30 abril 2009

Informativo Cléofas - 30/04/

Informativo Cléofas, 30 de Abril de 2009 - Ano IV - Número 119

Comunicado do Programa Escola da Fé

Informamos que hoje não será exibido o Programa Escola da Fé com o Prof. Felipe Aquino.

O programa Escola da Fé, é exibido toda a quinta-feira às 20h30 na TV Canção Nova (Link))


Perguntas e Respostas

+ Quando e como surgiu a Igreja Anglicana?
+ As Hóstias estragam?
+ O que significa a palavra Papa?

+ O Cerco de Jericó pode ser feito em casa?

+ índice


Blog do Prof. Felipe

DEUS NÃO FAZ PROPAGANDA

O filósofo francês, Voltaire, mesmo se confessando ateu e inimigo da Igreja, não podia deixar de dizer que: “O mundo me perturba e não posso imaginar que este relógio funcione e não tenha tido relojoeiro”… Os latinos chamaram o universo de mundo (= belo, lindo, maravilhoso); os gregos o chamaram de kosmos (= disciplinado, ordenado).

Todos os astros obedecem a rigorosas leis da mecânica celeste, e nenhum deles muda a sua trajetória por própria conta. Alguém já disse que : “Deus não fala, mas tudo fala de Deus.” São Paulo nos lembra na Carta aos Romanos que: “Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade se tornam visíveis à inteligência por suas obras.” (Rom 1,19)

Você pode chegar a Deus olhando a natureza e olhando para dentro de você. Deus é silencioso e discreto; Ele não faz sua auto propaganda. Ele não coloca placas em cada rosa, em cada pássaro, ou em cada criança, com os dizeres: “Feito por Deus”. Ele não é como os homens. Ele não põe na embalagem das frutas o seu nome, e nem mesmo diz que o Seu produto é o “melhor” do comércio, como todos fazem.

Você nunca viu escrito nas ondas do mar e nem nas estrelas: “Criado por Deus”. O mundo é tão belo, tudo funciona tão automaticamente bem e de forma cientificamente tão perfeita, e silenciosa, que a filosofia moderna tende a eliminar a necessidade de Deus, como se tudo pudesse existir a partir do nada. Chegaram até a falar da “morte de Deus”...(...)

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Livro da Semana

A Igreja
51 Catequeses do Papa João Paulo II sobre a Igreja

A Igreja é um projeto nascido no coração do Pai, prefigurada desde a origem do mundo, preparada na Antiga Aliança, instituída por Jesus Cristo, manifestada pelo Espírito Santo em Pentecostes; é o Corpo de Cristo, a Esposa do Cordeiro, o Templo do Espírito Santo, o Povo de Deus, enfim, o “Sacramento Universal da Salvação” e o mistério e sinal da íntima união dos homens com Deus (cf. Catecismo n. 759 a 797).

O pedido dos nossos Pastores neste novo milênio é para “Ser Igreja”. Antes de tudo, então, é preciso conhecê-la, sem o que não será possível amá-la e serví-la como convém. E ninguém melhor do que o próprio Papa para nos ensinar quem é esta Mãe que nos gera para a vida eterna.

Neste livro você tem 51 Catequeses que o Santo Padre ministrou sobre a Igreja, de maneira sistemática, completa e profunda. Beba desta autêntica eclesiologia.


Ficha Técnica
Editora: Cléofas
ISBN: 85-86283-15-0
Ano: 2004
Edição: 2
Número de páginas: 216
Idioma: Português (BR)
Acabamento: Brochura
Formato: 14x21 cm


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Jesus Sinal de Contradição

14x21 cm - 264 páginas


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Os Anjos

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Ensinamentos dos Santos

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© 2009 - Editora Cléofas

Liturgia Diária!!!

Quinta-feira, dia 30 de Abril de 2009
Quinta-feira da 3ª semana da Páscoa

S. Pio V, papa, +1572



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Francisco de Sales : «Os vossos pais comeram o maná e morreram; mas quem come o pão do céu não morrerá»

Leituras

Actos 8,26-40.
O Anjo do Senhor falou a Filipe e disse-lhe: «Põe-te a caminho e dirige-te
para o Sul, pela estrada que desce de Jerusalém para Gaza, a qual se
encontra deserta.»
Ele pôs-se a caminho e foi para lá. Ora, um etíope, eunuco e alto
funcionário da rainha Candace, da Etiópia, e superintendente de todos os
seus tesouros, que tinha ido em peregrinação a Jerusalém,
regressava, na mesma altura, sentado no seu carro, a ler o profeta Isaías.
O Espírito disse a Filipe: «Vai e acompanha aquele carro.»
Filipe, acorrendo, ouviu o etíope a ler o profeta Isaías e perguntou-lhe:
«Compreendes, verdadeiramente, o que estás a ler?»
Respondeu ele: «E como poderei compreender, sem alguém que me oriente?» E
convidou Filipe a subir e a sentar-se junto dele.
A passagem da Escritura que ele estava a ler era a seguinte: Como ovelha
levada ao matadouro, e como cordeiro sem voz diante daquele que o tosquia,
assim Ele não abre a sua boca.
Na humilhação se consumou o seu julgamento, e quem poderá contar a sua
geração? Da face da terra foi tirada a sua vida!
Dirigindo-se a Filipe, o eunuco disse-lhe: «Peço-te que me digas: De quem
fala o profeta? De si mesmo ou de outra pessoa?»
Então, Filipe tomou a palavra e, partindo desta passagem da Escritura,
anunciou-lhe a Boa-Nova de Jesus.
Pelo caminho fora, encontraram uma nascente de água, e o eunuco disse:
«Está ali água! Que me impede de ser baptizado?»
Filipe respondeu: «Se acreditas com todo o coração, isso é possível.» O
eunuco respondeu: «Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.»
E mandou parar o carro. Ambos desceram à água, Filipe e o eunuco, e Filipe
baptizou-o.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o eunuco não
o viu mais, seguindo o seu caminho cheio de alegria.
Filipe encontrou-se em Azoto e, partindo dali, foi anunciando a Boa-Nova a
todas as cidades, até que chegou a Cesareia.


Salmos 66(65),8-9.16-17.20.
Bendizei, ó povos, o nosso Deus, fazei ressoar a voz do seu louvor.
Foi Ele quem salvou a nossa vida e não permitiu que os nossos pés
resvalassem.
Vinde e ouvi, todos os que temeis a Deus; vou narrar vos o que Ele fez por
mim.
Por Ele gritou a minha boca e o seu louvor andava já na minha língua.
Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem me retirou a sua
misericórdia.


