29 junho 2017

Noite de Caldos em ajuda ao Seminário do IVE


Bom dia, irmãos!
A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Nós, amigos e familiares dos seminaristas, estamos convidando a todos do estado do Espírito Santo a participar de uma linda noite de caldos em benefício/ajuda ao Seminário do Instituto Verbo Encarnado (IVE) que acontecerá em Guarapari-ES no dia 21 de Julho de 2017, sexta-feira.



O evento acontecerá na Igreja Santa Rita de Cássia, no bairro Itapebussu, comunidade pertencente à paróquia São José, cujo pároco é o padre Alexandro Firmino, que gentilmente nos cedeu o local para o evento. O agradecemos imensamente pela acolhida e apoio.

Segue abaixo a localização da igreja para facilitar você encontrar pelo GPS:



Para maiores informações sobre o Instituto Verbo Encarnado (IVE) e sobre o Seminário, meios de contato ou como ajudar de outras formas, acesse neste link:  http://verboencarnadobrasil.org/casas/seminario-maior/

Divulgue este post para seus contatos! Chame sua família, grupo ou movimento da paróquia! Vamos ajudar nossos seminários! Precisamos apoiar e patrocinar novas vocações! Para maiores informações sobre este evento, ligar ou mandar mensagem para mim: 27 99652-7061.

Deus te abençoe!!!

24 junho 2017

Como surgiu o Credo


Irmãos, trago aqui este texto sobre o Credo na História da Igreja pelo Prof. Felipe Aquino.


O Credo católico foi sendo elaborado a partir do ensinamento dos Apóstolos, daquilo que aprenderam com Jesus; por isso se chamou Símbolo dos Apóstolos, que acabou se transformando na Oração, expressão da fé católica. Surgiram os Credos batismais, e outros mais elaborados. O Credo é o Símbolo da fé, a coletânea das principais verdades sobre a fé. Daí o fato dele servir primeiramente como ponto de referência fundamental da catequese.

O Símbolo dos Apóstolos é o resumo fiel da fé cristã. É o antigo símbolo batismal da Igreja de Roma. Segundo Santo Ambrósio: “Ele é o símbolo guardado pela Igreja Romana, aquela onde Pedro, o primeiro Apóstolo, teve sua Sé e para onde ele trouxe a comum expressão de fé” [sententia communis= opinião comum] (CIC §194). Desde a origem da Igreja os Apóstolos exprimiram e transmitiram a fé em fórmulas breves e normativas para todos, em resumos orgânicos e articulados, destinados, sobretudo, aos candidatos ao Batismo. São Cirilo de Jerusalém (†386) disse em suas Catequeses:

“Esta síntese da fé não foi elaborada segundo as opiniões humanas, mas da Escritura inteira recolheu-se o que existe de mais importante, para dar, na sua totalidade, a única doutrina da fé. E assim como a semente de mostarda contém em um pequeníssimo grão um grande número de ramos, da mesma forma este resumo da fé encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento” (CIC §186).

Foram várias as formas de profissões ou Símbolos da fé na História da Igreja em resposta às necessidades das diversas épocas; temos o Credo Niceno-constantinopolitano (325); o Símbolo Quicumque, de Santo Atanásio (†373), as profissões de fé de certos Concílios (Toledo; Latrão; Lião; Trento) e de alguns Papas, como a Fides Damasi – Profissão de Fé de São Dâmaso (366-384) – ou o Credo do Povo de Deus de Paulo VI (1968). Nenhum dos Símbolos da fé das diferentes etapas da vida da Igreja pode ser considerado ultrapassado e inútil (cf. CIC §193).

Clique aqui para ler o que o Catecismo diz sobre o Credo e as duas versões, a apostólica e a Niceno-Constantinopolitano.

Mais sobre o Credo

23 junho 2017

O Apostolado de São Paulo

Irmãos, continuando a reflexão sobre história da Igreja, repasso aqui este excelente texto do Prof. Felipe Aquino sobre a vida do Apóstolo São Paulo.



