30 maio 2013

O Surgimento da solenidade de Corpus Christi

A Festa de Corpus Christi é a celebração em que solenemente a Igreja comemora a instituição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, que surgiu no século XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra do sacramento da Eucaristia. 

Em 11 de agosto de 1264 o Papa Urbano IV emitiu a bula "Transiturus de mundo", onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração. Em 1247, aconteceu a primeira procissão em carácter diocesano e depois, em todo o mundo no século XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.

Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.

“Se, por exemplo, em nome de uma fé secularizada e não mais necessária de sinais sagrados, fosse abolida esta procissão urbana de Corpus Domini, o perfil espiritual de Roma resultaria “esvaziado”, e nossa consciência pessoal e comunitária se tornaria enfraquecida. Também pensamos em uma mãe e em um pai que, em nome de uma fé dessacralizada, privassem seus filhos de qualquer ritual religioso: na realidade terminariam por deixar o campo livre a tantos substitutos presentes na sociedade de consumo, e a outros ritos e a outros sinais, que mais facilmente poderiam se tornar ídolos,” exortou Bento XVI, na homilia da Festa de Corpus Christi, em 2012.

Fonte: Canção Nova

19 maio 2013

Na Festa de Pentecostes, Papa explica ação do Espírito Santo e fala sobre unidade e abertura ao 'novo'



Só o Espírito Santo “pode suscitar a diversidade, a pluralidade, a multiplicidade e, ao mesmo tempo, realizar a unidade”, disse Francisco
Kelen Galvan
Da Redação da Canção Nova
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Fiéis lotaram a Praça de São Pedro, no Vaticano, para a Missa de Pentecostes neste domingo, 19 (Foto: L’Osservatore Romano)
Na Festa de Pentecostes, celebrada neste domingo, 19, o Papa Francisco presidiu uma Missa na Praça de São Pedro, no Vaticano, na presença de representantes de movimentos e novas comunidades.
O Santo Padre destacou que a liturgia de hoje é uma grande súplica, que a Igreja juntamente com Jesus eleva ao Pai, para que se renove a efusão do Espírito Santo.
E ressaltou três palavras relacionadas à ação do Espírito: novidade, harmonia e missão.
Francisco comentou que a novidade sempre nos causa um pouco de receio, porque nos sentimos mais seguros com aquilo que já conhecemos, que é possível programar e controlar. Segundo ele, muitas vezes, também agimos assim quando se trata de Deus. “Seguimo-Lo e acolhemo-Lo, mas até um certo ponto; sentimos dificuldade em abandonar-nos a Ele com plena confiança”, disse.
Entretanto, explicou o Papa, em toda a história da salvação, quando Deus se revela, Ele sempre traz novidade, e pede que confiemos totalmente Nele. “Estamos abertos às ‘surpresas de Deus’?”, questionou Francisco, ou estamos fechados, com medo, à novidade do Espirito Santo?
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“O Espírito Santo é a alma da missão”, é Ele que impulsiona a Igreja, que faz os fiéis entrarem no “mistério do Deus vivo, disse o Papa (Foto: L’Osservatore Romano)
O Papa afirmou que “a novidade que Deus traz à nossa vida é verdadeiramente o que nos realiza, o que nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira serenidade, porque Deus nos ama e quer apenas o nosso bem”.
A segunda palavra é a “harmonia”. Francisco explicou que, a primeira vista, o Espírito Santo parece criar desordem na Igreja, por trazer a diversidade de dons e carismas, mas isso não é verdade. “Sob a sua ação, tudo isso é uma grande riqueza, porque o Espírito Santo é o Espírito de unidade, que não significa uniformidade, mas a recondução do todo à harmonia”, afirmou.
O Santo Padre falou ainda que se tentarmos fazer a diversidade ou a unidade sem o Espírito Santo, acabamos trazendo a divisão ou a homogeinização. “Se, pelo contrário, nos deixamos guiar pelo Espírito, a riqueza, a variedade, a diversidade nunca dão origem ao conflito, porque Ele nos impele a viver a variedade na comunhão da Igreja”.
“Só Ele pode suscitar a diversidade, a pluralidade, a multiplicidade e, ao mesmo tempo, realizar a unidade”, afirmou o Pontífice.
Por fim, o Papa refletiu sobre a terceira palavra: “missão”.
Francisco explicou que “o Espírito Santo é a alma da missão”, é Ele que impulsiona a Igreja, que faz os fiéis entrarem no “mistério do Deus vivo” e os impele a abrir as portas e sair para anunciar e testemunhar a “vida boa do Evangelho”, comunicar a “alegria da fé, do encontro com Cristo”.
O Santo Padre disse ainda que o Pentecostes ocorrido no Cenáculo em Jerusalém, há quase dois mil anos, não é um fato distante, mas um acontecimento que “nos alcança e se torna experiência viva em cada um de nós”.
“O Espírito Santo é o dom por excelência de Cristo ressuscitado aos seus Apóstolos, mas Ele quer que chegue a todos”, enfatizou Francisco.
E concluiu afirmando que, também hoje, a Igreja o invoca juntamente com Maria: “Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor”!