João 6,44-51.
Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não atrair; e Eu hei-de
ressuscitá-lo no último dia.
Está escrito nos profetas: E todos serão ensinados por Deus. Todo aquele
que escutou o ensinamento que vem do Pai e o entendeu vem a mim.
Não é que alguém tenha visto o Pai, a não ser aquele que tem a sua origem
em Deus: esse é que viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram.
Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá.
Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá
eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do
mundo.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Francisco de Sales (1567-1622), Bispo de Genebra e Doutor da Igreja
Tratado do Amor de Deus 3, 15

«Os vossos pais comeram o maná e morreram; mas quem come o pão do céu não morrerá»

O maná foi saboreado por todos aqueles que o comeram, mas diferentemente,
segundo a diversidade do apetite daqueles que o tomaram, e nunca foi
saboreado na sua totalidade, porque havia maior diversidade de sabores do
que de gostos entre os israelitas (Sb 16,20-21). No céu, veremos e
saborearemos toda a Divindade, mas nem os bem aventurados todos juntos O
verão ou O saborearão totalmente. [...]

Assim, os peixes desfrutam a incrível imensidade do oceano, mas nenhum
peixe, nem mesmo toda a multidão dos peixes, viu todas as praias ou molhou
as suas escamas em todas as águas do mar; e os pássaros perdem-se a seu
belo prazer na vastidão do ar, mas nunca nenhum pássaro, nem mesmo todo o
conjunto dos pássaros, voou por todas as regiões do ar e nunca nenhum
chegou à suprema região deste. Os nossos espíritos, à sua maneira e segundo
toda a extensão dos seus desejos, nadarão no oceano e voarão no ar da
Divindade, e rejubilarão eternamente por ver que este ar é tão infinito,
este oceano tão vasto, que não pode ser medido pelas suas asas; e,
rejubilando sem reserva nem excepção em todo este abismo infinito da
Divindade, não poderão contudo igualar o seu gozo a esta infinitude, a qual
permanece sempre infinitamente infinita acima a sua capacidade.




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29 abril 2009

Liturgia Diária!!!

Quarta-feira, dia 29 de Abril de 2009
Santa Catarina de Sena

Santa Catarina de Sena, virgem, Doutora da Igreja, Padroeira da Europa,+1380



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório de Nissa : Santa Catarina de Sena, virgem e Doutora da Igreja

Leituras

1 João 1,5-10.2,1-2.
Eis a mensagem que ouvimos de Jesus e vos anunciamos: Deus é luz e nele não
há nenhuma espécie de trevas.
Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos
e não praticamos a verdade.
Pelo contrário, se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então
temos comunhão uns com os outros e o sangue do seu Filho Jesus purifica-nos
de todo o pecado.
Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não
está em nós.
Se confessamos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda a iniquidade.
Se dizemos que não somos pecadores, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra
não está em nós.
Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se
alguém pecar, temos junto do Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo,
pois Ele é a vítima que expia os nossos pecados, e não somente os nossos,
mas também os de todo o mundo.


Salmos 103(102),1-4.8-9.13-14.17-18.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e todo o meu ser louve o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele quem perdoa as tuas culpas e cura todas as tuas enfermidades.
Ele quem resgata a tua vida do túmulo e te enche de graça e de ternura.
SENHOR é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de amor.
Não está sempre a repreender-nos, nem a sua ira dura para sempre.
Como um pai se compadece dos filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o
temem.
Na verdade, Ele sabe de que somos formados; não se esquece de que somos pó
da terra.
Mas o amor do SENHOR é eterno para os que o temem e a sua justiça chega até
aos filhos dos seus filhos,
para os que guardam a sua aliança e se lembram de cumprir os seus
preceitos.


Mateus 11,25-30.
Naquela ocasião, Jesus tomou a palavra e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor
do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos
entendidos e as revelaste aos pequeninos.
Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado.
Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai,
como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser
revelar.»
«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de
aliviar-vos.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração e encontrareis descanso para o vosso espírito.
Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo
Sobre Mt 19 (trad. Quéré-Jaulmes, Centurion 1969, p. 210 rev. Tournay)

Santa Catarina de Sena, virgem e Doutora da Igreja

O casamento é bom [...]; tu que és consagrada a Deus, honra também a mãe da
qual nasceste. E tu, que és casada, honra aquela que nasceu de uma mãe sem
ser ela própria mãe; não é mãe, mas é esposa Cristo. Que também a mulher
casada pertença a Cristo; mas que a virgem consagrada seja totalmente
d'Ele. Que a primeira não se prenda ao mundo; mas que a segunda se liberte
totalmente dele. [...] «Nem todos compreendem esta linguagem, mas apenas
aqueles a quem isso é dado», disse Jesus (Mt 19, 11).

Compreendeis a profundidade do pensamento Cristo? [...] Se transferes para
Deus todo o fogo da tua alma, sem te deixares balançar entre o amor que
passa e o amor que permanece, entre o amor visível e o invisível, é porque
o próprio Deus te feriu com as setas da escolha; conheces a beleza do teu
Esposo e podes cantar este hino: «Senhor, Tu és a minha alegria, o objecto
de todos os meus desejos!» (Ct 5,16). Permanecerás totalmente em Cristo,
até contemplares Cristo teu Esposo. [...] Mas, quando ouves Cristo declarar
que «Nem todos compreendem esta linguagem, mas apenas aqueles a quem isso é
dado», pensa que isso é dado àqueles que Ele escolheu e que abriram o seu
coração a estas coisas. «Portanto, isto não depende daquele que quer, nem
daquele que se esforça por alcançá-lo, mas de Deus, que é misericordioso»
(Rm 9, 16).




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28 abril 2009

Liturgia Diária!!!

Terça-feira, dia 28 de Abril de 2009
Terça-feira da 3ª semana da Páscoa

S. Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716, S. Pedro Chanel, presbítero, mártir, padroeiro da Oceânia, +1841



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cirilo de Alexandria : «É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão que vem do céu»

Leituras

Actos 7,51-60.8,1.
Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre vos
opondes ao Espírito Santo; como foram os vossos pais, assim sois vós
também.
Qual foi o profeta que os vossos pais não tenham perseguido? Mataram os que
predisseram a vinda do Justo, a quem traístes e assassinastes,
vós, que recebestes a Lei pelo ministério dos anjos, mas não a guardastes!»

Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os
dentes contra Estêvão.
Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de
Deus e Jesus de pé, à direita de Deus.
«Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita
de Deus.»
Eles, então, soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma,
atiraram-se a ele
e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As
testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E, enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o
meu espírito.»
Depois, posto de joelhos, bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas
este pecado.» Dito isto, adormeceu.
Saulo aprovava também essa morte. No mesmo dia, uma terrível perseguição
caiu sobre a igreja de Jerusalém. À excepção dos Apóstolos, todos se
dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.


Salmos 31(30),3-4.6.7.8.17.21.
Inclina para mim os teus ouvidos; apressa te a libertar me. Sê para mim uma
rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia me e
conduz me.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito; SENHOR, Deus fiel, salva me.
Detesto os que adoram ídolos falsos; eu, por mim, confio no SENHOR.
Hei-de alegrar-me e regozijar-me com a tua misericórdia, pois viste a minha
miséria e conheceste a angústia da minha alma.
Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva me pela tua
misericórdia."
Ao abrigo da tua face, Tu os guardas das intrigas dos homens; na tua tenda
os defendes contra as línguas maldizentes.


