Sabado, dia 06 de Junho de 2009
Sábado da 9ª semana do Tempo Comum
São Marcelino Champagnat, presbítero, fundador, 1840
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresa de Ávila : «Ela, da sua penúria, deitou tudo»
Leituras
Tob. 12,1.5-15.20.
No fim das núpcias, Tobite chamou Tobias, seu filho, e disse-lhe: «Meu
filho, prepara o salário que deves dar ao homem que foi contigo e vê o que
será preciso juntar-lhe, como gratificação.»
Então, Tobias chamou o anjo e disse-lhe: «Toma metade de tudo o que
trouxemos como salário para ti e vai em paz.»
Então, Rafael chamou os dois à parte, e disse-lhes: «Louvai a Deus e
agradecei-lhe; exaltai-o e apregoai a todos os viventes o que fez por vós,
pois é bom louvar a Deus, exaltar o seu nome e apregoar as suas obras. Não
vos canseis de o confessar.
Se é bom guardar o segredo do rei, é coisa louvável apregoar as obras de
Deus. Fazei o bem e nada de mau vos acontecerá.
É boa a oração feita com verdade e a esmola, acompanhada pela justiça.
Melhor é pouco com justiça, do que muito com iniquidade. Melhor é dar
esmolas do que acumular tesouros,
pois a esmola livra da morte e limpa de todo o pecado. Os que praticam a
misericórdia e a justiça serão cumulados de vida.
Aqueles que cometem o pecado e a injustiça são inimigos da sua própria
vida.
Quero dizer-vos toda a verdade sem vos ocultar coisa alguma. Já vos disse
que é bom guardar os segredos do rei, mas é glorioso proclamar as obras de
Deus.
Por isso, sabei que enquanto oravas, tu e a tua nora Sara, eu apresentava
as vossas orações diante da glória do Senhor. Da mesma forma, enquanto
enterravas os mortos, eu também estava contigo.
Assim, quando, a toda a pressa, te levantaste e deixaste de comer, a fim de
sepultar aquele cadáver, eu fui enviado para pôr a tua fé à prova,
mas, ao mesmo tempo, Deus enviou-me para te curar, a ti e a Sara, tua nora.
Eu sou Rafael, um dos sete anjos que apresentam as orações dos justos e têm
lugar diante da majestade do Senhor.»
Agora, bendizei o Senhor, aqui na terra, e louvai a Deus, porque eu volto
para aquele que me enviou. Escrevei tudo o que sucedeu convosco.» Dito
isto, elevou-se.
Tob. 13,2.6-8.
«Bendito seja Deus, que vive eternamente! Bendito seja o seu reino! Porque
Ele castiga, mas usa de misericórdia, conduz aos abismos, nas profundezas
da terra, e faz sair da grande perdição; nada existe que escape à sua mão.
Quando vos converterdes a Ele, com todo o vosso coração e com toda a vossa
alma, para praticar a verdade na sua presença, Ele voltar-se-á para vós e
não vos ocultará a sua face.
Contemplai, agora, o que fez por vós, rendei-lhe graças com a vossa voz,
bendizei o Senhor da justiça e exaltai o Rei dos séculos.
Por mim, glorificá-lo-ei na terra do meu cativeiro e anunciarei a um povo
pecador o seu poder e a sua grandeza. Convertei-vos, pecadores, e praticai
a justiça diante dele; talvez tenha misericórdia de todos vós.
Marcos 12,38-44.
Continuando o seu ensinamento, Jesus dizia: «Tomai cuidado com os doutores
da Lei, que gostam de exibir longas vestes, de ser cumprimentados nas
praças,
de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e nos banquetes;
eles devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações. Esses
receberão uma sentença mais severa.»
Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava
moedas. Muitos ricos deitavam muitas.
Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões.
Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre
deitou no tesouro mais do que todos os outros;
porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou
tudo quanto possuía, todo o seu sustento.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita, Doutora da Igreja
Poema «Vivo sin vivir en mí»
«Ela, da sua penúria, deitou tudo»
Vivo sem viver em mim;e minha esperança é tal,que morro de não
morrer.Vivo já fora de mimdesde que morro de amor;pois vivo no Senhorque me quis para Si.Quando Lhe dei o
coração,nele inscreveu estas palavras:morro de não morrer.
[...]Ah! que triste é a vidaque não se alegra no
Senhor!E, se o amor é doce,não o é a longa espera;livra-me, meu Deus, desta carga,mais pesada que o aço,pois
morro de não morrer.Vivo só da confiançade que um dia
hei-de morrer,pois pela morte é a vidaque a esperança me
promete.Morte em que se ganha a vida,não tardes, que te
espero,pois morro de não morrer. Vede como é forte o amor
(Cant 8,6); ó vida, não me sobrecarregues!Vê o que apenas
resta:para te ganhar, perder-te! (Lc 9,24)Venha ela, a doce
morte!Que minha morte venha bem cedo,pois morro de não morrer.
Esta vida lá do alto,que é vida verdadeira,até que
morra a vida cá de baixoenquanto se viver não se a tem.Ó morte,
não te escondas!Que viva porque morro já,pois morro de não
morrer.Ó vida, que posso eu dara meu Deus, que vive em
mim,senão perder-te, a ti,para merecer prová-Lo!Desejo,
morrendo, obtê-Lo,pois tenho tal desejo do meu Amadoque morro
de não morrer.
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06 junho 2009
Liturgia Diária!!!
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