26 fevereiro 2010

Exorcismo

Apresentação do Rito de Exorcismo do Ritual Romano
Cardeal Jorge Arturo Medina Estévez
26 de janeiro de 1999
(Esta é uma tradução não oficial da apresentação que em conferência de imprensa fez em Roma o Cardeal Jorge Medina ao novo Ritual do Exorcismo, em 26 de janeiro de 1999. As notas foram acrescentadas).
Para entender o que é o exorcismque é o exorcism.
Para entender o que é o exorcismus Cristo e de sua própria práxis.
Jesus Cristo veio para anunciar e inaugurar o Reino de Deus no mundo e nos homens. Os homens têm uma capacidade de acolher a Deus em seus corações (Rm 5,5). Esta capacidade de acolher a Deus está, entretanto, ofuscada pelo pecado; e às vezes no homem o mal ocupa o lugar onde Deus quer viver. Por isto Jesus Cristo veio libertar o ser humano do domínio do mal e do pecado, e assim também de todas as formas de domínio do maligno, isto é, do diabo e de seus espíritos malignos chamados demônios, que querem desviar o sentido da vida do homem. Por esta razão, Jesus Cristo expulsava os demônios e livrava os homens da possessão dos espíritos malignos, para abrir espaço no homem, de maneira que, este último, tenha a liberdade para Deus. Ele quer dar seu Espírito Santo ao homem que é chamado a converter-0se em templo (cf. 1Cor 6,19; 1Pe 2,5) para dirigir seus passos (cf. Rm 8,1-17; 1Cor 12,1-11; Gl 5,16-26) para a paz e a salvação.
O ministério da Igreja
- É aqui que entra a Igreja e seu ministério.
A Igreja está chamada a seguir a Jesus Cristo e recebeu o poder, da parte de Cristo, de continuar sua missão em seu nome. Assim a ação de Cristo para libertar o homem do mal será exercida através do serviço da Igreja e de seus ministros ordenados, delegados do Bispo para cumprir os sagrados ritos dirigidos a libertar os homens da possessão do maligno.
O exorcismo é, pois, uma antiga e particular forma de oração que a Igreja utiliza contra o poder do diabo. Eis aqui como o Catecismo da Igreja Católica explica o que é o exorcismo e como se exerce:
"Quando a Igreja pede publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou um objeto seja protegido contra as armadilhas do maligno e subtraída de seu domínio, fala-se de exorcismo. Jesus o praticou (Mc 1,25s), dEle tem a Igreja o poder e o ofício de exorcizar (cf. Mc 3,15; 6,7.13; 16,17). De forma simples, o exorcismo tem lugar na celebração do Batismo. O exorcismo solene só pode ser praticado por um sacerdote e com permissão do bispo. Nesses casos é preciso proceder com prudência, observando estritamente as regras estabelecidas pela Igreja. O exorcismo tenta expulsar os demônios ou libertar do domínio demoníaco graças à autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja. Muito diferente é o caso das doenças, principalmente psíquicas, cujo cuidado pertence à ciência médica. Portanto, é importante assegurar-se, antes de celebrar o exorcismo, de que se trata de uma presença do Maligno e não de uma doença (cf. Código de Direito Canônico, cân. 1172)". (Catecismo da Igreja Católica, n. 1673).
A obsessão e suas características
A Sagrada Escritura nos ensina que os espíritos malignos, inimigos de Deus e do homem, desenvolvem sua ação de diversas maneiras; entre elas está a obsessão diabólica chamada também possessão diabólica. Entretanto, a obsessão diabólica não é o modo mais freqüente como o espírito das trevas exerce sua influência.
A obsessão tem características de espetacularidade e nela o demônio se apodera, de um certo modo, das forças e das atividades físicas da pessoa que padece a possessão. Não pode, entretanto, apoderar-se da livre vontade do sujeito, e por isso o demônio não pode comprometer a vontade livre da pessoa possuída até o ponto de faze-la pecar. Esta violência física que o diabo exerce no obsesso é uma incitação ao pecado, que é o que o diabo busca lograr. O ritual do exorcismo indica diversos critério e indícios que permitem chegar, com prudente certeza, à convicção de quando se tem diante de si uma possessão diabólica. Então o exorcista autorizado poderá realizar o solene rito do exorcismo. Entre estes critérios encontram-se: falar ou entender muitas palavras em línguas desconhecidas, evidenciar coisas distantes ou inclusive escondidas, demonstrar forças além da própria condição, e isto junto com a aversão veemente a Deus, à Virgem, aos Santos, à Cruz e às imagens santas.
Vale a pena destacar que para poder realizar o exorcismo é necessária autorização do Bispo diocesano, autorização que pode ser concedida para um caso específico ou também de modo geral e permanente ao Sacerdote que exerce na diocese o ministério de exorcista.
O Ritual do Exorcismo
O Ritual Romano continha, em um capítulo específico, as indicações e o texto litúrgico dos exorcismos. Este capítulo era o último e ficou sem ser revisado depois do Concílio Vaticano II. a redação final deste Rito dos Exorcismos exigiu muitos estudos, revisões, atualizações e modificações com várias consultas das Conferências Episcopais, depois de uma análise de parte de uma Assembléia Ordinária da Congregação para o Culto Divino. O trabalho exigiu 10 anos e deu como resultado o texto atual, aprovado pelo Sumo Pontífice, que está publicado e à disposição dos Pastores e dos fieis da Igreja. Ficará ainda pendente um trabalho que compete às respectivas Conferências Episcopais: e é o da tradução deste Ritual às línguas faladas nos respectivos territórios; estas traduções deverão ser exatas e fiéis ao original em latim e deverão ser postas, segundo a norma canônica, à "recognitio" (ao reconhecimento) da Congregação para o Culto Divino.
O exorcismo
No ritual que hoje apresentamos encontra-se, antes de tudo, o rito do exorcismo propriamente dito, a ser exercitado sobre uma pessoa possessa. Seguem as orações a recitar-se publicamente por um sacerdote, com a permissão do Bispo, quando se julga prudentemente que existe uma influência de Satanás sobre lugares, objetos ou pessoas, sem chegar ao estado de uma possessão própria e verdadeira. Há, além disso, uma coleção de orações para recitar de forma privada por parte dos fiéis, quando estes suspeitam com fundamento de estarem sujeitos ou sob influência diabólica.
O exorcismo tem como ponto de partida a fé da Igreja, segundo a qual existem Satanás e os outros espíritos malignos, e que sua atividade consiste em afastar os homens do caminho da salvação. A doutrina católica nos ensina que os demônios são anjo caído por causa do pecado, que são espíritos de grande inteligência e poder: "Entretanto, o poder de Satanás não é infinito. Não é mais do que uma criatura, poderosa pelo fato de ser puramente espírito, mas sempre criatura: não pode impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás atue no mundo por ódio contra Deus e seu Reino em Jesus Cristo, e embora sua ação cause graves danos -de natureza espiritual e indiretamente inclusive de natureza física – em cada homem e na sociedade, esta ação é permitida pela divina providência que com força e doçura dirige a história do homem e do mundo. Porque Deus permite a atividade diabólica é um grande mistério, mas "nós sabemos que em todas as coisas Deus intervém para bem dos que o amam" (Rm 8, 28)" (Catecismo da Igreja Católica, n. 395).
Influência através da mentira
Gostaria de destacar que a influência nefasta do demônio e de seus sequazes é habitualmente exercitado através do engano, o embuste, a mentira e a confusão. Como Jesus é a Verdade (cf. Jo. 8,44), assim o diabo é o mentiroso por excelência. Desde sempre, desde o princípio, o engano tem sido sua estratégia preferida. Não há dúvida de que o diabo consiga enredar tantas pessoas nas redes de suas mentiras, pequenas ou clamorosas. Engana os homens fazendo-os crer que a felicidade se encontra no dinheiro, no poder e na concupiscência carnal. Engana os homens persudadindo-os de que não têm necessidade de Deus e que são auto-suficientes, sem necessidade da graça e da salvação. Inclusive engana os homens diminuindo, e mais, fazendo desaparecer o sentido do pecado, substituindo a lei de Deus como critério de moralidade, pelos costumes ou as convenções da maioria. Persuade as crianças de que a mentira é um modo apropriado para resolver diversos problemas, e assim, pouco a pouco cria entre os homens uma atmosfera de desconfiança e de suspeita. Por detrás das mentiras e dos enganos, que trazem consigo a imagem do Grande Mentiroso, desenvolvem-se as incertezas, as dúvidas, um mundo onde não ha mais segurança nem Verdade e onde, ao contrário, reina o relativismo e a convicção de que a liberdade consiste no fazer o que quiser: assim não se entende mais que a verdadeira liberdade é a identificação com a vontade de Deus, fonte do bem e da única felicidade possível.
Luta, graça e vitória
A presença do diabo e de sua ação, explica a advertência do Catecismo da Igreja Católica : "Esta situação dramática do mundo que "jaz inteiramente sob o poder do maligno" (1 Jo 5, 19), faz da vida do homem um combate: "Através de toda a história do homem estende-se na dura batalha contra os poderes das trevas que, iniciada já na origem do mundo, durará até o último dia segundo diz o Senhor. Nesta luta, o homem deve combater continuamente para aderir-se ao bem, e não sem grandes trabalhos, com a ajuda da graça de Deus, é capaz de alcançar a unidade em si mesmo” (Concilio Ecumênico Vaticano II, Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo Atual, Gaudium et spes, n. 37,2)" (Catecismo da Igreja Católica, n. 409).
A Igreja está segura da vitória final de Cristo e portanto, não se deixa levar pelo medo ou pelo pessimismo, mas ao mesmo tempo é consciente da ação do maligno que busca nos desanimar e semear a confusão. "Tenham fé -diz o Senhor- Eu venci o mundo!" (Jo. 16,33). Nesse marco encontram seu lugar os exorcismos, expressão importante, embora não única, da luta contra o maligno.