João 6,30-35.
Eles replicaram: «Que sinal realizas Tu, então, para nós vermos e crermos
em ti? Que obra realizas Tu?
Os nossos pais comeram o maná no deserto, conforme está escrito: Ele
deu-lhes a comer o pão vindo do Céu.»
E Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés
que vos deu o pão do Céu, mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do
Céu,
pois o pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo.»
Disseram-lhe então: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!»
Respondeu-lhes Jesus: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá
fome e quem crê em mim jamais terá sede.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja
Sobre Isaías, IV, 1

«É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão que vem do céu»

«Cantai ao Senhor um cântico novo!» (Sl 95, 1). Novo é o cântico, para se
ajustar a realidades novas; Paulo escreveu: «Se alguém está em Cristo é uma
criatura nova; o mundo antigo passou, foi feito um mundo novo» (2Cor 5,
17). Os que eram israelitas pelo sangue foram libertados da tirania dos
egípcios graças ao mediador desse tempo, o muito sábio Moisés; foram
libertados do trabalho penoso dos tijolos, dos suores inúteis das tarefas
terrenas [...], da crueldade dos supervisores, da dureza inumana do faraó.
Atravessaram o mar; no deserto comeram o maná; beberam água que jorrou do
rochedo; passaram o Jordão a pé enxuto; foram introduzidos na Terra da
promessa.

Ora, por nós, tudo isso foi renovado, e o mundo novo é incomparavelmente
melhor que o antigo. Nós fomos libertados de uma escravatura, não terrena,
mas espiritual; fomos libertados, não só das tarefas desta terra, mas da
mancha dos prazeres carnais. Escapámos, não aos contramestres egípcios ou
ao tirano ímpio e impiedoso, homem como nós, mas aos demónios malignos e
impuros que incitam a pecar, e ao chefe da sua raça, Satanás.

Atravessámos as ondas da vida presente, como um mar, com o seu tumulto e as
suas loucas agitações. Comemos o maná espiritual, o pão descido do céu, que
dá a vida ao mundo. Bebemos a água que jorra da rocha, fazendo das águas
vivas de Cristo as nossas delícias. Atravessámos o Jordão graças ao santo
baptismo que fomos julgados dignos de receber. Entrámos na Terra prometida
aos santos e preparada para eles, esta terra que o Senhor recorda ao dizer:
«Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra» (Mt 5, 4).




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27 abril 2009

A tentação de parar no "Oásis"

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E ficarmos parados para sempre

O encontro com o Senhor Jesus é o mais comprometedor e difícil de superar. São poucos os que conseguem chegar a esta dimensão e permanecer nela.

Jesus diz: “ Nem todo aquele que me diz 'Senhor, Senhor' entrará no Reino dos céus” (Mt 7,21).

O encontro com Jesus que cura não é a chegada, mas o começo da nossa caminhada. Isto não deve, de forma nenhuma, tirar nossa coragem, porque o que interessa é que estamos caminhando.

Geralmente, durante o percurso, chegamos ao deserto que, como explicam os místicos, é uma etapa essencial para uma real maturação espiritual. No entanto, o maior risco que corremos é o de chegarmos ao “oásis” e pararmos de forma definitiva.

O que é um Oásis?

É uma área do deserto onde a terra produz vegetação; tem água, palmas, árvores, etc. Em suma, existe tudo que serve para sobreviver.

Moisés, encarregado por Deus de conduzir os israelenses do Egito para a Terra Prometida, durante a viagem, que durou quarenta anos, encontrou diversos oásis como o de Jericó. Em tais ocasiões, Deus sugerira a Moisés parar para descansar.

Descansar no oásis é muito prazeroso, mas, após o descanso, chegava a nova ordem: “Enrolar as tendas e recomeçar a caminhada”. Mas o povo de Israel, diante desta ordem, muitas vezes se rebelou.

Hoje, na nossa vida acontece a mesma coisa; queremos ficar para sempre no oásis e o procedimento é simples: tentamos evitar os pecados graves; se caímos, corremos, imediatamente, para nos confessar; tentamos participar da Missa aos domingos e nos esforçamos para fazer o bem. Isto é o suficiente para nos salvar! Por que, então, recomeçar a caminhada? É dessa forma que ficamos parados para sempre.

Atenção! Para evitar esse perigo é bom que a alma, decidida a começar uma caminhada séria, escolha um guia espiritual que possa ajudá-la a distinguir um oásis de chegada e o ajude durante a longa e fatigosa viagem espiritual. Mas, às vezes, até o guia espiritual pode ser enganado pelo demônio, chegando a ser um verdadeiro perigo para as almas a ele confiadas.

Uma vez, um casal me procurou dizendo ter recebido um chamado bastante original: o Senhor tinha feito com que eles entendessem que deviam abandonar tudo para evangelizar, vivendo apenas da providência.Tentei convencê-los a não fazer isso, porque, a meu ver, era uma grave imprudência. Graças a Deus, não fui escutado e eles fizeram o que sentiam no coração. Atualmente, são dois evangelizadores incansáveis que fundaram escolas de evangelização no mundo todo.

Isso prova que podemos ser deletérios quando não estamos abertos para o Espírito Santo.

Do livro 'Cura do mal e libertação do maligno'

Frei Elias Vella

Acredite na sua grandeza

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Só o homem é capaz de pensar, de chorar, de decidir livremente, de rezar e adorar...

Para ser feliz é imprescindível que você acredite no valor que você tem. Nada é mais belo e mais perfeito do que o ser humano. As invenções mais fantásticas são como brinquedos infantis se comparados à grandeza do ser humano. Nada chega perto da grandeza de uma alma imortal e de uma inteligência capaz de projetar e construir tantas maravilhas da técnica moderna. Nada se compara à nossa liberdade, vontade, memória, capacidade de amar, de cantar, de projetar, construir...

Só o homem é capaz de pensar, de chorar, de decidir livremente, de rezar e adorar. Só ele tem consciência de si mesmo e do bem e do mal que faz. Todo o universo “não sabe que existe”; não tem alma, não tem inteligência, não tem vontade, e não tem consciência.

Você as tem, por isso é mais importante do que todo o Cosmos. Você é mais importante do que os bilhões de estrelas... Você é mais belo do que o Sol, mais brilhante do que a Lua, mais fantástico do que tudo o que os seus olhos veem...

Um grito de júbilo explodiu no universo quando a vida se tornou consciente, inteligente, dotada de vontade e liberdade.

Podemos dizer como o poeta que o Cosmos “chorou” de alegria quando viu você surgir das mãos de Deus.

