, “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”, “Meu Senhor e meu Deus!”... E ainda podemos encontrar um tesouro de jaculatórias na tradição da devoção cristã.

Bastaria pensar, por exemplo, nas numerosas jaculatórias que compõem a Ladainha que se costuma rezar depois do Terço. Podemos resumir essas jaculatórias tradicionais em dois grupos: aquelas que nós escolhemos dos textos litúrgicos da Igreja («Senhor, tende piedade de nós», «Nós vos damos graças por vossa imensa glória» ...), e as que aprendemos da piedade dos santos, dos bons autores espirituais antigos ou modernos e das nossas famílias (Deus abençoe as avós!). Por exemplo: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”; “Sagrado Coração de Jesus, em vós confio”; “Sagrado Coração de Jesus, dai-nos a paz”; “Vinde, Espírito Santo!”; “Doce Coração de Jesus, sede o meu amor. Doce Coração de Maria, sede a minha salvação”; “Jesus, José e Maria, dou-vos o coração e a alma minha”; “Senhor, eu me abandono em Vós, confio em Vós, descanso em Vós”; “Senhor, o que Tu quiseres, eu o amo”; “Jesus, dá-me o amor com que queres que eu te ame”; “Meu Deus, eu te amo, mas ensina-me a amar”.
Mais algumas sugestões práticas. É muito útil associar habitualmente alguma jaculatória a um determinado ato ou objeto. Por exemplo, ao começar o trabalho: “Ofereço-te este trabalho, Senhor”; ou, ao sair de casa, “Jesus, Maria e José, guardai os meus filhos”; ou, ao entrar na Igreja e fazer genuflexão diante do sacrário, “Eu te adoro com devoção, Deus escondido”; ou na elevação da hóstia e do cálice na Missa, “Meu Senhor e meu Deus!”.

Muitas pessoas usam uma “senha” espiritual todos os dias. Neste nosso mundo da informática, todo o mundo sabe o que é uma senha: algo breve que dá “entrada” (ao computador, a um arquivo, ao caixa eletrônico, ao uso do cartão de crédito, etc.). Refiro-me a pessoas que escolhem uma jaculatória para cada dia, como “senha”, como o “lema” daquele dia, pensando que, além de rezá-la bastantes vezes, aquela jaculatória as possa ajudar a ter presente uma virtude que precisam praticar melhor: por exemplo, é o que faz a pessoa que está irritada, quando escolhe como senha para andar com paciência a jaculatória “Rainha da paz, rogai por mim”.

Também pensando na “senha”, acho que vale a pena lembrar-lhe que algumas pessoas escolhem a jaculatória diária de acordo com o que, tradicionalmente, eram as devoções próprias de cada dia da semana. Com algumas variações, essas devoções são as seguintes: Segunda-feira, as almas do Purgatório; Terça, os Anjos da Guarda; Quarta, São José; Quinta, a Eucaristia; Sexta, a Paixão e a Cruz; Sábado, Nossa Senhora e Domingo, a Santíssima Trindade.

É uma tradição que a antiga Liturgia das “Missas votivas” apresentava inclusive oficialmente. Finalmente, se você acompanha os “tempos litúrgicos” e as devoções gerais da Igreja (Quaresma, Páscoa, mês de Maria, novena do Espírito Santo, etc.), sugiro-lhe que escolha como “senha”, nesses tempos, jaculatórias relacionadas com eles. Na Quaresma, atos de dor dos pecados e de reparação; na Páscoa, louvores e atos de fé em Jesus ressuscitado; no Mês de Maio e na Novena da Imaculada Conceição, jaculatórias dedicadas a Nossa Senhora, etc. Naturalmente, as “senhas” de que estamos falando, mesmo sendo muito úteis, não precisam ser exclusivas.

Por isso, um último conselho. Ainda que você decida escolher uma jaculatória para cada dia, reze outras que preferir com liberdade de coração. Procure fazer tudo o que vimos neste capítulo com simplicidade. A sugestão que lhe fiz de possíveis jaculatórias é para ajudar, não para complicar. Não se confunda, aja com liberdade.

Se você me disser que prefere rezar só duas ou três jaculatórias durante todos os dias do ano, vou lhe responder que acho ótimo, se é isso o que lhe ajuda a ter presença de Deus.”

Retirado do livro: Para estar com Deus, Padre Francisco Faus, Editora Cléofas. P.8385



26 janeiro 2018

Os sete salmos penitenciais





“Existem na natureza certos fenômenos meteorológicos dos quais bem podemos tirar uma grande lição para a nossa vida espiritual. Com efeito, ao contemplarmos um belo pôr-do-sol, ou a feira de cores de um magnífico arco-íris, ou, quiçá, a alvura espetacular de um campo totalmente nevado, nossas almas louvam o Criador por todos os dons da Criação. Nos unimos, então, à Ele pela consideração maravilhada destes prodígios naturais: ditos espetáculos bem representam a união da alma justa com o Criador.

Porém outros fenômenos, completamente distintos dos que acima foram vistos, bem representam a Justiça Divina, Majestosa e Implacável para com o pecador empedernido. Assim a vemos representada nas ferozes tempestades, nos ensurdecedores – mas quão deslumbrantes – trovões, e ainda, no tremendo e destruidor furacão…

É justamente esta Divina Implacabilidade do Criador que vemos representada em alguns salmos das Sagradas Escrituras! “Se tiverdes em conta nossos pecados, Senhor, quem poderá subsistir diante de vós?” (Sl 129, 3); “Vossa cólera nada poupou em minha carne, por causa de meu pecado nada há de intacto nos meus ossos” (Sl 37, 4); “Em vossa cólera não me repreendais, em vosso furor não me castigueis” (Sl 6, 2): estes e alguns outros salmos nos demonstram a Inexorabilidade de Deus para com aqueles que não se arrependem dos seus delitos… Mas será somente esse aspecto que o leitor encontrará na leitura dos salmos penitenciais, essas verdadeiras e valiosas joias de literatura? Nos salmos penitenciais encontramos rios de sabedoria, louvor e perdão.

O livro dos Salmos, uma obra sapiencial Sabedoria. Os salmos que acabamos de contemplar compõem, junto com muitos outros, o livro dos Salmos. Originariamente intitulava-se como sendo o livro dos Hinos, e com a tradução dos LXX passou a denominar-se tal qual o conhecemos. Junto com os livros de Jó, os Provérbios, o Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, o da Sabedoria e o Eclesiástico, o Livro dos Salmos compõe no Antigo Testamento a classe dos livros cognominados como Sapienciais.

Assim são denominados porque por meio deles podemos tomar os pressupostos necessários para, a partir das criaturas, conhecermos a Deus. Neles encontramos a nota comum de conselhos como que divinos para se ter uma vida justa, e, por meio desta, estar em paz com o Criador. Eles ensinam a viver com sabedoria.

No caso concreto do livro dos Salmos, ele é composto por 150 salmos que foram redigidos nas mais diversas épocas, e por vários autores… Primeiramente eram todos eles atribuídos àquele que é conhecido como o “Cantor dos Salmos de Israel” (2Sm 23, 1): o Profeta David. Posteriormente verificou-se que seria mais correto afirmar que os salmos foram escritos não apenas por um, mas por diversos autores. Assim vemos, então, em alguns a pluma do Grande David, que marcou não só a história do povo hebreu, mas sim a do mundo por ser um dos antepassados de Nosso Senhor; em outros salmos, encontramos a pena de personagens tragados pelo anonimato da História – dos quais nem sequer se conhece a vida – como a Asaf, Heman e os filhos de Coré; e em outros salmos, anônimo é o autor. Mas toda esta questão é secundária, tendo-se em consideração a beleza, o intuito e os vários modos com os quais foram escritos os salmos.

