20 janeiro 2009

Liturgia Diária!!!

Terça-feira, dia 20 de Janeiro de 2009
Terça-feira da 2ª semana do Tempo Comum

S. Sebastião, mártir, +288, S. Fabião (ou Fabiano), papa e mártir, +250



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Aelred de Rielvaux : «O sábado foi feito para o homem»

Leituras

Heb. 6,10-20.
De facto, Deus não é injusto, para esquecer as vossas obras e o amor que
mostrastes pelo seu nome, pondo-vos ao serviço dos santos e servindo-os
ainda agora.
Desejamos, porém, que cada um de vós mostre o mesmo zelo para a plena
realização da sua esperança até ao fim,
de modo que não vos torneis preguiçosos, mas imiteis aqueles que, pela fé e
pela perseverança, se tornam herdeiros das promessas.
Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha ninguém maior por quem
jurar, jurou por si mesmo,
dizendo: Na verdade, Eu te abençoarei e multiplicarei a tua descendência.
E assim, Abraão, tendo esperado com paciência, alcançou a promessa.
Ora, os homens juram por alguém maior do que eles, e o juramento é para
eles uma garantia que põe fim a toda a controvérsia.
Por isso, querendo Deus mostrar mais claramente aos herdeiros da promessa
que a sua decisão era imutável, interveio com um juramento,
para que, graças a duas acções imutáveis, nas quais é impossível que Deus
minta, encontrássemos grande estímulo, nós os que procurámos refúgio nele,
agarrando-nos à esperança proposta.
Nessa esperança temos como que uma âncora segura e firme da alma, que
penetra até ao interior do véu
onde Jesus entrou como nosso precursor, tornando-se Sumo Sacerdote para
sempre, segundo a ordem de Melquisedec.


Salmos 111(110),1-2.4-5.9-10.
Louvarei o SENHOR de todo o coração, no conselho dos justos e na
assembleia.
Grandes são as obras do SENHOR, dignas de meditação para quem as ama.
Deixou-nos um memorial das suas maravilhas. O SENHOR é bondoso e
compassivo;
dá sustento aos que o temem e jamais se esquece da sua aliança.
Enviou a redenção ao seu povo, firmou com ele uma aliança para sempre;
santo e venerável é o seu nome.
temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; são prudentes todos os que o
praticam. O seu louvor permanece eternamente.


Marcos 2,23-28.
Ora num dia de sábado, indo Jesus através das searas, os discípulos
puseram-se a colher espigas pelo caminho.
Os fariseus diziam-lhe: «Repara! Porque fazem eles ao sábado o que não é
permitido?»
Ele disse: «Nunca lestes o que fez David, quando teve necessidade e sentiu
fome, ele e os que estavam com ele?
Como entrou na casa de Deus, ao tempo do Sumo Sacerdote Abiatar, e comeu os
pães da oferenda, que apenas aos sacerdotes era permitido comer, e também
os deu aos que estavam com ele?»
E disse-lhes: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.

O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Aelred de Rielvaux (1110-1167), monge cisterciense
Espelho da Caridade, III, cap. 3 (trad. Bellefontaine, 1992, p. 185)

«O sábado foi feito para o homem»

Quando um homem se retira do tumulto exterior para entrar no segredo do seu
coração, quando fecha a porta à multidão ruidosa das vaidades e percorre os
seus tesouros interiores, quando nada encontra em si mesmo que esteja
agitado e desordenado, nada que o atormente e o contrarie, quando tudo nele
está cheio de alegria, de harmonia, de paz e de tranquilidade; quando o
pequeno mundo dos seus pensamentos, das suas palavras e das suas obras lhe
sorri, como a família sorri ao pai numa casa onde reina a ordem e a paz;
nessa altura, surge de repente uma segurança maravilhosa. Dessa segurança
provém uma alegria extraordinária, dessa alegria resulta um canto de
satisfação e de louvor a Deus, louvor esse tanto mais fervoroso, quanto
mais claramente se compreende que tudo quanto se tem de bom é dom de
Deus.

A comemoração alegre do sábado deve ser precedida de seis dias, isto é, do
completamento das obras. Começamos por transpirar praticando as boas obras,
para em seguida descansarmos na paz da nossa consciência. Dessas obras boas
nasce a pureza da consciência, que conduz a um justo amor de si mesmo, que
nos permitirá amar o próximo como a nós mesmos (Mt 22, 39).





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