31 julho 2009

Razão e Revelação

Por Padre Júlio Maria de Lombaerde

Comentando o Evangelho do 2º domingo do Advento (Segundo a forma extraordinária do Rito Romano), o Pe. Júlio faz um estudo sobre até onde a razão humana pode alcançar o conhecimento, e a partir de quando é necessário a Revelação Divina.

Evangelho: Mt 11, 2-10

2. Tendo João, em sua prisão, ouvido falar das obras de Cristo, mandou-lhe dizer pelos seus discípulos: 3. Sois vós aquele que deve vir, ou devemos esperar por outro? 4 .Respondeu-lhes Jesus: Ide e contai a João o que ouvistes e o que vistes: 5. os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, o Evangelho é anunciado aos pobres... 6. Bem-aventurado aquele para quem eu não for ocasião de queda! 7. Tendo eles partido, disse Jesus à multidão a respeito de João: Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 8. Que fostes ver, então? Um homem vestido com roupas luxuosas? Mas os que estão revestidos de tais roupas vivem nos palácios dos reis. 9. Então por que fostes para lá? Para ver um profeta? Sim, digo-vos eu, mais que um profeta. 10. É dele que está escrito: Eis que eu envio meu mensageiro diante de ti para te preparar o caminho

Comentário Apologético

Lendo com atenção o Evangelho de hoje, notamos que ele é a expressão de certa inquietação.

Os discípulos de João Batista querem saber se Jesus é o Messias esperado, ou se devem esperar por outro.

Jesus responde a estas dúvidas, mostrando as suas obras, para que o julguem conforme estas obras.

Domingo passado, provávamos a existência de Deus: hoje damos mais um passo avante e respondemos a uma certa inquietação que nos invade a respeito de Deus.

Deus existe: é certo, mas podemos nós pelas luzes da nossa razão conhece-lo plenamente, ou precisamos de outra luz para penetrar seus aparentes segredos?

Resolvamos esta dúvida, examinando:

1º. O que pode a razão humana.
2º. O que não pode por si mesma.

Será um duplo raio de luz lançado sobre o grande mistério da união da razão e revelação.

I – O que pode a razão humana

A nossa razão pode dar-nos umas noções sobre Deus, porém, muito limitadas e incompletas.

A nossa razão é muito limitada. Ela é para as coisas intelectuais o que é o nosso olhar para as coisas materiais: vê apenas certas coisas e não percebe nada até no fundo.

A nossa razão é finita: Deus é infinito, de modo que podemos ver apenas o que está ao nosso alcance, todo o resto nos escapa.

Remontando da sua própria existência e das criaturas, a nossa própria razão pode conhecer a existência de Deus, o seu poder criador; e refletindo, pode formar-se uma idéia de certos atributos de Deus, como a sua unidade, sua eternidade, sua justiça, bondade, etc.

Temos pois uma idéia de Deus; e notemos que tal idéia é já uma prova da existência de Deus, pois o homem é incapaz de ter a idéia de uma coisa inexistente, em partes ou em seu todo.

Deus assim concebido permanece entretanto um ser incompreensível, misterioso:

a) em sua natureza, que ultrapassa infinitamente toda natureza criada;
b) em suas perfeições, que incluem todas as perfeições;
c) em seus decretos que são impenetráveis;
d) em suas obras que o manifestam, mas não o mostram senão velado, misterioso.

A nossa razão precisa, pois, de um auxílio que lhe permita penetrar mais no fundo das verdades entrevistas, do mesmo modo como a nossa vista, para enxergar o que ultrapassa o seu raio visual, precisa de um instrumento, para penetrar além.

O olho nu vê certas coisas, com um binóculo vê mais longe, com uma luneta penetra mais além ainda.

Este auxílio, este instrumento que nos permite ver mais longe, mais claramente, chama-se Revelação Divina, ou a voz de Deus, explicando-nos o que não compreendemos.

II – O que não pode a razão

A razão, como acabamos de ver, tem o seu circulo visual determinado e limitado. Existência de Deus, imortalidade da alma, princípios da lei natural: eis o seu horizonte.

Para conhecer as verdades de ordem sobrenatural, a razão precisa absolutamente de uma voz reveladora, e esta voz chama-se: a revelação.

Deus, diz o Apóstolo, tendo falado outrora muitas vezes e de muitos modos a nossos pais pelos profetas, ultimamente nesses dias falou-nos por meio de seu Filho (Heb 1, 1-2).

Esta voz de Jesus Cristo ensinando-nos a verdade é o caminho sobrenatural: como um complemento do caminho natural da razão.

Há sobretudo três verdades importantes que a nossa razão não pode conhecer. São:

- A origem das misérias humanas;
- Os meios de expiação;
- Os destinos futuros do homem.

Para estas verdades a revelação é absolutamente necessária.

Ela é moralmente necessária para serem plenamente conhecidos e com certeza os preceitos da lei natural, que devem guiar a nossa vida e os quais a razão pode apenas distinguir vagamente.

Antes do pecado original, os nossos primeiros pais conheciam perfeitamente o bem e o mal; depois do pecado a razão humana ficou obscurecida, enfraquecida e como paralisada pelas paixões que nos dominam, falsificam a nossa vista intelectual, e nos fazem tomar o mal pelo bem e o bem pelo mal, como dizia o Apóstolo: o homem faz às vezes o mal que não quer, e não faz o bem que quer (Rm 7, 19).

É um fato de experiência que um povo sem sacerdotes para instruí-lo e exortá-lo cai inevitavelmente na ignorância das verdades da ordem natural.

É preciso que os princípios da lei natural lhe sejam, vez ou outra, claramente formulados, frequentemente repetidos e incutidos com vigor, senão, em breve, ficam alterados ou esquecidos.

“Deixem uma paróquia sem sacerdote – dizia o santo Cura D’Ars – durante vinte anos, e os seus habitantes adorarão os animais!”

O povo precisa ser instruído até nos princípios da lei natural; com quanto mais razão nos princípios da lei sobrenatural.

III – Conclusão

Eis pois duas verdades bem esclarecidas: a nossa razão enfraquecida pode conhecer a existência de Deus e umas outras verdades elementares, porém tudo bastante superficialmente; para um conhecimento total, sobrenatural, precisamos do auxílio da revelação divina.

As conseqüências destas revelação em nossa razão são imensas e admiráveis.

É a revelação que reforma as idéias inexatas, esclareces as idéias confusas, tornando impossíveis a inquietação e a dúvida.

A razão nos mostra que a alma é incorruptível; a fé nos diz que é imortal.

A razão indica uma vida futura; a fé nos dá uma promessa positiva da mesma.

A razão entrevê recompensas e castigos; a fé nos mostra a sua extensão e natureza.

A razão vislumbra um destino futuro; a fé no-lo apresenta luminoso e indica os meios de adquiri-lo.

A razão nos esmaga sob o peso das nossas misérias; a fé nos levanta pela misericórdia divina.
Em suma: a revelação satisfaz todas as aspirações do homem:

- O nosso espírito precisa de uma doutrina certa: a revelação lhe dá.
- Ele precisa de um código moral: a revelação lhe fornece.
- Ele precisa de uma lei social de caridade: a revelação lhe ministra.
- Ele precisa de conselhos de perfeição: a revelação os dá.

Exemplos

1 – Resposta de um filósofo

Pode-se definir Deus, porém toda definição é humana e incompleta.

Um dia uma comissão de estudantes foi ter com seu professor de filosofia, pedindo que lhes dissesse claramente o que é Deus.

- Pensarei, respondeu ele, voltem depois de uma semana.

Oito dias depois a comissão está de novo com seu professor, pedindo a resposta.

- Pensarei, voltem depois de uma semana.

Após uma semana, nova pergunta, e idêntica resposta.

- Mas, exclamaram os estudantes, é sempre a mesma resposta... até quando devemos voltar depois de oito dias?

- Até o fim da vida, respondeu o filósofo, pois Deus é tão grande que é impossível fazer dele uma definição perfeita.

2 – Morte de Garcia Moreno

Garcia Moreno era presidente da República do Equador.

Católico fervoroso, tinha atraído o ódio da maçonaria, que resolveu suprimi-lo.

Em 6 de agosto de 1875, Garcia tinha comungado antes de abrir solenemente a sessão legislativa.

Nesse mesmo dia caiu assassinado pelos sicários... E caindo exclamou:

- Deus não morre! E exalou o último suspiro.

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Lombaerde, Pe. Júlio Maria. "Razão e Revelação". Disponível em www.sociedadecatolica.com.br desde 30/06/2009

Liturgia Diária!!!