Para aprofundamento:
Exorcismo de "Marta"
Um jornalista espanhol relata as duas sessões de exorcismo praticados em uma jovem no ano de 2002.
:: Exorcismo de "Marta" (I)
:: Exorcismo de "Marta" (II)



Fonte: ACI Digital

25 fevereiro 2010

Aumenta o número de católicos no mundo

Apresentado a Bento XVI o Anuário Pontifício 2010

ROMA, domingo, 21 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org). – Aumenta o número de católicos no mundo, bem como o de sacerdotes e seminaristas, especialmente na Ásia e na África: é o que indica o Anuário Pontifício 2010, apresentado na manhã de sábado a Bento VXI pelo secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, e por Dom Fernando Filoni, da Secretaria de Estado para Assuntos Gerais.
A elaboração do novo anuário, que em breve estará à venda nas livrarias, foi conduzida por Dom Vittorio Formenti, encarregado do Escritório Central de Estatística da Igreja, e pelo professor Enrico Nenna e seus colaboradores.
Em 2008, foram registrados 1 bilhão e 166 milhões de fiéis batizados, com um aumento de 19 milhões (+1,7%) em relação ao ano anterior. Mesmo considerando o aumento da população mundial, que atingiu um total de 6 bilhões e 700 milhões de pessoas, observa-se um discreto aumento da população católica em termos percentuais (de 17,33 para 17,40 %).
Foi verificado também um aumento no número de bispos, que passou de da 4.946 em 2007 para 5.002 em 2008. O aumento foi mais expressivo na África e nas Américas, enquanto que Ásia e Europa mantiveram taxas de crescimento abaixo da média. A Oceania registrou uma redução de 3% no número de bispos.
Houve também um discreto aumento no número de sacerdotes, seja diocesanos ou religiosos, da ordem de 1% no período entre 2000 a 2008.
A distribuição do clero entre os continentes, em 2008, era caracterizada por uma forte prevalência de sacerdotes europeus (47,1%), enquanto aqueles provenientes das américas são cerca de 30%; o clero asiático corresponde a 13,2%, o africano a 8,7 e o da Oceania, 1,2%.
No período de 2000 a 2008, a incidência relativa de sacerdotes da Oceania manteve-se constante. O peso do clero da África, por outro lado, bem como o da Ásia, aumentou. A contribuição do clero europeu caiu de 51,5 para 47,1%.
Em nível global, o número de candidatos ao sacerdócio aumentou, passando de 115.919 em 2007 para 117.024 em 2008.
Tal aumento foi mais pronunciado na África (+3,6%), na Ásia (+4,4%) e na Oceania (+6,5), enquanto que a Europa registrou uma queda no número de candidatos ao sacerdócio de 4,3%.

