“João 6, 53.Então Jesus lhes disse: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. 54.Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 55.Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. 56.Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.”
“I Coríntios 11, 28.Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. 29.Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.”
1 – A Regulamentação da Liturgia cabe somente à Santa Sé conforme o Documento do Concílio Vaticano II “Sacramentum Concilium”:
“A regulamentação da Sagrada Liturgia é da competência exclusiva da autoridade da Igreja. Esta autoridade cabe à Santa Sé e, segundo as normas do Direito, ao Bispo” (SC, nº554).
2 – A presença de Cristo na Eucaristia está acima de todas as outras presenças (no irmão, no pobre, etc) e acima de todos os sacramentos:
“1374. O modo da presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos e faz dela «como que a perfeição da vida espiritual e o fim para que tendem todos os sacramentos»” Catecismo da Igreja Católica
3 – Alguns leigos, padres e falsos liturgistas tem afirmado errôneamente por aí: “celebração não é lugar de adoração” e também: “não se deve ajoelhar”... estas falas não correspondem ao que ensina a Santa Igreja, à sua doutrina e normas, mas se trata puramente de opniões pessoais sem fundamento algum nas Sagradas Escrituras ou nos documentos ou instruções da Igreja. Há várias orações na Santa Missa que nos convida à adoração: “nós vos bendizemos, nós vos adoramos...” (glória); também em várias orações eucarísticas, etc. Outro dizer comum é: “fazem da celebração uma adoração eucarística”, o que é outra grande mentira injusta, porque, só pelo fato de prestarmos um verdadeiro culto à Eucaristia nos momentos de sua estada no altar, no meio de nós, não quer dizer que fazemos de toda a celebração uma ‘adoração eucarística’. Cada coisa tem seu momento dentro da celebração, (liturgia da palavra, oração, música, etc) que deve ser vivido intensamente.
4 – O Sagrado Magistério da Igreja nos fala acerca da importância de adorar a Santa Eucaristia na Celebração:
“286. Que tipo de culto é devido ao sacramento da Eucaristia? É devido o culto de latria, isto é, de adoração reservado só a Deus quer durante a celebração eucarística quer fora dela.” Compêndio do Catecismo da Igreja Católica
“1378. Na liturgia da Missa, nós exprimimos a nossa fé na presença real de Cristo sob as espécies do pão e do vinho, entre outras maneiras, ajoelhando ou inclinando-nos profundamente em sinal de adoração do Senhor. «A Igreja Católica sempre prestou e continua a prestar este culto de adoração que é devido ao sacramento da Eucaristia, não só durante a missa, mas também fora da sua celebração...” Catecismo da Igreja Católica
“Não há, portanto, dúvida alguma de que todos os fiéis cristãos, segundo o costume que sempre vigorou na Igreja Católica, devem render a este Santíssimo Sacramento, ao venerá-lo, o culto de adoração, devido ao verdadeiro Deus. Não é, pois, menos digno de adoração pelo fato de ter sido instituído por Cristo Senhor para ser recebido como alimento (Mt26,6; Mc14,22). Cremos, de fato, que nele está presente o mesmo Deus de quem o Pai Eterno, ao introduzi-lo no mundo, disse: ‘E adorem-no todos os anjos de Deus’ (Sl96,7; Hb1,6); que os magos, prostrando-se, adoraram (Mt2,11), que a Escritura atesta que foi adorado pelos apóstolos na Galiléia (Mt28,17; Lc24,52)” Concílio de Trento -1545-, decreto sobre a Eucaristia, cap. V.
5 – Observe estas instruções do Missal Romano ao Sacerdote na hora da consagração: “Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena, fazendo genuflexão para adorá-la”. “Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e faz genuflexão para adorá-lo”. Se o padre deve se ajoelhar na consagração, porque o povo não o faria? O Missal Romano determina que nós devemos nos ajoelhar durante a consagração: “Os fiéis se ajoelhem durante a consagração, a não ser em motivo de saúde, falta de espaço, grande número de presentes ou outras causas razoáveis que não o permitam” (Nº43).
6 – Estes pretensos liturgistas afirmam que não devemos ajoelhar porque precisamos estar de pé em prontidão para a missão. Mas no Santo Evangelho, na hora do envio dos apóstolos, eles se prostram diante de Jesus!:
“Mateus 28, 17.Quando o viram, adoraram-no; entretanto, alguns hesitavam ainda. 18.Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. 19.Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 20.Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.”
Vemos que essas idéias são desculpas ridículas, pois ajoelhar-se também é estar em prontidão!
7 – Mais profundo ainda são as encíclicas dos Papas, a de João Paulo II e em especial a de Bento XVI que a escreveu logo após o Sínodo sobre a Eucaristia, onde os bispos do mundo inteiro se reuniram para meditar sobre este grande sacramento e que nos fala diretamente sobre o que estamos vivendo:
A relação intrínseca entre celebração e adoração
66. Um dos momentos mais intensos do Sínodo vivemo-lo quando fomos à Basílica de São Pedro, juntamente com muitos fiéis, fazer adoração eucarística. Com aquele momento de oração, quis a assembleia dos bispos não se limitar às palavras na sua chamada de atenção para a importância da relação intrínseca entre a celebração eucarística e a adoração. Neste significativo aspecto da fé da Igreja, encontra-se um dos elementos decisivos do caminho eclesial que se realizou após a renovação litúrgica querida pelo Concílio Vaticano II. Quando a reforma dava os primeiros passos, aconteceu às vezes não se perceber com suficiente clareza a relação intrínseca entre a Santa Missa e a adoração do Santíssimo Sacramento; uma objecção então em voga, por exemplo, partia da ideia que o pão eucarístico nos fora dado não para ser contemplado, mas comido. Ora, tal contraposição, vista à luz da experiência de oração da Igreja, aparece realmente destituída de qualquer fundamento; já Santo Agostinho dissera: « Nemo autem illam carnem manducat, nisi prius adoraverit; (...) peccemus non adorando – Ninguém come esta carne, sem antes a adorar; (...) pecaríamos se não a adorássemos ».(191) De facto, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se connosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior acto de adoração da Igreja: (192) receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d'Aquele que comungamos. Precisamente assim, e apenas assim, é que nos tornamos um só com Ele e, de algum modo, saboreamos antecipadamente a beleza da liturgia celeste. O acto de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica. Com efeito, « somente na adoração pode maturar um acolhimento profundo e verdadeiro. Precisamente neste acto pessoal de encontro com o Senhor amadurece depois também a missão social, que está encerrada na Eucaristia e deseja romper as barreiras não apenas entre o Senhor e nós mesmos, mas também, e sobretudo, as barreiras que nos separam uns dos outros »
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL SACRAMENTUM CARITATIS DE SUA SANTIDADE BENTO XVI AO EPISCOPADO, AO CLERO ÀS PESSOAS CONSAGRADAS E AOS FIÉIS LEIGOS SOBRE A EUCARISTIA FONTE E ÁPICE DA VIDA E DA MISSÃO DA IGREJA.
8 – Estes leigos ou religiosos que falam o contrário do que a Igreja diz devem, ser ouvidos? A quem obedecer? A eles ou à Igreja? Já Pedro e os Apóstolos nos ensinaram: “Importa obedecer antes a Deus do que aos homens” Atos dos Apóstolos 5,29. Vamos seguir ideologias de procedencia duvidosa ou a verdadeira fé católica? Procure o seu padre ou seu bispo e não se deixe manipular por essas idéias heréticas.
“Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é o Senhor!” Filipenses 2,10-11
Alessandro Silva
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