Sexta-feira, dia 31 de Julho de 2009
Sexta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santo Inácio de Loyola, presbítero, fundador, +1556



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «Por causa da falta de fé daquela gente»

Leituras

Levit. 23,1.4-11.15-16.27.34-37.
O Senhor falou assim a Moisés, dizendo:
Eis aqui as festas do Senhor, as assembleias sagradas que proclamareis na
devida data.
No décimo quarto dia do primeiro mês, ao crepúsculo, é a Páscoa do Senhor.
E no décimo quinto dia desse mês, terá lugar a festa do Pão Ázimo em honra
do Senhor; durante sete dias comereis pão sem fermento.
No primeiro dia, fareis uma assembleia sagrada. Não fareis nenhum trabalho
servil.
Oferecereis ao Senhor uma oferta queimada em cada um dos sete dias. No
sétimo dia, haverá uma assembleia sagrada. Não fareis nenhum trabalho
servil.'»
O Senhor falou assim a Moisés:
«Fala aos filhos de Israel e diz-lhes: 'Quando chegardes à terra que vos
concedo, e procederdes à ceifa, levareis ao sacerdote o primeiro molho da
vossa colheita,
e ele fará o ritual de apresentação diante do Senhor, para que vos seja
aceite; o sacerdote fará essa apresentação no dia seguinte ao sábado.
«Depois, contareis sete semanas completas, a partir do dia seguinte ao do
sábado, isto é, do dia em que tiverdes feito o rito da apresentação do
molho de espigas.
Contareis até ao dia seguinte da sétima semana, isto é, cinquenta dias, e
oferecereis ao Senhor uma nova oblação.
«No décimo dia deste sétimo mês, que é o dia do perdão, fareis uma
assembleia sagrada; fareis penitência, e apresentareis uma oferta queimada
em honra do Senhor.
«Fala assim aos filhos de Israel: 'No décimo quinto dia deste sétimo mês,
celebrar-se-á a festa das Tendas, em honra do Senhor, durante sete dias.
No primeiro dia haverá uma assembleia sagrada, não fareis nenhum trabalho
servil.
Em cada um dos sete dias, apresentareis uma oferta queimada ao Senhor. No
oitavo dia, fareis ainda uma assembleia sagrada e apresentareis uma oferta
queimada ao Senhor: é uma reunião festiva e não fareis nenhum trabalho
servil.'»
«São estas as festas em honra do Senhor, em que deveis convocar assembleias
sagradas, apresentando uma oferta queimada ao Senhor, um holocausto e uma
oblação, sacrifícios e libações, segundo o ritual de cada dia,


Salmos 81(80),3-4.5-6.10-11.
Cantai ao som do tamborim, da cítara harmoniosa e da lira.
Tocai a trombeta na festa da Lua-nova e na Lua-cheia, dia da nossa festa.
Isto é um preceito para Israel, uma ordem do Deus de Jacob.
Lei que Ele deu a José, quando saiu da terra do Egipto. Ouço uma língua
desconhecida, que diz:
'Não terás contigo um deus estrangeiro, nem te prostrarás diante de um deus
estranho.
Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egipto. Abre a tua boca
e Eu enchê-la-ei.'


Mateus 13,54-58.
Tendo chegado à sua terra, ensinava os habitantes na sinagoga deles, de
modo que todos se enchiam de assombro e diziam: «De onde lhe vem esta
sabedoria e o poder de fazer milagres?
Não é Ele o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos
Tiago, José, Simão e Judas?
Suas irmãs não estão todas entre nós? De onde lhe vem, pois, tudo isto?»
E estavam escandalizados por causa dele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta
só é desprezado na sua pátria e em sua casa.»
E não fez ali muitos milagres, por causa da falta de fé daquela gente.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Encíclica «Spe Salvi», nº 47 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Por causa da falta de fé daquela gente»

Alguns teólogos recentes são de parecer de que o fogo que simultaneamente
queima e salva é o próprio Cristo, Juiz e Salvador. O encontro com Ele é o
acto decisivo do Juízo. Ante o Seu olhar, funde-se toda a falsidade. É o
encontro com Ele que, queimando-nos, nos transforma e liberta para nos
tornar verdadeiramente nós mesmos. As coisas edificadas durante a vida
podem então revelar-se palha seca, pura superficialidade, e desmoronar-se.
Porém, na dor deste encontro, em que se torna evidente tudo o que é impuro
e nocivo no nosso ser, está a salvação. O Seu olhar, o toque do Seu coração
cura-nos, através de uma transformação, que é certamente dolorosa, «como
pelo fogo». Contudo, é uma dor feliz, em que o poder santo do Seu amor nos
penetra como chama, consentindo-nos no final sermos totalmente nós mesmos
e, por isso mesmo totalmente de Deus. Deste modo, torna-se
evidente também a compenetração entre justiça e graça: o nosso modo de
viver é relevante, mas a nossa sujidade não nos mancha para sempre, se
continuarmos inclinados para Cristo, para a verdade e para o amor. No fim
de contas, esta sujidade já foi queimada na Paixão de Cristo. No momento do
Juízo, experimentamos e acolhemos esta prevalência do Seu amor sobre todo o
mal, no mundo e em nós. A dor do amor torna-se a nossa salvação e a nossa
alegria.




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30 julho 2009

Biografia de Padre Júlio Lombaerde

Biografia do Padre Júlio Maria


Nasceu o Padre Júlio Maria em Waereghen (Bélgica), aos 8 de janeiro de 1878. Foram seus pais José de Lombaerde e Sidônia Steelant. Recebeu na Pia batismal o nome de Júlio Emílio.

Atraído pela vida missionária, quando assistia à Missa de um santo missionário, ainda antes de concluir seus estudos, se fez “irmão branco” com o nome de Irmão Optato Maria, tendo ido trabalhar depois na África.


Em conseqüência de febres voltou à Europa e, sentindo-se chamado ao sacerdócio, entrou na Congregação da Sagrada Família, fundada pelo Padre Berthir, em Grave (Holanda) para recolher vocações tardias. Foi ordenado a 13 de janeiro de 1908. Em 1912, quando fazia um bem imenso pregando missões pela França, foi de repente enviado para o Brasil (Amazônia), onde trabalhou 15 anos como missionário entre os índios e caboclos.

No Norte (Macapá) fundou providencialmente a Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, tendo sido aprovada pelo Papa Bento XV. Tem-se desenvolvido muito essa Congregação, possuindo casa até em Fortaleza, capital do Ceará.

Do Norte, o Padre Júlio Maria, demorando-se algum tempo em Natal, veio para Manhumirim (Minas), em 1928. A obra que aqui desenvolveu, com a proteção de Deus e apesar das perseguições constantes movidas pela Maçonaria local, é uma prova palpável da divindade da sua missão.

A pedido dos Sres. Vigários, e estimulado pelo santo Dom Carloto, primeiro Bispo de Caratinga, Padre Júlio Maria, com muito fruto espiritual, percorreu grande parte da Diocese, pregando Missões.

“Do nada”, mas sempre abençoado por Deus e Nossa Senhora, fundou aqui a primeira Congregação de padres missionários genuinamente brasileira, bem como a das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora.

Padre Júlio Maria, polemista sem par, teólogo exímio, pregador admirável, escritor de renome, teve sempre sua pena e sua rara inteligência a serviço da Igreja e pelo seu [jornal] “O Lutador” se fez o “terror dos hereges”.

Mestre, pai e amigo, igual a ele nunca existirá. Mestre do povo, pai dos pobres, amigo das crianças, era chamado por estas como sendo o seu querido ‘vovozinho’.

Em trágico acidente de automóvel, verificado a 24 de dezembro de 1944 [estando viajando às pressas, de noite, por urgência de celebrar a Santa Missa de Natal], sozinho, longe de seus filhos, Padre Júlio Maria morreu, lutando ainda como passara toda a sua vida. O Brasil inteiro chorou a perda desse grande sacerdote, brasileiro de Coração.

Suas obras: O Seminário Apostólico, o Colégio Pio XII, o hospital-asilo São Vicente de Paulo, o Patronato Santa Maria [para acolhimento dos órfãos], Escola Normal Santa Terezinha, a editora e o jornal “O Lutador”, que em Manhumirim [e a editora, em Belo Horizonte] continuam vivas e progredindo nas mãos de seus filhos espirituais.

Padre Júlio Maria fez muito a Manhumirim, e os padres Sacramentinos, seus filhos, sem nenhum favor, continuam fazendo outro tanto, e ainda mais.

Padre Júlio Maria não morreu. Vive ainda em suas obras e no espírito de “Amor e Sacrifício” de seus filhos...