21 fevereiro 2010

Downloads muito Santos!!!

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Via Sacra

Reze o terço no computador, um programa otimo para usar quando for rezar o terço on line em chat com amigos, é leve e facil.

 Biblia Católica para Celular em Java

 Este arquivo contém todos os documentos pontifícios do Papa João Paulo II. 

 Uma Defesa Bíblica sobre Maria

 Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem de Sao Luis Grignion de Monfort

 Estudo do Livro do Apocalipse realizado na Escola Bíblico Catequética da Comunidade Pio X.

 Documento da Conferência de Aparecida

 O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, que foi publicado em 2005, é uma versão concisa, em forma de perguntas e respostas, do Catecismo.

 Catecismo da Igreja Católica é uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, iluminado pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja.

 Código de Direito Canônico

 Arquivo em pdf (acrobate reader) do catecismo da Santa Missa, conheça os ritos e os significados de cada parte da Santa Missa.

 Conheça a história da verdadeira e única Igreja do Senhor Jesus: A Igreja Católica Apostólica Romana. Neste documento são tratados varios aspectos históricos que vão lhe dar a real visão de como a Igreja foi se formando com o tempo.

19 fevereiro 2010

Durante a Quaresma Medite a Via Sacra

Primeira estação: Jesus é condenado à morte




Segunda estação: Jesus é carregado com a cruz




Terceira estação: Jesus cai pela primeira vez




Quarta estação: Jesus encontra sua mãe




Quinta estação: Jesus é ajudado pelo cireneu a levar a cruz




Sexta estação: Verônica limpa o rosto de Jesus




Sétima estação: Jesus cai pela segunda vez




Oitava estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém que choram por Ele




Nova estação: Jesus cai pela terceira vez




Décima estação: Jesus é crucificado




Décima primeira estação: Jesus promete Seu reino ao bom ladrão




Décima segunda estação: Jesus na cruz, a mãe e o discípulo




Décima terceira estação: Jesus morre na cruz




Décima quarta estação: Jesus é depositado no sepulcro


Aborto ao alcance do mouse

Em uma pesquisa na internet, o Santa encontrou anúncios da venda do remédio Citotec, usado ilegamente como abortivo. Doses recomendadas pelos vendedores pode matar

Assim que termina de carregar, o site de busca na internet mostra mais de 3 milhões de resultados para a palavra aborto. Com alguns cliques do mouse, mulheres que engravidaram de maneira indesejada descobrem como interromper a gestação. Além de fornecer informações sobre o procedimento, considerado crime no Brasil, a rede mundial de computadores funciona como canal de vendas para remédios abortivos, o que é ilegal. Em um dos sites pesquisados, um anúncio diz: “Fornecemos kit para aborto caseiro, entre em contato e receba um informativo completo sobre como usar o Citotec.”

Através dos endereços eletrônicos divulgados abertamente nas páginas, o Santa fez contato via e-mail com oito anunciantes do remédio pela internet. Todos enviam o medicamento, que tem venda restrita a hospitais, pelos Correios e cobram, em média, R$ 50 por comprimido. O contato telefônico foi feito com dois vendedores, um de Caxias do Sul (RS) e outro de Juiz de Fora (MG).

– Eu vendo direto para Santa Catarina – afirmou o negociante gaúcho, que envia boleto bancário para pagamento em nome de Interprise Comércio Eletrônico.

Os vendedores dispõem de tabela com instruções e doses indicadas para cada fase da gestação. As negociações feitas pelo Santa avançaram até o processo de pagamento. A compra não foi efetuada. O negociante de Caxias do Sul enviou boleto bancário no valor de R$ 405. Já o vendedor de Juiz de Fora disponibilizou um número de conta bancária no próprio nome. O depósito seria de R$ 450.

Enquanto o crime cibernético, e contra a vida, se expande, o Ministério da Saúde explica que há uma grande dificuldade em se aferir um número aproximado de abortos no país. Porém, a mortalidade materna causada por complicações de processos abortivos fica em torno de 12%, sendo a terceira principal causa de morte de gestantes.

As quantidades vendidas e as instruções dos negociantes da internet colaboram para esse índice de mortalidade. Segundo a ginecologista e obstetra Mylene Martins Lavado, as indicações dos vendedores colocam em risco a saúde da mulher, podendo ser fatal em alguns casos.

Além disso, as investigações de órgãos como Polícia Federal, Civil e Ministério Público esbarram na facilidade dos criminosos em se esconder atrás de perfis e nomes falsos e de transitar em diversas páginas, fazendo anúncios sem critério algum.

vinicius.batista@santa.com.br
VINICIUS BATISTA
LEGISLAÇÃO
Quem vende medicamentos como Citotec responderá por: falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. No caso da venda pela internet, o infrator se enquadra nos incisos I e IV do 1º parágrafo.
- Inciso I: responde pelo crime quem importar, vender, expor à venda, ter em depósito para venda, distribuir ou entregar a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado, sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente
- Inciso IV: responderá pelo crime quem comercializar o produto com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade.
A pena prevista é de 10 a 15 anos de reclusão
Fonte: Artigo 273 do Código Penal  Fonte: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,186,2737783,13654

16 fevereiro 2010

Procurando a alegria?

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Grandes multidões levadas pela euforia

Conscientes ou não, o certo é que todos nós andamos incansavelmente à procura da felicidade. Nascemos com este destino e embora as consequências de nossas escolhas, muitas vezes, nos façam pensar diferente, é inegável que Deus nos criou para a alegria; ser feliz é nossa vocação! Justamente por trazermos impressa na alma essa sede de felicidade é que andamos à procura desse bem; inclusive, muitas vezes, em lugares incertos.

