Primeira parte da catequese do Papa Bento XVI
sobre Santa Brígida
Catequese de Bento XVI sobre Santa Brígida da Suécia
QUARTA-FEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2010
Queridos
irmãos e irmãs,
na
fervorosa vigília do Grande Jubileu do Ano 2000, o Venerável Servo de Deus João Paulo IIproclamou Santa Brígida da Suécia copadroeira
de toda a Europa. Nesta manhã, desejo apresentar a figura, a mensagem, e as
razões pelas quais essa santa mulher tem muito a ensinar – ainda hoje – à
Igreja e ao mundo.

Podemos
distinguir dois períodos na vida desta santa.
O primeiro é caracterizado pela sua condição de mulher alegremente casada. O marido chamava-se Ulf e era governador de um importante distrito do reino da Suécia. O matrimônio durou 28 anos, até a morte de Ulf. Nasceram oito filhos, dos quais a segunda, Karin (Catarina), é venerada como santa. Isso é um sinal eloquente do compromisso educativo de Brígida em relação a seus próprios filhos. Além disso, a sua sabedoria pedagógica foi apreciada a tal ponto que o rei da Suécia, Magnus, chamou-a à corte durante um certo período, com a missão de introduzir a sua jovem esposa, Bianca de Namur, na cultura sueca.
O primeiro é caracterizado pela sua condição de mulher alegremente casada. O marido chamava-se Ulf e era governador de um importante distrito do reino da Suécia. O matrimônio durou 28 anos, até a morte de Ulf. Nasceram oito filhos, dos quais a segunda, Karin (Catarina), é venerada como santa. Isso é um sinal eloquente do compromisso educativo de Brígida em relação a seus próprios filhos. Além disso, a sua sabedoria pedagógica foi apreciada a tal ponto que o rei da Suécia, Magnus, chamou-a à corte durante um certo período, com a missão de introduzir a sua jovem esposa, Bianca de Namur, na cultura sueca.
Brígida, espiritualmente conduzida
por um douto religioso que a iniciou no estudo das escrituras, exerceu uma
influência muito positiva sobre a sua família que, graças à sua presença,
tornou-se uma verdadeira "igreja doméstica". Juntamente com o marido,
adotou a Regra dos Terciários franciscanos. Praticava com generosidade obras de
caridade em favor dos indigentes; fundou também um hospital. Próximo à sua
esposa, Ulf aprendeu a melhorar o seu caráter e a progredir na vida cristã. Ao
retornar de uma longa peregrinação a Santiago de Compostela, feita em 1341
juntamente com outros membros da família, os esposos amadureceram o projeto de
viver em continência; mas, pouco tempo depois, na paz de um mosteiro ao qual
havia se retirado, Ulf concluiu a sua vida terrena.
Esse primeiro período da
vida de Brígida ajuda-nos a apreciar aquela que hoje podemos definir como
uma autêntica "espiritualidade
conjugal": unidos, os esposos cristãos podem percorrer um caminho de
santidade, sustentados pela graça do Sacramento do Matrimônio. Não poucas
vezes, exatamente como aconteceu na vida de Santa Brígida e Ulf, é a mulher
que, com a sua sensibilidade religiosa, com a delicadeza e a doçura pode fazer
o marido percorrer um caminho de fé. Penso com reconhecimento em tantas
mulheres que, dia após dia, ainda hoje iluminam as próprias famílias com o seu
testemunho de vida cristã. Possa o Espírito do Senhor suscitar também hoje a
santidade dos esposos cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do matrimônio
vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, o auxílio recíproco, a fecundidade na geração e na
educação dos filhos, a abertura e a solidariedade com relação ao mundo, a
participação na vida da Igreja.
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