28 abril 2009

Liturgia Diária!!!

Terça-feira, dia 28 de Abril de 2009
Terça-feira da 3ª semana da Páscoa

S. Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716, S. Pedro Chanel, presbítero, mártir, padroeiro da Oceânia, +1841



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cirilo de Alexandria : «É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão que vem do céu»

Leituras

Actos 7,51-60.8,1.
Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre vos
opondes ao Espírito Santo; como foram os vossos pais, assim sois vós
também.
Qual foi o profeta que os vossos pais não tenham perseguido? Mataram os que
predisseram a vinda do Justo, a quem traístes e assassinastes,
vós, que recebestes a Lei pelo ministério dos anjos, mas não a guardastes!»

Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os
dentes contra Estêvão.
Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de
Deus e Jesus de pé, à direita de Deus.
«Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita
de Deus.»
Eles, então, soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma,
atiraram-se a ele
e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As
testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E, enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o
meu espírito.»
Depois, posto de joelhos, bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas
este pecado.» Dito isto, adormeceu.
Saulo aprovava também essa morte. No mesmo dia, uma terrível perseguição
caiu sobre a igreja de Jerusalém. À excepção dos Apóstolos, todos se
dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.


Salmos 31(30),3-4.6.7.8.17.21.
Inclina para mim os teus ouvidos; apressa te a libertar me. Sê para mim uma
rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia me e
conduz me.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito; SENHOR, Deus fiel, salva me.
Detesto os que adoram ídolos falsos; eu, por mim, confio no SENHOR.
Hei-de alegrar-me e regozijar-me com a tua misericórdia, pois viste a minha
miséria e conheceste a angústia da minha alma.
Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva me pela tua
misericórdia."
Ao abrigo da tua face, Tu os guardas das intrigas dos homens; na tua tenda
os defendes contra as línguas maldizentes.


João 6,30-35.
Eles replicaram: «Que sinal realizas Tu, então, para nós vermos e crermos
em ti? Que obra realizas Tu?
Os nossos pais comeram o maná no deserto, conforme está escrito: Ele
deu-lhes a comer o pão vindo do Céu.»
E Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés
que vos deu o pão do Céu, mas é o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do
Céu,
pois o pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo.»
Disseram-lhe então: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!»
Respondeu-lhes Jesus: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá
fome e quem crê em mim jamais terá sede.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja
Sobre Isaías, IV, 1

«É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão que vem do céu»

«Cantai ao Senhor um cântico novo!» (Sl 95, 1). Novo é o cântico, para se
ajustar a realidades novas; Paulo escreveu: «Se alguém está em Cristo é uma
criatura nova; o mundo antigo passou, foi feito um mundo novo» (2Cor 5,
17). Os que eram israelitas pelo sangue foram libertados da tirania dos
egípcios graças ao mediador desse tempo, o muito sábio Moisés; foram
libertados do trabalho penoso dos tijolos, dos suores inúteis das tarefas
terrenas [...], da crueldade dos supervisores, da dureza inumana do faraó.
Atravessaram o mar; no deserto comeram o maná; beberam água que jorrou do
rochedo; passaram o Jordão a pé enxuto; foram introduzidos na Terra da
promessa.

Ora, por nós, tudo isso foi renovado, e o mundo novo é incomparavelmente
melhor que o antigo. Nós fomos libertados de uma escravatura, não terrena,
mas espiritual; fomos libertados, não só das tarefas desta terra, mas da
mancha dos prazeres carnais. Escapámos, não aos contramestres egípcios ou
ao tirano ímpio e impiedoso, homem como nós, mas aos demónios malignos e
impuros que incitam a pecar, e ao chefe da sua raça, Satanás.

Atravessámos as ondas da vida presente, como um mar, com o seu tumulto e as
suas loucas agitações. Comemos o maná espiritual, o pão descido do céu, que
dá a vida ao mundo. Bebemos a água que jorra da rocha, fazendo das águas
vivas de Cristo as nossas delícias. Atravessámos o Jordão graças ao santo
baptismo que fomos julgados dignos de receber. Entrámos na Terra prometida
aos santos e preparada para eles, esta terra que o Senhor recorda ao dizer:
«Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra» (Mt 5, 4).




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