06 fevereiro 2009

Liturgia Diária!!!

Sexta-feira, dia 06 de Fevereiro de 2009
Sexta-feira da 4ª semana do Tempo Comum

Santos Paulo Miki, Pedro Batista e companheiros, mártires, +1597



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Beda o Venerável : João Baptista, mártir da verdade

Leituras

Heb. 13,1-8.
Que permaneça a caridade fraterna.
Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o
saberem, hospedaram anjos.
Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos que são
maltratados, porque também vós tendes um corpo.
Seja o matrimónio honrado por todos e imaculado o leito conjugal, pois Deus
julgará os impuros e os adúlteros.
Vivei sem avareza, contentando-vos com o que possuís, porque o próprio Deus
disse: Não te deixarei nem te abandonarei.
Assim, podemos dizer confiadamente:O Senhor é o meu auxílio;não temerei;
que poderá fazer-me um homem?
Recordai-vos dos vossos guias, que vos pregaram a palavra de Deus; observai
o êxito da sua conduta e imitai a sua fé.
Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e pelos séculos.


Salmos 27,1.3.5.8-9.
O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte
da minha vida: quem me assustará?
Ainda que um exército me cerque, o meu coração não temerá. Mesmo que me
declarem a guerra, ainda assim terei confiança.
No dia da adversidade, Ele me abrigará na sua cabana; há-de esconder me no
interior da sua tenda e colocar-me no alto de um rochedo.
O meu coração murmura por ti, os meus olhos te procuram; é a tua face que
eu procuro, SENHOR.
Não desvies de mim o teu rosto, nem afastes, com ira, o teu servo. Tu és o
meu amparo: não me rejeites nem abandones, ó Deus, meu salvador!


Marcos 6,14-29.
O rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois o seu nome se tornara célebre; e
dizia-se: «Este é João Baptista, que ressuscitou de entre os mortos e, por
isso, manifesta-se nele o poder de fazer milagres»;
outros diziam: «É Elias»; outros afirmavam: «É um profeta como um dos
outros profetas.»
Mas Herodes, ouvindo isto, dizia: «É João, a quem eu degolei, que
ressuscitou.»
Na verdade, tinha sido Herodes quem mandara prender João e pô-lo a ferros
na prisão, por causa de Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão, que ele
desposara.
Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter contigo a mulher do teu
irmão.»
Herodíade tinha-lhe rancor e queria dar-lhe a morte, mas não podia,
porque Herodes temia João e, sabendo que era homem justo e santo,
protegia-o; quando o ouvia, ficava muito perplexo, mas escutava-o com
agrado.
Mas chegou o dia oportuno, quando Herodes, pelo seu aniversário, ofereceu
um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e aos principais da
Galileia.
Tendo entrado e dançado, a filha de Herodíade agradou a Herodes e aos
convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei.»
E acrescentou, jurando: «Dar-te-ei tudo o que me pedires, nem que seja
metade do meu reino.»
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?» A mãe respondeu: «A cabeça
de João Baptista.»
Voltando a entrar apressadamente, fez o seu pedido ao rei, dizendo: «Quero
que me dês imediatamente, num prato, a cabeça de João Baptista.»
O rei ficou desolado; mas, por causa do juramento e dos convidados, não
quis recusar.
Sem demora, mandou um guarda com a ordem de trazer a cabeça de João. O
guarda foi e decapitou-o na prisão;
depois, trouxe a cabeça num prato e entregou-a à jovem, que a deu à mãe.
Tendo conhecimento disto, os discípulos de João foram buscar o seu corpo e
depositaram-no num sepulcro.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Beda o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja
Homilia 23 (livro 2); CCL 122, 354, 356-357 (trad. Orval)

João Baptista, mártir da verdade

Não há qualquer dúvida de que São João Baptista sofreu a prisão pelo nosso
Redentor, que precedeu pelo seu testemunho, de que foi por Ele que deu a
vida. O seu perseguidor não lhe pediu para negar Cristo, mas para calar a
verdade, Contudo, foi por Cristo que morreu. Com efeito, Cristo disse
acerca d'Ele mesmo: «Eu sou a verdade» (Jo 14,6). Se pela verdade derramou
o seu sangue, então foi por Cristo. Nascendo, João testemunhou que Cristo
iria nascer; pregando, testemunhou que Cristo iria pregar; baptizando, que
Ele iria baptizar. Sofrendo primeiro a sua Paixão, significou que o próprio
Cristo a sofreria [...]

Este homem tão grande chegou, então, ao fim da sua vida pelo derramamento
do seu sangue, depois de um longo e penoso cativeiro. Ele, que anunciou a
boa nova da liberdade de uma paz superior, foi lançado na prisão pelos
ímpios. Foi fechado na obscuridade de um cárcere, ele que veio para dar
testemunho da luz [...]. Pelo seu próprio sangue é baptizado aquele a quem
foi dado baptizar o Redentor do mundo, ouvir a voz do Pai dirigindo-se a
Cristo, e ver descer sobre Ele a graça do Espírito Santo.

O apóstolo Paulo efectivamente disse-o: «Porque a vós vos é dado por
Cristo, não somente que creais n'Ele, mas ainda que por Ele padeçais» (Fil
1,29). E, se disse que sofrer por Cristo é um dom dos Seus eleitos, é
porque, como diz noutra parte: «Tenho como coisa certa que os sofrimentos
do tempo presente nada são em comparação com a glória que há-de revelar-se
em nós» (Rom 8,18).




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"Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da Luz" Rm 13,12
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