Informativo Cléofas - 30/07/09

Informativo Cléofas, 30 de Julho de 2009 - Ano IV - Número 130

Notícias do Programa Escola da Fé

+ Cardeal ameaçado de morte em Honduras
+ Igreja nas Filipinas desaprova candidatura de sacerdote a presidente
+ MCCE alcança 1 milhão de assinaturas e segue em busca de mais 300 mil
+ Yucatán, no México, blinda a vida contra o aborto
+ Suicídio assistido na Suíça atrai estrangeiros
+ Bento XVI confirma presença em Turim para exibição do Santo Sudário



+ leia mais

O programa Escola da Fé, é exibido toda a quinta-feira às 20h30 na TV Canção Nova (Link))


Perguntas e Respostas

+ Podemos prestar culto aos santos?
+ O que acontece após a morte para a Igreja Católica?
+ Batizado realizado em casa por leigo tem validade e a criança deve chamar de padrinhos?

+ Movimento e Pastoral, qual a diferença?

+ índice


Blog do Prof. Felipe

Bento XVI: "Estamos em dívida com o Concílio Vaticano II"

Na terça-feira, 28 de outubro de 2008, o Papa Bento XVI reafirmou a importância do Concilio Vaticano II (ZENIT.org). Disse o Papa em aos participantes do Congresso Internacional «O Vaticano II no Pontificado de João Paulo II», organizado pela Pontifícia Faculdade Teológica São Boaventura - Seraphicum - e pelo Instituto de Documentação e de Estudo sobre o Pontificado de João Paulo II:

«Os documentos conciliares não perderam sua atualidade com o passar do tempo», mas ao contrário, «revelam-se particularmente pertinentes em relação às novas instâncias da Igreja e da presente sociedade globalizada».

Segundo o Papa, «todos nós somos verdadeiramente devedores deste extraordinário acontecimento eclesial», do qual recorda que teve «a honra de participar como especialista».

«Tornar acessível ao homem de hoje a salvação divina foi para o Papa o motivo fundamental da convocação do Concílio, e foi com esta perspectiva que os Padres trabalharam».

O Papa elogiou a figura e a obra do Papa João Paulo II, «que naquele Concílio ofereceu uma contribuição pessoal significativa como Padre conciliar, da qual se converteu depois, por vontade divina, em executor primário durante os anos de seu pontificado»...(...)

leia mais


Livro da Semana

Os Pecados e Virtudes Capitais

Jesus veio a nós para tirar o pecado do mundo (Jo 1,29). E deixou a Igreja para continuar esta missão. Ela nos ensina que os piores pecados são aqueles que denomina de capitais, uma vez que são como que pais e mães de outros. Por isso é preciso uma atenção toda especial para combatê-los em nossa vida, a fim de que não impeçam a nossa santificação.

Aqui você tem uma reflexão profunda sobre cada um deles; bem como sobre as virtudes que lhes são opostas, a fim de que possamos vivê-las, com a graça de Deus.


Ficha Técnica
Editora: Cléofas
ISBN: 978-85-88158-31-3
Ano: 2008
Edição: 6
Número de páginas: 128
Idioma: Português (BR)
Acabamento: Brochura
Formato: 14x21 cm


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Liturgia Diária!!!

Quinta-feira, dia 30 de Julho de 2009
Quinta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

S. Pedro Crisólogo, bispo, Doutor da Igreja, +450



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «Puxam-na para a praia»

Leituras

Ex. 40,16-21.34-38.
Moisés obedeceu; fez tudo quanto o Senhor lhe ordenara.
No primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, foi erigido o santuário.
Moisés erigiu o santuário: assentou as bases, as pranchas, as travessas e
ergueu as colunas;
estendeu a tenda sobre o santuário e, por cima, a cobertura da tenda, como
o Senhor lhe tinha ordenado.
Tomou o testemunho e depositou-o na Arca; meteu os varais na Arca, sobre a
qual colocou o propiciatório.
Transportou a Arca para o santuário, fixando o véu de protecção, para vedar
o acesso à Arca do testemunho, como o Senhor lhe tinha ordenado.
Então, a nuvem cobriu a tenda da reunião, e a majestade do Senhor encheu o
santuário.
Moisés já não pôde entrar na tenda da reunião, porque a nuvem pairava sobre
ela, e a glória do Senhor enchia o santuário.
Quando a nuvem se retirava de cima do santuário, os filhos de Israel
partiam de viagem,
e quando a nuvem não se retirava, não partiam, até ao instante em que ela
se elevava.
Porque uma nuvem do Senhor cobria o santuário durante o dia, e um fogo
brilhava ali durante a noite, aos olhos de toda a casa de Israel, em todas
as suas caminhadas.


Salmos 84,3.4.5-6.8.11.
A minha alma suspira e tem saudades dos átrios do SENHOR; o meu coração e a
minha carne cantam de alegria ao Deus vivo!
Até os pássaros encontram abrigo e as andorinhas um ninho, para os seus
filhos, junto dos teus altares, SENHOR do universo, meu rei e meu Deus.
Felizes os que habitam na tua casa e te louvam sem cessar.
Felizes os que em ti encontram a sua força, e os que desejam peregrinar até
ao monte Sião.
Eles avançam com entusiasmo crescente, até se apresentarem em Sião diante
de Deus.
Um dia em teus átrios vale por mil; antes quero ficar no limiar da casa do
meu Deus, do que habitar nas tendas dos maus.


Mateus 13,47-53.
«O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha
toda a espécie de peixes.
Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e
escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora.
Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos
justos,
para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.»

«Compreendestes tudo isto?» «Sim» responderam eles.
Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca
do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e
velhas do seu tesouro.»
Depois de terminar estas parábolas, Jesus partiu dali.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Encíclica «Spe Salvi», nos. 45-46 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Puxam-na para a praia»

Com a morte, a opção de vida feita pelo homem torna-se definitiva; a sua
vida está diante do Juiz. A sua opção, que tomou forma ao longo de toda a
vida, pode ter características diversas. Pode haver pessoas que destruíram
totalmente em si próprias o desejo da verdade e a disponibilidade para o
amor; pessoas nas quais tudo se tornou mentira; pessoas que viveram para o
ódio e espezinharam o amor em si mesmas. Trata-se de uma perspectiva
terrível, mas algumas figuras da nossa história deixam entrever, de forma
assustadora, perfis deste género. Em tais indivíduos, não haverá nada de
remediável e a destruição do bem parece ser irrevogável: é já isto que se
indica com a palavra «inferno».Por outro lado, podem existir
pessoas puríssimas, que se deixaram penetrar inteiramente por Deus e,
consequentemente, estão totalmente abertas ao próximo – pessoas em quem a
comunhão com Deus orienta desde já todo o seu ser e cuja chegada a Deus
apenas leva a cumprimento aquilo que já são.Mas, segundo a
nossa experiência, nem um nem outro são o caso normal da existência humana.
Na maioria dos homens – como podemos supor – perdura, no mais profundo da
sua essência, uma derradeira abertura interior para a verdade, para o amor,
para Deus. Nas opções concretas da vida, porém, aquela é sepultada sob
repetidos compromissos com o mal. [...] O que acontece a tais indivíduos
quando comparecem diante do Juiz? [...] Na Primeira Carta aos Coríntios,
São Paulo dá-nos uma ideia da distinta repercussão do juízo de Deus sobre o
homem, conforme as suas condições: «Se alguém edifica sobre este fundamento
com ouro, prata, pedras preciosas, madeiras, feno ou palha, a obra de cada
um ficará patente, pois o dia do Senhor a fará conhecer. Pelo fogo será
revelada, e o fogo provará o que vale a obra de cada um. Se a obra
construída subsistir, o construtor receberá a paga. Se a obra de alguém se
queimar, sofrerá a perda. Ele, porém, será salvo, como que através do fogo»
(3, 12-15).




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29 julho 2009

Em que consiste a Fé Católica: A Pessoa de Jesus

Por João Batista Passos


A Fé é mais do que um sentimento humano, é uma adesão do homem em relação ao seu Criador e um comprometimento com os seus desígnios e à sua Revelação. A Fé Católica consiste totalmente em crer nas Palavras de Jesus, crer e seguir esta pessoa que viveu entre nós, sendo um de nós, que em tudo era como nós, com exceção no pecado (Cf. Hb II, 17).

Então a nossa fé não é algo vindo apenas de um desejo do homem de se voltar rumo ao seu criador desconhecido, mas é a adesão da busca empreendida pelo próprio Criador de se revelar e de nos encaminhar a nossa plena realização. Ele nos criou e Ele nos indica como devemos proceder para que Nele encontremos o nosso fim último, a nossa plena realização e a nossa plena liberdade.

Resumindo, devemos compreender que a nossa fé é a adesão das Palavras reveladas pelo próprio Deus. A Fé católica consiste em uma pessoa, o Kyrios, o Cristo, o Messias, que afirmamos com o coração todo, ser Jesus Cristo de Nazaré, Filho de Deus, nascido do ventre da Santíssima Virgem Maria, descendente de Davi, Rei e Salvador, Senhor de todas as coisas (Cf. Mt XVI, 16).