Fonte:
http://papa.cancaonova.com/na-festa-de-pentecostes-papa-explica-acao-do-espirito-santo/

15 maio 2013

O bispo e o padre devem ser pastores e não lobos, disse o Papa



Cidade do Vaticano (RV) - Na manhã desta quarta-feira, um grupo de jornalistas da Rádio Vaticano participou da Santa Missa celebrada pelo Santo Padre na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano.

Na sua homilia, o Papa Francisco, comentando as leituras do dia, falou de modo especial sobre a missão do bispo e do padre, além do carinho que deve existir entre eles e a Comunidade dos cristãos.

Ser padre, ser pastor é ser para os outros. Ninguém é ordenado sacerdote para si mesmo, mas para o Povo de Deus, disse-nos o Pontífice, se referindo à primeira leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos.

O bispo e o padre devem ser pastores e não lobos, que não poupam o rebanho. O bispo e o sacerdote poderão ser lobos de dois modos, recordou o Papa, citando Santo Agostinho: quando comem a carne do rebanho ou quando usam a lã, ou seja, comer a carne é se aproveitar dos recursos do rebanho, favorecer-se com os recursos do Povo de Deus; usar a lã é ser vaidoso, querer ser tratado de modo diferente, como centro das atenções, ter privilégios. Em nenhum dos casos o bispo e o padre servem, mas desejam ser servidos. Não são sacerdotes para o povo, mas para eles mesmos.

Francisco nos recordou que Paulo foi tecelão e disse nos Atos que suas mãos proveram suas necessidades e as de seus companheiros.

Encerrando, o Santo Padre voltou a falar do querer bem entre os pastores e o Povo de Deus. Citou os versículos finais dos Atos, quando Lucas escreveu que os cristãos se lançaram ao pescoço de Paulo para abraçá-lo principalmente porque ele havia dito que eles já não o veriam mais.

O Papa recomendou que o Povo reze sempre por seus pastores.
(CAS)





