23 março 2022

02 O Evangelho e a Moral

 



Continuação do post 1


A verdadeira essência do cristianismo


Não temos noção do estrago moral da sociedade moderna na qual estamos inseridos.


Papa Bento XVI disse que o cristianismo não é um conjunto de normas, mas um encontro com uma pessoa : Jesus.


Corremos o risco de cairmos no paganismo ao reduzir o cristianismo à lei, somente. Há cristãos que no fundo não deixaram de ser pagãos. Por falta de entender verdades fundamentais como a exposta pelo Papa Bento XVI.


É Cristo a causa da nossa salvação e não as nossas ações. Ações que não estejam embebidas nos méritos do sangue de Cristo não deixam de ser boas, mas não são eficazes para nos salvar.


Muitos trazem vários costumes pagãos sem renunciá-los, e pior, os escondem numa espécie de "carapuça cristã"... (trocam a discoteca pela cristoteca, trocam o candomblé por orações com maldições, etc). Esse indivíduo não se converteu de fato. Só aderiu a uma moda melhor. Ou talvez até está numa situação melhor que antes, mas à margem do verdadeiro cristianismo.


Fundamentalmente essa mentalidade pagã é impregnada de um grande egoísmo, com grandes interesses pessoais acima da vontade divina.


Vive-se assim justificando seus pecados. Apegando-se a uma Espiritualidade motivacional, excessivamente sentimental. Com mais objetivos pessoais do que divinos ou sociais. E há um estágio pior : o de que acha que Deus tem que aceitá-lo do jeito que ele é com todos os pecados, sem cobrança. Um evangelho da "lacração", onde a Igreja tem que se adaptar ao mundo moderno com todas as suas características. Que só pede mais amor, que ninguém pode julgar nada, que tudo que nos faz feliz não é pecado. Uma religião do homem, uma religião profundamente idólatra. Com todas as justificativas para os pecados, para adorar ao homem querendo colocá-lo no centro de tudo. Não se interessa mais se Deus quer algo contrário do homem ou se busca construir um 'deus', um ídolo que concorde em tudo o que o homem moderno cobiça.


O pecado é uma barreira intransponível para o homem chegar a Deus. Só Cristo é capaz de derrubar essa barreira. Jesus é o centro de tudo. Cristo crucificado é a fonte da nossa salvação. O cristianismo é um anúncio da pessoa de Cristo que precisa ser o centro da nossa vida, o trono da nossa vida tem que pertencer à Cristo.


Se eu não entendo isso, não entendo o Evangelho, não me converto, me torno um fariseu, um hipócrita. O verdadeiro cristão é totalmente dependente de Cristo e reconhece sua dependência e submissão à Jesus. E isso acontece de forma prática na vida de oração e Sacramentos. Aí acontece de fato nossa união com Cristo. Aí somos enxertados na videira verdadeira. O exercício da fé é a oração. Os Sacramentos e a oração nos põe em dependência direta de Jesus.


Só nessa vivência espiritual é que recebemos a graça para viver moralmente o que Cristo deseja para nós. Que nos levará a adquirir as virtudes, a santidade. 


Sem o kerigma nos tornamos fariseus legalistas. Precisamos voltar para o Evangelho. A coisa mais fundamental aqui não é o que fazemos, mas o que Cristo fez. Na vida de Cristo há uma fonte infinita de meditação, contemplação, estudo, graça e salvação. O crucifixo é o Compêndio disso tudo.


Essa sociedade revolucionária retirou Cristo do nosso horizonte. A nova evangelização é fundamentalmente anunciar Jesus Cristo.


Precisamos recuperar a fonte maravilhosa do novo Testamento para tocar a força e a graça que serão capazes de nos restaurar nos fundamentos essenciais do viver cristão.




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CEFAS, oriundo do nome de São Pedro apóstolo, significa também um Acróstico: Comunhão para Evangelização, Formação e Anúncio do Senhor. É um humilde projeto de evangelização através da internet, buscando levar formação católica doutrinal e espiritual.