Para Meditar... O homem em perigo O homem está em perigo. Ao mesmo tempo em que, com sua inteligência e com suas mãos, submete a si toda a criação, cumprindo o desígnio de Deus, por outro lado, perdeu o domínio de si mesmo. Dominou o átomo e as estrelas, mas perdeu o controle do seu universo interior, como nos fez ver Michel Quoist, no livro Construir o homem e o mundo. Por isso, corre sério risco de frustar a própria existência e a do mundo que lhe foi confiado por Deus. Pela ciência e pela tecnologia domina cada vez mais o mistério das coisas criadas, mas perdeu o domínio do seu próprio mistério. Não sabe mais quem ele é; perdeu a sua "identidade". Não sabe mais o sentido esplêndido da sua vida e desconhece toda a riqueza do seu ser, feito à imagem do próprio Senhor que lhe deu a vida. É capaz de submeter a si a matéria, mas se torna escravo dela, por não ter o espírito livre. Sem o domínio do espírito sobre a matéria, e da ética sobre a técnica, o homem agoniza, vive de "cabeça para baixo", ou se "arrasta" pela vida afora, como diz Quoist. Sem a supremacia do espírito a conduzir o homem, não há mais homem; a vida será totalmente mutilada. Será apenas uma caricatura de homem. E não é isso que Deus quer de nós. Ao contrário, Ele nos quer perfeitos, verdadeiras "imagens de Jesus Cristo", modelo de cada homem (Rm 8, 29). Sem a supremacia do espírito o homem cega a própria inteligência, cala brutalmente a voz da consciência, transforma o dom precioso da liberdade em libertinagem doentia, joga na lama a própria dignidade, embrutece a sensibilidade. Já não é mais homem, é um animal perigoso... Quando o espírito agoniza, o homem corre perigo, pois as obras maravilhosas que construiu com a inteligência e com as mãos se voltam contra ele e o escravizam. +Leia mais Pergunte e Responderemos Como é o processo de Beatificação? Provas de virtude em grau heróico, santidade popular e um milagre.Os procedimentos burocráticos são semelhantes à justiça comum, porém regidos pelo Direito Canônico, onde se procura a verdade sobre o Servo de Deus Regulamentação As atividades do Processo são regulamentadas por: a) Código de Direito Canônico de 1983, cânones 1403 a 1600; b) Constituição "Divinus perfectionis magister", de João Paulo II, de 25.01.1983; c) Normas da Sagrada Congregação para as Causas dos Santos "Normae servandae in inquisitionibus ab Episcopis faciendis in Causis Sanctorum", de 07.02.1983. Etapas 01 - Pedido de abertura. O autor, que pode ser pessoa física ou jurídica, solicita ao Bispo; 02 - O autor nomeia o postulador da causa; 03 - Investigação sobre a vida do candidato. 04 - O Bispo solicita o nada obsta - nihil obstat - à Santa Sé; 05 - A Sagrada Congregação pelas Causas dos Santos concede o nada obsta e titulo Servo de Deus; 06 - Introdução formal da causa e instrução do processo pelo Bispo; 07 - Instituição do Tribunal da Vida e Virtudes do Servo de Deus, com nomeação do juiz delegado do bispo, promotor de justiça e notário atuário; 08 - O Tribunal oficializa as declarações dos depoentes 09 - Encerramento do Processo de vida e virtudes 10 - O Postulador elege um provável milagre pós-morte e pede a instituição do Processo Canônico; 11 - Instituição do Tribunal de Milagre do Servo de Deus, com nomeação de: juiz delegado do bispo, promotor de justiça e notário atuário; 12 - Envio a Roma do Processo da Vida e Virtudes do Servo de Deus; 13 - Envio a Roma do Processo de Milagre do Servo de Deus; 14 - A Sagrada Congregação pelas Causas dos Santos, em Roma, aceita a heroicidade das virtudes do Servo de Deus - o Servo recebe o título de Venerável; 15 - Exumação do Servo de Deus, próximo à beatificação, com translado para igreja ou capela de fácil acesso à visitação pública; 16 - Beatificação: a Sagrada Congregação pelas Causas dos Santos, após julgamento, recomenda ao Papa a beatificação do Servo de Deus. Se o Santo Padre beatificá-lo, ele recebe o título de Beato da Igreja; 17 - O Postulador elege um provável milagre, ocorrido após a data da beatificação e pede a instituição do Processo Canônico. 18 - Canonização: procede-se, como na beatificação, com relação ao milagre. A Sagrada Congregação pelas Causas dos Santos, após julgamento, recomenda ao Papa a canonização do Beato. Se o Santo Padre canonizá-lo, ele recebe o título de Santo da Igreja. |
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