Modos de louvar a Deus Com efeito, nota-se em todos os salmos um tema freqüente: é que foram escritos de forma poética com o intuito de louvar e reverenciar a Deus, mostrando ao homem o modo dEle agir e atuar ao longo de toda a História – seja por meio de prêmios ou castigos , desde o momento da Criação, e até mesmo na vida cotidiana de todos os pobres mortais. Em alguns salmos, encontramos especialmente uma nota de súplica por alguma catástrofe que está para se realizar, e que se roga a Deus para que não se concretize; já em outros, o tônus é de ação de graças por um benefício recebido… Podemos destacar, entre tantos e tantos outros modos com os quais os salmos foram escritos, aqueles salmos que louvam especialmente a majestade de Deus, como o salmo 113 (14): “Louvai, ó servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre. Desde o nascer ao pôr-do-sol, seja louvado o nome do Senhor. O Senhor é excelso sobre todos os povos, sua glória ultrapassa a altura dos céus”; ou, então, aqueles que possuem um caráter litúrgico, que eram utilizados nas festas do antigo Israel e nas peregrinações à Jerusalém: “Que alegria quando me disseram: Vamos à casa do Senhor… Eis que nossos pés já se detêm diante de tuas portas, ó Jerusalém!” (Sl 122, 12).

Há, ainda, alguns salmos que contém – de modo singular – um pedido de perdão… Possuem um caráter de arrependimento, contrição e sacrifício, nos quais apresenta-se nitidamente o rigor da Divina Justiça para com o pecador empedernido em suas faltas – e aos quais bem podemos comparar às terríveis catástrofes da natureza vistas a pouco… São, justamente, os salmos que a piedade católica denominou como Penitenciais.

Clamorosos pedidos de perdão. São denominados Salmos Penitenciais os que a Vulgata enumera como sendo os salmos 6, 31, 37, 50, 101, 129 e 142. Ditos salmos possuem, mais que os demais, sentimentos de penitência, com os quais o Salmista comprova a gravidade do seu pecado e roga a Deus o perdão imerecido… Vemos claramente nestes sete salmos a Majestade Divina que é insultada com a torpeza do pecado. E a isto verificamos o verdadeiro – e quão pungente – exemplo do Salmista, que se arrepende inteiramente da má ação cometida, e implora a Deus indulgência para com os seus delitos. A partir desta atitude de contrição, nasce uma outra súplica: a de que Deus aplaque a Sua Santa ira, e considerando a Infinita Bondade Divina, roga o Salmista que Deus abrande o castigo!

Desde tempos imemoriais adotou a Santa Igreja a estes sete salmos para utilizá-los como uma “fonte penitencial”: por meio deles incutir nos fiéis o verdadeiro espírito do arrependimento dos pecados, e, deste modo, fazer com que todos se penitenciem das suas faltas. O resultado é que ditos salmos figuram em vários momentos na vida da Igreja, seja no Ofício Divino, seja na Sagrada Liturgia, tanto na recitação diária e silenciosa, como no cântico em coro… Orígenes afirmava que o motivo que levou a Igreja a eleger sete salmos penitenciais equivalia a sete modos pelos quais se adquire o perdão dos pecados, que seriam: por meio do batismo, do martírio, pelas esmolas, perdoando os pecados alheios, convertendo o próximo, pela efusão da caridade, e por fim, pela própria penitência.

Por Diácono Felipe Isaac Paschoal Rocha, EP
Fonte: http://www.gaudiumpress.org/content/38244




25 janeiro 2018

Audiolivro "A Vida Intelectual"






Irmãos, achei esta leitura em áudio do maravilhoso livro do Padre Sertilanges "A Vida Intelectual" e não poderia deixar de compartilhar aqui esse ótimo trabalho.

Recomendo muitíssimo:


24 janeiro 2018

"A mais bela profissão do homem é rezar e amar"




São João Maria Vianney (Santo Cura D'Ars):

“Prestai atenção, meus filhinhos: o tesouro do cristão não está na terra, mas nos céus. Por isso, o nosso pensamento deve estar voltado para onde está o nosso tesouro. Esta é a mais bela profissão do homem: rezar e amar. Se rezais e amais, eis aí a felicidade do homem sobre a terra.

A oração nada mais é do que a união com Deus. Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo uma suavidade e doçura que inebria, e uma luz maravilhosa que o envolve. Nesta íntima união, Deus e a alma são como dois pedaços de cera, fundidos num só, de tal modo que ninguém pode mais separar. Como é bela esta união de Deus com sua pequenina criatura! É uma felicidade impossível de se compreender. Nós nos havíamos tornado indignos de rezar. Deus, porém, na sua bondade, permitiu-nos falar com ele. Nossa oração é o incenso que mais lhe agrada.

Meus filhinhos, o vosso coração é por demais pequeno, mas a oração o dilata e torna capaz de amar a Deus. A oração faz saborear antecipadamente a felicidade do céu; é como o mel que se derrama sobre a alma e faz com que tudo nos seja doce. Na oração bem feita, os sofrimentos desaparecem, como a neve que se derrete sob os raios do sol.

Outro benefício que nos é dado pela oração: o tempo passa tão depressa e com tanta satisfação para o homem, que nem se percebe sua duração. Escutai: certa vez, quando eu era pároco em Bresse, tive que percorrer grandes distâncias para substituir quase todos os meus colegas que estavam doentes; nessas intermináveis caminhadas, rezava ao bom Senhor e – podeis crer! – o tempo não me parecia longo.

Há pessoas que mergulham profundamente na oração, como peixes na água, porque estão inteiramente entregues a Deus. Não há divisões em seus corações. Ó como eu amo estas almas generosas! São Francisco de Assis e Santa Clara viam nosso Senhor e conversavam com ele do mesmo modo como nós conversamos uns com os outros.

Nós, ao invés, quantas vezes entramos na Igreja sem saber o que iremos pedir. E, no entanto, sempre que vamos ter com alguém, sabemos perfeitamente o motivo por que vamos. Há até mesmo pessoas que parecem falar com Deus deste modo: “Só tenho duas palavras para vos dizer e logo ficar livre de vós.”. Muitas vezes penso nisto: quando vamos adorar a Deus, podemos alcançar tudo o que desejamos, se o pedirmos com fé viva e coração puro".

Do Catecismo de São João Maria Vianney, presbítero (Séc.XIX)
(Catéchisme sur la prière: A.Monnin, Esprit du Curé d’Ars, Paris1 899, pp.8789)
Retirado da Liturgia das Horas



23 janeiro 2018

A importância da oração





"Para você ser um cristão “de pé”, forte e equilibrado, senhor de você mesmo, e capaz de amar, você precisa aprender a rezar.

A nossa natureza ficou debilitada pelo pecado original e é marcada pela concupiscência, isto é, uma força que nos puxa para o mal.

Quem de nós não sente isso? Jesus disse claro: “O espírito é forte, mas a carne é fraca.

Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41).

Jesus estimava tanto a oração que passava noites inteiras no alto dos montes da Galiléia conversando com o Pai (cf. Lc 5,16; 6,12; 9,29). E aí estava a sua força; de dia pregava, de noite rezava.

