27 março 2022

06 Batismo

 



Continuação do post 05


Em Atos 2,38 temos os judeus perguntando "o que devemos fazer?" a Pedro, sobre o que deveriam fazer de concreto para assumir essa vida nova. A resposta é simples: batismo e arrependimento.


Ser batizado no nome de Jesus significa passar para a autoridade de Jesus Cristo (como se passava um terreno no nome de alguém). É uma definição de posse por Jesus Cristo, de pertença a Ele.


Fomos transferidos, em Cristo, para o Reino do Amor de Deus. Há uma transformação total. Somos chamados de cristãos porque pertencemos a Jesus Cristo. 


No capítulo 1 da carta aos Coríntios, Paulo corrige a comunidade confirmando nossa posse por Cristo. Ser batizado significa pertencer a Cristo. A partir do batismo nós compartilhamos a mesma vida e a morte de Cristo.


Devemos assumir essa vida nova dos filhos de Deus. Onde assumimos um tipo de morte para o mundo e o pecado. O batismo impõe para nós uma novidade de vida. O pecado não pode nos dominar. Somos inimigos do pecado. Jesus é o nosso Senhor. Não podemos mais servir a dois senhores. Não pode haver comunhão entre a luz e as trevas, entre Cristo e Belial.


Não é necessário gastarmos tempo em justificações detalhadas para mostrar a imoralidade de um pecado a uma pessoa. Um cristão só precisa de Cristo, e tudo que não persiste debaixo do senhorio de Cristo não deve ser aceito. Se Jesus não aprova, eu não aprovo. Se Jesus não aprova tal procedimento, eu não aprovo. Não podemos viver uma vida dupla, senão nos auto excluímos do estado de graça da vida cristã.


Com Jesus ou é tudo, ou nada. O evangelho não é distração, não é brincadeira. Nós somos salvos à medida que nos entregamos a essa salvação. Ou ela nos abraça por inteiro ou não flui em nossa vida. Se isso não é uma realidade concreta na nossa vida, precisamos urgente de arrependimento, de metanoiá.



Continua no post 07

26 março 2022

05 Metanoiá e Arrependimento

 


Continuação do post 04


Jesus não promoveu uma reforma do judaísmo. Jesus promoveu um movimento totalmente novo (remendo novo em roupa velha...). O cristianismo, a boa nova, o evangelho pregado por Cristo (vinho ou remendo novo) deve ser assumido por um cristão que assume uma vida nova (odres novos, roupa nova). Não se deve adequar a vida velha ao evangelho de Cristo, mas deve haver uma verdadeira conversão, mudança, metanoiá de vida.


A lei do Antigo Testamento não pode nos salvar. Só Cristo nos salva. É preciso entender os princípios fundamentais da fé cristã. 


O anúncio de Jesus "arrependei-vos e crede no evangelho", é essa metanoiá, que somos chamados a vivenciar concretamente em nossa vida. Literalmente significa 'pensar depois', ou seja, uma mudança de pensamento. Uma mudança que ultrapassa o modo antigo de pensar, com novos 'paradigmas'. Um arrependimento da velha forma de pensar assumindo uma nova mentalidade. 


Sem esse arrependimento concreto não há conversão, não há vida nova, não há cristianismo. Na segunda carta de Coríntios 7,9 nos diz sobre uma tristeza gerada pelo arrependimento, uma tristeza que gera vida. É preciso haver essa tristeza pelos pecados em nós. Se não houver isso, não há um verdadeiro arrependimento. É diferente da tristeza do mundo que gera morte. A tristeza do mundo, do demônio, gera morte, gera desespero. A tristeza do Espírito Santo gera vida, gera arrependimento e esperança. 