São Paulo (5-67) teve um papel ímpar na história do Cristianismo nascente. Os Atos dos Apóstolos, narrado por São Lucas, companheiro de São Paulo, conta com detalhes a vida e a missão do Apóstolo dos gentios. Sugiro a leitura do excelente livro: Paulo de Tarso (Holfner, 1994), para quem desejar se aprofundar em sua vida e obra.

Paulo era judeu da Diáspora, nascido em Tarso (Cilícia), Turquia de hoje; recebeu a cultura grega que dominava a região. Seu pai comprou a cidadania romana, o que dava a ele a possibilidade de viajar por todo o Império Romano livremente. Sabia o grego, hebraico e latim. Aos 15 anos de idade foi para Jerusalém; estudou a Bíblia e as tradições judaicas na escola de Gamaliel (At 5,34; 22,3; 26,4) e tornou-se rabino. Deve ter aprendido a profissão de curtidor de couro, seleiro e fabricante de tendas. Era fariseu radical. Por volta do ano 33-34, aos 28 anos, era severo perseguidor dos cristãos, tendo aprovado o martírio de Santo Estêvão; se converteu quando o próprio Senhor lhe apareceu na estrada de Jerusalém para Damasco, onde foi batizado por Ananias (cf. At 9,19s). Cristo o escolheu para levar a Boa-nova aos gentios, os gregos pagãos. “Eu lhe mostrarei tudo o que terá de padecer pelo meu nome” (At 9,16). São Lucas relata três vezes o acontecimento fundamental para a vida da Igreja que foi a conversão de São Paulo (At 9,1s; 22,5-16; 26,9-18); e também aparece em Gálatas (cf. 1,12-17). Josef Holzner, citando Feine, um dos melhores conhecedores do Apóstolo, supõe que São Paulo pudesse estar aos pés da Cruz de Jesus com outros sacerdotes judeus, e imagina que a futura conversão de Paulo possa ser uma graça obtida aí no Calvário, como a do centurião romano que exclamou: “Verdadeiramente esse homem era filho de Deus” (Mc 15,39) (Holzner, 1994, p. 63).

Em seguida à sua conversão, Paulo permaneceu num lugar perto de Damasco chamado Arábia (33-36), por três anos. Certamente neste retiro Paulo compreendeu o que era ser verdadeiramente um crente e orar de verdade. Entendeu o que ele chamava de zelo pelas tradições paternas (Gl 1,14). Então, experimenta a verdadeira fé, [pistis] que lhe dá sentido a todas as coisas e acalma seu coração inquieto. Ele então experimenta que aquele que está em Cristo é uma nova criatura (2Cor 5,17).

Toda a teologia de Paulo está baseada na união com Cristo, que é o princípio, o meio e fim de toda a doutrina cristã. Para ele não houve a ‘crise’ da teologia moderna que contrapõe um Cristo da fé com o da História. “Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

A teologia de Paulo foi tão eloquente que alguns que a compreenderam mal, tentaram jogá-la contra os Evangelhos, como se fossem incompatíveis; porém, a Igreja, assistida e guiada pelo Espírito Santo soube ver aí o ensinamento inspirado por Deus. Paulo de certa forma trazia do judaísmo a semente de toda a fé católica que iria então desabrochar nele com a graça de Cristo.

Assim Jesus preparou esse homem de fogo para ser aquele que levaria o Seu nome aos pagãos, aos reis e aos filhos de Israel tendo sido apreendido por Cristo (Fl 3,12). Ele sentiu a mão do Senhor pesar sobre ele e sentiu sua vocação definida: Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho! (1Cor 9,16).

Toda a bagagem bíblica que Paulo adquiriu como rabino, discípulo de Gamaliel, foi muito importante para que a luz de Cristo jorrasse em sua mente e fizesse dele o maior teólogo cristão de todos os tempos, em cujos escritos todos os demais teólogos se debruçaram.