Você veio ao mundo depois de bilhões de anos de preparação, para ser rei deste universo. Então você não pode se arrastar como um escravo; você não pode viver como uma águia criada em galinheiro e que nunca aprendeu a voar; a sua dignidade não permite isso. Cada um de nós sintetiza no seu ser todo o universo criado; temos no corpo a matéria do universo e temos na alma o espírito dos anjos.

Você é a meta de toda a criação. Você é a voz e a alma do universo. É através de nós que a matéria bruta, a planta silenciosa e o animal selvagem dão glória ao Criador.

Eles olham para você... Não os decepcione!

Há bilhões de anos Deus preparou a nossa chegada. Desde o primeiro átomo de hidrogênio, que foi criado há bilhões de anos, Ele já pensava em cada um de nós. E, quando você foi gerado por seu pai, de todos aqueles trezentos milhões de espermatozóides, só um fecundou aquele óvulo bendito de sua mãe: daí nasceu você. Isso não foi mera coincidência ou sorte; foi a vontade do Criador; Ele nos ama e nos chamou à vida.

E ninguém jamais será igual a você, porque o Criador trabalha com exclusividade. Não aceita repetir as Suas obras.

Entre os mais de seis bilhões de pessoas do Planeta, não há dois que tenham o mesmo código genético (DNA) ou as mesmas impressões digitais. Não é fantástico?

As mulheres querem roupas exclusivas, sem que outras as tenham iguais, o Criador deu isso de graça a todos, não nas roupas, mas no ser. A roupa exclusiva acaba, mas você não!

Você é um indivíduo, isso quer dizer: único, irrepetível, singular. Sua vida é única, não houve e não haverá outro igual a você na história deste mundo! Já pensou nisso? Você é o artista principal da vida.

Professor Felipe Aquino

Rezar mais para rezar melhor

Formações

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Quanto menos rezamos, menos vontade temos

Para aprender a rezar é preciso simplesmente rezar muito, saber recomeçar indefinidamente a rezar sem se cansar, mesmo se não há resposta imediata, mesmo se não há nenhum resultado aparente.

Uma vidente perguntou a nossa senhora: mãe, o que devemos fazer para rezar melhor?” nossa Senhora respondeu: “Rezar mais! “ . Quanto mais rezamos, mais vontade temos de rezar; quanto menos rezamos, menos vontade temos.

Quando eu era bebê, fui tomando por uma anemia profunda que passei muitos anos combatendo; tenho ainda desagradáveis lembranças dessa luta. O problema é que, por ter anemia, não sentia vontade de comer; por que não comia, tinha anemia, e por ter anemia, não sentia vontade de comer; e porque não comia, tinha anemia... e assim por diante. O ciclo não é só vicioso, é fatal.

O remédio era, querendo ou não, comer, comer, comer...

Lembro-me dos ovos crus e dos bifes de fígado crus, nada apetecíveis que eu comia a força. Era preciso afastar a anemia. O remédio é alimentar-se ainda que forçosamente e, se temos pessoas que nos amam a nossa volta, elas devem nos obrigar a comer para a nossa salvação.

Para o mal de deixar a oração, não há outro remédio senão recomeçar. Precisamos sair da inércia e retomar o nosso relacionamento com Deus, ainda que não tenhamos gosto para já. As pessoas muito ativas ajudariam mais a Igreja, deixariam Deus mais satisfeito, além de darem um bom exemplo se gastassem ao menos a metade do tempo empregadas nas boas obras, em permanecer com Deus na oração.

Márcio Mendes

A velhice e as perdas naturais

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O tempo passou e a velhice chegou. E agora?

A juventude é um período que favorece muitas fugas. A vitalidade do corpo, a vida agitada, os muitos compromissos, as múltiplas possibilidades, tudo faz com que esse tempo da vida seja naturalmente dinâmico. A impulsividade é a marca dessa fase.

Com o passar do tempo, essa dinâmica vai se transformando. Vamos ficando mais lentos, mais criteriosos, e o leque que antes era formado de inúmeras possibilidades vai se tornando mais estreito.

São as estações da vida e suas mudanças constantes. São os encaminhamentos naturais do tempo a nos conduzir ao lugar da pergunta - E agora? O tempo passou e a velhice chegou. E agora?

A escritora mineira Adélia Prado fala, de forma muito interessante, dos impactos da velhice na vida humana. No poema “Pedido de adoção”, a escritora identifica na personagem a saudade de ter a mãe. Esta orfandade é reconhecida no auge da velhice, momento da vida em que os limites a aprisionam fazendo-a querer os mesmos cuidados que as crianças. Veja com que beleza e simplicidade a autora faz a leitura desse sentimento.

Estou com muita saudade

de ter mãe,

pele vincada,

cabelos para trás,

os dedos cheios de nós,

tão velha,

quase podendo ser a mãe de Deus,

– não fosse tão pecadora.

Mas esta velha sou eu,

minha mãe morreu na roça,

os olhos cheios de brilho,

a cara cheia de susto.

Ó meu Deus, pensava

que só de crianças se falava:

as órfãs.

O sentimento da orfandade lhe confere a coragem de querer o retorno no tempo, de driblar a crueza de sua idade e reivindicar o direito de ter um colo onde deitar a cabeça e receber os cuidados maternos.

A personagem manifesta o desejo de voltar a se enrolar no tecido da descendência, como se quisesse suturar sua carne já envelhecida à carne jovem de sua mãe, que só existe em suas saudades, e assim rejuvenescer.

É a personagem diante do fato inevitável de que o tempo passou e que agora, velha, como um dia estivera sua mãe, reconhece em sua alma a mesma condição em que costumamos classificar as crianças órfãs.

A personagem e a velhice. Destino inevitável que os pés humanos encontrarão ao longo da existência. Não há outro jeito. É regra da vida. Envelhecer é um processo natural. O corpo, que antes possuía uma vitalidade extraordinária, aos poucos, bem aos poucos, vai se curvando aos ditames do tempo. Estamos expostos aos efeitos do chronos, o tempo que passa.

Desde o nascimento, o corpo se encaminha para o seu processo final. Nasce direcionado para o fim, uma vez que o seu percurso terá como meta a sua desmaterialização.

Durante esse percurso viverá as diversas fases da vida, extraindo de cada uma delas suas possibilidades e seus limites.

(Trecho do livro "Quando o sofrimento bater à sua porta" de padre Fábio de Melo)

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Padre Fábio de Melo

Padre Fábio de Melo é professor no curso de teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova.

Liturgia Diária!!!

Segunda-feira, dia 27 de Abril de 2009
Segunda-feira da 3ª semana da Páscoa

Santa Zita, virgem, +1278



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Pedro o Venerável : «À procura de Jesus»

Leituras

Actos 6,8-15.
Cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários milagres e prodígios
entre o povo.
Ora, alguns membros da sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos
alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão;
mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele
falava.
Subornaram, então, uns homens para dizerem: «Ouvimo-lo proferir palavras
blasfemas contra Moisés e contra Deus.»
Provocaram, assim, a ira do povo, dos anciãos e dos escribas; depois,
surgindo-lhe na frente, arrebataram-no e levaram-no ao Sinédrio.
Aí, apresentaram falsas testemunhas que declararam: «Este homem não cessa
de falar contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-lo afirmar que Jesus, o Nazareno, destruiria este lugar e
mudaria as regras que Moisés nos legou.»
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu
rosto era como o rosto de um Anjo.