Por isso, a Fé não é um sentimento pessoal que ganha contornos conforme nossas conveniências e se trata de adesão a Fé proclamada pela Igreja. A Igreja acolhe a Revelação contida nas Sagradas Escrituras, na Sagrada Tradição e nas determinações provenientes do Sagrado Magistério, instituído pelo próprio Cristo, na pessoa dos Apóstolos e seus sucessores, sobretudo na pessoa do Apóstolo Pedro, chamado a confirmar os irmãos (cf. Lc XXII,32) na Fé e aos seus sucessores, os Papas.

Se já falamos que a nossa Fé é a adesão as Palavras Divinas e principalmente as que foram reveladas pelo homem Jesus, pois se tratam da plenitude da Revelação e confirmação de todo o Antigo Testamento, agora precisamos compreender este Homem, quem é Jesus ao qual depositamos toda a nossa Fé, toda a nossa confiança.

Seria impossível ser Cristão se não pela adesão da nossa Fé e razão ao que Cristo vem nos dizer, nos revelar do Pai (Jo I, 18). Então, fica-nos a pergunta: Quem é este Jesus, Filho de Maria, em quem eu deposito toda a minha esperança?

Passamos agora a mergulhar em um horizonte novo, em uma compreensão completa do sentido de nossa existência, vamos além da esperança e passamos a pisar em fatos concretos da proximidade e cumplicidade de Deus em nossa existência, em nossa caminhada rumo ao Bem Eterno, da plena realização do que podemos chamar vida, mas muito mais que apenas vida, mas sim vida em abundância (Jo X, 10).

Então, para confiarmos em Jesus e Nele depositarmos todas as nossas forças e fraquezas, alegrias e sofrimentos, enfim, o nosso respirar e o nosso viver, precisamos compreendê-lo de forma inequívoca e isto se dá de maneira dinâmica e permanente, não adianta querermos compreendê-lo apenas estudando ou lendo sobre Ele, mas é preciso que a cada dia nos relacionemos com Ele, pois Ele abre a nós esta possibilidade (Lc X, 22). Se nos abrirmos a Ele, então o compreenderemos, mesmo que se não de forma completa (pois se trata de um Mistério maior que a nossa capacidade de compreendê-Lo integralmente), o conheceremos e então, com o coração cheio de vigor e coragem poderemos afirmar a verdadeira face de Jesus ao mundo, ao nosso próximo (Jo XV, 26).

Jesus é verdadeiro homem. E assumindo a nossa humanidade em tudo ele é igual a nós. Porém Jesus, como dissemos, assume a nossa inteira humanidade, mas Jesus, o Verbo de Deus já existia antes da criação do mundo, por Ele o mundo foi criado e sem Ele nada foi feito. Ele é a Luz que ilumina a nossa vida (Cf. Jo I) e muitas vezes a tratamos com indiferença e até desrespeito, então, logo não poderemos conhecê-lo, ouvi-lo e muito menos seguir no Caminho, na Verdade e na Vida, que Ele nos propõe seguir, sendo Ele mesmo o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo XIV, 6).

Jesus é verdadeiro Deus, conforme o texto do Credo Niceno-Constatinopolitano. Portanto, as Palavras de Vida Eterna (cf. Jo 6,68) que Jesus nos diz derivam não apenas de um entendimento das coisas divinas, mas de Nele estar contido todas as coisas divinas. Jesus é Deus.
Jesus, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Esta é a nossa profissão de Fé, na qual devemos avançar em compreensão. Profissão de Fé esta inalterada, intacta desde os princípios, portanto não descuidemos de compreendê-la, recorrendo a Fé e a nossa própria razão, que certifica que a nossa Fé não é inválida ou vã. Pois se não nos sentirmos tocados por e para esta realidade divina de Jesus, nunca poderíamos chamá-lo de Cristo, Senhor, Filho de Deus, Salvador e Rei.

Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A esta realidade da pessoa de Jesus chamamos de Hipóstase, Dogma de Fé, compreensão irrevogável da natureza de Jesus. Sem esta compreensão, a Fé Cristã se resumiria em mais uma teoria religiosa e não uma experiência de fato e tangível do Divino com o humano. Jesus é uma única pessoa com duas naturezas, completas, únicas e inseparáveis. Isto explica duas coisas, uma a pessoa de Jesus é adorável, por isso os reis do oriente que seguiram a estrela, ao encontrá-lo em um presépio se ajoelharam e O adoraram (Mt II,11).

Outra é que Maria é sim, Mãe de Deus, pois seu Filho Jesus é Deus, Filho de Deus e que existe desde sempre. Jesus, Filho de Maria é o Verbo encarnado em seu ventre e ao mesmo tempo um de nós no ventre de Maria, sem perder a sua essência divina Ele é concebido como homem.

Maria, Mãe de Deus. Nisso também consiste a nossa Fé. Maria recebe o título já na era primitiva da Igreja de Theotokos, ou seja, Mãe de Deus. Afirmamos com Fé firme nisto, não com a intenção de aumentar as glórias de Maria (a ela foram atribuídas as honras por parte do próprio Deus), mas nos faz sim, compreender o maravilhoso Mistério da encarnação. Maria encontrou graça diante de Deus, Maria transborda da Graça Divina (Lc I, 28), é a Arca de Deus, é a escolhida, a eleita e merece todo o nosso amor, toda as nossas honras, como seguindo verdadeiramente o 4º Mandamento da Lei de Deus.

Para confirmarmos isto, de forma Bíblica, basta ouvirmos a saudação de Isabel, sua parenta ao dizer com um maravilhoso e inequívoco impulso “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?” (Cf. Lc I, 42-43)

Não é de menos importância entrarmos no Mistério da Encarnação com vistas na participação fiel e obediente da Santíssima Virgem neste Mistério da Salvação. Se obscurecermos o papel de Maria, sem dúvida resultará num obscurecimento da pessoa do próprio Cristo. A Revelação não se resume nas Palavras de Jesus, mas se fundamenta na pessoa inteira de Jesus. Jesus é o Verbo Divino, a Palavra de Deus encarnada, a Palavra personificada em nós, entre nós. Por isso, é preciso caminhar com Maria, é preciso ir até ela para que compreendamos no que consiste a Fé Católica na pessoa de Jesus Cristo.

Em Maria, o Verbo de Deus se faz homem, um de nós, é Deus conosco. Este um de nós, no ventre de Maria é a nossa única esperança, única possibilidade de alcançarmos a redenção e a liberdade para a qual fomos criados. Por isso, podemos pensar que Maria cuida de cada um de nós Cristãos, cuida da nossa redenção, carrega o Justo em seu ventre maternal, puro e imaculado e nos relaciona com Ele.
A nossa Fé consiste em seguir os passos e ouvir as Palavras do Filho de Deus e de Maria.

A Santíssima Trindade

Deus é uno e Trino. Eis o Mistério da Santíssima Trindade. Um Deus em pessoas três. Aderir a este mistério da Fé é um fundamento basilar de tudo o que temos conhecido, vivido.
“Cremos firmemente e afirmamos simplesmente que há um só Deus eterno, imenso e imutável, incompreensível. Todo-poderoso e inefável, Pai, Filho e Espírito Santo: Três pessoas mas uma só Essência, uma Substância ou Natureza absolutamente simples.” (IV Concílio de Latrão)

Pequena e última reflexão

Bom, passamos rapidamente pelo que consiste a adesão da Fé. Agora paremos um instante e façamos uma reflexão. Jesus é o ponto de partida e de chegada da minha Fé Católica? Ele realmente tem sido o centro das minhas buscas por aumentar a minha Fé, amadurecê-la a ponto de sentir-me alimentado por ela?

É bem verdade que neste pequeno espaço e tempo em que desejamos passar um mínimo dos fundamentos da Fé Cristã, única e santa, não foi possível entrar em tantos outros pontos fundamentais de nossa Fé, mas desejamos que este texto possa significar um pouco de tudo o que é maravilhosamente lindo da Fé que salva. Tudo o que cremos e professamos origina-se e tem sua completude em Jesus Cristo, princípio, meio e fim. Tudo está fundamentado em Cristo. A vida, o amor, a justiça, o perdão, a Fé.

“Vós conheceis a bondade de nosso Senhor Jesus Cristo. Sendo rico, se fez pobre por vós, a fim de vos enriquecer por sua pobreza.” (II Cor VII, 9)




Passos, João Batista. Apostolado Sociedade Católica: ”Em que consiste a Fé Católica: A Pessoa de Jesus”. Disponível em http://www.sociedadecatolica.com.br. Desde 29/06/2009.

Projeto de lei, interessante !!!

Particularmente, duvido que um projeto bem intencionado como este passe por um Congresso onde cada um só pensa no que pode ganhar, mas, enfim, não custa tentar...

Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em Escolas públicas. Uma idéia muito boa do Senador Cristovam Buarque.
Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública. As conseqüências seriam as melhores possíveis.. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do
ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil. SE VOCÊ CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM. Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país. O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA
OPINIÃO PÚBLICA.

Liturgia Diária!!!

Quarta-feira, dia 29 de Julho de 2009
S. Marta – Memória

Santa Marta, amiga de Jesus, Santos Maria e Lázaro, hospedeiros do Senhor



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Francisco de Sales : «Jesus era muito amigo de Marta, da sua irmã e de Lázaro» (Jo 11, 5)

Leituras

1 João 4,7-16.
Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo
aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus.
Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.
E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao
mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida.
É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo
que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos
pecados.
Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos
outros.
A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece
em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós.
Damos conta de que permanecemos nele, e Ele em nós, por nos ter feito
participar do seu Espírito.
Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como
Salvador do mundo.
Quem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e
ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele. Deus é amor, e
quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.


Salmos 33(32),2-11.
Louvai o SENHOR com a cítara; cantai lhe salmos com a harpa de dez cordas.
Cantai lhe um cântico novo, tocai com arte por entre aclamações.
As palavras do SENHOR são verdadeiras, as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a rectidão e a justiça; a terra está cheia da sua bondade.
A palavra do SENHOR criou os céus, e o sopro da sua boca, todos os astros.
Ele juntou as águas do mar como numa represa e guardou as torrentes do
Abismo nos seus depósitos.
A terra inteira tema o SENHOR, tremam diante dele os habitantes do mundo.
Porque Ele disse e tudo foi feito, Ele ordenou e tudo foi criado.
O SENHOR desfez os planos das nações, frustrou os projectos dos povos.
Só o plano do SENHOR permanece para sempre, e os desígnios do seu coração,
por todas as idades.


João 11,19-27.
e muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para lhes darem os pêsames
pelo seu irmão.
Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo,
enquanto Maria ficou sentada em casa.
Marta disse, então, a Jesus: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não
teria morrido.
Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá.»
Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará.»
Marta respondeu-lhe: «Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do
último dia.»
Disse-lhe Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo
que tenha morrido, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto?»
Ela respondeu-lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de
Deus que havia de vir ao mundo.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Francisco de Sales (1567-1622), Bispo de Genebra e Doutor da Igreja
Introdução à vida devota, III, 19

«Jesus era muito amigo de Marta, da sua irmã e de Lázaro» (Jo 11, 5)

Amai toda a gente com grande amor de caridade, mas reservai a vossa amizade
profunda para os que podem partilhar convosco as coisas boas. [...] Se
partilham no domínio dos conhecimentos, a vossa amizade é certamente
louvável; mais ainda se comungam da prudência, da discrição, da força e da
justiça. Mas, se a vossa relação é fundada na caridade, na devoção e na
perfeição cristã, ó Deus, a vossa amizade é preciosa! É admirável porque
vem de Deus, admirável porque tende para Deus, admirável porque o seu laço,
é Deus, porque é eterna em Deus. Como é bom amar na terra como se ama no
céu, aprendei a amar neste mundo como o faremos para sempre no outro!

Não falo aqui do amor simples da caridade, porque esse deve ser levado a
todos os homens; falo da amizade espiritual, pela qual dois, três ou vários
comungam na vida espiritual e têm um só coração e uma só alma (cf. Act 4,
32). É verdadeiramente justo que tais almas cantem felizes: «Vede como é
bom e agradável que os irmãos vivam unidos!» (Sl 132, 1). [...] Parece-me
que todas as outras amizades não são mais do que a sombra desta. [...] É
fundamental que os cristãos que vivem no mundo se ajudem uns aos outros
através de santas amizades; por este meio incentivam-se, apoiam-se,
conduzem-se mutuamente para o bem. [...] Ninguém pode negar que Nosso
Senhor amou com uma amizade mais doce e muito especial São João, Lázaro,
Marta e Madalena, pois o Evangelho o testemunha.




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28 julho 2009

Mandamentos do Senhor - Caminho Certo para Ve-Lo

Por Ana Maria Bueno Cunha



Eis o que diz o Senhor, teu Redentor, o Santo de Israel: Eu Sou o Senhor teu Deus, que te dá lições salutares, que te conduz pelo caminho que deves seguir. Ah! Se tivesses sido atento às minhas ordens! Teu bem-estar assemelhar-se-ia a um rio, e tua felicidade às ondas do mar. (Isaías 48, 17-18)




Conhecemos a Deus quando guardamos seus mandamentos, pois quem diz conhece-Lo e não os guarda é mentiroso e a verdade não está nele, nos diz São João. Portanto, conhecer a Deus não constitui uma atividade meramente intelectual, mas algo concreto e real: consiste em estar unido a Ele pela fé e pelo amor - ou seja, pela graça - pois quem O conhece, o amor de Deus alcançou sua perfeição e este deve necessariamente permanecer nEle.

Quem deseja seguir o caminho santo, conhecendo a Deus que é este caminho, deve compreender primeiramente que Deus é o autor da vida, que é Aquele que a rege, e que portanto, sabe exatamente por onde devemos caminhar para não nos perdermos. Os mandamentos são as setas, as regras de conduta que devemos ter para caminharmos na luz e termos a vida, - em abundância aqui -, e a eterna, quando chegar nosso momento derradeiro.

Ora, todo homem tem e sente dentro do seu coração uma lei gravada por Deus, que o faz distinguir o bem e o mal, o honesto do torpe, o justo do injusto; os mandamentos agem nele, para os direcionar para o bem, para a justiça e para o que é honesto.

Dentro deles se encerra nossa salvação, e isto deve ser causa de louvores. Desprezar os mandamentos é desprezar à Deus, e em última análise é desprezar a vida que Ele nos oferece. Humildade e pureza devem ser a mola que nos move, pois por eles, - os mandamentos -, receberemos prêmios eternos ou penas previstas pela justiça divina. Por eles, reconhecemos os caminhos do Senhor, sua santíssima vontade, para assim dirigir nossos passos em Sua direção.

É verdadeiro sábio quem teme a Deus e segue seus caminhos e por conta desta obediência e solicitude, terá como galardão, nesta e na outra vida, verdadeiras alegrias, conhecimento dos mistérios divinos, além de muitos gozos e prêmios. O sábio é aquele que ama de fato, e por amar, deve obedecer não tanto pelos seus interesses, mas por amor e atenção à Deus e para Sua glória, que é o motivo pelo qual fomos criados. Na verdade, Deus poderia nos obrigar a servir à Sua glória sem nenhuma recompensa, mas como Sua liberalidade e clemência é enorme, ainda nos cumula delas.

Portanto, guardar os mandamentos não só nos traz bençãos tanto temporal, quanto nos traz bençãos espirituais, ou seja, teremos uma larga recompensa no céu (Mt 5,12)

“Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos! Ele não teme receber notícias más: confiando em Deus, seu coração está seguro. Seu coração está tranquilo e nada teme, e confusos há de ver seus inimigos” (Salmo 111).

Deus nos deu a liberdade, mas esta deve nos levar a reconhe-LO como soberano sobre todas as coisas. Para sermos de fato livres, precisamos aprender a se-lo e com certeza, não é nos eximindo das ordens dadas por Ele. A verdadeira independência e liberdade consiste em me desvincular daquilo que me prende ao erro, por uma liberdade interior que é aquela que me desagarra do mundo e dos bens materiais, da busca do ter, do prazer, do ser. As ordens, as prescrições nos darão sabedoria para adquirir a independência espiritual. Portanto, os mandamentos não nos limitam, antes nos fazem crescer para a docilidade e para o equilíbrio.

São João também nos diz que Deus é amor e toda Sua Revelação feita a nós é prova deste amor. Ele nos fez à Sua imagem, portanto, nos fez capazes do amor, não só de amar mas capazes do Seu amor. Por isso o Senhor considerou o amor como mandamento supremo: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Dei servir regnare est - diz a máxima latina - "Servir a Deus é reinar". Tudo em nós deve estar disposto de forma que cumpramos nossos ideais eternos, que deve ser sempre objeto de nossas delícias e busca. Os mandamentos, aparentemente parecem nos prender, mas não prejudicam nossa liberdade, muito pelo contrário, ajudam a garantir a elevação de nossa alma para as alturas.

"Prendem-se as hastes da videira a uma estaca, não para entravar a sua liberdade, mas para assegurar a boa orientação do seu crescimento". Disse o poeta Weber.
"À sujeição te faz livre!
olha a videira ligada:
foi atada a uma empa
pra crescer mais aprumada". (Dreizehnlinden - extraído do livro Jovem de Caráter de Tihamer Toth - Quadrante)

É certo que a fragilidade da natureza pode impelir o homem a se considerar fraco para amar a Deus e cumprir suas leis, mas o Senhor que exige amor, nos dá forças para amar, pois, “O amor do Pai foi derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado”. O Espírito, que é efetivamente o amor do Pai e do Filho, nos transforma em pessoas capacitadas a amar e a obedecer, já que claramente nos ensina o caminho da vida e em como ele é o melhor bem a ser buscado.

