27 julho 2009

Liturgia Diária!!!

Segunda-feira, dia 27 de Julho de 2009
Segunda-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santa Natália e companheiros, mártires, +852, S. Pantaleão, mártir, séc. III



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Macário : «Até que tudo fique fermentado»

Leituras

Ex. 32,15-24.30-34.
Moisés desceu do monte, trazendo nas mãos as duas tábuas do testemunho,
escritas nos dois lados, numa e noutra face.
As tábuas eram obra de Deus e o que estava gravado nas tábuas fora escrito
por Deus.
Ao ouvir o barulho que o povo fazia, gritando, Josué disse a Moisés: «Há no
acampamento alaridos de batalha.»
Moisés respondeu: «Não são nem gritos de vitória, nem gritos de derrota. O
que oiço são vozes de gente a cantar.»
Ao chegar junto do acampamento, viu o bezerro e as danças. Acendeu-se a sua
cólera, atirou com as tábuas e partiu-as ao pé do monte.
Depois, agarrando no bezerro que tinham feito, queimou-o e reduziu-o a pó
fino que espalhou na água. E deu-a a beber aos filhos de Israel.
Moisés disse a Aarão: «Que te fez este povo para o deixares cometer um tão
grande pecado?»
Aarão respondeu: «Que o meu senhor não se irrite. Tu próprio sabes como
este povo é inclinado para o mal.
Disseram-me: 'Faz-nos um deus que caminhe à nossa frente, pois a Moisés,
esse homem que nos fez sair do Egipto, não sabemos o que lhe terá
acontecido.'
Eu disse- -lhes: 'Quem tem ouro?' Despojaram-se dele e entregaram-mo;
lancei-o ao fogo e saiu este bezerro.»
No dia seguinte, Moisés disse ao povo: «Cometestes um enorme pecado. No
entanto, vou subir para junto do Senhor. Talvez alcance o perdão para o
vosso pecado.»
Moisés voltou para junto do Senhor e disse: «Ah, este povo cometeu um
grande pecado. Fizeram para si um deus de ouro.
Apesar disso, perdoa-lhes este pecado, ou então apaga-me do livro que
escreveste.»
O Senhor disse a Moisés: «Apagarei do meu livro aquele que pecou contra
mim.
Vai agora, e conduz o povo para onde te disser. O meu anjo caminhará diante
de ti. Mas no dia da prestação de contas, puni-los-ei pelo seu pecado.»


Salmos 106(105),19-20.21-22.23.
Fizeram um bezerro de ouro no Horeb e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram assim o seu Deus glorioso pela figura de um animal que come feno.
Esqueceram a Deus, que os salvara, que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas do país de Cam, feitos gloriosos no Mar dos Juncos.
Deus decidiu aniquilá-los. Moisés, porém, seu escolhido, intercedeu junto
dele, para acalmar a sua ira destruidora.


Mateus 13,31-35.
Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de
mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo.
É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a
maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves
do céu abrigar-se nos seus ramos.»
Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento
que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo
fique fermentado.»
Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes dizia sem ser
em parábolas.
Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha
boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Macário (?-405), monge no Egipto
Homilia n° 24 (a partir da trad. Bellefontaine 1984, coll. Spi. Or. N° 40, p. 239 rev.)

«Até que tudo fique fermentado»

Desde a transgressão de Adão, os pensamentos da alma dispersaram-se,
afastando-se do amor de Deus, na direcção do mundo presente, e
misturaram-se com pensamentos materiais e terrestres. Porque Adão, com a
sua transgressão, recebeu em si o fermento das más tendências, e assim, por
participação, também todos os que dele nasceram e toda a raça de Adão
recebeu uma parte desse fermento. Seguidamente, as disposições más
cresceram e desenvolveram-se entre os homens, a ponto de eles fazerem todo
o tipo de desordens. Finalmente, o fermento da malícia penetrou em toda a
humanidade [...].

De maneira análoga, durante a sua estada na terra, o Senhor quis
voluntariamente sofrer por todos os homens: resgatá-los com o Seu próprio
sangue, introduzir o fermento celeste da Sua bondade nas almas crentes
humilhadas pelo jugo do pecado. Quis completar nelas a justiça dos
preceitos e todas as virtudes, de maneira a que, ao penetrar nelas este
fermento, fiquem unidas no bem e formem com o Senhor «um só Espírito»,
segundo as palavras de Paulo (1Co 6, 17). A alma que for totalmente
penetrada pelo fermento do Espírito Santo nem poderá já ter a ideia do mal
e da malícia, como está escrito: «O amor não se irrita nem guarda
ressentimento» (1Co 13, 5). Sem este fermento celeste, ou, por outras
palavras, sem a força do Espírito Santo, a alma não poderá ser amassada
pela doçura do Senhor nem alcançar a verdadeira vida.




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