Salmos 119(118),23-24.26-27.29-30.
Ainda que os grandes conspirem contra mim, o teu servo meditará nas tuas
leis.
Os teus preceitos são as minhas delícias; são eles os meus conselheiros.
Dalet
Expus-te os meus caminhos e Tu me respondeste; ensina-me as tuas leis.
Faz-me compreender o caminho dos teus preceitos para meditar nas tuas
maravilhas.
Afasta-me dos caminhos da mentira; concede-me a graça da tua lei.
Escolhi o caminho da verdade e preferi as tuas sentenças.


João 6,22-29.
No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do lago reparou que
ali não estivera mais do que um barco, e que Jesus não tinha entrado no
barco com os seus discípulos, mas que estes tinham partido sozinhos.
Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades até ao lugar onde tinham
comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, a multidão
subiu para os barcos e foi para Cafarnaúm à procura de Jesus.
Ao encontrá-lo no outro lado do lago, perguntaram-lhe: «Rabi, quando
chegaste cá?»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-me,
não por terdes visto sinais miraculosos, mas porque comestes dos pães e vos
saciastes.
Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura
e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que
Deus, o Pai, confirma com o seu selo.»
Disseram-lhe, então: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de
Deus?»
Jesus respondeu-lhes: «A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou.»



Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Pedro o Venerável (1092-1156), Abade de Cluny
Sermão sobre o elogio do Santo Sepulcro (trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, Mediaspaul 2000, t. 6, p. 58)

«À procura de Jesus»

Escutai, povos de todo o mundo; escutai, nações espalhadas por toda a
superfície da terra; ouvi, tribos e raças diversas (cf. Ap 7, 9), todos vós
que vos julgáveis abandonados e que vos consideráveis até agora miseráveis,
ouvi e alegrai-vos: o vosso Criador não vos esqueceu. Ele não quis que a
Sua cólera retivesse por mais tempo as Suas misericórdias; na Sua bondade,
quer agora salvar, não só o pequeno número dos judeus, mas a imensa
multidão. Escutai o santo profeta Isaías [...]: «Naquele dia, a raiz de
Jessé será erguida como um sinal para os povos» (11,10). [...]

Como o próprio Jesus atestou, Ele é Aquele que «Deus Pai marcou com o Seu
selo», para que seja um sinal. Mas um sinal de quê? Para que, exaltado no
cimo do estandarte da cruz, qual serpente de bronze elevada no meio do
campo (Nm 21), Ele volte para Si os olhares, não só do povo judeu, mas de
todo o universo, e atraia para Si, pela Sua morte na cruz, o coração de
todos os homens. Assim, ensiná-los-á a pôr nEle toda a esperança. Ao
curar-lhes todas as fraquezas, ao perdoar-lhes todos os pecados, ao abrir a
todos o Reino dos Céus encerrado há tanto tempo, mostrar-lhes-á que é
verdadeiramente «Aquele que será enviado [...], Aquele que todas as nações
aguardavam» (Gn 49, 10). Este sinal, Ele próprio o elaborou para os povos,
a fim de «juntar os exilados de Israel e reunir os dispersos de Judá dos
quatro cantos da terra» (Is 11, 12).




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26 abril 2009

Liturgia Diária!!!

Domingo, dia 26 de Abril de 2009
3º Domingo da Páscoa - Ano B

Terceiro Domingo de Páscoa (semana III do saltério)
S. Pedro de Rates, mártir, 1º bispo de Braga, séc. I (?)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
CristinaSão Gregório Magno : «Sou Eu mesmo. Tocai-me»

Leituras

Actos 3,13-15.17-19.
O Deus de Abraão, de Isaac e Jacob, o Deus dos nossos pais, glorificou o
seu servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos,
estando ele resolvido a libertá-lo.
Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino.
Destes a morte ao Príncipe da Vida, mas Deus ressuscitou-o dos mortos, e
disso nós somos testemunhas.
Agora, irmãos, sei que agistes por ignorância, como também os vossos
chefes.
Dessa forma, Deus cumpriu o que antecipadamente anunciara pela boca de
todos os profetas: que o seu Messias havia de padecer.
Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam
apagados;


Salmos 4,2.4.7.9.
Quando te invocar, escuta me, ó Deus, minha justiça! Já que na angústia me
libertaste, tem compaixão de mim e ouve a minha oração.
Sabei que o SENHOR faz maravilhas pelo seu amigo e há-de escutar-me quando
o invocar.
Muitos dizem: "Quem nos dará a felicidade?" Resplandeça sobre nós, SENHOR,
a luz da tua face!
Deito me em paz e logo adormeço, porque só Tu, SENHOR, me fazes viver em
segurança.


1 João 2,1-5.
Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se
alguém pecar, temos junto do Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo,
pois Ele é a vítima que expia os nossos pecados, e não somente os nossos,
mas também os de todo o mundo.
abemos que o conhecemos por isto: se guardamos os seus mandamentos.
Quem diz: «Eu conheço-o», mas não guarda os seus mandamentos é um mentiroso
e a verdade não está nele;
ao passo que quem guarda a sua palavra, nesse é que o amor de Deus é
verdadeiramente perfeito; por isto reconhecemos que estamos nele.


Lucas 24,35-48.
E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se
lhes dera a conhecer, ao partir o pão.
Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A
paz esteja convosco!»
Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas
nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um
espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.»
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam,
Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma?»
Deram-lhe um bocado de peixe assado;
e, tomando-o, comeu diante deles.
Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda
estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu
respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.»
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e
ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia;
que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos
pecados a todos os povos, começando por Jerusalém.
Vós sois as testemunhas destas coisas.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

CristinaSão Gregório Magno (c. 540-604), papa e Doutor da Igreja
Homilias sobre os Evangelhos, n°26; PL 76,1197 (trad. Barroux rev.; cf. Delhougne, p. 204).

«Sou Eu mesmo. Tocai-me»

Como é que o corpo do Senhor, uma vez ressuscitado, continuou a ser um
corpo verdadeiro, podendo, ao mesmo tempo, entrar no local onde os
discípulos se encontravam, apesar de as portas estarem fechadas? Devemos
estar cientes de que a acção divina não teria nada de admirável se a razão
humana a pudesse compreender e que a fé não teria mérito se o intelecto lhe
fornecesse provas experimentais. Sendo, por si mesmas, incompreensíveis,
tais obras do nosso Redentor devem ser meditadas à luz das outras acções do
Senhor, de tal forma que sejamos levados a acreditar nestes Seus feitos
maravilhosos por força daqueles que ainda o são mais. Porque o corpo do
Senhor, que se juntou aos discípulos não obstante estarem as portas
fechadas, é o mesmo que a Natividade tornou visível aos homens, ao sair do
seio fechado da Virgem. Por isso, não vale a pena ficarmos admirados de que
o nosso Redentor, após ressuscitado para a vida eterna, tenha entrado,
estando embora as portas fechadas, porque, tendo vindo ao mundo para
morrer, saiu do seio da Virgem, sem o abrir.