Depois que Cristo morreu em nosso favor, não precisamos esmorecer na busca desta obediência, pois tudo se torna mais fácil para quem ama. A nova criatura que nasce em Cristo é totalmente capaz de crescer em obediência, pois é cheia de graça e somente nela, o homem em ordem à salvação, tem valor diante de Deus.

São Bernardo nos diz: “Deus não podia exigir do homem nada que fosse mais justo, mais elevado e mais proveitoso" (Bernard. de diligendo Deo cap. I), o que nos faz entender que podemos obedece-LO para o nosso bem.

Santo Agostinho completa São Bernardo: "Quero que me digam, será impossível ao homem amar, repito, amar o bondoso Criador, o Pai amantíssimo? Ainda mais, amar a sua própria carne na pessoa de seus irmãos? Ora, quem ama...cumpre a lei" (Aug. serm. 47 de Sanctis; Rom 13,8)

Fica portanto, evidente, que a nova criatura é aquela que observa os mandamentos de Deus, pois quem ama - e só ama de fato quem está cheio da graça -, guarda Sua palavra. "Pode o homem justificar-se, e de ímpio que era, tornar-se justo, antes de haver cumprido, por atos externos, cada um dos preceitos da Lei; mas, tendo já a idade da razão, não é possível que, de ímpio, se torne justo, sem estar intimamente disposto a guardar os mandamentos de Deus" (Catecismo Romano I. Dos preceitos Divinos 9, pag. 385)

Não importa se há recompensa ou não, não importa se há uma ordem ou não, o que importa é se tenho amor e se o tenho, faço, obedeço. E nada me é mais prazeroso. Ser livre para obedecer é o que faz uma pessoa feliz, pois sabe que o caminho que trilha é certo e santo.

O Papa João Paulo II, confirma isso na Encíclica O Esplendor da Verdadae: "É o amor que nos faz cumprir os mandamentos ou é cumprir os mandamentos que nos faz nascer o amor? Quem duvida que o amor precede a observância? Quem, de fato, não ama, está privado de motivações para cumprir os mandamentos. Jesus ensina as Leis de Deus de modo a interiorizar e a radicalizar as suas exigências: O amor ao próximo nasce de um coração que ama e, exatamente porque ama, está disposto a viver as mais elevadas exigências."

As Sagradas Escrituras deixa claro que o mandamento, por si só, não foi suficiente para conseguir fazer o homem agradar a Deus. Deus precisou infundir o Espirito Santo no coração do homem para este se sentir motivado a romper com o pecado e viver no amor. Por ser o Espirito Santo "o amor de Deus que foi derramado em nossos corações", Ele nos ajuda e nos capacita a amarmos e vivermos santamente para o Senhor.

Como não pode haver fé sem obras, é preciso receber com docilidade toda revelação, para que possamos identificar nossa vida com a de Cristo. Nesta identificação, devemos nos conformar com Ele para estarmos cada vez mais aptos para seguir o caminho que é estreito, mas santo.

São Próspero nos diz: "Caminhar como Ele caminhou, que outra coisa é senão abandonar as comodidades que Ele abandonou, não temer as contrariedades que Ele suportou, ensinar o que Ele ensinou (...), continuar a fazer o bem também aos desagradecidos, orar pelos inimigos, ter misericórdia com os perversos, suportar com ânimo equânime os vaidosos e soberbos"? (De vita contemplativa, lib II, cap 21)

Sabemos nós que todo homem depois do pecado das origens, ficou propenso a cometer pecados e por consequência, quebram a todo instante as regras básicas de viver de acordo com as leis divinas, que são retas e santas. Por causa da enorme malícia dos pecados e por causa desta propensão, em cada um dos mandamentos se acrescenta uma penalidade. Toda lei induz os homens, por meio de prêmios e castigos, a observarem as suas determinações.

É por isso que muitas vezes nos deparamos nas Sagradas Escrituras, com tantas promessas e acusações, da parte de Deus. Jesus nos disse: “Quem quiser entrar na vida, observa os mandamentos, e eles não são penosos”. De fato, para aqueles que são guiados pelo Espírito Santo, após seu batismo, toda penalidade parece mais que um estímulo para rejeitar o mal e buscar solidamente o bem. Longe de nos constranger, nos convida a caminhar sempre adiante, sempre nos reconhecendo pequenos, fracos, mas fortes em Deus, que é e sempre será fiel. Buscamos rejeitar o pecado por amor à Deus e não por medo do castigo. O que nos atrai é o amor e não o medo, por isso, o cristão tem paz em Deus.

Infelizmente, os homens carnais que não entendem o chamado, acham tudo muito duro e difícil. Mas é preciso que pelo conhecimento, reconheçam que podem trilhar pelas vias de Deus e que serão a partir daí, livres para uma vida nova em Cristo.

Que o Senhor aplicará as penas e os prêmios isto é fato, já que Ele é perfeito, santo e sem sombra de fraquezas e injustiças. Portanto, tanto os carnais quanto os espirituais, receberão a paga devida a seus atos.



Assim dizia David: ”Para onde irei longe de Vosso Espírito? Para onde fugir afastado de Vosso olhar? “(138,7). Não é nada inteligente desconfiar das promessas divinas, elas serão cumpridas naquele que se pauta pelo caminho santo e reto, assim como receberá os castigos devidos à toda desobediência. Por isso é preciso fortalecer o passo e tomar a feliz decisão de correr para o combate proposto sem subterfúgios, com uma fé firme que não vacila diante dos obstáculos, para chegar a termo que é ser realmente feliz, livre e santo já nesta vida e receber o prêmio eterno que é ver a Deus.



Não é para qualquer direção que devemos caminhar, mas para aquela que nos leva a meta proposta, que definitivamente se deseja alcançar porque merece ser alcançada. Existem determinadas regras para a felicidade e para conservá-la uma vez encontrada. A vida tem suas leis e se não forem observadas, podem redundar na sua perda. Para viver em Deus temos regras a cumprir e toda transgressão a elas incorre em consequências, muitas vezes funestas. Não podemos nem ignorá-las e muito menos nos irritar com elas, antes conhece-las para buscar vive-las para ter a vida. Assim são os mandamentos de Deus, caminho certo e seguro para viver nEle e para Ele, para ter uma vida abundante, reta e sobretudo feliz e livre.



Deus é um Deus zeloso de Seus direitos, apesar de muitos quererem que Ele não cuide das coisas humanas, mas como Ele não possui nenhuma sombra de instabilidade, tudo rege com amor e zelo. Apesar disso, Deus não permite a alma quebrar impunemente a fidelidade para com Ele. Nos diz o salmista – Sl 72,27: “Sim. Perecem aqueles que de Vós se apartam, destruís os que procuram satisfação fora de Vós”.

Seu zelo consiste naquela puríssima justiça que é repudiada pela alma que se corrompe por falsas doutrinas e por paixões desordenadas, ficando ela repudiada e excluída das núpcias com Deus. Por isso é tão importante darmos glórias devidas a Ele, para que possamos como Cristo, nosso modelo, amar este pai zeloso, obedecer suas leis e ainda zelar pelas suas coisas. Tal como Cristo, possamos dizer: “o zelo por tua casa me consome”

Como um Pai Deus corrige os seus, mas não deixará impune o infrator. Quando as Escrituras diz que O Senhor amaldiçoará até a e terceira ou quarta geração, não quer dizer que todos os descendentes paguem indistintamente pelas culpas de seus antepassados, mas que nem toda posteridade poderá evitar a cólera de Deus.



São Gregório nos ajuda a conciliar as palavras da lei que diz ser amaldiçoado as gerações pelos pecados dos antepassados com as de Ez 18,4b quando o mesmo Deus nos diz que é o pecador que morrerá. “Quem imita a ruindade do pai, que é mau, envolve-se também em seu pecado. Mas quem não imita a ruindade de seu pai, de modo algum responde pelo delito eu o pai tenha perpetrado. Daí resulta, como conseqüência, eu o mau filho de um pai perverso deve sofrer não só pelos pecados que ele mesmo cometeu, mas também pelos pecados de seu pai. Pois, sabendo que os pecados de seu pai provocaram indignação de Deus, não se intimidou de acrescentar-lhe ainda a sua própria maldade. Se alguém, à vista do juiz inexorável, não teme prosseguir nos caminhos de seu pai perverso, é de justiça que, ainda nesta vida, seja forçado a expiar também as culpas de seu pai transviado” (Greg. Magno Moral 25 23)

Nunca podemos nos esquecer que a misericórdia de Deus vai além de sua justiça, tanto é verdade que Ele abençoa e usa de misericórdia até a milésima geração com aqueles que O amam e guardam os seus mandamentos ( Ex 20,5-6) – Este prêmio é realmente muito estimulante, já que amamos os nossos e queremos tanto o seu bem!