Nos anos 36-37 aproximadamente, Paulo se encontrou com Pedro e Tiago em Jerusalém (Gl 1,18) e depois voltou para Tarso (At 9,26-30), expulso de Jerusalém. Ali ficou por cerca de 5 anos, até o ano 42. Parece-nos que Paulo passou alguns anos ainda em silêncio, aguardando um sinal e um chamado de Deus. As palavras do Profeta: Esperar em silêncio (Lm 3,26), podem ter sido para ele um programa de vida neste período. Certamente Paulo, afoito, teve de aprender uma frase que a Bíblia repete em vários lugares: Espera no Senhor (Sl 26), Sofre as demoras de Deus (Eclo 2,3).

Só os grandes homens são capazes de colocar a vontade de Deus acima de suas vontades.

Paulo era um erudito, diferente de Pedro e dos demais Apóstolos. É importante notar que Deus usou todos os talentos humanos desse homem para sua enorme missão apostólica. Ele aprendeu a eloquência de discutir e dominar a língua grega. Ao falar no Areópago de Atenas, aos pés do Partenon (At 17,28), ele cita uma passagem do seu compatriota Arato, que também consta na oração do poeta Cleanto a Júpiter: “Somos da sua raça”, e outra de Epimênedes: “Pois nele vivemos, nos movemos e somos”.

Na primeira Carta aos coríntios (15,32) ele cita duas frases tiradas de Menandro: “Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”, e também o provérbio: “As más companhias corrompem os costumes”. Na Epístola a Tito, seu fiel bispo de Creta, ele cita Epimênedes: “Os cretenses são sempre mentirosos, más bestas, ventres preguiçosos” (1,12). Paulo usou toda essa cultura grega do seu tempo a serviço da fé. Foi grande o trabalho intelectual do Apóstolo dos gentios; suas treze Cartas mostram isso. Certamente tudo isso foi fruto desses longos anos de meditação, estudo e oração.

Aí nasceu a teologia paulina que hoje bebemos. Thomas Edson disse que em todo gênio há 95% de transpiração e 5% de inspiração. Paulo conheceu a Cristo e o seu Evangelho na ‘contemplação do mistério de Cristo’, mas isso não dispensou a sua base cultural e religiosa anterior. Ele diz aos gálatas e coríntios sobre isso: “Asseguro-vos, irmãos, que o Evangelho pregado por mim não tem nada de humano. Não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante uma revelação de Jesus Cristo” (Gl 1,11-12). Nesta época, Barnabé, talvez seu primo, que era discípulo em Antioquia, a importante comunidade cristã fundada por São Pedro, o levou para lá. No ano 44, Paulo e Barnabé foram encarregados pela comunidade de Antioquia para levar auxílio financeiro aos irmãos pobres de Jerusalém. Antioquia era a terceira maior cidade do Império Romano, após Roma e Alexandria, tinha mais de quinhentos mil habitantes na época; era a residência do legado imperial da Síria. Estava destinada a ser depois de Jerusalém, a segunda mãe da Igreja nascente. Paulo aí permaneceu vinte anos e partiu para evangelizar o mundo pagão. Era o lugar ideal para a expansão da fé cristã; seria a “Paris” do Oriente. Renan retratou Antioquia nos seguintes termos:

“Era uma mistura jamais vista de charlatães, comediantes, bufões, feiticeiros, sacerdotes impostores, bailarinas, heróis de circo e de teatro; uma cidade de corridas, jogos de gladiadores, bailes, cortejos e bacanais; um luxo desenfreado, toda a loucura do Oriente, as superstições mais doentias e as orgias mais fantásticas. Era o sonho de um fumante de ópio [...]” (Holzner, p. 91).