E, como a fé daqueles que O viam permanecia hesitante, o Senhor fê-los
tocar essa carne que Ele fizera atravessar portas fechadas [...]. Ora,
aquilo que podemos tocar é necessariamente corruptível, e o que não é
corruptível é intocável. Porém, após a Sua ressurreição, o nosso Redentor
deu-nos a possibilidade de ver, de uma forma maravilhosa e incompreensível,
um corpo, a um tempo, incorruptível e palpável. Mostrando-o incorruptível,
convidava-nos à recompensa; dando-o a tocar, confirmava-nos na fé. Assim,
fez com que O víssemos tão incorruptível como palpável, para manifestar,
firmemente, que o Seu corpo ressuscitado continuava a ter a mesma natureza
mas tinha sido elevado a uma glória absolutamente diferente.




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25 abril 2009

Grande alegria!

Queridos Leitores em língua portuguesa

 

Escrevemo-vos hoje porque amanhã é um grande dia: a lista dos portugueses considerados santos pala Santa Madre Igreja e, como tal, apresentados a todo o mundo cristão como modelos de virtudes, vai ser aumentada com mais um elemento. Trata-se de Nuno Álvares Pereira, que a tradição popular se habituou a chamar “Santo Condestável” e que Bento XV tinha inscrito em 1918 na lista dos Bem-aventurados, com o nome de Beato Nuno de Santa Maria.

Não vos vamos relatar aqui a sua vida nem os benefícios que operou por graça de Deus – há muitas e variadas fontes e os interessados saberão onde se dirigir. Vamos antes transcrever um trecho da nota pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa porque, ela também, merece ser lida e assimilada, não só por portugueses mas por homens e mulheres do mundo inteiro.

 

“Vivemos em tempo de crise global, que tem origem num vazio de valores morais. O esbanjamento, a corrupção, a busca imparável do bem estar material, o relativismo que facilita o uso de todos os meios para alcançar os próprios benefícios, geraram um quadro de desemprego, de angústia e de pobreza que ameaçam as bases sobre as quais se organiza a sociedade. Neste contexto, o testemunho de vida de D. Nuno constituirá uma força de mudança em favor da justiça e da fraternidade, da promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários e de iniciativas de partilha de bens. Será também apelo a uma cidadania exemplarmente vivida e um forte convite à dignificação da vida política como expressão de melhor humanismo ao serviço do bem comum.

Os Bispos de Portugal propõem, portanto, aos homens e mulheres de hoje o exemplo da vida de Nuno Álvares Pereira, pautada pelos valores evangélicos, orientada pelo maior bem de todos, disponível para lutar pelos superiores interesses da Pátria, solícita por servir os mais desprotegidos e pobres. Assim seremos parte activa na construção de uma sociedade mais justa e fraterna que todos desejamos.”

 

Aproveitamos a oportunidade para vos recordar a lista daqueles que, nascidos em Portugal ou em terras de administração portuguesa, foram elevados às honras dos altares:

- S. Teotónio, nascido no Minho em 1082, falecido em 1161 e canonizado em 1163;

- Santo António, nascido em Lisboa em 1191, falecido em Pádua em 1231 e canonizado em 1232;

- Santa Beatriz da Silva, nascida em Campo Maior (ou em Ceuta) em 1424, falecida em 1492 e canonizada em 1976;

- S. João de Deus, nascido em Montemor-o-Novo em 1495, falecido em Granada em 1550 e canonizado em 1690;

- S. Gonçalo Garcia, nascido em Baçaim (Goa) por volta de 1560 , martirizado no Japão em 1597 e canonizado em 1862;

- S. João de Brito, nascido em Lisboa em 1647, martirizado na Índia em 1693 e canonizado em 1947;

- Santo António Sant’Anna Galvão, nascido no estado de São Paulo (Brasil) em 1739, falecido em 1822 e canonizado em 2007.

A esta lista teremos de acrescentar necessariamente Santa Isabel de Portugal, nascida em Aragão em 1270, rainha de Portugal de 1282 a 1325, falecida em Estremoz em 1336 e canonizada em 1625.

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, nascida em Itália em 1865, faleceu no Brasil em 1942 e foi canonizada em 2002, sendo considerada por todos uma “santa brasileira”. O mesmo se diga dos Mártires do Rio Grande do Sul (1628), canonizados em 1988, embora dois (Afonso Domingues e João de Castilho) tenham nascido em Espanha e o terceiro (Roque Gonzalez) no Paraguai.

Que todos eles, mais os muitos beatos saídos nas nossas terras, intercedam por nós neste tempo que vamos vivendo.

Com muita amizade

 

A equipa portuguesa de EAQ

Liturgia Diária!!!

Sabado, dia 25 de Abril de 2009
S. Marcos Evangelista, festa

S. Marcos, Evangelista
Santa Maria Eufrásia Pelletier, virgem



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ireneu de Lyon : «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura»

Leituras

1 Pedro 5,5-14.
Igualmente, vós, jovens, sede submissos aos presbíteros; e revesti-vos
todos de humildade no trato uns com os outros, porque Deus opõe-se aos
soberbos, mas dá a sua graça aos humildes.
Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele vos
exalte no devido tempo.
Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque Ele tem cuidado de vós.
Sede sóbrios e vigiai, pois o vosso adversário, o diabo, como um leão a
rugir, anda a rondar-vos, procurando a quem devorar.
Resisti-lhe, firmes na fé, sabendo que a vossa comunidade de irmãos,
espalhada pelo mundo, suporta os mesmos padecimentos.
Depois de terdes padecido por um pouco de tempo, o Deus que é todo graça e
vos chamou em Jesus Cristo à sua eterna glória, há-de restabelecer-vos e
consolidar-vos, tornar-vos firmes e fortes.
Para Ele o poder pelos séculos dos séculos. Ámen.
Por Silvano, a quem considero um irmão fiel, escrevo-vos estas breves
palavras, para vos exortar e para vos assegurar que esta é a verdadeira
graça de Deus; perseverai nela!
Manda-vos saudações a comunidade dos eleitos que está em Babilónia e, em
particular, Marcos, meu filho.
Saudai-vos uns aos outros com um ósculo de irmãos que se amam. Paz a todos
vós, que estais em Cristo.