Ensinou os discípulos a rezarem (cf. Mt 6,9) e insistiu com eles: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de faze-lo” (Lc 18,1b);); “Pedi e se vos dará” (Mt 7,7a).

Orar é uma ordem, um mandamento do Senhor. Sem oração, nenhum de nós fica de pé espiritualmente e ninguém consegue fazer a vontade de Deus. A razão é muito clara: “Porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 4). Jesus deixou claro: esse “nada” indica que, por nós mesmos, não conseguiremos fazer o bem e, pior ainda, evitar o mal. São Paulo insistiu: ‘E o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1 Cor 12,6b).

São Tomás de Aquino disse que todas as graças que o Senhor, desde toda a eternidade, determinou conceder-nos, não as quer conceder a não ser por meio da oração. “A oração é necessária”, disse o santo, “não para que Deus conheça as nossas necessidades, mas para que fiquemos conhecendo a necessidade que temos de recorrer a Deus, reconhecendo-O como o único autor de todos os bens”.

Quando o Senhor manda: “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis” (Mt 7,7a), no fundo, Ele deseja que reconheçamos que só Ele é o autor dos nossos bens e que, portanto, devemos só a Ele recorrer. É por isso que desagradamos profundamente a Deus todas as vezes que buscamos socorro fora dEle, especialmente nas práticas idolátricas –magia, feiticismo, necromancia, cartomancia, adivinhação, invocação dos mortos, horóscopo e em outras práticas – sendo infiéis a Deus.
Toda a tradição da Igreja e as Escrituras condenam toda e qualquer busca de poder fora de Deus, por ser exatamente essa a característica do paganismo (1Cor 10,20; Dt18,913).

Por outro lado, aquele que ora, manifesta confiança em Deus, como Q salmista disse: “Confia ao Senhor a tua sorte, espera nele: e ele agirá” (Sl 36,5). O velho Tobias afirmava: “Pede-lhe que dirija os teus passos, de modo que os teus planos estejam sempre de acordo com a sua vontade” (Tb 4,20b).

Feliz o cristão que adquiriu o hábito de conversar; coração a coração, familiarmente, com Deus. Isso é orar; falar com Deus, coração a coração, em todas as circunstancias.

Deus quer que conversemos com Ele, diz São Ligório, e quer ser tratado como amigo íntimo. Ninguém nos ama tanto como Ele e até as nossas pequenas coisas, Lhe interessam.

É preciso sermos transparentes diante do Senhor; abrindo-lhe o coração com toda a liberdade e confiança. Diz o livro da Sabedoria que “Deus antecipa-se a dar-se a conhecer aos que O desejam” (cf. Sb 6,13).

São Paulo expressou tudo isso em poucas palavras: “Vivei sempre contentes. Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo” (1 Ts 5,1618).

Você deve conversar com Deus em todas as ocasiões: na alegria e na dor; na penúria e na fartura, na saúde e na doença, pedindo, agradecendo, louvando, bendizendo, cantando… Podemos orar quando estamos no carro, na bicicleta, na cozinha, no silêncio do quarto, na rua. E Deus estará sempre acolhendo nossa oração e nos respondendo.

Enfim, a oração é a força do homem, é o caminho mais simples para receber os dons de Deus. Sem oração você não conhecerá a vitória.

São Afonso de Ligório, doutor da Igreja, viveu 91 anos. Escreveu mais de cem livros e disse que, se em toda a sua vida tivesse de fazer uma só pregação, essa seria sobre a oração.

Sem oração é impossível caminhar na fé e fazer a vontade de Deus. Ela é a nossa força; por ela os santos chegaram à santidade; e, sem ela ninguém experimentará a glória e o poder de Deus.

A oração é para a alma o que o ar é para o corpo.

Uma alma que não reza é uma alma que não respira; não tem vida. Ninguém pode servir a Deus sem muita oração, pela simples razão de que é Ele, e somente Ele, que realiza todas as coisas; nós somos apenas seus instrumentos.

Quanto mais comungamos com Ele pela oração, mais nos tornamos um instrumento útil em suas santas mãos. É uma grande ilusão querer fazer algo por Deus, e para Deus, sem antes muito rezar. Esta é a maior tentação que sofremos: rezar pouco, não rezar ou rezar mal.

A oração pode mudar todas as coisas; o Anjo Gabriel disse à Maria: “Para Deus nada é impossível” (Lc 1,37). “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23), nos garantiu o Senhor. E mais, “pedi e vos será dado” (Lc 11,9), “Tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado” (Mc 11,24).

São Paulo recomenda com insistência: “Orai em todo o tempo” (Ef 6,18), “perseverai na oração” (Col 4,2), “orai sempre e em todo o lugar” (1 Tim 2,8). “Antes de tudo recomendo que se façam súplicas, orações, petições, ações de graças por todos os homens…” (1Tim 2,1).

E São Pedro nos adverte: “Lançai em Deus todas as vossas preocupações porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5,7).

O Papa Paulo VI disse certa vez: “Quando consideramos as mais verdadeiras, mais profundas e, ao mesmo tempo, mais negligenciadas necessidades dos homens do nosso tempo, não podemos deixar de concluir pelo primado da oração no campo da atividade multiforme da Igreja”.
“A Igreja é a sociedade dos homens que oram. Seu principal objetivo é ensinar a rezar”.
“A Igreja proclama a identidade entre a oração e a caridade; afirma Bossuet: É certo que não existe senão a caridade que ora” (L’Osservatore Romano21/ 7/1966).
“… A oração está no ponto mais alto da razão, no vértice da psicologia, no ápice da moralidade e da esperança.” (L’Osservatore Romano – 14/3/1976).

Além do mais, o próprio Senhor nos deu o exemplo: “Entretanto espalhava mais e mais a sua fama, e concorriam grandes multidões para o ouvir e ser curadas das suas enfermidades. Mas ele costumava retirar-se a lugares solitários para orar” (Lc 5,1516).

Há muitas formas de oração e todas elas são boas, desde que sejam feitas “com o coração”, como nos tem pedido insistentemente a grande Mãe de Deus.

Reze “com o coração”, sem pressa, esqueça o relógio, e entregue-se ao Coração de Jesus. “Tudo pode ser mudado pela oração”.

O grande pregador de Notre Dame de Paris, Padre De Ravignân S.J., dizia: “Meus queridos amigos, acreditem-me, depois da experiência de 30 anos de ministério, eu sinto o dever de notificar e testemunhar o seguinte: “Todas as defecções e todas as deficiências; todas as misérias e todas as falhas; todas as quedas assim como os passos mais horríveis fora do caminho reto, tudo isto deriva de uma única fonte: falta de constância na oração”. “Vivam uma vida de oração; aprendam a transformar qualquer coisa na oração, quer os sofrimentos, quer as dores e qualquer tipo de tentação”. “Rezem na calma e na tempestade, rezem à noite como ao longo do dia, rezem indo e voltando, rezem embora se sintam cansados e distraídos”. “Rezem também a contragosto e peçam a Jesus que agoniza no Jardim das Oliveiras e no Calvário aquela força e aquela coragem de rezar que Ele nos mereceu com suas dores e seu sangue”. “Rezem, porque a oração é a força que salva, a coragem que dá a perseverança, a mística ponte lançada por Deus sobre o abismo que separa a alma de Deus.”