Há uma moda atual de 'paparicar' o pecador. De forma a macular o evangelho para tentar satisfazer gostos pagãos. O início do cristianismo nos mostra um movimento totalmente inverso a isso. Hoje se procura apresentar um evangelho 'açucarado', com a desculpa de atrair almas para a conversão. Podemos dizer que realmente atrai, mas não gera uma verdadeira conversão, já que se deformou o evangelho que deveria ser apresentado intacto como é, para que esse remendo novo gerasse uma transformação no indivíduo. Sabemos que nem todos se deixam fazer-se 'roupa nova'. Isso faz parte do processo. Mas hoje se quer multidão, preocupam-se demasiadamente com números e não com qualidade. Isso é o inverso do que vemos no Novo Testamento. Um fato inegável.


O arrependimento profundo e sincero é essencial para uma verdadeira conversão. Veja o discurso memorável de São Pedro em Pentecostes (Atos 2). Esse método açucarado não exige arrependimento, mas tenta apresentar o evangelho como uma novidade mais vantajosa que o mundo, usando como critérios de comparação, os mesmos prazeres e misérias do mundo. Onde está a vida nova nisso tudo?


O sacramento do batismo é intrinsecamente ligado ao arrependimento. Não é apenas um ritual ou um símbolo. Ele é necessário para a salvação segundo as palavras do próprio Cristo.


O cristão é alguém que produz frutos de acordo com a nova mentalidade cristã assumida. Não é uma vida de conforto e segurança. Deve-se mudar de pensamento com foco na vida eterna, que busca juntar tesouros no céu. Minha prioridade agora é conhecer cada vez mais a Jesus, buscar vivê-lo, servir o próximo, testemunhar o evangelho. Quer-se dar a vida por Cristo, quer-se salvar almas por amor a Jesus. 


A metanoiá tem que se manifestar externamente. Deve gerar frutos. Temos que ter a coragem de confrontar a carne, o mundo e o demônio. Não podemos fugir do arrependimento, do confronto.


O nosso objetivo não é ser feliz nessa terra. Um dos slogans atuais da turminha do evangelho açucarado é: 'se te faz feliz não é pecado'. É um pensamento sem vergonha. É preciso arrependimento. Não basta 'amar' com o amor mundano. É preciso amar com o amor de Cristo que é dar a vida por Deus e sua Igreja.


O rito do batismo de João Batista era um rito de arrependimento somente, cujo símbolo era a lavagem nas águas do Jordão. O próprio João Batista diz que Jesus é quem nos batizaria no Espírito Santo e no fogo (juízo). Esse fogo significa o juízo. A Palavra de Deus nos diz que todos seremos salvos passando pelo fogo. O batismo de Jesus confere uma vida nova. Veja Romanos 6. O batismo é em Cristo, no Espírito Santo. A água utilizada é um meio, um instrumento visível para sinalizar as ações sobrenaturais que ali estão acontecendo.




Continua no post 06



25 março 2022

04 Metanoiá e o Batismo

 



Continuação do post 3


A disciplina da Teologia Moral sempre foi mais direcionada aos confessores. É uma ciência complexa. Se divide em três partes:

  1. Moral Fundamental (fim último, virtudes, consciência, atos humanos, hábitos, vícios, lei moral, pecado, potências operativas, graça, etc)
  2. Moral Especial (Tipo 1: Mandamentos de Deus e da Igreja e/ou Tipo 2: Virtudes teologais e cardeais)
  3. Moral Casuística (que estuda a aplicação da moral em casos concretos).
A proposta deste estudo é analisar os fundamentos essenciais da moral fundamental a partir do Novo Testamento, já que a Sagrada Escritura é a fonte primária da revelação, da teologia.