Aproximam-se os dias de carnaval e nesta época é comum contemplarmos grandes multidões, levadas pela euforia, em busca da felicidade pelas avenidas da vida. Conheço gente que se programa o ano inteiro para “curtir” os dias carnavalescos. Alimentam a esperança de, ao menos por certos momentos, esquecer os problemas e “ser felizes”. Desconhecem que Deus é a fonte da alegria plena e se afastam cada vez mais d'Ele, enquanto se deixam embalar pelo ritmo da euforia.

Não faz muito tempo, tive a oportunidade de entrevistar uma ex-passista da Portela. Fiquei surpresa com suas revelações, inclusive quando ela disse que não era tão feliz, como muitos imaginavam ao vê-la desfilar em grandes carros alegóricos no “Sambódromo”. Segundo ela, muitas vezes, durante os desfiles, segurava um sorriso “congelado no rosto”, enquanto seu coração era tomado de angústias. Quanto mais tomava consciência de que a alegria é algo mais que a euforia, tanto mais sentia o vazio tomar conta de si. Esperava, ansiosa, chegar a Quarta-feira de Cinzas para entrar em uma igreja e falar com Deus, que, aliás, naquela época, nem O reconhecia como Senhor. Revelou-me ainda que os dias após esse período eram sempre os piores do ano, pois sem o efeito do álcool e da adrenalina do ritmo, “caía na real” e sentia grande tristeza ao perceber que não era valorizada como pessoa, mas sim, como objeto.

Lembrando-me daquele depoimento, imagino quantos foliões passam por situações semelhantes nesses dias de carnaval! Quem dera poder levar uma palavra de ânimo a cada um, poder mostrar que existe uma alegria verdadeira e que todos nós somos capazes dela. A mídia não fala sobre isso, antes estimula a euforia liberal, afirmando que ser feliz é fazer tudo que se quer a qualquer hora. O que aliás, nem podemos chamar de liberdade, pois agir sem compromisso com a verdade e com a consciência, é libertinagem, e libertinagem não produz autêntica alegria!

Liberdade é fazer tudo o que é justo, bom e legítimo conforme a lei de Deus. Fora disso não seria escravidão?

O jovem Santo Agostinho é um exemplo claro de quem buscou a felicidade distante de Deus; ele mesmo confessa: “Tarde te amei beleza antiga e sempre nova... só em Ti encontrei a perfeita alegria que procurei distante de Ti”. Acontece que fomos criados por Deus e é somente n'Ele nos sentimos plenos. Isso não é uma conclusão religiosa, é fato de vida! Se você procura a alegria, deve considerar também esta verdade. A alegria é um dom do Espírito Santo. É mais do que sentimento, é um estado de alma, fruto da confiança plena no amor do Criador.

Diz um provérbio inglês que: “O Cristão é a única Bíblia que ainda se lê neste mundo”. Portanto, o carnaval é uma ótima oportunidade para testemunharmos nossa fé. Aliás, acredito que é mérito e dever de todo cristão iluminar este mundo com um testemunho de esperança.

É tempo de mostrar, com a vida, que a alegria plena tem endereço certo e, portanto, é possível encontrá-la. Lembre-se de que essa virtude [alegria] não é ausência de problemas; é expressão de confiança nos desígnios de felicidade que Deus tem para nossa vida. Desígnios são mais que simples desejo; são as disposições e projetos de Deus a nosso respeito. Ele tem desígnios de amor e felicidade para nossa vida, necessitamos entrar nos propósitos d'Ele para que sejamos plenamente felizes. O próprio Senhor nos garante em Sua Palavra: “Bem conheço os desígnios que mantenho para convosco – oráculo do Senhor – , são desígnios de prosperidade e não de calamidade, de vos garantir um futuro e uma esperança” (Jr 29,11).

Portanto, alegre-se! Deus o quer feliz, tem desígnios de felicidade para você! Não deixe para depois do carnaval... Aproveite estes dias para participar de um dos inúmeros retiros que a Igreja promove neste tempo e experimente abandonar-se nos projetos do Senhor. Eu fiz essa experiência e sou muito mais feliz hoje. “Quando caminhamos segundo a vontade do Criador, nossa vida segue como um rio: tortuoso sim, mas seguro em seu curso natural” (monsenhor Jonas Abib).

Fomos criados para a verdadeira alegria, deixemos que o Criador nos conduza a ela.

Foto Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com
Dijanira Silva Missionária da Comunidade Canção Nova, em Fátima, Portugal. Trabalha na Rádio CN FM 103.7
09/02/2010 - 08h00

15 fevereiro 2010

Direitos Humanos

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Quem defende o aborto nega sua condição de católico

O III Plano Nacional de Direitos Humanos ao falar da "autonomia" da mulher sobre seu próprio corpo e recomendar que o Congresso altere o Código Penal a fim de descriminalizar a prática do aborto recomenda um crime qualificado contra a humanidade e contra o próprio Brasil.

Ele quer outorgar legitimidade jurídica a um crime infamante, estabelecer como um direito democraticamente exigível o mais abominável dos delitos e o financiamento dele beneficiando os carrascos com dinheiro público.

Contra o povo brasileiro, povo apaixonado pela vida humana, tantas vezes comprovado em estatísticas da maior seriedade, a última deste mês em que não chega a um quarto de cidadãos brasileiros os que querem manchar de sangue de crianças o mapa do Brasil.

Em 2007, o Partido dos Trabalhadores aprovou, em seu programa, a luta pela implantação do aborto no Brasil. Isso não pode acontecer, pois é projeto revestido de fanatismo cruel contra o nascituro. Podemos dizer que é um dos projetos mais bárbaros de aborto conhecidos no mundo, que defende de modo obsessivo e neurótico a morte legal de inocentes.


.: Aborto será modificado no texto do Programa de Direitos Humanos
.: Programa de Direitos Humanos exige mais diálogo, dizem estudiosos
.: Programa de Direitos Humanos é "desumano", afirma jurista
.: Procuradoria mantém símbolos religiosos em repartições públicas

Se o Governo atual aprova tal Plano torna-se o inimigo número um da sociedade e o primeiro elemento desestabilizador da ordem social. Os que deveriam ser construtores e defensores da vida tornaram-se de modo incompreensível uma enorme ameaça contra o Brasil todo.

