É interessante também a gente refletir como a fragilidade e a fraqueza nas mãos de Deus assumem outra expressão. Parece contradição, mas o que nas mãos humanas se apresenta como um solo infértil, nas de Deus se torna um verdadeiro canteiro de possibilidades de se cultivar a força. De modo que, o resultado é que de alguma forma se cumpre o que o Apóstolo Paulo diz em uma de suas cartas: “que é na fraqueza que Cristo manifesta a sua força” (II Cor 12, 9-10).
O secularismo tem propagado a cultura de uma força que se inicia e se encerra no próprio homem. E eu diria que aí está a raiz de tantos não saberem administrar seus momentos de fragilidade. Buscam em si aquilo que naturalmente não tem. Consideram fracos e tolos os que de alguma forma não lutam por conta própria diante das adversidades, e por ai se segue...
É bem verdade que forte é o ser humano que sabe o que quer, e que continua em busca de sua meta. Que firmemente prossegue na realização daquilo que reconhece como certo e julga como importante. Todavia, vale considerar que os que fazem a experiência de Deus e realiza o sonho salvífico de Jesus em sua história, considera que tudo isso é como pano de fundo do cenário, onde o protagonista é o próprio Deus com a manifestação de sua força. “Omne possum in eo qui me confortat” – Tudo posso Naquele que me fortalece (Fl 4,13): Aqui se traduz literalmente a nossa força. Tantos cantaram e rezaram este fragmento Paulino porque reconheceram em suas fraquezas a manifestação da força do Amor de Deus.
A cada dia Ele mesmo escolhe os terrenos mais frágeis e mais tocados da condição humana, a fim de cultivar as sementes do seu Amor. Quisera cada coração frágil se convencer deste desejo. Penso que é tempo de deixar o Garimpeiro cumprir seu ofício, porque em cascalhos aparentemente disformes e frágeis Ele vê escondidos verdadeiros e belos diamantes. Basta confiar e deixar a força do seu Amor nos lapidar!Grato, Jerônimo Lauricio.
http://www.jeronimolauricio.com/
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