Duas dificuldades nós encontramos na leitura bíblica: 
  1. Dificuldade vocabular. Dificuldade dos autores usarem as palavras adequadas para descreverem as revelações sagradas. É um trabalho difícil. A inspiração do Espírito Santo não cancela a necessidade dos autores em aplicar as palavras humanas adequadas para explicar as graças, verdades e revelações que estão além dos termos linguísticos limitados. Tentar explicar, às vezes, o inexplicável.
  2. Dificuldade de entender o espírito por trás da letra. Não basta ter acesso aos dados dicionarizados das palavras. A análise etimológica dos termos não é suficiente para explicar adequadamente a revelação. É necessário ter acesso à realidade que permeia o texto. E esse acesso à realidade não é uma realidade qualquer. É uma revelação divina. Que age somente nos que se entregam a Ele. Não basta o estudo crítico, é preciso uma profunda vivência cristã.
Vamos citar como exemplo, a palavra 'Ágape'. Somente analisar os termos da literatura profana para entendimento correto do termo não vai ser suficiente, não vai explicar o uso profundo do termo pela experiência dos apóstolos. Eles trouxeram um recheio teológico novo em tudo o que diziam e faziam, baseado na realidade do Novo Testamento, à realidade espiritual que está acontecendo no coração, na vida de cada cristão e na comunidade, na igreja primitiva.
Somente é o Cordeiro quem abre os selos do livro da vida, segundo nos diz o Apocalipse. Sem Cristo não entendemos nada. 

Temos que considerar também a complexidade de estilo de escrita de cada livro bíblico. Diferentes palavras e termos foram usados para falar da mesma realidade, às vezes, muito difícil de ser explicada. 

Algumas normas no Antigo Testamento caíram e outras não. Porque isso? Não é tão simples responder a essa pergunta, mas não há relativismo nessa questão. Há vários tipos de normas no Antigo Testamentos. Há normas, preceitos rituais e judiciais que caíram de obrigação no cristianismo (mulher com fluxo de sangue considerada impura, preceitos sociais locais direcionados àquele povo específico, etc). Mas os preceitos morais não caíram. Há quem possa pensar que alguns preceitos morais caíram por abolição, mas na verdade sofreram um aperfeiçoamento. O próprio Senhor deixou claro isso no sermão da montanha em Mateus.

Um apontamento importante a se fazer, é que não foi Moisés quem libertou o povo da escravidão. Foi Deus quem substituiu a servidão do povo ao ditador Faraó, para que eles servissem ao Deus vivo. Houve uma troca de servidão. Com uma diferença: o povo seria de Deus e Deus seria do seu povo. Uma relação de mútua doação, posse e entrega.

Nessa relação Deus pede ao israelita para meditar sem cessar o amor a Deus com toda a sua alma, com toda a sua força, de todo o coração. É preciso fazer lembrança contínua e levar aos filhos e toda a geração desse pacto, dessa aliança de amor. Para isso a oração, a declaração diária. É um povo que pertence a Deus e que precisa lembrar constantemente para não esquecer isso.

Após o exílio, o estudo da lei fica reservado apenas a algumas pessoas, autoridades e especialistas. Isso leva a um judaísmo com um moralismo insano. Jesus vai denunciar essa hipocrisia dos fariseus que são fruto direto do monopólio da palavra de Deus na época. Daí nascem as tradições humanas do Talmude e da Cabala.

Jesus não foca nas práticas externas, mas na excelência da prática a partir de dentro. Tem que começar dentro e transbordar fora, e não o contrário. É de dentro que vêm os males. Deve-se começar a tratar de dentro.

A lei, segundo a carta aos Gálatas, foi um educador que nos trouxe até Cristo. A partir de Cristo, quando fomos renovados por sua Graça, a fé imprime a lei em nossa alma, conforme promessa em Jeremias 31,33; Deus gravará sua lei em nossos corações, nossas entranhas. A fé infunde em nós os princípios dessa lei. Em Gálatas 2, 19-20 temos um texto marcante onde nos revela que Cristo é a nossa nova lei, Jesus é a norma, a nova Torá. Ou seja, Cristo é a medida, meu princípio moral.

Em Filipenses 1,27 temos São Paulo nos dizendo que a partir de agora temos que nos comportar de acordo com o evangelho de Cristo. É uma nova vida, uma nova mentalidade, um novo comportamento, uma nova cultura a ser vivida. Isso começa de dentro de cada um e faz uma revolução na sociedade. Em Efésios 1,10 temos também São Paulo nos afirmando que devemos resumir todas as coisas em Cristo, restaurar todas as coisas Nele. 