A Igreja defende e defenderá sempre que a vida humana é sagrada e inviolável desde o momento da concepção até o final da sua existência. Dessa sacralidade e inviolabilidade nasce o direito de todo ser humano a ser respeitado, protegido e promovido no desenvolvimento de sua existência em qualquer momento ou situação. Sempre em nome da razão e da dignidade nativa do homem e não só da fé, a Igreja o defenderá quando estiver em pauta qualquer vida humana.

Estamos comprometidos, juntamente com todo o povo brasileiro, com uma cultura da vida e não da morte. "Quem defende o aborto nega sua condição de católico", proclamava bem alto o Papa João Paulo II (Ev.V 62). Como cristãos é impossível ficarmos calados e concordar com a decisão de aprovar tal projeto que nega o direito à vida.

Defender e promover a vida e posicionar-se contra o aborto provocado é uma questão de humanidade. Não há nada que possa justificá-lo porque nada pode justificar o assassinato frio e calculado de uma vida humana inocente.

Podemos usar um dos Dez Mandamentos para dizer: Dr. Vannucchi, Dr. Temporão, Presidente Lula e tantos órgãos responsáveis pela defesa da vida: "Não matarás!"

O evangelho da vida, o evangelho da dignidade humana e o evangelho do amor de Deus aos homens é um mesmo e único Evangelho. O homem não tem direito de destruí-lo.

Dom José Luis Azcona
Bispo da Prelazia de Marajó (PA)


Fonte: CNBB


Leia também:
.: Os Direitos Humanos do Governo
.: Bispo denuncia pacote ideológico do Governo
.: Gentios no Planalto
.: Nota sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos

14 fevereiro 2010

No carnaval, quero ser outra pessoa

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A carnavalização acontece por um desejo de ruptura da rotina cotidiana
O carnaval se aproxima. Um feriado prolongado e famoso no Brasil. No exterior muitos, infelizmente, reconhecem nosso país apenas a partir do futebol e do carnaval, identificando-nos somente com o chavão: futebol e samba.

Por conta disso, muitos de nós acabamos acreditando que o carnaval é uma invenção brasileira e que se resume ao que realizamos nessa época no nosso país. Isso é um engano! Porque o carnaval não é criação moderna e brasileira. Trata-se de um evento antigo e que apresenta variações em diferentes épocas e povos, inclusive em utilidade.

Utilidade? Como assim?

Isso mesmo! A maior festa popular brasileira possui outras funções, diferentes do evento social como o conhecemos. Exemplo disso é a literatura que possui um recurso chamado "carnavalização". São várias as características que nos permitem identificá-la [carnavalização] num determinado texto.

Mas quero tratar de uma em especial, porque ela está bem ligada ao que, claramente, vemos nos dias de carnaval, e além disso, ao ser usada na literatura, ela diz muito das características e dos desejos humanos – trata-se da inversão através de polos opostos.

Esse recurso é simples e algo comum na literatura e seu princípio vem do que ocorre nesses dias carnavalescos: o pobre se veste de rei; o rico se veste de mendigo; o cidadão comum se veste de artista; o famoso quer se vestir de cidadão comum...

Segundo a teoria da literatura a carnavalização acontece por um desejo de ruptura da rotina cotidiana. Um desejo de ser, pelo menos por alguns instantes (ou por alguns dias – os dias dessa festa), algo diferente do que se é o ano inteiro. E esse desejo de mudança pode, sem dúvida, nos indicar um anseio de mudança mais profunda, inerente a qualquer ser humano em alguma fase da vida.

Quantas pessoas esperam ansiosamente esse período do ano para essa mudança. Muitos vivem em função dessa espera e passam o ano todo preparando suas fantasias. E se pensarmos bem, em maiores ou menores proporções, todos nós desejamos, em determinados momentos, alguma mudança na vida.

Que esse período de carnaval seja o que a nossa opção nos disser: ser formos a alguma festa, que nos divirtamos sadiamente; se formos para um retiro, que rezemos; se formos para um recanto, que descansemos... Mas que em qualquer desses ambientes façamos uma profunda reflexão. Aproveitemos porque estaremos, de um jeito ou de outro, rodeados dessa inversão e pensemos em quais situações buscamos essa carnavalização em nossa vida.

E a partir das conclusões que tirarmos não esperemos mais momentos passageiros, como o carnaval, para fugir da realidade. Mas que possamos nos propor a mudar verdadeiramente as estruturas da rotina. Que não usemos apenas fantasias. Que não desejemos ser outra pessoa durante escassos momentos. Mas que sejamos verdadeiramente pessoas novas.

Como fazer essa mudança? Como ser uma pessoa verdadeiramente nova? A receita quem nos indica é alguém que conhecia bem festas, como o carnaval, e também conhecia as teorias literárias de seu tempo – o apóstolo Paulo. É ele quem nos afirma:

Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo! (II Cor 5,17)
Foto Denis Duarte
contato@denisduarte.com
Denis Duarte Especialista em Bíblia e Cientista da Religião.
www.denisduarte.com

13 fevereiro 2010

Bento XVI: empresas responsáveis para com a sociedade

Bento XVI: empresas responsáveis para com a sociedade

Estratégias para Lutar Contra a Lascívia

Lascívia: propensão para a luxúria; sensualidade exagerada; excitação.




por John Piper
Estou pensando em homens e mulheres. Para os homens, isto é óbvio. A necessidade de lutar contra o bombardeamento de tentações visuais para nos fixarmos em imagens sexuais é urgente. Para as mulheres, isto é menos óbvio, porém tal necessidade se torna maior, se ampliamos o escopo da tentação de alimentar imagens ou fantasias de relacionamentos. Quando uso a palavra “lascívia”, estou me referindo principalmente à esfera dos pensamentos, imaginações e desejos que visualizam as coisas proibidas por Deus e freqüentemente nos levam a conduta sexual errada.