Feliz daquele que ama a Deus, que teme o Senhor, este é o caminho da sabedoria, porque pauta sua vida em se comprazer neste amor e em tudo se sujeitar à sua santa vontade.


Queridos, nossa meta é o Céu, somos cidadãos do Alto, por isso busquemos a todo custo a vida santa, na obediência amorosa aos mandamentos do Senhor, para que um dia possamos dizer como São Paulo: “ Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino:[…] Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima, Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição". (II Tim 4,1.6-8).



CUNHA, Ana Maria Bueno. Apostolado Veritatis Splendor: MANDAMENTOS DO SENHOR, CAMINHO CERTO PARA VE-LO.. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5766. Desde 29/06/2009.

Bebê abortado é enterrado vivo e sobrevive!

É LAMENTÁVEL, MAS TEM DE SER DIVULGADO, PARA TENTARMOS ENTENDER ATÉ ONDE VAI A MALDADE HUMANA, QUE CADA VEZ MAIS NOS APROXIMA DE ANIMAIS IRRACIONAIS (SEM OFENSA À ESTES, OK!)


Abortado, enterrado e sobreviveu - Fotos chocantes, mas vitoriosas.

Sem comentários!


Cada dia que passa eu me surpreendo mais com o ser humano. Como alguém pode ter coragem de um ato tão monstruoso com seu próprio filho?


Deus isso tem que acabar, não pode continuar...
Não consigo entender, nem imaginar o que se passa na cabeça de uma mulher assim...

Lucinda Ferreira Guimarães, 40 anos, deverá ser indiciada por tentativa de homicídio, sob a acusação de dar à luz e enterrar vivo um menino recém-nascido em um terreno baldio próximo ao bairro São Miguel, em Laranjeiras do Sul , no Paraná.


Segundo informações a criança só sobreviveu por estar enterrada em pé tendo um cachorro cavado um pouco a terra ao redor de sua cabeça, deixando-a descoberta e por causa do calor da terra que manteve a temperatura corporal.


Os policiais foram acionados através de uma denúncia anônima para darem atendimento a uma ocorrência de abandono de criança enterrada num matagal. Segundo as primeiras informações uma senhora teria retornado para a residência ao entardecer com as vestes sujas de sangue o que chamou a atenção de vizinhos que observaram as ações
da suspeita que estaria grávida até então.

Para surpresa dos moradores locais depois de uma busca nas proximidades encontraram numa toca de tatu no matagal, um recém-nascido que estava cheio de bichos e moscas sob sua pele. Já se passavam 24 horas do provável aborto e os moradores então acionaram a polícia, pois achavam que o recém-nascido estaria em óbito.


Ao chegarem, os policiais perceberam que ele estava vivo, tiraram os restos de terra da boca e imediatamente o encaminharam ao Hospital. No local uma equipe policial levantou informações da localização da mãe e a encontrou num bar a algumas quadras do local e deu voz de prisão a infratora.. No hospital o recém-nascido recebeu os cuidados médicos necessários e passa bem.



A mãe está na Delegacia de Polícia Civil e até o momento não pode ser ouvida sobre os motivos que a levaram a cometer tal atrocidade pelo estado de choque em que se encontra. O recém-nascido deve ser observado pelos próximos dias no hospital e possivelmente não ficará sob os cuidados da genitora. É um menino e nasceu com 08 meses...


A senhora Lucinda é mãe de 4 filhos e esta era a 5ª gravidez. Estava casada pela 2ª vez e o filho não era deste último
.



Quando Deus quer salvar uma vida preciosa como a desse bebê, nehum ser humano é capaz de agir contra!!! Pense nisso.

Liturgia Diária!!!

Terça-feira, dia 28 de Julho de 2009
Terça-feira da 17ª semana do Tempo Comum

S. Vítor I, papa, +199, Beata Maria Teresa Kowalska, virgem e mártir, +1941



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Catecismo da Igreja Católica §§ 823 – 827 : Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica

Leituras

Ex. 33,7-11.34,5-9.28.
Moisés pegou na tenda e foi colocá-la a certa distância do acampamento.
Deu-lhe o nome de tenda da reunião. E todos aqueles que desejavam consultar
o Senhor iam à tenda da reunião, fora do acampamento.
Quando Moisés se dirigia para a tenda, todo o povo se levantava,
permanecendo cada um à entrada da própria tenda, para o seguir com os
olhos, até Moisés entrar na tenda.
Logo que Moisés entrava na tenda, a coluna de nuvem descia e mantinha-se à
entrada, e o Senhor falava com Moisés.
E, ao ver a coluna de nuvem que permanecia à entrada da tenda, todo o povo
se levantava e se prostrava, cada um à entrada da sua tenda.
O Senhor falava com Moisés, frente a frente, como um homem fala com o seu
amigo. Moisés voltava, em seguida, para o acampamento; mas Josué, filho de
Nun, o seu servidor, homem ainda novo, não se afastava do interior da
tenda.
O Senhor desceu na nuvem e, passando junto dele, pronunciou o nome do
Senhor.
O Senhor passou em frente dele e exclamou: «Senhor! Senhor! Deus
misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e de
fidelidade,
que mantém a sua graça até à milésima geração, que perdoa a iniquidade, a
rebeldia e o pecado, mas não declara inocente o culpado e pune o crime dos
pais nos filhos, e nos filhos dos seus filhos até à terceira e à quarta
geração.»
Moisés curvou-se imediatamente até ao chão e prostrou-se em adoração,
dizendo: «Se, entretanto, alcancei graça aos teus olhos, ó Senhor, vem, por
favor, caminhar no meio de nós, pois este é um povo de cerviz dura. Mas
perdoa-nos as nossas iniquidades e os nossos pecados e aceita-nos como
propriedade tua.»
Moisés permaneceu junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem
comer pão nem beber água. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os
dez mandamentos.


Salmos 103(102),6-7.8-9.10-11.12-13.
SENHOR defende, com justiça, o direito de todos os oprimidos.
Revelou os seus caminhos a Moisés e as suas maravilhas aos filhos de
Israel.
SENHOR é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de amor.
Não está sempre a repreender-nos, nem a sua ira dura para sempre.
Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos castigou segundo as
nossas culpas.
Como é grande a distância dos céus à terra, assim são grandes os seus
favores para os que o temem.
Como o Oriente está afastado do Ocidente, assim Ele afasta de nós os nossos
pecados.
Como um pai se compadece dos filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o
temem.


Mateus 13,36-43.
Afastando-se, então, das multidões, Jesus foi para casa. E os seus
discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do
joio no campo.»
Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do
Homem;
o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são os
filhos do maligno;
o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros
são os anjos.
Assim, pois, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do
mundo:
o Filho do Homem enviará os seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos
os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade,
e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes.
Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que
tem ouvidos, oiça!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Catecismo da Igreja Católica §§ 823 – 827


Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica

A Igreja é Santa, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Com efeito,
Cristo, Filho de Deus, que é proclamado «o único Santo», com o Pai e o
Espírito, amou a Igreja como sua esposa, entregou-Se por ela para a
santificar, uniu-a a Si como seu Corpo e cumulou-a com o dom do Espírito
Santo para glória de Deus». A Igreja é, pois, «o povo santo de Deus», e os
seus membros são chamados «santos» (1Cor 6, 1). [...] A Igreja, unida a
Cristo, é santificada por Ele. Por Ele e n'Ele toma-se também santificante.
[...] É nela que «nós adquirimos a santidade pela graça de Deus». [...] Nos
seus membros, a santidade perfeita é ainda algo a adquirir. [...]

«Enquanto que Cristo, santo e inocente, sem mancha, não conheceu o pecado,
mas veio somente expiar os pecados do povo, a Igreja, que no seu próprio
seio encerra pecadores, é simultaneamente santa e chamada a purificar-se,
prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e renovação» (LG
42) Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem
reconhecer-se pecadores. Em todos eles, o joio do pecado encontra-se ainda
misturado com a boa semente do Evangelho até ao fim dos tempos

A Igreja reúne, pois, em si, pecadores abrangidos pela salvação de Cristo,
mas ainda a caminho da santificação. A Igreja «é santa, não obstante
compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida
senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam;
e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que
impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz
penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos,
pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo.