São João Maria Vianney, sobre a oração, dizia: “Prestai atenção, meus filhinhos: o tesouro do cristão não está na terra, mas nos céus. Por isso o nosso pensamento deve estar voltado para onde está o nosso tesouro. Esta é a mais bela profissão do homem: rezar e amar. A oração nada mais é do que a união com Deus. Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo sua vida de doçura que inebria e uma luz maravilhosa que o envolve. Nesta íntima união, Deus e a alma são como dois pedaços de cera, fundidos em um só, de tal modo que ninguém mais pode separar. Como é bela esta união de Deus com a sua pequenina criatura! É uma felicidade impossível de se compreender “.

 “Ser orante, antes de ser orador”. “Falar com Deus, mais do que falar de Deus”. “Teu desejo é a tua oração; se o desejo é contínuo, também a oração é contínua”. (Santo Agostinho).”

Professor Felipe Aquino, Aula 67 do curso de Espiritualidade Católica da Escola da Fé Online



22 janeiro 2018

O que fazer quando somos tentados





"Jesus nos ensinou a enfrentar a tentação. Santo Agostinho disse que “Jesus poderia ter impedido o demônio de se aproximar dele; mas, se não fosse tentado, não te daria o exemplo de como vencer a tentação”.

Então, vamos examinar como Jesus venceu o Tentador. Antes de tudo Ele jejuou; o jejum fortalece a nossa vontade, faz com o que o nosso espírito comande o nosso corpo, e não nos deixa ser dominado pelas paixões. A Igreja recomenda que nas sextas-feiras o cristão faça um pouco de penitência. Pode ser rezar mais, cortar um pouco os alimentos, deixar uma diversão, fazer uma peregrinação a um santuário, participar da santa Missa; enfim, há muitas formas de fazer uma penitência.

Jesus orou no deserto; Ele estava acostumado a se retirar nas montanhas nas madrugadas para rezar. No horto das Oliveiras, quando os Apóstolos não conseguiram velar com Ele nem uma hora, naquele momento de sua angústia mortal, Ele lhes disse: “Vigiai e orai para não cair em tentação; o espírito é forte, mas a carne é fraca” (Mt 26,41). E Jesus lançou no rosto do demônio, por três vezes, a Palavra de Deus; e ele recuava, não pode resistir à força da Palavra de Deus. Ai está uma grande defesa nossa contra as tentações; recite o Salmo 90 e tantos outros.

É preciso rezar sempre; São Paulo recomenda “orai sem cessar” (1 Tes 5,16). Nosso espírito deve estar sempre em oração, conectado em Deus, mesmo durante o trabalho.

Reze sempre que não tiver nada para fazer: no ônibus, no volante do carro, no metrô, na fila do supermercado, na caminhada, na sala de espera do médico… Converse com Deus, espontaneamente, familiarmente; fale com Ele dos seus problemas, de suas fraquezas e tentações. Deus habita em nossa alma quando estamos em estado de graça. Muitas vezes nos esquecemos disso.

Na hora da tentação, reze mais ainda. Thomas de Kemphis, na “Imitação de Cristo”, recomenda “vencer a tentação no seu início”; não deixar o Tentador atravessar a porta da alma. Resistir no início, desvie do mau pensamento e das fantasias da imaginação, voltando a sua mente para Deus, de imediato. Não deixe que o prazer o domine, e nem os movimentos desordenados; e não consinta no mal com a vontade.

“Senhor ajudai-me e ajudai-me depressa!” Só essa oração bastará para nos fazer vencer os assaltos de todos os demônios do inferno, porque Deus é infinitamente mais forte do que todos eles (Sl 144,18)”, dizia Santo Afonso. Ele disse que: “Se a tentação é tão forte que nos vemos em grande perigo de consentir, é preciso redobrar o fervor na oração, recorrer ao Santíssimo Sacramento, ajoelhar-se diante de um crucifixo ou de Nossa Senhora e rezar com ardor, gemer e chorar pedindo ajuda”.

Santo Agostinho recomenda: “Fecha a porta para que não entre o tentador. Ele não deixa de chamar, mas se vê que a porta está fechada vai em frente. Só entra quando te esqueces de fechá-la ou não a fechas com segurança”.

São Paulo diz que “Deus é fiel” e nos socorre na hora da tentação. “Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus não permitirá que sejais tentados além de vossas forças, mas, com a tentação Ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela”. (1 Cor 10,13). Temos de confiar nisso e lutar. Acima de tudo é o amor a Jesus que deve ser nossa motivação principal para não ceder à tentação. Lembre-se Dele na cruz, padecendo por você, derramando Seu precioso sangue, para nos salvar.

Na hora da tentação, clame ao Senhor, peça a Sua ajuda. Santo Agostinho diz que “Adão caiu, porque não se recomendou a Deus na hora da tentação”.

É preciso também vigiar. As portas da alma são os nossos cinco sentidos, e são por eles que o Tentador penetra no coração. “O demônio não influência nem seduz ninguém se não encontra terreno propício. Quando o homem ambiciona uma coisa; sua concupiscência legitima as sugestões do demônio. Quando um homem teme algo, o medo abre uma brecha em sua alma pela qual se infiltram suas insinuações. Por essas duas portas, a concupiscência e o medo, o demônio se apodera do homem”, diz Santo Agostinho.

Então, é preciso expulsar a busca do prazer e o medo, com oração. O Salmista diz: “Apenas clamaram os justos o Senhor atendeu e os livrou de todas as suas angústias” (Sl 33,18). “Muitas são as provações do justo, mas de todas as livra o Senhor” (Sl 33,20).

Nas tentações é preciso ter paciência, confiança e abandono nas mãos de Deus. A tentação atinge muito o homem inconstante e que não se recomenda a Deus; pode ser comparado a um barco sem leme, que fica a deriva no meio das ondas do mar.

Mas o importante é também nunca desanimar; se houver uma queda, não ficar pisando na alma e se condenando; isso é refinado orgulho de quem não aceita a sua miséria. Temos que levantar, pedir perdão a Deus, e retomar a caminhada.

Não é porque somos tentados que perdemos a graça de Deus. Sentir não é pecado, mas sim consentir. Não são os maus pensamentos que fazem perder a Deus, mas sim os maus consentimentos. “Mesmo carregado de grandes e molestas tentações, o homem pode ir a Deus, desde que sua razão e vontade não consintam nelas”, disse São João da Cruz. Os santos sofreram muitas tentações, por isso podem nos ensinar.

São Francisco de Sales dizia: “Não vos aflijais com as tentações de blasfêmias. Deixai que o demônio as maquine à vontade, mas conservai bem fechadas as portas da alma, pois que lhe virá o cansaço ou será ele afinal, obrigado por Deus a levantar o cerco”.

O grande São Bernardo, doutor da Igreja, pregador do Papa, dizia: “Quem somos nós, ou qual é a nossa força para resistirmos a tantas tentações? Certamente era isso que Deus queria: que nós, vendo a nossa insuficiência e a falta de auxílio recorrêssemos com toda humildade à sua misericórdia. Quantas vezes vencemos as tentações, tantas vezes somos coroados”.

Prof. Felipe Aquino, aula 63 do Curso de Espiritualidade Católica da Escola da Fé Online



21 janeiro 2018

Os prejuízos espirituais dos pecados veniais





"O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento dispõe-nos pouco a pouco a cometer o pecado mortal.