Não estou dizendo que o sexo é mau. Deus o criou e o abençoou. Deus tornou o sexo agradável e definiu um lugar para ele, a fim de proteger sua beleza e poder — ou seja, o casamento entre um homem e uma mulher. Mas o sexo tornou-se corrompido pela queda do homem no pecado. Portanto, temos de exercer restrição e fazer guerra contra aquilo que pode nos destruir. Em seguida, apresentamos algumas estratégias para lutar contra desejos errados.

Evitar — evite, tanto quanto for possível e sensato, imagens e situações que despertam desejos impróprios. Eu disse “tanto quanto possível e sensato”, porque às vezes a exposição à tentação é inevitável. E usei os termos “desejos impróprios” porque nem todos os desejos por sexo, alimento e família são maus. Sabemos quando tais desejos são impróprios, prejudiciais e estão se tornando escravizantes. Conhecemos nossas fraquezas e o que provoca tais desejos. Evitar é uma estratégia bíblica. “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça” ( 2 Tm 2.22). “Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14).

Não — diga “não” a todo pensamento lascivo, no espaço de cinco segundos.1 E diga-o com a autoridade de Jesus Cristo. “Em nome de Jesus: Não!” Você não tem mais do que cinco segundos. Se passar mais do que esse tempo sem opor-se a tal pensamento, ele se alojará em sua mente com tanta força, a ponto de se tornar quase irremovível. Se tiver coragem, diga-o em voz alta. Seja resoluto e hostil. Como disse John Owen: “Mate o pecado, se não ele matará você”.2 Ataque-o imediatamente, com severidade. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

Voltar — volte seus pensamentos forçosamente para Cristo, como uma satisfação superior. Dizer “não” será insuficiente. Você tem de mover-se da defesa para o ataque. Combata o fogo com fogo. Ataque as promessas do pecado com as promessas de Cristo. A Bíblia chama a lascívia de “concupiscências do engano” (Ef 4.22). Tais concupiscências mentem. Prometem mais do que podem oferecer. A Bíblia as chama de “paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1 Pe 1.14). Somente os tolos cedem a elas. “Num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro” (Pv 7.22). O engano é vencido pela verdade. A ignorância é derrotada pelo conhecimento. E tem de ser uma verdade gloriosa e um conhecimento formoso. Esta é razão por que escrevi o livro Vendo e Provando a Cristo (Seeing and Proving Christ — Crossway, 2001). Preciso de breves retratos de Cristo para me manter despertado, espiritualmente, para a sublime grandeza do Senhor Jesus. Temos de encher nossa mente com as promessas e os deleites de Jesus. E volvermo-nos imediatamente para tais promessas e deleites, depois de havermos dito “não”.

Manter — mantenha, com firmeza, a promessa e o deleite de Cristo em sua mente, até que expulsem a outra imagem. “Olhando firmemente para... Jesus” (Hb 12.2). Muitos fracassam neste ponto. Eles desistem logo. Dizem: “Tentei expulsar a fantasia, mas não deu certo”. Eu lhes pergunto: “Por quanto tempo fizeram isso?” Quanta rigidez exerceram em sua mente? Lembre: a mente é um músculo. Você pode flexioná-la com violência. Tome o reino de Deus por esforço (Mt 11.12). Seja brutal. Mantenha diante de seus olhos a promessa de Cristo. Agarre-a. Agarre-a! Não a deixe ir embora. Continue segurando-a. Por quanto tempo? Quanto for necessário. Lute! Por amor a Cristo, lute até vencer! Se uma porta automática estivesse para esmagar seu filho, você a seguraria com toda a sua força e gritaria por ajuda. E seguraria aquela porta... seguraria... seguraria... Jesus disse que muito mais está em jogo no hábito da lascívia (Mt 5.29).

Apreciar — aprecie uma satisfação superior. Cultive as capacidades de obter prazer em Cristo. Uma das razões porque a lascívia reina em tantas pessoas é porque Cristo não lhes é muito cativante. Falhamos e somos enganados porque temos pouco deleite em Cristo. Não diga: “Esta conversa espiritual não é para mim”. Que passos você tem dado para despertar sua afeição por Cristo. Você tem lutado por encontrar gozo? Não seja fatalista. Você foi criado para valorizar a Cristo — de todo o coração — mais do que valoriza o sexo, o chocolate ou o açúcar. Se você tem pouco desejo por Cristo, os prazeres rivais triunfarão. Peça a Deus que lhe dê a satisfação que você não tem. “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Sl 90.14). E olhe... olhe... e continue olhando para Aquele que é a pessoa mais magnificente do universo, até que você o veja da maneira como Ele realmente é.

Mover – mova-se da ociosidade e de outros comportamentos vulneráveis para uma atividade útil. A lascívia cresce rapidamente no jardim da ociosidade. Encontre algo útil para realizar, com todas as suas forças. “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11); “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co 15.58). Seja abundante em atividades. Faça alguma coisa: limpe um quarto, pregue uma tábua, escreva uma carta, conserte uma torneira. E faça tudo por amor a Jesus. Você foi criado para administrar e trabalhar. Cristo morreu para nos tornar zelosos “de boas obras” (Tt 2.14). Substitua as concupiscências e paixões enganosas por boas obras.