Salmos 89(88),2-3.6-7.16-17.
Hei de cantar para sempre o amor do SENHOR; a todas as gerações anunciarei
a sua fidelidade.
Proclamarei que o teu amor é para sempre, e que a tua fidelidade é eterna
como o céu.
Os céus celebram as tuas maravilhas, SENHOR, e a assembleia dos santos, a
tua fidelidade.
Quem, nos céus, poderá comparar se ao SENHOR? Quem, entre os deuses, se lhe
poderá igualar?
Feliz da nação que sabe louvar te, SENHOR, que sabe caminhar na luz do teu
rosto.
Em teu nome rejubila a toda a hora e se gloria com a tua justiça.


Marcos 16,15-20.
E disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a
criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será
condenado.
Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão
demónios, falarão línguas novas,
apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não
sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão
curados.»
Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao Céu e
sentou-se à direita de Deus.
Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles,
confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ireneu de Lyon (c.130-c.208), Bispo, teólogo e mártir
Contra as heresias, III, 1 (a partir da trad. Cerf 1984, p. 276 rev.)

«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura»

O Senhor de todas as coisas deu aos seus apóstolos o poder de proclamar o
Evangelho. E é através deles que conhecemos a verdade, isto é, os
ensinamentos do Filho de Deus. Foi a eles que o Senhor
disse: «Quem vos ouve é a Mim que ouve, e quem vos rejeita é a Mim que
rejeita; mas quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou.» (Lc 10, 16).
Porque nós só conhecemos o plano da nossa salvação através daqueles que nos
fizeram chegar o Evangelho, não por outros.

Este Evangelho foi, primeiro, pregado pelos apóstolos. Depois, por vontade
de Deus, transmitiram-no na Escritura para que se tornasse «coluna e
sustentáculo» da nossa fé (1 Tm 3, 15). Não devemos dizer que o pregaram
antes de terem obtido o conhecimento perfeito, como alguns se atrevem a
pretender, esses que se gabam de ser os correctores dos apóstolos. Com
efeito, depois de Nosso Senhor ter ressuscitado de entre os mortos e de os
apóstolos terem sido «revestidos com a força do Alto» (Lc 24, 49) pela
vinda do Espírito Santo, ficaram cheios de certeza acerca de tudo e
possuíram pois o conhecimento perfeito. Então, foram «até aos confins do
mundo» (Sl 18, 5; Rm 10, 18) proclamando a Boa Nova dos bens que nos vêm de
Deus e anunciando aos homens a paz do Céu. Todos eles possuíam, de maneira
igual e cada um particularmente, o Evangelho de Deus.




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24 abril 2009

Liturgia Diária!!!

Sexta-feira, dia 24 de Abril de 2009
Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa

S. Fidélis (Fiel) de Sigmaringa, mártir, +1622



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Efrém : «Encheram doze cestos com os pedaços que sobejaram»

Leituras

Actos 5,34-42.
Ergueu-se, então, um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor
da Lei, respeitado por todo o povo. Mandou sair os acusados por alguns
momentos
e, tomando a palavra, disse: «Homens de Israel, tende cuidado com o que
ides fazer a esses homens!
Nos últimos tempos, apareceu Teudas, que se dizia alguém e ao qual seguiram
cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários
foram destroçados e reduzidos a nada.
Depois dele, apareceu também Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e
arrastou o povo atrás dele. Morreu, igualmente, e todos os seus adeptos
foram dispersos.
E, agora, digo-vos: não vos metais com esses homens, deixai-os. Se o seu
empreendimento é dos homens, esta obra acabará por si própria;
mas, se vem de Deus, não conseguireis destruí-los, sem correrdes o risco de
entrardes em guerra contra Deus.» Concordaram, então, com as suas palavras.

Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar,
proibiram-lhes de falar no nome de Jesus e libertaram-nos.
Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria, por terem sido
considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus.
E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de
anunciar a Boa-Nova de Jesus, o Messias.


Salmos 27,1.4.13-14.
O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte
da minha vida: quem me assustará?
Uma só coisa peço ao SENHOR e ardentemente a desejo: é habitar na casa do
SENHOR todos os dias da minha vida, para saborear o seu encanto e ficar em
vigília no seu templo.
Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos
vivos.
Confia no SENHOR! Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!


João 6,1-15.
Depois disto, Jesus foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de
Tiberíades.
Seguia-o uma grande multidão, porque presenciavam os sinais miraculosos que
realizava em favor dos doentes.
Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos.
Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele,
Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente
comer?»
Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe
respondeu-lhe:
«Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.»
Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é
isso para tanta gente?»
Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora, havia muita erva no local. Os
homens sentaram-se, pois, em número de uns cinco mil.
Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que
estavam sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram.
Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que
sobraram, para que nada se perca».
Recolheram-nos, então, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de
cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer.
Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus tinha feito, dizia: «Este
é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!»
Por isso, Jesus, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei,
retirou-se de novo, sozinho, para o monte.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Efrém (c. 306-373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Diatesseron, 12, 4-5, 11 (trad. SC 121, pp. 214ss.)

«Encheram doze cestos com os pedaços que sobejaram»

Num abrir e fechar de olhos, o Senhor multiplicou um pouco de pão. Aquilo
que os homens fazem em dez meses de trabalho, os seus dez dedos fizeram num
instante. [...] Todavia, não foi pelo Seu poder que Ele mediu o alcance do
milagre, mas pela fome dos que ali estavam. Se o milagre tivesse sido
avaliado pela medida do Seu poder, teria sido impossível avaliá-lo; medido
pela fome daqueles milhares de homens, o milagre excedeu os doze cestos. A
capacidade dos artesãos não excede a dos clientes, é-lhes impossível
corresponder a tudo o que lhes é pedido. As realizações de Deus, pelo
contrário, superam todo o desejo. [...]

Saciados no deserto como outrora os israelitas pela oração de Moisés, eles
exclamaram: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!» Faziam
alusão às palavras de Moisés: «O Senhor vos suscitará um profeta», não um
qualquer, mas «um profeta como eu» (Dt 18, 15), que vos saciará de pão no
deserto. Como eu, caminhou sobre o mar, apareceu na nuvem luminosa (Mt 17,
5), libertou o Seu povo. Ele entregou Maria a João, como Moisés entregou o
seu rebanho a Josué. [...] Mas o pão de Moisés não era perfeito; foi dado
unicamente aos israelitas. Querendo significar que o Seu dom é superior ao
de Moisés e o apelo às nações mais perfeito, nosso Senhor disse: «se alguém
comer deste pão, viverá eternamente», porque «o pão de Deus desceu do Céu»
e foi dado ao mundo inteiro (Jo 6, 51).




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23 abril 2009

Informativo Cléofas - 23/04/2009

Informativo Cléofas, 23 de Abril de 2009 - Ano IV - Número 118

Notícias do Programa Escola da Fé


+ Santa Sé: aumento da população contribui para desenvolvimento
+ Dioceses americanas dão boas-vindas aos 150 mil novos católicos
+ Bento XVI bate recorde no YouTube
+ POR QUE "SE DESBATIZAR"?
+ Relíquia de Dom Bosco percorrerá mundo
+ Igreja no Brasil discute a formação presbiteral


+ leia mais

O programa Escola da Fé, é exibido toda a quinta-feira às 20h30 na TV Canção Nova (Link))


Perguntas e Respostas


+
A missa assistida pela TV tem valor sacramental?
+
Quem são e quais as funções dos cardeais da igreja?
+ O que foram antipapas?