É nessa cidade, que tanto precisava de Jesus Cristo, que o Cristianismo cresceu. Nela as divindades sírias e os seus cultos faziam do assassinato e da impureza um serviço divino. O culto de Adônis e Astarte era a divinização do vício, e crianças e adultos lhe eram sacrificados e seus templos eram locais de prostituição. Antioquia era a capital internacional do vício. São Paulo logo começou a pregar; foi à Jerusalém e foi recebido pela comunidade cristã: “permaneceu com eles, saindo e entrando em Jerusalém, e pregando destemidamente o nome do Senhor” (At 9,28). E ali foi logo perseguido, e Jesus lhe diz: “Apressa-te e sai logo de Jerusalém, porque as gentes daqui não receberão o seu testemunho a meu respeito [...] vai porque eu te enviarei para longe aos gentios” (At 22,17s). Cristo guiava Paulo pelas mãos. Em Antioquia ele teve um êxtase marcante que narra na Segunda Carta aos coríntios; e que foi uma das maiores lições que recebeu. Paulo esteve com Pedro, como conta aos gálatas, depois de seu retiro nas Arábias: “Três anos depois subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. Dos outros Apóstolos não vi mais nenhum, a não ser Tiago, irmão do Senhor” (cf. Gl 1,18-19). Segundo os Atos dos Apóstolos (9,26; 11,29s; 15,2) São Paulo fez três viagens a Jerusalém antes de visitar por duas vezes a Galícia (Gl 1,19; At 11,29; 16,6; 18,23). O grande Apóstolo realizou três grandes viagens missionárias em terras pagãs, fundando comunidades cristãs na Ásia Menor e na Grécia. Ele não impunha aos pagãos a circuncisão nem as obrigações da Lei de Moisés, mas concedia-lhes logo o Batismo depois de evangelizados. Por isso foi fortemente perseguido pelos judeus e também sofreu forte oposição dos cristãos vindos do judaísmo; os chamados “judaizantes”, que queriam que os pagãos fossem circuncidados antes do Batismo e abraçassem a Lei de Moisés.

A Primeira Viagem Missionária de São Paulo (At 13,1-15-35) foi nos anos 45 a 48, por inspiração do Espírito Santo. São Paulo, São Barnabé e São Marcos (o evangelista) foram enviados a pregar aos gentios (At 13,1-3). Partiram para a ilha de Chipre, estiveram nas cidades de Salamina e Pafos, depois Perge da Panfília [onde Marcos os deixou], Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe [atual Turquia]. Voltaram a Antioquia e depois foram para Jerusalém.

É indispensável que o leitor releia atentamente os Atos dos Apóstolos e as Cartas de São Paulo para se inteirar detalhadamente da vida e de toda a fabulosa ação apostólica do grande Apóstolo dos gentios. Nesses escritos São Paulo traçou as bases de toda a teologia católica. Lendo-as compreendemos aquilo que Jesus disse aos Apóstolos na Última Ceia: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16,12-13). Por meio de São Paulo, doutor em Sagrada Escritura, o Espírito Santo nos ensinou esta doutrina que Jesus não pôde ensinar aos Apóstolos.

Em 49 houve o importante Concílio de Jerusalém (At 15), quando Paulo e Barnabé foram defender junto aos Apóstolos a não necessidade da circuncisão para os gentios convertidos. Esta foi uma decisão fundamental para que o Cristianismo se desvinculasse do Judaísmo e não corresse o risco de se transformar apenas em mais uma facção judaica.

Depois disso, Paulo voltou para Antioquia e partiu para a segunda viagem apostólica de 49 a 52 (At 15,36; 18,22), onde pregou alegremente que os gentios não precisavam mais da circuncisão. Paulo acompanhado por Silvano passou por Derbe, Listra [onde se lhes juntou o jovem Timóteo], Icônio e Antioquia. Chegaram à Galácia, Trôade [onde se lhes juntou a Lucas], Neápolis, Filipos, Tessalônica, Bereia, Atenas e Corinto, onde permaneceram dois anos e conheceram o procônsul Galião no ano 52, tendo depois voltado a Antioquia. De 49 a 50 ficaram em Filipos, de 50 a 51 em Tessalônica e Bereia; de 51 a 52 em Atenas e Corinto, onde escreveu as duas cartas aos tessalonicenses.