A santa Mãe Igreja ensina que “aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro”. (CIC, § 1488)

Sabemos que há pecados graves, que chamamos de “mortais”, porque matam a vida da graça em nossa alma, expulsam Deus do nosso coração, perde-se o “estado de graça”. É uma infração grave da lei de Deus; desvia o homem de Deus, que é seu fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior. Fere principalmente os 10 Mandamentos, que são a base da Moral católica, conforme a resposta de Jesus ao jovem rico: "Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não fraudes ninguém, honra teu pai e tua mãe" (Mc 10,19).

Para que um pecado, seja mortal são necessárias três condições ao mesmo tempo: "E pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente"(CIC, §1857). O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus. Mas a gravidade dos pecados é maior ou menor: um assassinato é mais grave que um roubo. A qualidade das pessoas lesadas é levada também em consideração. A violência contra os contra os pais é em mais grave que contra um estranho.

O Catecismo diz que “se o estado de graça não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso”. (n.1861)

Há pecados menos graves, que não causam a perda do estado de graça, mas que são também muito prejudiciais à vida espiritual da pessoa. São os pecados veniais. "Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade nem, por conseguinte, da bem-aventurança eterna" (Reconciliatio et Poenitentia,17). "Não priva da amizade com Deus, da caridade nem, por conseguinte, da bem-aventurança eterna" (CIC,§ 1863). Não chega a quebrar a aliança com Deus.

Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento. Quando acontece uma falta, mas que não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, tais pecados são veniais.

Mas a Igreja alerta-nos que o pecado venial enfraquece a caridade; mostra uma afeição desordenada pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral.

Santo Agostinho disse que: “O homem não pode, enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo menos os pecados leves. Mas esses pecados que chamamos leves, não os consideras insignificantes: se os consideras insignificantes ao pesá-los, treme ao conta-los.

Um grande número de objetos leves faz uma grande massa; um grande número de gotas enche um rio; um grande número de grãos faz um montão. Qual é então nossa esperança? Antes de tudo, a confissão...” (Ep. João 1,6).

Podemos comparar o pecado venial àqueles matinhos que se juntam ao pé das plantas; não as matam, mas as impedem de se desenvolverem plenamente porque sugam a seiva da terra que deveria ser só da planta. É por isso que o bom agricultor tira frequentemente essas ervas daninhas, essas tiriricas, que crescem rapidamente e que têm raízes profundas. É fundamental que elas sejam retiradas com as raízes e não apenas cortadas, pois, é incrível a rapidez com que crescem. Diz um provérbio chinês que não é a erva daninha que mata a planta, mas a preguiça do lavrador.

Nossos pecados veniais são assim, como as tiriricas, pequenos, mas resistentes, e abundantes. São as palavras inconvenientes; as pequenas invejas, ciúmes, críticas, julgamentos leves, vaidades, pequenas iras, preguiças de fazer bem feito os trabalhos e orações, etc.. Os cometemos sem mesmo tomarmos conhecimento disso muitas vezes.

Esses pequenos vícios enraizados em nossa alma, sugam sua vitalidade espiritual, enfraquecem a prática da caridade, dificultam a prática das virtudes humanas (prudência, temperança, justiça), prejudicam a oração, o reto comportamento moral, e podem nos conduzir a pecados mortais.

Por isso, com a mesma frequência e cuidado com que o horticultor retira do canteiro das verduras as pequenas pragas, a cristão precisa estar atendo para dia a dia limpar o canteiro de sua alma desses pecados. Uma boa reflexão nos ajuda a descobrir quais são essas pragas que estão impedindo o nosso crescimento espiritual. E a Confissão é o bom remédio para eliminá-los.

Ao entrar na igreja, ao fazer o sinal da cruz com a água benta, peça a Deus o perdão desses pecados, a fim de participar dignamente do santo mistério da missa. O ato penitencial é outra maneira de se arrepender deles para poder participar fervorosamente da sagrada Eucaristia".

Prof. Felipe Aquino, aula 50 do Curso de Espiritualidade Católica



20 janeiro 2018

Pescadores de Homens



Reflexão para este 3º Domingo Comum do Ano B, 2018 com o tema do Chamado do Senhor a seguí-lo, chamado à conversão e a sermos missionários.




19 janeiro 2018

Missão dos Leigos





Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana


"Na fonte do Concílio Vaticano II, vamos beber os ensinamentos que nos ajudam a aprofundar a reflexão neste Ano do Laicato. Diz a Constituição Dogmática sobre a Igreja: 'Cristo, o grande profeta, que pelo testemunho da vida e a força da palavra proclamou o reino do Pai, realiza a sua missão profética, não só por meio dos Pastores que ensinam em seu nome e com a sua autoridade, mas também por meio dos leigos e leigas; para isso os constituiu testemunhas, e lhes concedeu o sentido da fé e o dom da palavra a fim de que a força do Evangelho resplandeça na vida quotidiana, familiar e social. Nas estruturas da sociedade, os leigos cristãos manifestem a certeza de sua fé e a firmeza na esperança' (cf. LG 35).

O modo de evangelizar, próprio do laicato, proclamando a mensagem de Cristo com o testemunho da vida e com a palavra, adquire um caráter específico e uma particular eficácia por se realizar nas condições ordinárias da vida no mundo, nas várias circunstâncias, realidades e situações. Nesta obra, a vida matrimonial e familiar desempenha grande e importante papel. Aí se encontra uma admirável escola de apostolado dos leigos e leigas, se a religião penetrar toda a vida e transformar cada vez mais a realidade que envolve a família. Aí encontram os esposos a sua vocação própria, de ser um para o outro e para os filhos as testemunhas da fé e do amor de Cristo. A família cristã proclama as virtudes presentes do reino de Deus e a esperança na vida bem-aventurada. E deste modo, pelo exemplo e pelo testemunho, questiona o mundo com seus contra-valores e ilumina aqueles que buscam a verdade. Ocupados com os cuidados temporais, os leigos e leigas exercem valiosa ação para a evangelização e transformação do mundo (cf. LG 35).

Também por meio do laicato, o Senhor deseja dilatar o seu reino: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz, no qual a própria criação será liberta da servidão da corrupção, alcançando a liberdade da glória dos filhos de Deus (cf. Rm. 8,21). Por conseguinte, devem os fiéis conhecer a natureza íntima e o valor de todas as criaturas e a sua ordenação para a glória de Deus, ajudando-se uns aos outros a levar uma vida mais santa, para que assim o mundo seja penetrado do espírito de Cristo e, na justiça, na caridade e na paz, atinja mais eficazmente o seu fim. Na realização plena deste dever, os leigos ocupam o lugar mais importante e têm aí o protagonismo: Com a sua competência nos diferentes campos da atividade e do conhecimento humano, o laicato contribui eficazmente para que os bens criados sejam valorizados pelo trabalho, pela técnica e pela cultura para utilidade de todo o gênero humano, sejam mais bem distribuídos e contribuam para o progresso de todos. Além disso, também pela união das próprias forças, devem os leigos e leigas sanear as estruturas e condições do mundo, se elas porventura propendem a levar ao pecado, de tal modo que todas se conformem às normas da justiça e antes ajudem ao exercício da prática do bem. Agindo assim, os leigos e leigas infundirão os valores morais na cultura e na atividade humana (cf. LG 36).

