16 abril 2020

Ao encontro do Senhor


"A paz esteja convosco, diz o Senhor ao apresentar-se aos seus discípulos cheios de medo. A seguir, mostra-lhes as suas chagas e eles enchem-se de alegria e de admiração. Esse deve ser também o nosso refúgio. Nas chagas do Senhor encontraremos sempre a paz e as forças necessárias para segui-lo até o fim da nossa vida. “Faremos como as pombas que, no dizer da Escritura (cfr. Cant II, 14), se abrigam nas fendas das rochas durante a tempestade.
(...) 
Temos Jesus muito perto de nós. Nas nações cristãs, onde existem tantos sacrários, a distância que nos separa dEle não ultrapassa alguns quilômetros. Não é difícil ver os muros ou o campanário de uma igreja, quando vivemos numa cidade populosa ou viajamos por uma estrada ou de trem... Ali está Cristo! É o Senhor! (cfr. Jo 21,7), gritam a nossa fé e o nosso amor. É o mesmo que apareceu aos seus discípulos e se mostrou solícito com todos. 

Jesus ficou na Sagrada Eucaristia. Neste memorável sacramento, contêm-se verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue do Senhor, juntamente com a sua Alma e a sua Divindade; por conseguinte, Cristo inteiro. Esta presença de Cristo na Sagrada Eucaristia é real e permanente, porque, terminada a Santa Missa, o Senhor permanece em cada uma das hóstias consagradas que não tenham sido consumidas (cfr. Concílio de Trento, Can 4 sobre a Eucaristia, Dz 886). É o mesmo que nasceu, morreu e ressuscitou na Palestina, o mesmo que está à direita de Deus Pai. 

No Sacrário encontramo-nos com Alguém que nos conhece. Podemos falar com Ele, como faziam os Apóstolos, e contar-lhe os nossos anseios e as nossas preocupações. Ali encontramos sempre a paz verdadeira, que perdura por cima da dor e de qualquer obstáculo.
(..) 
A Visita ao Santíssimo é um ato de piedade que demora poucos minutos, e, não obstante, quantas graças, quanta fortaleza e paz o Senhor nos dá! Com ela melhora a nossa presença de Deus ao longo do dia, e dela tiramos forças para enfrentar com garbo as contrariedades da jornada; nela se acende a vontade de trabalhar melhor e se armazena uma boa provisão de paz e de alegria para a vida familiar. O Senhor, que é bom pagador, sempre se mostra agradecido quando vamos visitá-lo. “É tão agradecido que não deixa sem prêmio um simples levantar de olhos lembrando-nos dEle” (Santa Teresa, Caminho de perfeição, 23, 3).
(...) 
“Que devemos fazer – perguntais algumas vezes – na presença de Deus Sacramentado? Amá-lo, louvá-lo, agradecer-lhe e pedir-lhe. Que faz um homem sedento diante de uma fonte cristalina?” (Santo Afonso Maria de Ligório, Visitas ao Santíssimo Sacramento, 1). 
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Os primeiros cristãos já viviam este piedoso costume a partir do momento em que tiveram igrejas e se passou a reservar nelas o Santíssimo Sacramento. São João Crisóstomo comenta assim esta prática de piedade: “E Jesus entrou no templo. Fez o que era próprio de um bom filho: ir logo a casa de seu pai, para ali tributar-lhe a honra devida. Assim tu, que deves imitar Jesus Cristo, quando entrares numa cidade, deves em primeiro lugar ir a uma igreja” (São João Crisóstomo, Catena Aurea, III, pág. 14). 

Uma vez dentro da igreja, podemos localizar facilmente o Sacrário – que é para onde deve dirigir-se antes de mais nada a nossa atenção –, pois tem que estar situado num lugar “verdadeiramente destacado” e “apto para a oração privada”. E, nesse lugar, a presença da Santíssima Eucaristia estará assinalada pela pequena lamparina que, em sinal de honra ao Senhor, arderá continuamente junto do tabernáculo (cfr. Instrução sobre o Mistério Eucarístico, 53 e 57; cfr. CIC, can 938 e 940). "

Francisco Fernandez Carvajal 
Falar com Deus
TEMPO PASCAL. OITAVA DA PÁSCOA. QUINTA-FEIRA 51. AO ENCONTRO DO SENHOR