A terceira viagem missionária de São Paulo foi de 53 a 58. Paulo partiu de Antioquia com Tito, Timóteo, Gaio e Aristarco (At19,29). Seguiram para Éfeso onde Paulo permaneceu durante três anos (At 18,18-19), pregando na escola do reitor Tirano em Éfeso. Em Éfeso, enorme cidade com trezentos mil habitantes, capital da província romana da Ásia Menor, foram perseguidos pelos pagãos e seguiram para Laodiceia, Colossos, Hierápolis, Trôade, Macedônia, Antioquia e depois para Jerusalém (At 20,3; 21,16).

Paulo ficou em Éfeso de 54 a 57, onde escreveu a Carta aos Gálatas por volta de 54-55; a primeira Carta aos coríntios, em 56; em 57 escreveu a Segunda Carta aos coríntios e fugiu de Éfeso; entre 57-58 escreveu a Carta aos romanos e em 58 fez a última viagem a Jerusalém.

No fim desta terceira viagem, logo que Paulo entrou em Jerusalém, os judeus voltaram ao ataque: foi preso (At 21,27s), compareceu diante do Sinédrio e para escapar da morte foi transferido para Cesareia pelas autoridades romanas. Aí compareceu diante do procurador Félix e o rei Herodes Agripa. Depois de dois anos (58- 60), Paulo apelou para ser julgado pelo imperador (At 25,11) em Roma. No ano 60, acompanhado por São Lucas, partiu para Roma, preso e guardado por um centurião. Depois de terem naufragado na ilha de Malta, onde passaram o inverno, chegaram a Roma em 61. De 61 a 63 teve o seu primeiro cativeiro em Roma; aí escreveu as Cartas do cativeiro: Filêmon, Efésios, Colossenses e Filipenses.

Em Roma Paulo foi inocentado e solto. De 63 a 66 deve ter feito viagens pelo Oriente e Espanha como era seu desejo (Rm 15). Em 66 a 67 escreveu as epístolas pastorais: a primeira Carta a Timóteo e Tito. Em 67 teve o seu segundo cativeiro em Roma onde escreveu a segunda Carta a Timóteo e sofreu o martírio com São Pedro sob o imperador Nero (54-68).



15 junho 2017

Resumo do Século I



Trago agora uma organização simples dos acontecimentos do Século I, conforme estamos estudando no curso do Professor Felipe Aquino sobre a História da Igreja. Um século de consolidação das raízes do cristianismo, do rompimento com o judaísmo, de muitos martírios e perseguições e o início de algumas heresias.

Segue abaixo uma linha do tempo, ano a ano de alguns dos acontecimentos principais neste século inicial:

SÉCULO I

Ano 7 ou 6 antes da nossa era  - (isto para a maioria dos historiadores; mas há outras tentativas de datação, que variam entre 7 a.c. e 7 d.C.): aconteceu o nascimento de jesus em Belém.
(Em 525, Dionísio, o Pequeno, monge em Roma, é o primeiro a fazer começar a nossa história pelo nascimento de Jesus; mas, na fixação do ano do nascimento, cometeu um engano).

Ano 26 a 36 – Pôncio Pilatos é procurador da Judéia.

Cerca de 29 - Aparição de João Batista (= o Batizador).

Cerca de 30 - Crucificação de Jesus.

Cerca de 40 - Morte de Fílon de Alexandria, judeu helenista, filósofo da religião. Suas numerosas obras (conservadas quase integralmente) consistem, em grande parte, de comentários do Pentateuco; as narrativas bíblicas são interpretadas de maneira alegórica (por exemplo: Adão é o símbolo da razão; Eva, o da sensibilidade). Em 39, Fílon foi a Roma, para conseguir a cidadania romana para os judeus de Alexandria.