Cristo é o Ágape em pessoa. Ele capitula a moral e os mandamentos (Rm 13,9). A Eucaristia era chamada de Ágape, ou seja, Cristo é o Amor. Em Hebreus 10,29 temos o alerta de que há um castigo severo a quem der as costas à Cristo, a quem renegar esse amor incrível, gratuito e generoso. Tal ingratidão é algo imperdoável.

A moral do novo testamento é centrada mais nas virtudes do que nos mandamentos. O homem do velho testamento tinha que reprimir suas paixões para cumprir uma lei. O homem do novo testamento tem que libertar-se das amarras desse mundo para exprimir Cristo em sua nova vida.




Continua no post 05


24 março 2022

03 O que o Espírito diz às Igrejas

 



Continuação do post 2



A restauração


Ao perder a conexão com a fonte que é Jesus Cristo e seu evangelho, corremos o risco de viver uma religião moralista. O que caracteriza fundamentalmente a nossa religião não é a moral, mas o kerigma. O que nos salva é o que Jesus realizou por nós. 


O esoterismo é uma Mística sem moral. O cristianismo é uma Mística com moral. A moral tem sua posição importantíssima.


O decreto do Concílio Vaticano II sobre a formação sacerdotal nos remete a beber das fontes do cristianismo, o essencial para a vida cristã. Aperfeiçoar a Teologia Moral com a Teologia das Escrituras.


Ensinar a moral, a lei, sem a conectar profundamente com Cristo não gera verdadeiro compromisso com os mandamentos no povo, principalmente na situação catastrófica em que estamos com essa revolução cultural.


A Teologia precisa estar mais "banhada" das escrituras, não só para voltar às raízes, mas para as pessoas reconhecerem profundamente o grandioso chamado universal à santidade.


O Concílio deixou claro que a evolução Mística é para todos, e não só a alguns vocacionados. Há uma relação profunda entre a Teologia Moral e a Teologia Mística.


A Teologia Moral foi muito marcada por um jurisdicismo e individualismo. É preciso voltar às raízes. E encontrar nelas os fundamentos para soluções dos complexos problemas modernos.


Abaixo listo o resumo das temáticas que serão estudadas por mês:

Módulo 1 - março 

O novo nascimento. O que é a conversão, a metanoia e a importância do batismo. 


Módulo 2 - abril

Graça e Glória. 


Módulo 3 - maio

Pecado e justificação. 


Módulo 4 - junho

A fé e a fidelidade. 


Módulo 5 - julho

Esperança e escatologia


Módulo 6 - agosto

Ágape, caridade


Módulo 7 - setembro

Formação da consciência


Módulo 8 - outubro

Liberdade


Módulo 9 - novembro

Nossa transformação em Cristo. Imitar Jesus pelos santos. 


Módulo 10 - dezembro

Síntese moral do novo tratamento que nos projeta para uma vida de santidade.


Continua no post 4

23 março 2022

02 O Evangelho e a Moral

 



Continuação do post 1


A verdadeira essência do cristianismo


Não temos noção do estrago moral da sociedade moderna na qual estamos inseridos.


Papa Bento XVI disse que o cristianismo não é um conjunto de normas, mas um encontro com uma pessoa : Jesus.


Corremos o risco de cairmos no paganismo ao reduzir o cristianismo à lei, somente. Há cristãos que no fundo não deixaram de ser pagãos. Por falta de entender verdades fundamentais como a exposta pelo Papa Bento XVI.


É Cristo a causa da nossa salvação e não as nossas ações. Ações que não estejam embebidas nos méritos do sangue de Cristo não deixam de ser boas, mas não são eficazes para nos salvar.


Muitos trazem vários costumes pagãos sem renunciá-los, e pior, os escondem numa espécie de "carapuça cristã"... (trocam a discoteca pela cristoteca, trocam o candomblé por orações com maldições, etc). Esse indivíduo não se converteu de fato. Só aderiu a uma moda melhor. Ou talvez até está numa situação melhor que antes, mas à margem do verdadeiro cristianismo.


Fundamentalmente essa mentalidade pagã é impregnada de um grande egoísmo, com grandes interesses pessoais acima da vontade divina.