14 abril 2020

Jesus Cristo vive para sempre


"“Cristo vive. Não é Cristo uma figura que passou, que existiu num tempo e que se retirou, deixando-nos uma lembrança e um exemplo maravilhosos [...]. A sua Ressurreição revela-nos que Deus não abandona os seus. Pode a mulher esquecer-se do fruto do seu ventre, não se compadecer do filho de suas entranhas? Pois ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de ti (Is XLIX, 14-15), tinha Ele prometido. E cumpre a sua promessa. Deus continua a achar as suas delícias entre os filhos dos homens (Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 102; cfr. Prv VIII, 31)”. 

Jesus chama-nos muitas vezes pelo nosso nome, no seu tom de voz inconfundível. Está muito perto de cada um. 

Que as circunstâncias externas –talvez as lágrimas, como aconteceu com Maria Madalena, provocadas pela dor, pelo fracasso, pela decepção, pelas penas, pelo desconsolo –não nos impeçam de ver Jesus que nos chama. Que saibamos purificar tudo aquilo que possa turvar o nosso olhar.

Santo Agostinho, ao considerar a presença inefável de Deus na alma, exclamava: “Tarde te amei, Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Tu estavas dentro de mim e eu te buscava fora [...]. Tu estavas comigo, mas eu não estava contigo. Mantinham-me atado, longe de ti, essas coisas que, se não fossem sustentadas por Ti, deixariam de ser. Chamaste-me, gritaste-me, rompeste a minha surdez. Brilhaste e resplandeceste diante de mim, e expulsaste dos meus olhos a cegueira” (Confissões, 10, 27-38). 

Na alma em graça, o Senhor está mais perto de nós do que qualquer pessoa que esteja ao nosso lado, mais perto do que o filho ou o irmão que tendes nos vossos braços ou conduzis pela mão; está mais presente que o nosso próprio coração. Não deixemos de manter sempre um trato de intimidade com Ele.   

CRISTO VIVE e está presente de diversos modos no meio de nós e mesmo dentro de nós. Por isso devemos sair ao seu encontro, esforçar-nos por ter maior consciência da sua proximidade inefável para que, tendo-o mais presente, procuremos conviver mais com Ele e fazer com que o seu amor cresça em nós.

"... Cristo, Cristo ressuscitado, é o companheiro, o Amigo. Um companheiro que se deixa ver apenas entre sombras, mas cuja realidade inunda toda a nossa vida e nos faz desejar a sua companhia definitiva” (Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 116). 

Se contemplarmos Cristo ressuscitado, se nos esforçarmos por olhá-lo com olhar limpo, compreenderemos profundamente que também agora nos é possível segui-lo de perto, viver a nossa vida ao seu lado e assim engrandecê-la e dotá-la de um sentido novo. Com o decorrer do tempo, ir-se-á estabelecendo entre Cristo e nós uma relação pessoal –uma fé amorosa –que hoje, depois de vinte séculos, pode ser tão autêntica e certa como a daqueles que o contemplaram ressuscitado e glorioso, com os sinais da Paixão no seu Corpo. 

Notaremos que, cada vez com mais naturalidade, referiremos ao Senhor todas as coisas da nossa existência, e que já não poderíamos viver sem Ele. Encontrar o Senhor exigirá, por vezes, uma busca paciente e laboriosa, um recomeço diário, talvez sob a impressão de ainda estarmos nos primeiros passos da vida interior. Mas se lutarmos, sem desanimar ante os possíveis retrocessos, muitas vezes aparentes, estaremos sempre mais próximos de Jesus."

Francisco Fernandez Carvajal 
(TEMPO PASCAL. OITAVA DA PÁSCOA. TERÇA-FEIRA 49. JESUS CRISTO VIVE PARA Sempre) 

13 abril 2020

Livro Digital "Ofício das Leituras Anual do Tempo da Páscoa"




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"Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da Luz" Rm 13,12
CEFAS, oriundo do nome de São Pedro apóstolo, significa também um Acróstico: Comunhão para Evangelização, Formação e Anúncio do Senhor. É um humilde projeto de evangelização através da internet, buscando levar formação católica doutrinal e espiritual.