08 maio 2013

Frases do Papa Francisco



O Papa Francisco, de maneira inequívoca, tem cumprido o seu papel de confirmar os irmãos na fé. A mensagem evangélica que ele tem apresentado em suas homilias é muito clara e direta. Apresentamos abaixo uma compilação de frases do Santo Padre.
Santa Missa por ocasião do dia das Confrarias e da Piedade Popular
"Caminhai decididamente para a santidade; não vos contenteis com uma vida cristã medíocre, mas a vossa pertença sirva de estímulo, a começar por vós mesmos, para amar mais a Jesus Cristo."
"Amai a Igreja! Deixai-vos guiar por ela! Nas paróquias, nas dioceses, sede um verdadeiro pulmão de fé e de vida cristã, uma aragem fresca! Nesta Praça [de São Pedro], vejo uma grande variedade, antes, de guarda-chuvas e, agora, de cores e de sinais. Assim é a Igreja: uma grande riqueza e variedade de expressões em que tudo é reconduzido à unidade; a variedade reconduzida à unidade e a unidade é o encontro com Cristo."
Santa Missa com Rito da Confirmação
"Olhai! A novidade de Deus não é como as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuram-se outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje: Deus está a fazer novas todas as coisas, o Espírito Santo transforma-nos verdadeiramente e, através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos."
"Apostai sobre os grandes ideais, sobre as coisas grandes. Nós, cristãos, não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jovens, jogai a vida por grandes ideais!"
Santa Missa no seu dia onomástico (São Jorge)
"O grande Paulo VI dizia: é uma dicotomia absurda querer viver com Jesus sem a Igreja, seguir Jesus fora da Igreja, amar Jesus sem a Igreja (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 16). E a mesma Igreja Mãe, que nos dá Jesus, dá-nos a identidade, que não é somente um selo: é uma pertença. Identidade significa pertença: a pertença à Igreja. Coisa estupenda!"
"Mas, se queremos caminhar pela estrada da mundaneidade, descendo a pactos com o mundo – como queriam fazer com os Macabeus, que a isso se sentiam então tentados – nunca gozaremos da consolação do Senhor. E se procuramos só consolação, esta será uma consolação superficial, uma consolação humana; não aquela do Senhor. A Igreja caminha sempre entre a Cruz e a Ressurreição, entre as perseguições e as consolações do Senhor. E este é o caminho: quem vai por esta estrada não se engana."
"Se não somos "ovelhas de Jesus", a fé não desponta; é uma fé de "água de cheiro", uma fé sem substância. E pensemos na consolação que teve Barnabé, que é justamente «a doce e consoladora alegria de evangelizar»."
Santa Missa - Ordenações Presbiterais
"Pelo Batismo, fareis entrar novos fiéis no Povo de Deus. Através do sacramento da Penitência, perdoareis os pecados em nome de Cristo e da Igreja. E hoje, em nome de Cristo e da Igreja, eu vos peço: por favor, não vos canseis de ser misericordiosos. Com os santos óleos, dareis alívio aos enfermos e também aos idosos: não vos envergonheis de tratar com ternura os idosos. Ao celebrar os ritos sagrados e elevar ao Céu, nas diversas horas do dia, a oração de louvor e de súplica, tornar-vos-eis voz do Povo de Deus e da humanidade inteira."
"Conscientes de ter sido assumidos de entre os homens e postos ao seu serviço nas coisas de Deus, cumpri, com alegria e caridade sincera, a obra sacerdotal de Cristo, procurando unicamente agradar a Deus e não a vós mesmos. Sede pastores, e não funcionários; sede mediadores, e não intermediários."
Basílica de S. Paulo Fora de Muros - Visitação e Santa Missa
"No grande desígnio de Deus, cada detalhe é importante, incluindo o teu, o meu pequeno e humilde testemunho, mesmo o testemunho oculto de quem vive a sua fé, com simplicidade, nas suas relações diárias de família, de trabalho, de amizade. Existem os santos de todos os dias, os santos «escondidos», uma espécie de «classe média da santidade», da qual todos podemos fazer parte. Mas há também, em diversas partes do mundo, quem sofra – como Pedro e os Apóstolos – por causa do Evangelho; há quem dê a própria vida para permanecer fiel a Cristo, com um testemunho que lhe custa o preço do sangue. Recordemo-lo bem todos nós: não se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o testemunho concreto da vida. Quem nos ouve e vê, deve poder ler nas nossas ações aquilo que ouve da nossa boca, e dar glória a Deus! A incoerência dos fiéis e dos Pastores entre aquilo que dizem e o que fazem, entre a palavra e a maneira de viver mina a credibilidade da Igreja."
"Adorar o Senhor quer dizer dar-Lhe o lugar que Ele deve ter; adorar o Senhor significa afirmar, crer – e não apenas por palavras – que só Ele guia verdadeiramente a nossa vida; adorar o Senhor quer dizer que estamos diante d’Ele convencidos de que é o único Deus, o Deus da nossa vida, da nossa história.
Daqui deriva uma consequência para a nossa vida: despojar-nos dos numerosos ídolos, pequenos ou grandes, que temos e nos quais nos refugiamos, nos quais buscamos e muitas vezes depomos a nossa segurança. São ídolos que frequentemente conservamos bem escondidos; podem ser a ambição, o gosto do sucesso, o sobressair, a tendência a prevalecer sobre os outros, a pretensão de ser os únicos senhores da nossa vida, qualquer pecado ao qual estamos presos, e muitos outros."
Domingo da Divina Misericórdia - Tomada de posse da cátedra de Bispo de Roma
"Talvez algum de nós possa pensar: o meu pecado é tão grande, o meu afastamento de Deus é como o do filho mais novo da parábola, a minha incredulidade é como a de Tomé; não tenho coragem para voltar, para pensar que Deus me possa acolher e esteja à espera precisamente de mim. Mas é precisamente por ti que Deus espera! Só te pede a coragem de ires ter com Ele."
"[...] deixemo-nos envolver pela misericórdia de Deus; confiemos na sua paciência, que sempre nos dá tempo; tenhamos a coragem de voltar para sua casa, habitar nas feridas do seu amor deixando-nos amar por Ele, encontrar a sua misericórdia nos Sacramentos. Sentiremos a sua ternura maravilhosa, sentiremos o seu abraço, e ficaremos nós também mais capazes de misericórdia, paciência, perdão e amor."
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere



01 maio 2013

O PASTOR FELICIANO E OS PENTECOSTAIS



“Essa rejeição ao pastor Marcos Feliciano deveria ser encarada por todos como juízo divino sobre uma igreja [evangélica] que tem brincado de religião”, afirma o pastor presbiteriano Antônio Carlos Costa, coordenador do movimento Rio de Paz (1).
Conversando com meu amigo pastor Marx Valadão sobre Marcos Feliciano, ele me disse que muitos pentecostais estão envergonhados e aborrecidos por descobrirem agora as pregações escandalosas do pastor Marcos Feliciano. Suas pregações no calor das emoções, sem reflexões sociológicas e sem conteúdo teológico caíram no campo das heresias e do vexame público. Realmente, falo com humildade, como estudioso de Bibliologia, Heresiologia, Sociologia, Teologia e Historia da Igreja, faço uma pergunta: como esse pastor-pregador de tantas boçalidades chegou a onde chegou? E quantos pastores pentecostais e neopentecostais estão pregando coisas piores do que Marcos Feliciano?
Vejamos com muita atenção as pregações heréticas dos pastores neopentecostais na “Televisão Brasileira”:
1. Quem não vive na prosperidade não é filho de Deus. Sacrifique tudo para igreja (seita) e fique um rico abençoado. Fogueira de Israel, Sessão do Descarrego e Correntes dos Pastores para fazer do desesperado e do encostado (com encosto) um milionário. Toda pregação é em cima dos bens matérias e do dinheiro.
2. Quem determina toma posse da bênção. Patrocinar o programa de TV, dizimar, ofertar e doar muito, mais vai receber todos os bens matérias, físicos e espirituais se determinar e amarrar o demônio.
3. O pregador vaqueiro zangado, com seus coices; com seu festival e espetacularização de curas, milagres, exorcismos, esbraveja dizendo que as outras igrejas são frias, fracas, mundanas e mortas, só a dele é a verdadeira porque é a igreja (seita) do apóstolo. Sua toalha com o seu suor vale mais do que a unção dos outros pastores.
4. O pregador carioca da BMW, a prova de fuzil. Diz que ninguém vende mais CDs e DVDs do que ele. Sou é milionário e daí? Pode me criticar babaca, mané, otário... Mesmo assim ele pede dinheiro pra caramba aos seus parceiros. Ele atira para todos os lados. Provoca brigas e processos. Sua soberba triunfalista é evidente em suas palavras como: “vitória, conquista, colheita e prosperidade”. Ele se acha o “CARA” E “VICE-DEUS”. Só não diz que sofre de depressão aguda, que é autoritário e hipócrita. É bom ressaltar que esses “caras”, são ditadores e donos das suas igrejas (empresas).
4. Existe uma rede de TV de uma seita que prega muito sobre o sábado e a lei pra tudo. Quem não guarda o sábado não é cristão, dizem seus pregadores. Tais pregadores-pastores são críticos e debocham de outras igrejas e religiões por não guardarem a lei do Antigo Testamento!
Sincretismo
Notemos as superstições, crendices, misticismo. É uma mistura de conceitos mágicos religiosos, estelionato e esoterismo com autoajuda. Psicologia do condicionamento e da sugestão. Do sofrimento e da dor do fiel, da esperança de tudo pela pregação da fé mágica, materialista e impulsão. Aplica a todo problema o demônio e encostos. E, por tudo responde a herética teologia da prosperidade. Subir o monte, sacrificar, jejuar, sal grosso, galho de arruda, espada de Davi, sabonete, óleo ungido, toalha suada, lenço, roupa e tijolo ungido, fogueira de Israel, arca da libertação, corredor dos milagres, sessão do descarrego, tira encosto, vigílias, campanhas, correntes... Tudo isso faz parte do sincretismo pós-moderno com a pseudociência na arte do engano.