“Perante o mundo, cada cristão leigo deve ser uma testemunha da ressurreição e da vida do Senhor Jesus e um sinal do Deus vivo. Todos em conjunto, e cada um por sua parte, devem alimentar o mundo com frutos espirituais (cf. Gl. 5,22) e nele difundir aquele espírito que anima os pobres, mansos e pacíficos, que o Senhor no Evangelho proclamou bem-aventurados (cf. Mt 5, 3-9). Numa palavra, como disse Diogneto no século II, sejam os cristãos no mundo aquilo que a alma é no corpo” (LG 38).



Fonte: http://www.arqmariana.com.br/noticia/1386/ano-do-laicato-iv

18 janeiro 2018

A vocação dos Leigos




Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana


"O Ano do Laicato que estamos celebrando em todo o Brasil tem como tema “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino” e como lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). O objetivo do Ano do Laicato foi assim formulado: “como Igreja, Povo de Deus, queremos celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.

O Concílio Vaticano II nos recorda que os leigos e leigas têm por irmãos aqueles que, estabelecidos no sagrado ministério, apascentam a família de Deus ensinando, santificando e governando com a autoridade de Cristo. Desse modo, todos somos chamados a colocar em prática o mandamento do amor (cf. LG 32).

Unidos no Povo de Deus e constituídos no corpo único de Cristo sob uma só cabeça, os leigos e leigas, como membros vivos e atuantes, com todas as forças que receberam da bondade do Criador e por graça do Redentor, são chamados a contribuir para o crescimento da Igreja e sua contínua santificação. Com sua atuação, os leigos participam na própria missão salvadora da Igreja, à qual todos são destinados pelo Senhor, por meio do Batismo e da Confirmação. E os sacramentos, sobretudo a sagrada Eucaristia, comunicam e alimentam o amor para com Deus e os irmãos.  Mas os leigos são especialmente chamados a tornar a Igreja presente e atuante nos locais e nas circunstâncias em que só por meio deles ela pode ser o sal da terra e a luz do mundo. Deste modo, todos os leigos e leigas, pelos dons que lhes foram concedidos, são ao mesmo tempo testemunhas e instrumentos vivos da missão da própria Igreja.

Além disso, os leigos e leigas, por diversos modos, podem também cooperar com os ministros ordenados em suas atividades específicas, à semelhança daqueles homens e mulheres que ajudavam o Apóstolo Paulo no serviço do Evangelho. De acordo com as necessidades da comunidade, eles podem ser chamados a exercer certos cargos e a assumir determinados ministérios e funções. Como acontece em muitos lugares, leigos e leigas podem ser instituídos ministros do Batismo, da Palavra, da distribuição da Comunhão Eucarística, assistentes leigos para o Matrimônio e outros serviços eclesiais.

Incumbe, portanto, a todos os leigos a magnífica tarefa de trabalhar para que o desígnio de salvação atinja cada vez mais os seres humanos de todos os tempos e lugares. Portanto, deve estar amplamente aberto o caminho, a fim de que, segundo as próprias capacidades e de acordo com as necessidades, os cristãos leigos e leigas possam participar com ardor na ação da Igreja (cf. LG 33).

Ensina ainda o Vaticano II que Jesus Cristo, supremo e eterno sacerdote, continua também por meio dos leigos sua ação salvadora no mundo. Por isso ele associou os cristãos leigos e leigas à sua própria vida e missão e lhes concedeu participação no seu múnus sacerdotal, a fim de que exerçam um culto espiritual, para glória de Deus e salvação do gênero humano. Por esta razão, os leigos, enquanto consagrados a Cristo e ungidos no Espírito Santo, têm uma vocação admirável e são dotados para que os frutos do Espírito se multipliquem neles cada vez mais abundantemente. Pois todos os seus trabalhos, orações e empreendimentos apostólicos, a vida conjugal e familiar, o trabalho de cada dia, o descanso do espírito e do corpo e os próprios incômodos da vida, suportados com paciência, se tornam em outros tantos sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo (cfr. 1 Ped. 2,5); sacrifícios estes que são oferecidos ao Pai, juntamente com a oblação do corpo do Senhor, na celebração da Eucaristia. E deste modo, os leigos e leigas, agindo em toda a parte santamente, consagram a Deus o próprio mundo (cf. LG 34)."



17 janeiro 2018

O que é o Leigo



Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana


"Com toda a Igreja no Brasil, celebraremos o Ano do Laicato, que houve sua abertura no dia 26 de novembro de 2017 e será encerrado na Solenidade de Cristo Rei de 2018. Nas fontes do Concílio Vaticano II, queremos beber das águas cristalinas dos ensinamentos do Magistério da Igreja. O capítulo IV da Lumen Gentium é dedicado aos leigos e leigas. Os Pastores do Povo de Deus reconhecem “quanto os leigos contribuem para o bem de toda a Igreja” (LG 30). Mas, sempre surge a pergunta: O que se entende por leigo ou leiga? Muitas vezes, essa expressão é usada com sentido pejorativo. Por exemplo, quando alguém diz “eu sou leigo no assunto”, está afirmando sua falta de conhecimento. Então leigo é sinônimo de ignorante? De forma alguma! Diz o Vaticano II: Por leigos entendem-se todos os cristãos, isto é, os fiéis que, incorporados em Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e, a seu modo, tornados participantes da função sacerdotal, profética e real de Cristo, exercem, pela parte que lhes toca, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo (cf. LG 31).

O Concílio ensina que é própria e peculiar dos leigos a característica secular, isto é, sua missão no mundo. “Por vocação própria, compete aos leigos procurar o Reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no mundo, isto é, em toda e qualquer ocupação e atividade terrena, e nas condições ordinárias da vida familiar e social, com as quais é como que tecida a sua existência. Os leigos e leigas são chamados por Deus para que, exercendo o seu próprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, concorram para a santificação do mundo a partir de dentro, como o fermento, e deste modo manifestem Cristo aos outros, antes de mais nada pelo testemunho da própria vida, pela irradiação da sua fé, esperança e caridade. Portanto, especialmente a eles compete iluminar e ordenar de tal modo as realidades temporais a que estão estreitamente ligados, que elas sejam sempre feitas segundo Cristo, progridam e glorifiquem o Criador e Redentor” (cf. LG 31). Assim, o ensinamento do Vaticano II nos remete às palavras de Cristo: “Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13-14).

Na riqueza dos dons, na diversidade dos ministérios e na variedade dos carismas, todos devem contribuir para a unidade da Igreja. Unidade não é sinônimo de uniformidade. Constrói-se a unidade na diversidade. Aliás, tanto a unidade como a diversidade são dons do Espírito Santo.  «Assim como num mesmo corpo temos muitos membros, e nem todos têm a mesma função, de modo análogo, nós somos muitos e formamos um só corpo em Cristo, sendo membros uns dos outros» (Rom. 12, 4-5).

Do mesmo modo como a expressão “Igreja” não se refere unicamente aos pastores, também a expressão “Povo de Deus” não se aplica somente aos fiéis leigos. Pastores e fiéis leigos formamos a Igreja, Povo de Deus. “Um só é, pois, o Povo de Deus: “um só Senhor, uma só fé, um só Batismo” (Ef. 4,5); comum é a dignidade dos membros, pela regeneração em Cristo; comum a graça de filhos; comum a vocação à perfeição; uma só salvação, uma só esperança e uma caridade indivisa. Portanto, não pode haver nenhuma desigualdade em Cristo e na Igreja, por motivo de raça ou de nação, de condição social ou de sexo. A diversidade de funções não deve levar a oposições. É preciso superar a contraposição entre ministros ordenados e cristãos leigos. “Ainda que, por vontade de Cristo, alguns são constituídos dispensadores dos mistérios e pastores em favor dos demais, reina, porém, igualdade entre todos quanto à dignidade e quanto à atuação, comum a todos os fiéis, em favor da edificação do corpo de Cristo” que é a Igreja (cf. LG 32).



