A 1.ª leitura é tirada do profeta Sofonias (Sfo 3, 1-2, 9-13. «Mas eu darei lábios puros para que todos invoquem o nome do Senhor e O sirvam de coração unânime».
A 2.ª é do evangelho segundo São Mateus (Mt 21, 28-32: «João Baptista veio até vós ensinando-vos o caminho da justiça e não acreditaste nele».
Entrando, porém, no tema sugerido, respigamos do respectivo folheto da equipa Coordenadora.
«A tradução literal desta expressão latina é Leitura Divina. É a tradução da fórmula usada por Orígenes (séc. III) – theia anágnosis -e significa Leitura das Divinas Escrituras. Santo Ambrósio foi o primeiro padre latino a usar a expressão «Lectio Divina». A Lectio é o método mais fecundo de penetrar no mistério de Deus e deve levar à oração e à contemplação. Actualmente é apresentado como um método de leitura da Escritura e também da leitura dos Padres da Igreja e dos Padres do Monaquismo. Tinha como finalidade consagrar a Deus todas as horas do dia e da noite e à transformação da própria vida. Hoje temos a Liturgia das Horas, que foi estruturada e conservada pela tradição monástica. Segundo o Cardeal Carlo Martini, sj, a Lectio é: um exercício ordenado e metódico de escuta pessoal da Palavra de Deus. Não se trata de uma leitura apressada, superficial, ou de um estudo científico da Bíblia para satisfazer a curiosidade. Muito pelo contrário, a Lectio é uma leitura atenta, numa atitude de fé e de escuta, até ao encontro íntimo e pessoal com Deus. Ler a Sagrada Escritura é um risco muito grande, porque ninguém pode ficar igual diante da sarça-ardente, a Palavra, porque Deus é um Fogo consumidor. Este método tradicional da Igreja é essencialmente pessoal, mas também pode ser feito em grupo».
Origem da «Lectio divina»
Continuamos a transcrever do referido folheto: «A leitura da Sagrada Escritura remonta à tradição hebraica e às primeiras comunidades cristãs. Mais tarde, este hábito de leitura orante continuou com os Padres e as Madres do deserto e os Padres da Igreja. Mas a Lectio Divina, como método de leitura orante, tem origem no séc. XII e está intimamente relacionado com a “teologia monástica”. Foi Guigo II, abade da grande Cartuxa, que, em 1188, iniciou e organizou este método de leitura orante da Bíblia. Já para S. Bento, a Lectio Divina é uma ocupação séria e empenhada, assídua e participada. Deve transformar a vida e tornar-se caminho de perfeição. Os textos eram proclamados em voz alta, porque a oralidade, a palavra sonora, era fundamental. Muitas vezes, os textos bíblicos também eram entoados, quer os salmos, quer os outros textos. O Cântico Gregoriano está intimamente ligado à Lectio. Mais tarde, a Lectio Divina passou a ser feita em surdina e não tinha de ser partilhada. Era simplesmente interiorizada e rezada em silêncio. A lectio era para os monges uma festa e contribuiu para manter viva, através dos séculos, a chama da contemplação.
Origem da «Lectio divina»
Continuamos a transcrever do referido folheto: «A leitura da Sagrada Escritura remonta à tradição hebraica e às primeiras comunidades cristãs. Mais tarde, este hábito de leitura orante continuou com os Padres e as Madres do deserto e os Padres da Igreja. Mas a Lectio Divina, como método de leitura orante, tem origem no séc. XII e está intimamente relacionado com a “teologia monástica”. Foi Guigo II, abade da grande Cartuxa, que, em 1188, iniciou e organizou este método de leitura orante da Bíblia. Já para S. Bento, a Lectio Divina é uma ocupação séria e empenhada, assídua e participada. Deve transformar a vida e tornar-se caminho de perfeição. Os textos eram proclamados em voz alta, porque a oralidade, a palavra sonora, era fundamental. Muitas vezes, os textos bíblicos também eram entoados, quer os salmos, quer os outros textos. O Cântico Gregoriano está intimamente ligado à Lectio. Mais tarde, a Lectio Divina passou a ser feita em surdina e não tinha de ser partilhada. Era simplesmente interiorizada e rezada em silêncio. A lectio era para os monges uma festa e contribuiu para manter viva, através dos séculos, a chama da contemplação.
Mas com o Concílio Vaticano II abriu-se novamente na Igreja uma lufada de ar fresco e uma renovada primavera da Palavra, quando se deu um fundamento teológico à centralidade da Palavra na vida da Igreja. A Constituição Dogmática Dei Verbum, sobre a Divina Revelação, recorda-nos que nas Divinas Escrituras estão sublimes doutrinas acerca de Deus, uma salutar sabedoria sobre a vida do homem e admiráveis tesouros de orações, no qual está escondido o mistério da nossa salvação.
O Concílio Vaticano II surpreende-nos quando ousa dizer: A Igreja venera as Divinas Escrituras como o próprio Corpo do Senhor. É tanta a força e a virtude que radica na palavra de Deus, que é, na verdade, apoio e vigor da Igreja, fortaleza da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual (DV, 21).
A Lectio ressurgiu como uma grande tradição antiga de extraordinária riqueza sapiencial que se havia perdido. Mas só nos anos 80 chega a todo o povo de Deus. O que o Concílio pediu às comunidades cristãs, mas especialmente aos Religiosos, foi a passagem de uma espiritualidade devocional a uma espiritualidade bíblica. A sede de Infinito dos filhos da igreja e da humanidade têm a sua Fonte na Água viva e cristalina da Palavra de Deus».
fonte: http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=7&id=111665
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