Diz a doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Rio de Janeiro e mestre em Sociologia, a professora e pesquisadora Christina Vital: “Atualmente, com a antipatia acentuada em torno dos neopentecostais mesmo fora do Brasil, os riscos podem ser de desgastes políticos e emocionais dos que empreendem estas missões até riscos jurídicos e físicos” (2).
Fraudulentos
O brasileiro com facilidade aceita e se envolve com religião, seitas e heresias devido à mistura infeliz do catolicismo vindo de Portugal e da Espanha, com a matriz da religião africana e indígena. No decorrer da nossa história foi pregado demais o medo do inferno, da morte, do demônio, de “almas penadas”, de feitiço, da inveja, e do “olho-grande”. O povo recebeu uma catequese infantil, medíocre e com uma fé irracional em que tudo pode acontecer a um passe de mágica. Passou para o sincretismo a responsabilidade de solucionar todos os problemas: familiar, de doenças, prosperidade, casamento, social e político. A cultura do povo brasileiro é o imaginário radical de duas coisas sem trabalhar: “Ser feliz no amor e ser rico”. Aqui entram de cheio para enganar esses alienados os falsos pregadores, pais-de-santo, videntes, cartomantes, curandeiros, vigários e vigaristas, profetas malucos. Hoje, para certos líderes fraudulentos e mafiosos os títulos são pomposos: “bispos, apóstolos, patriarcas, apóstolos dos apóstolos e vice Deus”. Todos manipulam os sofredores com promessas de resolver suas dificuldades.
Em certas cidades fincam uma estaca ungida, urina para marcar território e colocam uma placa com os dizeres: “Esta cidade pertence ao Senhor Jesus”. Seu grito de guerra: “Declaramos”...
Vamos meditar nas palavras do renomado Senador Dr. Cristovam Buarque (PDT-DF): “Temos uma sociedade violenta, ineficiente e dependente como nunca do “CAPITAL CONHECIMENTO”. Exige iniciar desde já, uma revolução educacional de que o país precisa” (O Globo, 20/04/2013, p.21).
Contra os falsos mestres e suas heresias, resta tão somente estudar a Sagrada Escritura, Teologia, História da Igreja e Sociologia com profundidade e constante atualização. Quem tem o verdadeiro conhecimento da fé e da espiritualidade jamais será enganado por qualquer forma de falso ensino religioso e de líderes capitalistas das camorras.
Pe. Inácio José do vale
Pesquisador de Seitas
Professor de História da Igreja
Instituto de Teologia Bento XVI
Sociólogo em Ciência da Religião
___________
(1) Cristianismo Hoje, abril-maio de 2013, p. 17.
(2) Idem, p. 46.


Fonte:
http://www.pr.gonet.biz/index-read.php?num=2694


"Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da Luz" Rm 13,12
CEFAS, oriundo do nome de São Pedro apóstolo, significa também um Acróstico: Comunhão para Evangelização, Formação e Anúncio do Senhor. É um humilde projeto de evangelização através da internet, buscando levar formação católica doutrinal e espiritual.