Fonte:
http://www.arqmariana.com.br/noticia/1250/ano-do-laicato-ii

16 janeiro 2018

Objetivo do Ano do Laicato




"O Ano do Laicato, que teve início na Solenidade de Cristo Rei de 2017 e será encerrado na Solenidade de Cristo Rei de 2018. Essa coincidência nos permite aprofundar a reflexão sobre o Povo de Deus. Diz o Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática sobre a Igreja: “O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial, embora se diferenciem essencialmente, e não apenas em grau, ordenam-se um ao outro; pois um e outro participam, a seu modo, do único sacerdócio de Cristo. Com efeito, o sacerdote ministerial, pelo seu poder sagrado, forma e conduz o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico fazendo as vezes de Cristo, e oferece-o a Deus em nome de todo o povo; os fiéis concorrem para a oblação da Eucaristia em virtude do seu sacerdócio real, que exercem na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho da santidade de vida, na abnegação e na caridade operosa” (cf. LG 10).

O objetivo do Ano do Laicato é “como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.

O tema do Ano do Laicato é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14).  Assim, queremos oferecer aos leigos e leigas a oportunidade de aprofundar sua reflexão em vista de alimentar ainda mais o desejo de seguir Jesus Cristo como seus discípulos(as) e missionários(as)".

Dom Geraldo Lyrio Rocha

Arcebispo de Mariana

Fonte:
http://www.arqmariana.com.br/dom-geraldo-lyrio-rocha


15 janeiro 2018

Catequeses do Papa sobre a Eucaristia




Irmãos, o Papa Francisco começou uma série de catequeses às quartas-feiras sobre a Eucaristia, a Santa Missa e suas partes. Iniciou em 8/11/2017. Para estudarmos melhor estas catequeses, criei um canal no Telegram onde postarei os documentos relativos a cada catequese, os textos, os links, os vídeos, etc.

Se você ainda não tem o Telegram, instale ele no seu celular, cadastre-se e acesse o link abaixo entrando no canal com todo esse preciosíssimo material:

https://t.me/joinchat/AAAAAFGaKwGD791eJ6ON7Q


14 janeiro 2018

O grave cuidado com as vestes



Repasso aqui um excelente texto de um irmão, Marcelo Faria, que o publicou no facebook e pedi permissão para postar aqui:


"“Basta um olhar impuro para abrir as portas do inferno” (Santo Antão)

As mulheres, de um modo geral, parecem não mais se preocupar com a salvação dos homens. Claro, muitas são na ignorância, acham que o uso de uma calça jeans apertadíssima, um mini tudo (short, saia, vergonha), decotes escandalosos, não ofendem e nem causam mal algum. Mas o problema é que causa muito problema. Mesmo que um homem não chegue nem mesmo a te “xavecar” seduzido pela sua vestimenta, saiba que o homem te devora pelo pensamento. E aí está a porta do inferno aberta para este(s) homem(ens) que pecaram em seus corações. Acha exagero? O Senhor Jesus Cristo disse: “todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração.”(Mateus 5,28). E o pior é que se a mulher, mesmo sabendo que com suas vestes – ou falta de veste melhor dizendo – pode estar levando seus irmãos para o inferno, é tão orgulhosa de dizer “ah, pensou besteira porque quis, não tenho culpa, os tempos são outros, quem pensou besteira não fui eu”; tome cuidado, porque nosso Senhor Jesus Cristo disse à Santa Ângela de Foligno o seguinte: “Quando a morte te arrancar deste mundo, cheio de vaidades e luxos sem razão, e chegardes a Minha Presença para ser julgada... vendo os pecados que os homens cometeram ao olhar para o teu corpo escassamente coberto, tu própria ficarás envergonhada”. Que pretexto poderás então apresentar-Me? Ai de ti mulher pelos teus escândalos! Ai de ti que perdeste o pudor e a vergonha! Porque procedes assim? Porque me crucificas novamente com os cravos da tua imodéstia? Quando, de forma irrespeitosa, Me recebes na Comunhão, quanta amargura sinto ao entrar no teu corpo, que é motivo de tantos pecados nos homens e de mau exemplo para as poucas mulheres que tu, com desdém e desprezo, chamas “antiquadas”,!... Asseguro-te, que muitas destas “antiquadas” estão Comigo, enquanto muitas “modernas” sem pudor, como tu, estão “gozando” no inferno”. – Então, queridas irmãs, não é perseguição ou algo do tipo, mas é corrida ruma a salvação. Essas mensagens de Jesus à Santa Ângela são fortes, e veja que ela morreu em 1309. Imagine a imodéstia dela, que Jesus já repudiava tanto; compare com as vestimentas dos dias de hoje. Tanto mini, tanta imundície. Tem short que algumas mulheres usam que mais parece um cinto ou um tapa-sexo. Como acham que poderão se salvar e colaborar na salvação dos homens a sua volta?

Uma mulher má vestida, indecente, imoral, imodesta, ela atrai multidões a si. Mas não multidões de homens. Porque homens querem mulheres de verdade, que se vestem como mulheres. Uma mulher vulgar, quando se veste da forma descrita, ela está se jogando numa lavagem, “se veste de esterco”, e o que ela atrai não são homens de verdade, mas porcos. Só o que você atrai, mulher, que veste de forma vulgar, são porcos que querem se lambuzar na lama do pecado. Pergunte para qualquer homem sério, se ele gostaria de casar – matrimônio verdadeiramente – com uma funkeira, ou qualquer outra mulher vulgar. Repito: se ele queria casar, e não transar em uma noite qualquer. Porque isso, até eu quando era um porco já desejei.

O homem tem que se precaver de uma forma tremenda, é difícil, mas devemos lutar. A luta pela castidade é uma eterna fuga. Quem não fugir das ocasiões de pecado, perderá. É comum sair da confissão e ao sair da Igreja ver mulheres com os citados “tapa-sexo” e aí temos que desviar o olhar e pedir a Virgem Maria para nos ajudar a preservar nossa pureza. Já tive a experiência de ir para a Santa Missa, e, de repente, ver garotas imodestas na rua, então, decido mortificar meu olhar, ou seja, mudar o caminho até a Igreja, e, quando viro, lá vem outra imodesta. É uma eterna luta/fuga. O mais triste é quando eu tento me socorrer na Igreja e lá encontro a causa do meu pecado: IMODÉSTIA! Acho se as mulheres não mudarem o jeito de se vestir, cada vez mais teremos ou homens caídos, ou homens corcundas de tanto ficar olhando para o chão (risos).