+
O que é a cruz de Caravaca?

+ índice


Blog do Prof. Felipe

POR QUE “SE DESBATIZAR”?

“O Estado de S.Paulo” do dia 13.04.2009, pág. A-14, publicou que na Argentina, algumas ONGs estão propondo um “desbatismo” coletivo para as pessoas que foram batizadas quando eram bebês na Igreja Católica e não desejam mais participar oficialmente dela, já que são atéias, agnósticas ou genericamente religiosas, mas indiferentes aos preceitos católicos. O movimento denominado “No em mi nombre”, ou seja, “Não em meu nome”, propõe aos argentinos que não se consideram mais católicos que enviem cartas aos bispos das cidades em que foram batizados para que “conste oficialmente dos registros da Igreja que não integram mais o rebanho”. Informa ainda o referido periódico que os ateus constituem um grupo em rápido crescimento naquele país, congregando 11,3 % da população.

Infelizmente, parece não se tratar de uma brincadeira de mau gosto, mas de um claro desejo de renegar o próprio Batismo. Inúmeras pessoas se proclamam “católicos não-praticantes” ou “católicos sem convicção”, mas, mesmo em tais casos, ninguém clara e abertamente deseja anular o ato que, quando recém-nascidos, as ligou à Igreja Católica. Portanto, trata-se de algo novo e radical, um repúdio público e notório do próprio Batismo.

Passado o primeiro choque, reparamos, no entanto, em algo curioso: se este ato coletivo de “desbatismo” provém do número crescente de ateus e agnósticos na Argentina, por que – supondo-se que o ateu não acredita em Deus, nem em Jesus Cristo, nem na Igreja Católica – formalizar o repúdio de algo que em sua descrença não existiu? Por que anular um ato em que nossos padrinhos, em nosso nome e para nosso benefício, renunciaram ao diabo, a suas pompas e obras? A menos que sejam pessoas que sabem o que significa o sacramento do Batismo e que se sentem incomodadas por terem sido batizadas, quer dizer não atéias propriamente...(...)

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Livro da Semana

Sabedoria em Gotas

Toda sabedoria humana é “semente do Verbo” que tem como meta levar o coração do homem a Deus.

Quem vive com sabedoria vive melhor; encontra a paz no meio das lutas da vida, sabe enfrentar as dificuldades com paciência e perseverança; caminha com fé, esperança e alegria.

Nestas páginas você vai encontrar um tesouro acumulado pela humanidade durante milênios. Saboreie com alegria este banquete que a sabedoria lhe preparou.

(Este é um livro de citações de grandes pensadores).

 

Ficha Técnica
Editora: Cléofas
ISBN: 978-85-88158-50-4
Ano: 2009
Edição: 4
Número de páginas: 152
Idioma: Português (BR)
Acabamento: Brochura
Formato: 14x21 cm


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© 2009 - Editora Cléofas

Santo Inácio de Antioquia


O segundo Bispo de Antioquia, Syria, esse discípulo de João (o discípulo amado), foi consagrado Bispo em torno do ano 69 pelo Apóstolo Pedro, o primeiro Papa. Um homem profundamente amado pelos cristãos, sempre teve o cuidado especial de defender o ensinamento e a prática correta do Evangelho entre os primeiros cristãos.

Em 107, durante o reino do imperador brutal Trajano, esse santo Bispo foi erradamente condenado à morte porque se recusou a renunciar a fé cristã. Ele foi levado como prisioneiro até Roma, onde foi brutalmente devorado pelas feras em espetáculo público.

Durante sua jornadas, viajou através da Ásia Menor e da Grécia. Ele fez bom uso do tempo escrevendo cartas de encorajamento, instrução e inspiração para os cristãos dessas comunidades. Nós ainda temos essas cartas, que são um rico tesouro da Igreja.

O conteúdo das cartas direcionou a hierarquia e estrutura da Igreja, bem como o conteúdo da fé cristã ortodoxa. Foi o Bispo Inácio quem primeiro usou o termo Católica pra descrever a Igreja como um todo. Essas cartas nos conectam à Igreja primitiva e ao inquebrável e claro ensinamento dos Apóstolos, recebido por eles diretamente de Jesus. Elas também revelam a santidade de um homem de Deus que se fez uma carta viva de Jesus Cristo. O derramamento do seu sangue em seu santo martírio foi o ponto culminante de uma vida de conformação a Jesus. Inácio buscou se oferecer, no Senhor, em favor da Igreja, a qual ele muito amava. Seu santo martírio aconteceu no ano de 107.

Em suas cartas pastorais, ele regularmente agradecia seus irmãos e irmãs cristãos pela preocupação deles com seu bem-estar, mas insistia no seguinte, através de seu espírito de fidelidade para os momentos finais:

“Eu sei qual é minha vantagem. Afinal, estou me tornando Seu discípulo. Nada pode me tentar enquanto eu fizer alegremente meu caminho pra Jesus Cristo! Fogo, cruz, lutas contra feras, quebra de ossos, mutilação de membros - se elas vêm até mim, só providenciam meu caminho até Jesus Cristo. Eu devo preferir morrer e ir pra Jesus Cristo do que ser rei sobre toda a terra. Eu busco a Ele que morreu por nós; eu amo a Ele que ressuscitou por causa de nós.”

Bispo Inácio não estava preocupado com a morte. Ele sabia que ela tinha sido derrotada pelo Mestre. Ele seguia o Senhor Jesus em sua Paixão, sabendo que viveria com Ele em sua ressurreição. O santo escreveu aos discípulos de Roma: “Permitam-me imitar meu Deus sofredor… Eu sou trigo de Deus e devo ser triturado pelos dentes das feras para me tornar puro pão de Cristo.” A beleza de seu simbolismo eucarístico nessas palavras reflete na profunda teologia de um místico. Ele se dedicava à defesa do ensinamento da verdade deixada pelos Apóstolos e pelos irmãos e irmãs das primeiras comunidades cristãs; e nós que estamos sobre seus ombros nunca deveremos ser desviados por falsos ensinamentos. Ele levava todos a sempre ouvir seus Bispos porque eles eram (e são) os sucessores dos Apóstolos. Ele morreu como mártir em Roma, devorado por dois leões em uma demonstração cruel da animosidade e excesso romano contra a verdadeira fé.

Fonte: www.catholic.org (adaptado)


"Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da Luz" Rm 13,12
CEFAS, oriundo do nome de São Pedro apóstolo, significa também um Acróstico: Comunhão para Evangelização, Formação e Anúncio do Senhor. É um humilde projeto de evangelização através da internet, buscando levar formação católica doutrinal e espiritual.