11 fevereiro 2010

Papa: O crucifixo enriquece de significado a vida

Superar problemas de controle e confiança no casamento

Entrevista com o psiquiatra católico Richard Fitzgibbons

Por Genevieve Pollock
WEST CONSHOHOCKEN, segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org).- Muitos casais e famílias de hoje sofrem problemas de controle e confiança, afirma o psiquiatra Richard Fitzgibbons. Mas, graças aos sacramentos e à prática da virtude, estes problemas podem ser superados.
Este foi o tema de um recente encontro virtual de uma série patrocinada pelo Institute for Marital Healing, que oferece recursos para casais, conselheiros e clero sobre temas referentes à paternidade, idade adulta, vida familiar e casamento.
Fitzgibbons, diretor do instituto, trabalhou com milhares de casais e escreveu extensamente sobre estes temas. Em 2008, foi nomeado também como consultor da Congregação para o Clero, da Santa Sé.
Nesta entrevista com Zenit, Fitzgibbons fala sobre as causas modernas dos problemas de confiança, a diferença entre ser forte e controlador e as virtudes particulares que oferecem um antídoto para este problema.
- Você menciona que a seção mais popular do seu site é a dedicada ao cônjuge ou familiar controlador. Por que você acha que há tanto interesse neste tema?
Fitzgibbons: De fato, nós nos surpreendemos com a resposta das pessoas na seção do esposo ou esposa controlador.
Após pensar e rezar sobre este assunto, cheguei a uma compreensão mais profunda dos graves fatores pessoais e culturais que estão contribuindo para uma tendência a dominar ou a não confiar nos demais, algo que dá como resultado a necessidade de controlar.
- Você poderia descrever brevemente as características de uma pessoa controladora?
Fitzgibbons: A pior fraqueza de caráter em uma pessoa que cai na tendência a controlar – e todos nós podemos cair às vezes – é tratar o cônjuge (que é um grande dom de Deus) com falta de respeito.
A pessoa controladora se volta totalmente para si mesma, de tal forma que não consegue ver a bondade do seu cônjuge.
A outra grande fraqueza é deixar-se levar com rapidez e em excesso pela cólera. Os cônjuges e familiares controladores são também irritáveis e costumam estar tristes porque, de fato, não é possível controlar ninguém, dado que temos uma dignidade e um vigor como filhos de Deus.
Finalmente, as tendências controladoras afetam a entrega sadia e carinhosa no casamento e reforçam o egoísmo, uma das principais causas dos comportamentos controladores.
- Que danos podem ser causados por cônjuges ou familiares controladores?
Fitzgibbons: Os comportamentos controladores causam dano na amizade do casal, no amor romântico e no amor prometido, três áreas essenciais da entrega matrimonial que João Paulo II descreve em “Amor e Responsabilidade”.
A falta de respeito leva o outro cônjuge a sentir-se triste, bravo, desconfiado e inseguro. A não ser que esse conflito seja tratado de forma adequada e correta, podem desenvolver-se graves problemas, incluindo a depressão, ansiedade, abusos graves, infidelidade, separação e divórcio.
- Em nossa rápida sociedade, em que se exige das pessoas que controlem e dominem tantos aspectos da sua vida – economia, saúde, trabalho, família etc. –, uma natureza controladora não seria mais uma vantagem, inclusive uma necessidade para sobreviver? Você vê algo positivo neste tipo de personalidade?
Fitzgibbons: Sim, a confiança e o vigor são características saudáveis na personalidade, que nos permitem responder a muitos desafios no grande sacramento do matrimônio e na vida familiar.
No entanto, é necessário o crescimento diário nas virtudes, de maneira que um marido não pode cruzar a linha porque possui estas qualidades e converter-se assim em controlador.
As virtudes que são essenciais para equilibrar o dom da fortaleza são a amabilidade, a humildade, a mansidão, o autocontrole e a fé.
Uma das metas do casamento é a fortaleza e a confiança, mas não o controle. Convido muitos maridos fortes a rezarem a São Pedro para que os proteja e assim não sejam líderes controladores do seu lar.
- Você indica que, no coração de uma personalidade controladora, costuma haver problemas de confiança. Poderia ampliar isso?
Fitzgibbons: Uma importante causa da tendência a controlar ou dominar é o fato de ter prejudicado, na infância, a capacidade de uma pessoa de confiar ou sentir-se segura.
Depois, os cônjuges podem deixar-se levar de maneira inconsciente pelo medo, até uma forma de agir controladora, isto é, só se sentem seguros quando têm o controle, algo que certamente nunca terão. No passado, os conflitos comuns da infância eram o alcoolismo, os enfrentamentos entre os pais e a experiência de um progenitor controlador.
Os motivos mais recentes de graves danos à confiança durante a infância são a cultura do divórcio, a creche e a epidemia de egoísmo nos pais, causados em grande parte pela uma mentalidade anticonceptiva. Além disso, os homens inseguros assumem comportamentos controladores em uma tentativa de estimular sua confiança masculina. Nos adultos jovens, a cultura das relações diversas também danifica gravemente sua capacidade de confiar sem que eles percebam.
Finalmente, no Catecismo da Igreja Católica, descreve-se um fator espiritual importante que não deveria ser deixado de lado: “Todo o homem faz a experiência do mal, à sua volta e em si mesmo. Esta experiência faz-se também sentir nas relações entre o homem e a mulher. Desde sempre, a união de ambos foi ameaçada pela discórdia, o espírito de domínio, a infidelidade, o ciúme e conflitos capazes de ir até ao ódio e à ruptura” (n. 1606).
- Como uma pessoa pode começar a enfrentar estes temas e mudar seu jeito controlador? Como uma pessoa pode ajudar alguém a quem ama e que pode ser controlador?
Fitzgibbons: O primeiro passo é a necessidade de descobrir esta grave fraqueza matrimonial.
Se os esposos confiassem mais em Deus dentro dos seus casamentos, não temeriam enfrentar esta dificuldade e buscar superá-la.
A mudança necessária pode acontecer por um compromisso de crescer em confiança em Deus e no próprio cônjuge, por um processo de perdão àqueles que, na infância, prejudicaram a confiança, por uma decisão de deter os repetidos comportamentos controladores de um pai, pela meditação regular sobre o fato de que Deus tem o controle e pelo crescimento em numerosas virtudes, entre as quais estão incluídos o respeito, a fé, a amabilidade, a humildade, a magnanimidade e o amor.
O papel da fé pode ser muito eficaz para enfrentar esta grave fraqueza de caráter. Vimos notáveis melhorias na luta contra isso através da graça no sacramento da reconciliação. Animamos os casais católicos controladores a buscarem a cura neste poderoso sacramento.
Além disso, as esposas controladoras podem se beneficiar do aprofundamento em sua relação com Nossa Senhora, vendo-a como modelo e adquirindo suas virtudes, descritas por São Luis Maria Grignion de Monfort no “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”.
                  