Vive-se assim justificando seus pecados. Apegando-se a uma Espiritualidade motivacional, excessivamente sentimental. Com mais objetivos pessoais do que divinos ou sociais. E há um estágio pior : o de que acha que Deus tem que aceitá-lo do jeito que ele é com todos os pecados, sem cobrança. Um evangelho da "lacração", onde a Igreja tem que se adaptar ao mundo moderno com todas as suas características. Que só pede mais amor, que ninguém pode julgar nada, que tudo que nos faz feliz não é pecado. Uma religião do homem, uma religião profundamente idólatra. Com todas as justificativas para os pecados, para adorar ao homem querendo colocá-lo no centro de tudo. Não se interessa mais se Deus quer algo contrário do homem ou se busca construir um 'deus', um ídolo que concorde em tudo o que o homem moderno cobiça.


O pecado é uma barreira intransponível para o homem chegar a Deus. Só Cristo é capaz de derrubar essa barreira. Jesus é o centro de tudo. Cristo crucificado é a fonte da nossa salvação. O cristianismo é um anúncio da pessoa de Cristo que precisa ser o centro da nossa vida, o trono da nossa vida tem que pertencer à Cristo.


Se eu não entendo isso, não entendo o Evangelho, não me converto, me torno um fariseu, um hipócrita. O verdadeiro cristão é totalmente dependente de Cristo e reconhece sua dependência e submissão à Jesus. E isso acontece de forma prática na vida de oração e Sacramentos. Aí acontece de fato nossa união com Cristo. Aí somos enxertados na videira verdadeira. O exercício da fé é a oração. Os Sacramentos e a oração nos põe em dependência direta de Jesus.


Só nessa vivência espiritual é que recebemos a graça para viver moralmente o que Cristo deseja para nós. Que nos levará a adquirir as virtudes, a santidade. 


Sem o kerigma nos tornamos fariseus legalistas. Precisamos voltar para o Evangelho. A coisa mais fundamental aqui não é o que fazemos, mas o que Cristo fez. Na vida de Cristo há uma fonte infinita de meditação, contemplação, estudo, graça e salvação. O crucifixo é o Compêndio disso tudo.


Essa sociedade revolucionária retirou Cristo do nosso horizonte. A nova evangelização é fundamentalmente anunciar Jesus Cristo.


Precisamos recuperar a fonte maravilhosa do novo Testamento para tocar a força e a graça que serão capazes de nos restaurar nos fundamentos essenciais do viver cristão.




22 março 2022

01 Teologia Moral no Novo Testamento

 



Irmãos, o Padre José Eduardo começou em fevereiro uma campanha sobre seu novo curso sobre Teologia Moral no Novo Testamento. Conversando com minha esposa, decidimos adquirir esse curso, visto que ele será importantíssimo para fundamentar nossa fé em rocha sólida no meio de tanta falta de discernimento no mundo atual. Outro motivo foi a importância de voltar às raízes do pensamento moral em Jesus Cristo e na Igreja apostólica. Os manuais de teologia moral nem sempre dão respostas aos desafios novos que estamos enfrentando, por isso devemos discernir o que fazer nestes tempos e um critério fundamental de discernimento é tomar as bases morais fundamentais do qual se erigiu a nossa fé.

Vou começar a compartilhar um resumo simples dos meus conhecimentos no curso pouco a pouco aqui neste blog.


A destruição da civilização e da moral cristã



O fim da idade antiga da história foi marcada pelo declínio da Civilização Romana, mas com o florescer de um cristianismo cada vez mais forte, rico e profundo. Principalmente pelo movimento monástico. A Igreja gerou a civilização ocidental.


A crise intelectual e a corrupção moral na baixa idade média fez nascer mais fortemente uma Teologia Moral mais estruturada como um movimento para tentar restaurar e sustentar a moralidade num tempo difícil que estava cada vez mais crescente na perda da moralidade. 

A Igreja conseguiu manter uma moralidade razoável durante um bom tempo com os esforços da teologia moral da época, evitando piores erros e desvios.