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27 julho 2009

A Humildade é a morada do Amor

Quem na vida nunca foi submetido a algum tipo de humilhação? Parece provocativa a pergunta, mas é a partir dela que vamos descobrir o véu da humildade. Basta dar alguns passos para encontrar ao longo do caminho o número de pessoas que já passaram por este processo. Neste itinerário encontramos também muita gente que colheu belas rosas no “canteiro da humildade”, gente que cresceu, amadureceu e que começou a enxergar a vida sob a ótica do Amor. Nossa... Quantos santos encontraram na humildade a escada em direção ao Amor.

É interessante como a humildade no horizonte do Cristianismo nos possibilita a ver o mundo diferente. Isso mesmo! A humildade é a dinâmica que nos favorece exercitar o Amor em lugares pouco visitados; é a lente que nos possibilita contemplar o Amor em pessoas pouco acreditadas. Às vezes, gosto de pensar que se o Amor tem morada, o endereço dela certamente é o da humildade. Acho que é por isso que as virtudes do coração de Jesus são por excelência a “mansidão e a humildade” (Mt 11, 29). Diria sem medo que a humildade é uma forma do Amor se revelar. A imagem que nos sugere uma compreensão singular é quando Jesus se inclina humildemente para lavar os pés daqueles a quem tanto ama.

Quem nos acompanha deve perceber que às vezes gostamos de lapidar a pedra bruta das palavras a fim de extrair o que elas têm de melhor. Neste sentido, vale a pena saber por exemplo que a expressão “humildade”, os latinos a chamava de “humilitas”, isto é, o gesto de quem se dirige ao “húmus”, à terra. Fica claro agora a imagem daquele Mestre que se dirige ao húmus presente nos pés dos seus discípulos, a fim de limpá-los do dos falsos amores e fazê-los experimentar o Verdadeiro Amor.

O húmus se revela sempre fértil, e geologicamente é a parte mais fértil da terra. Assim a humildade é para nossa vida uma graça de fertilidade que faz brotar a vida nova em Deus, com Deus e por Deus, tal como foi com aquela mulher apanhada em adultério. Quando os fariseus a leva até Jesus, Ele desmascara o excessivo rigor que os norteia. Em vez de ficar discutindo sobre lei e justiça, Ele se inclina e passa a escrever com o dedo na terra (Jo 8, 2-11). Mexe com o humus, e revela muito provavelmente que o que se apresenta como um território inabitável deve se tornar por meio da humildade a casa do Amor. É o Amor sendo costurado no tecido redentor da Humildade.

Um outro ensinamento rico que temos é quando encontramos Jesus que cura o cego de nascença ao cuspir no “chão” e fazer lodo com a saliva (Jo 9, 6). Nessa história de cura temos o barro da terra. Jesus passa lodo (ou lama como algumas traduções sugerem) nos olhos do cego para dizer-lhe: “Você foi feito do barro. E só aceitando sua condição de fragilidade, sua sujeira interior é que você conseguirá ver.” Jesus nos ensina ali que quem em seu orgulho, se recusa a olhar a própria história, torna-se cego. Só quem tem a coragem de descer à própria condição humana por meio da humildade é que consegue abrir os olhos diante do Amor, enxergar-se como realmente é, para enfim comunicar-se com Deus. Como diria Padre Pio de Pietrelcina: "Quanto mais deixares te enraizar na santa humildade, mais íntima será tua comunicação com Deus".

Poderíamos explorar muito mais do universo da humildade. Não se pode negar que no cenário do Cristianismo todos os dias temos a rica possibilidade de contemplar novas reflexões que nos ajudam a dar realidade ao sonho de Deus em nossa história. Contudo, tudo é dom de Deus, inclusive tais reflexões. Busquemos, portanto ser humildes tal como os bambus o são. Sua beleza é um espetáculo de humildade, pois quanto mais altos eles são, mais inclinados se revelam.


Grato, Jerônimo Lauricio
www.jeronimolauricio.com

Liturgia Diária!!!

Segunda-feira, dia 27 de Julho de 2009
Segunda-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santa Natália e companheiros, mártires, +852, S. Pantaleão, mártir, séc. III



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Macário : «Até que tudo fique fermentado»

Leituras

Ex. 32,15-24.30-34.
Moisés desceu do monte, trazendo nas mãos as duas tábuas do testemunho,
escritas nos dois lados, numa e noutra face.
As tábuas eram obra de Deus e o que estava gravado nas tábuas fora escrito
por Deus.
Ao ouvir o barulho que o povo fazia, gritando, Josué disse a Moisés: «Há no
acampamento alaridos de batalha.»
Moisés respondeu: «Não são nem gritos de vitória, nem gritos de derrota. O
que oiço são vozes de gente a cantar.»
Ao chegar junto do acampamento, viu o bezerro e as danças. Acendeu-se a sua
cólera, atirou com as tábuas e partiu-as ao pé do monte.
Depois, agarrando no bezerro que tinham feito, queimou-o e reduziu-o a pó
fino que espalhou na água. E deu-a a beber aos filhos de Israel.
Moisés disse a Aarão: «Que te fez este povo para o deixares cometer um tão
grande pecado?»
Aarão respondeu: «Que o meu senhor não se irrite. Tu próprio sabes como
este povo é inclinado para o mal.
Disseram-me: 'Faz-nos um deus que caminhe à nossa frente, pois a Moisés,
esse homem que nos fez sair do Egipto, não sabemos o que lhe terá
acontecido.'
Eu disse- -lhes: 'Quem tem ouro?' Despojaram-se dele e entregaram-mo;
lancei-o ao fogo e saiu este bezerro.»
No dia seguinte, Moisés disse ao povo: «Cometestes um enorme pecado. No
entanto, vou subir para junto do Senhor. Talvez alcance o perdão para o
vosso pecado.»
Moisés voltou para junto do Senhor e disse: «Ah, este povo cometeu um
grande pecado. Fizeram para si um deus de ouro.
Apesar disso, perdoa-lhes este pecado, ou então apaga-me do livro que
escreveste.»
O Senhor disse a Moisés: «Apagarei do meu livro aquele que pecou contra
mim.
Vai agora, e conduz o povo para onde te disser. O meu anjo caminhará diante
de ti. Mas no dia da prestação de contas, puni-los-ei pelo seu pecado.»


Salmos 106(105),19-20.21-22.23.
Fizeram um bezerro de ouro no Horeb e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram assim o seu Deus glorioso pela figura de um animal que come feno.
Esqueceram a Deus, que os salvara, que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas do país de Cam, feitos gloriosos no Mar dos Juncos.
Deus decidiu aniquilá-los. Moisés, porém, seu escolhido, intercedeu junto
dele, para acalmar a sua ira destruidora.


Mateus 13,31-35.
Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de
mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo.
É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a
maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves
do céu abrigar-se nos seus ramos.»
Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento
que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo
fique fermentado.»
Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes dizia sem ser
em parábolas.
Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha
boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Macário (?-405), monge no Egipto
Homilia n° 24 (a partir da trad. Bellefontaine 1984, coll. Spi. Or. N° 40, p. 239 rev.)

«Até que tudo fique fermentado»

Desde a transgressão de Adão, os pensamentos da alma dispersaram-se,
afastando-se do amor de Deus, na direcção do mundo presente, e
misturaram-se com pensamentos materiais e terrestres. Porque Adão, com a
sua transgressão, recebeu em si o fermento das más tendências, e assim, por
participação, também todos os que dele nasceram e toda a raça de Adão
recebeu uma parte desse fermento. Seguidamente, as disposições más
cresceram e desenvolveram-se entre os homens, a ponto de eles fazerem todo
o tipo de desordens. Finalmente, o fermento da malícia penetrou em toda a
humanidade [...].

De maneira análoga, durante a sua estada na terra, o Senhor quis
voluntariamente sofrer por todos os homens: resgatá-los com o Seu próprio
sangue, introduzir o fermento celeste da Sua bondade nas almas crentes
humilhadas pelo jugo do pecado. Quis completar nelas a justiça dos
preceitos e todas as virtudes, de maneira a que, ao penetrar nelas este
fermento, fiquem unidas no bem e formem com o Senhor «um só Espírito»,
segundo as palavras de Paulo (1Co 6, 17). A alma que for totalmente
penetrada pelo fermento do Espírito Santo nem poderá já ter a ideia do mal
e da malícia, como está escrito: «O amor não se irrita nem guarda
ressentimento» (1Co 13, 5). Sem este fermento celeste, ou, por outras
palavras, sem a força do Espírito Santo, a alma não poderá ser amassada
pela doçura do Senhor nem alcançar a verdadeira vida.




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"Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da Luz" Rm 13,12
CEFAS, oriundo do nome de São Pedro apóstolo, significa também um Acróstico: Comunhão para Evangelização, Formação e Anúncio do Senhor. É um humilde projeto de evangelização através da internet, buscando levar formação católica doutrinal e espiritual.