Cerca de 42 - Morte de Tiago, o Maior, executado por Heródes Agripa.

Cerca de 50 - Segundo Suetônio (morto ao redor de 150), o imperador Cláudio expulsou "os judeus de Roma porque, por instigação de Chrestos, provocavam constantemente distúrbios" (Vita Claudii 15,4).

Ano 64 - Incêndio de Roma. Quando se suspeitou que o imperador Nero tivesse sido o instigador com vista à realização de seus projetos de novas construções, o imperador acusou os cristãos de serem os incendiários. Muitos deles morreram, para diversão do povo, na arena ou nos jardins de Nero, queimados como tochas vivas para iluminar as noites de festa, e sem que nenhuma prova tivesse sido fornecida da culpa deles. Pedro é martirizado e Lino o sucede na direção da Igreja (Papado).

Ano 66 a 70 - Revolta judaica contra a dominação romana. A insurreição termina com a conquista de Jerusalém por parte de Tito (70) e a destruição do Templo.

Ano 68 - Durante a guerra judaico-romana, Qumrã, centro de essênios, também foi destruído. A seita, cujo apogeu se situa entre o século II e I antes de Cristo, tinha-se separado com vista a uma observância mais estrita da Lei e se tinha instalado perto do mar Morto.

Ano 79 - Lino é martirizado e o sucede no papado Cleto ou Anacleto.

Ano 90 ou 92 - Cleto (ou Anacleto) é martirizado e o sucede Clemente I.


LISTA DE PAPAS

Pedro - até o ano + 64 (ou 67)
Lino - do ano 64 (ou 67) até 79
Cleto/Anacleto - do ano 79 até o ano 90 (ou 92)
Clemente I - do ano 90 (ou 92) até o ano 101


LISTA DE IMPERADORES ROMANOS

Augusto - do ano de 30 a.C. até 14 d.C.
Tibério - de 14 a 37 d.C.
Calígula - de 37 a 41 d.C.
Cláudio - de 41 a 54.
Nero - de 54 a 68.
Galba,Otão e Vitélio - de 68 a 69.
Vespasiano - de 69 a 79.
Tito - de 79 a 81.
Domiciano - de 81 a 96.
Nerva - de 96 a 98.
Trajano - de 98 a 117.



MARTÍRIO DOS PRINCIPAIS APÓSTOLOS

Para finalizar trago aqui uma lista organizada pelo professor Felipe Aquino onde ele lista como foi o martírio dos principais Apóstolo de Cristo:

Segundo a Tradição, assim terminaram as vidas dos apóstolos e evangelistas:


  • Mateus: Foi morto à espada na cidade de Etiópia.
  • Marcos: Foi arrastado pelas ruas de Alexandria e Egito, até expirar.
  • Lucas: Foi enforcado em uma oliveira na Grécia.
  • João: Foi metido numa caldeira de azeite a ferver, em Roma, mas escapou ileso e morreu mais tarde de morte natural, em Éfeso, Ásia Menor.
  • Tiago Maior: Segundo o testemunho da Bíblia, foi degolado em Jerusalém.
  • Tiago Menor: Foi precipitado de um pináculo do templo de Jerusalém ao solo; a seguir, foi esbordoado até morrer.
  • Filipe: Foi enforcado de encontro a um pilar em Hierápolis (Frígia, Ásia Menor).
  • Bartolomeu: Foi esfolado vivo por ordem de um rei cruel.
  • André: Foi crucificado e da cruz pregou ao povo até morrer.
  • Pedro: Foi crucificado de cabeça para baixo, em Roma, durante o reinado de Nero.
  • Paulo: Foi decapitado em Roma, também durante o reinado de Nero.







"Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da Luz" Rm 13,12
CEFAS, oriundo do nome de São Pedro apóstolo, significa também um Acróstico: Comunhão para Evangelização, Formação e Anúncio do Senhor. É um humilde projeto de evangelização através da internet, buscando levar formação católica doutrinal e espiritual.