O homem ele deve fugir das ocasiões SEMPRE! Perdoe-me os rapazes que gostam de academia, mas, diga a verdade, no horário que você malha, tem muita mulher, certo? E quando você vê essas mulheres malhando com roupas mais justas que tudo, que desenha o órgão genital, e em posições que alimentam com lavagem a mente masculina, o que você faz? Ou melhor: o que você pensa? Por acaso você pensa: “Ô lá em casa rezando comigo o Rosário, ia ser só a unção poderosa de Deus”? Porque eu sou homem, e pela minha concupiscência eu pensaria coisas que seria imoral falar aqui. Então é melhor entrar no Reino dos Céus magrelo do que ser “bombado” e ter muito músculo queimando nos quintos dos infernos. É uma questão de escolha. São Domingos Sávio dizia “antes morrer do que pecar”. E se não me engano foi o mesmo jovem Santo, que ao andar com a cabeça baixa, perguntaram o motivo, e ele disse que era porque queria ver a Virgem Maria no Céu. Ou seja, preservar a pureza no olhar, para que não olhando as porcas na terra e pensando pecado, pudesse contemplar a toda pura e bela Virgem Maria Mãe de Deus no Céu. Isso é belo, e você, vai trocar a contemplação da Mãe de Deus e da própria face de Deus para ficar cometendo a impureza em seus pensamentos? “Se teu olho direito é para ti causa de queda, arranca-o e lança-o longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros a que o teu corpo todo seja lançado na geena.” (Mateus 5,28)

Mas, como disse, muitas mulheres são ignorantes neste ponto. Mas isso é algo que é da natureza feminina. Aliás, os dois lados: o pensamento do homem e a mulher mostrar seu corpo, ambos são consequências do pecado original. “Multiplicarei os sofrimentos de teu parto; darás a luz com dores, teus desejos te impelirão para o teu marido e tu estarás sob o seu domínio”(Gênesis 3,16). Por causa do pecado original que temos manchados em nossa alma, temos essa consequência terrível. Os desejos da mulher impelirão para o homem. É como se o homem e a mulher tivesse imãs: o homem tem o imã que faz a mulher querer se impelir, se “mostrar” para o homem; e a mulher, usando deste desejo de se mostrar que é consequência do pecado original, faz disso um imã, que atrai o homem para si, principalmente pelo olhar. Tanto é, que Deus não quis deixar Adão e Eva entregues a imodéstia: “O Senhor Deus fez para Adão e sua mulher umas vestes de peles, e os vestiu”(Gênesis 3,21) – O problema é que Deus vê mancha até nos anjos, e tem mulher que acha que é imaculada e que toda a humanidade é imaculada (A única Imaculada que conheço é a Santíssima Virgem Maria); tem mulher que não se espelha na Virgem Maria, mas em Eva: Não vive a modéstia mariana, mas quer viver pelada como Eva vivia antes do pecado original. E essa desordem está acabando com a humanidade. A mulher tem que ver que ela é uma potência, ela é um dom de Deus, para termos a vida Deus usa a mulher, o ventre da mulher. Quando Deus veio ao mundo encarnado na Pessoa de Jesus Cristo, Ele veio no ventre de uma Mulher. Por isso a mulher deve compreender a beleza feminina e não a cultura das porcas.

Lembro-me de São Padre Pio de Pietrelcina que expulsava da Igreja mulheres vestidas imodestamente. O santo dizia: “saiam daqui suas porcas, as carnes desnudas vão queimar no inferno”. Ele ainda chorando dizia que temia que não houvesse lugar no inferno para esta geração (São Pio era do século passado e se referia a nossa geração). Nossa Senhora em Fátima, em revelação à Beata Jacinta, disse que viriam modas que ofenderiam muito a Nosso Senhor, que as pessoas que servem a Deus não deviam andar com as modas. Aí eu te pergunto meus irmãos e minhas irmãs: O que inventaram de 1917 até os dias de hoje? Inventaram os vestidos, saias longas, véu, etc? Ou inventaram calças para mulheres que são apertadíssimas, inclusive a calça jeans que é terrível não só pela imodéstia em si, mas porque tira a feminilidade da mulher. Ou inventaram também as mini saias, mini shorts (cintos/tapa-sexo), decotões, etc.? É, ninguém deu importância a esta mensagem de Nossa Senhora porque a 100 anos atrás era quase impossível imaginar nas modas que estariam por vir. E, como sempre, minha Mãe Maria Santíssima estava certa. Sejamos sinceros: hoje as mulheres se vestem piores que as prostitutas à alguns anos atrás. E parece que se vestir como uma prostituta virou motivo de comemoração. Afinal, movimentos feministas se manifestam tirando a roupa. Um policial em um país disse que existia muito estupro porque as mulheres se vestiam como “vadias”, ai as mulheres feministas mostraram toda a sua dignidade inventando a “macha das vadias” aonde as porcas se lambuzam em seus estrumes de cada dia.

E, vale lembrar, que a imodéstia não existe apenas do lado feminino. Rapazes que entravam com camisetas regata na Igreja de São Pio de Pietrelcina, ele bradava a mesma coisa “as carnes desnudas irão queimar...” É um show de horror ver homens até mesmo dentro da Igreja de bermuda, shortinho, chinelo, camiseta todo marombado, seduzindo as “novinha”. Deixemos de ser este covil de impuros, exalemos a santidade da Virgem Maria! Se espelhem na Virgem Maria e não nas prostitutas!

Por isso, vos suplico, mortifiquem o olhar. É difícil. Até mesmo nos dias de hoje em que se acessa muito as redes sociais, e sempre tem uma pervertida ou um jovem insano postando foto pornográfica. Precisamos fugir dessas ocasiões. São Basílio nos ensina que para ser casto é preciso se impor muitos sacrifícios e fazer- se uma grande violência. Santa Potamiena, ao defender sua castidade, sendo condenada a morte por não ceder aos convites para pecar, disse: “Ao menos mandai, diz-lhe ela, que eu seja lançada vestida” (Ela foi jogada na caldeira). Veja que exemplo, esta santa se preocupou não com as dores, com a terrível morte que sofreria, mas preocupou-se em ser lançada para o martírio vestida. Queria preservar a pureza, e preservar os homens também deste pecado.

Gostaria de finalizar este post com um trecho de um sermão de São João Maria Vianney sobre a pureza: “Ó DEUS, QUANTAS ALMAS ESTE PECADO ARRASTA PARA O INFERNO!... Não, meus irmãos, esta bela virtude não é conhecida por estas moças mundanas e corrompidas que tomam tantas precauções e cuidados para atraírem sobre si os olhos do mundo; que por seus enfeites exagerados e indecentes, anunciam publicamente que são infames instrumentos de que o inferno se serve para perder as almas; estas almas que custaram tantos trabalhos, lágrimas e tormentos a Jesus Cristo! ... Vede estas infelizes, e vós vereis que mil demônios circundam sua cabeça e seu coração. Ó meu Deus, como a terra pode suportar tais sequazes do inferno? Coisa mais espantosa ainda, como mães as suportam num estado indigno de uma cristã! Se eu não temesse ir longe demais, eu diria a estas mães que elas valem o mesmo que suas filhas. Ai, este infeliz coração e estes olhos impuros não são mais que uma fonte envenenada que dá a morte a qualquer que os olha e os escuta. Como tais monstros ousam se apresentar diante de um Deus santo e tão inimigo da impureza! Ai! A vida deles não é mais que uma acumulação de banha que eles estão juntando para inflamar o fogo do inferno por toda a eternidade.”

E lembre-se: roupa não define caráter, mas me ajuda a distinguir uma mulher de Deus de uma porca.
Salve Maria Imaculada! A Mulher que Deus colocou para que você mulher imitar".


"Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da Luz" Rm 13,12
CEFAS, oriundo do nome de São Pedro apóstolo, significa também um Acróstico: Comunhão para Evangelização, Formação e Anúncio do Senhor. É um humilde projeto de evangelização através da internet, buscando levar formação católica doutrinal e espiritual.