Depois da reforma Protestante, contra reforma católica e do Renascimento, houve uma epidemia de imoralidade. Nessa época floresceu grandes teólogos morais, como Santo Afonso de Ligório, entre outros, que unificava o pensamento moral em toda a igreja com os tratados de teologia moral.


Apesar de todos os problemas da época, os tratados de teologia moral nasceram em sociedades predominantemente católicas. Com uma cosmovisão cristã. Dentro de uma cultura muito diferente da nossa atual.


A virtude da afabilidade vivida mais facilmente numa sociedade cristã, é um exemplo da dificuldade de sua aplicação numa sociedade pagã e violenta como o é a atual. Em algumas realidades atuais é necessária uma ação mais rígida e severa para conter a maldade do mundo e mostrar o caminho do bem.


Um revolucionário usa essa situação para desmerecer a Teologia Moral dizendo que tais princípios cristãos são retrógrados.


Para bem compreender todo o conteúdo moral produzido na história da Igreja é preciso um grande esforço para conhecer a cultura, a realidade das épocas de tais escritos. É preciso um esforço imaginário, é preciso recorrer à literatura e à história.


A revolução moderna causou um estrago na nossa cultura atual que não temos condições de enxergar o tamanho da destruição. Como um peixe não consegue compreender a água. Alguns querem que a Igreja absorva as promiscuidades modernas. O cristianismo sempre existiu na resistência às imoralidades e maldades desse mundo à custa de muitos mártires em diversas situações. A inimizade com o mundo é uma característica básica no cristianismo. O mundo deve ser evangelizado e convertido e não abraçado ou viver nele com cumplicidade nas suas maldades e erros.


Outros querem que costumes antigos, que apesar de não serem constituição fundamental da pregação evangélica, por mais que sejam bons e santos, mas que não refletem, não se adequam aos costumes atuais, sejam aplicados independentemente da situação cultural, goela abaixo, custe o que custar. Aqui é necessário um grande e profundo discernimento.


Diante disso é preciso separar o acessório do fundamental sobre modalidade cristã. É preciso voltar um pouco atrás nos fundamentos bíblicos, evangélicos, dos porquês da nossa vivência.


Os cristãos primitivos tinham uma visão sacra de toda a realidade de vida. Como podemos reconstruir uma sociedade cristã? Restaurar os fundamentais significados do cristianismo? Para isso é preciso ampliar a visão, expandindo além dos limites da moral. Pois o cristianismo não é só moral. A moral é inundada por graças e verdades divinas que a santificam. É preciso voltar nas raízes para restaurar nossa moral decaída.


Como o novo Testamento pode nos ajudar a resgatar os ensinamentos, fundamentos básicos para nos ajudar, nos socorrer, no problema moral complexo atual?


Essa resposta é a busca desse estudo em teologia moral a partir do novo Testamento. Acompanhe nossos posts e comente.


Deus te abençoe!


Continuamos no post 2

17 março 2022

Sobre Maria Valtorta

 


Iniciei a leitura do "Evangelho como me foi revelado", de Maria Valtorta. Um desejo bem antigo se torna realidade hoje. E creio ser uma grandiosíssima graça na minha vida, tal a importância desses escritos.

Gostaria de reunir neste post alguns links essenciais para conhecerem quem é Maria Valtorta e a importância de sua obra:

Quem é Maria Valtorta

Testemunhos preciosos sobre a importância dos escritos de Maria Valtorta

Respostas às principais objeções contra a vida e obra de Maria Valtorta

Palavras de Jesus a Valtorta sobre a importância destas mensagens


Quem desejar maiores informações, deixe um comentário abaixo se identificando para entrarmos em contato. Deus te abençoe.





"Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da Luz" Rm 13,12
CEFAS, oriundo do nome de São Pedro apóstolo, significa também um Acróstico: Comunhão para Evangelização, Formação e Anúncio do Senhor. É um humilde projeto de evangelização através da internet, buscando levar formação católica doutrinal e espiritual.