Os maridos controladores serão beneficiados pela meditação sobre São José, na qual podem pedir-lhe que os ajude a ser amáveis, sensíveis, líderes entregados e alegres em seus casamentos e famílias.
- Como psiquiatra, quando você acha que deveria ser sugerido que se busque ajuda externa, de um sacerdote ou conselheiro, para curar as feridas emocionais de uma pessoa?
Fitzgibbons: Recomendo ir a um sacerdote antes de ir a um conselheiro, porque muitos profissionais da saúde mental apoiam a atual cultura do egoísmo.
Brad Wilcox, um jovem sociólogo católico da Universidade de Virgínia, escreveu sobre a influência do campo da saúde mental no casamento: “A revolução psicológica, ao centrar-se na realização individual e no crescimento pessoal, deu como resultado que o casamento acaba sendo visto como um veículo para uma ética orientada à própria pessoa, uma ética do romance, da intimidade e da realização”.
“Nesta nova postura psicológica dentro da vida matrimonial, a obrigação primária da pessoa não é a própria família, mas ela mesma; daí que o êxito matrimonial tenha sido definido não como o cumprimento exitoso das obrigações com relação ao cônjuge e aos filhos, mas como uma sensação forte de alegria subjetiva no casamento – que se encontraria em e através de uma relação intensa e emocional com o cônjuge.”
Acreditamos que um compromisso sincero de cada um dos cônjuges por crescer no conhecimento de si mesmo e nas virtudes pode resolver o conflito de um esposo controlador sem a necessidade de uma terapia de casal. Não obstante, estão disponíveis novas fontes de referência matrimonial, fiéis aos ensinamentos de Cristo, nos sites de Catholic Therapist e Catholic Psychotherapy.
A intercessão de Nossa Senhora em Caná conduziu ao primeiro milagre do Senhor, levando mais alegria a um jovem casal. Convidamos os casais católicos a lutarem contra os conflitos de controle e egoísmo dirigindo-se a Ela, para outro milagre em seus casamentos.

Fonte: ZENIT (Permalink: http://www.zenit.org/article-24043?l=portuguese)

10 fevereiro 2010

Quaresma: tempo de orar, jejuar e se doar




Carnaval: Alegria ou Euforia???


Nestes dias, no tempo livre que eu tenho gosto de ver os telejornais e alguns programas de TV, as propagandas avisam a todo o momento, que todo o país já se prepara para as festas do carnaval, música, fantasias e muita mais muita mulher pelada. Acompanhando pela TV o carnaval com Cristo da Canção Nova e um pouco o carnaval pelas cidades do nosso país, via nos dois muita alegria, festa e muita gente jovem pulando e cantando. E me perguntava qual a diferença destes dois carnavais, destes dois grupos de pessoas? E quando acabar o carnaval, o que fica?

Você pode se perguntar por que estou falando assim, não estou querendo julgar, nem apontar o que é melhor, mas posso falar de cadeira, pois já pulei e brinquei nos dois carnavais. No final dos anos 80 saia em blocos com “mortalha”, era exatamente esse o nome dado naquela época. Não era como hoje abada, hoje se mascara um pouco mais, mas a palavra antiga descrevia exatamente o que acontecia comigo naqueles dias, mascarava minhas desilusões, tentava me esconder atrás de mim mesmo e no Maximo atraia outros mascarados, me vestia de mortalha, ou seja, de morto.
Minha bebida se chamava capeta, minha alegria era euforia, que quando acabava tudo, no peito vinha aquele vazio, que nem a música, nem os foliões, nem as meninas nem o trio elétrico, nada poderiam preencher. Percebia que estava envolto na mortalha, numa mascara, estava morto, pois não experimentava uma verdadeira alegria, era tudo fulgás, passageiro, acabava na quarta-feira de cinzas, e me desculpe, o defunto estava vivo.
Eu não era do “mal”, não fazia maldade às pessoas, não ia para brigar, era mesmo para tentar me divertir, e acredito que exista muita gente assim. Em busca da verdadeira alegria. Quando encontrei o Rei do meu carnaval, Jesus de Nazaré, descobrir qual era a verdadeira alegria. A verdadeira alegria é um fruto interior, fruto do Espírito Santo, que não precisa de condicionamentos externos para encher meu coração, ela é constante e não depende de música, de bebida, muito menos de usar pessoas para que ela aumente em mim. A verdadeira alegria em mim dá sentido ao que eu sou e o que eu faço. A alegria, não deixa peso, remorso ou dúvidas, muito menos se satisfaz com o que me destrói, é um estado de espírito, de alma, que extravasa para o corpo, para as pessoas e da o verdairo sentido do que eu busco: A ETERNA ALEGRIA!

Ela esta em mim, mesmo nos momentos de dor e sofrimento, eu não preciso me fantasiar, nem mover o mundo para experimentar a verdadeira alegria. Hoje me despi da mortalha e da mascara da euforia, para dar lugar a vesti do homem novo, renovado, pois o amor de Deus me conquistou e hoje sou feliz: “e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade”. (Efésios 4,24) Tenha a coragem de se perguntar, o que eu tenho experimentado é euforia ou alegria? O que acontece comigo, o que fica dentro de mim, quando termina o carnaval?

É nesta hora que eu lhe faço um questionamento, euforia ou alegria você pode escolher!
“Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos!” (Filipenses 4,4).

Não se esqueça Deus ama você e é sempre tempo de recomeçar!

Minha benção fraterna
Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.

08 fevereiro 2010

Vinde e Vede 2010!!! Não perca!!!

RESERVE JÁ A SUA VAGA ! 8845-6800 / 8825-3136  / 8808-7306 
- ALOJAMENTO (CASA)
                                   - ÔNIBUS
                         - CAFÉ DA MANHÃ
                                  - JANTAR

DURANTE OS 4 DIAS
APENAS R$ 60,00
Missão Cefas
Viagens que te levam a Deus

"Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da Luz" Rm 13,12
CEFAS, oriundo do nome de São Pedro apóstolo, significa também um Acróstico: Comunhão para Evangelização, Formação e Anúncio do Senhor. É um humilde projeto de evangelização através da internet, buscando levar formação católica doutrinal e espiritual.