16 fevereiro 2009

Liturgia Diária!!!

Segunda-feira, dia 16 de Fevereiro de 2009
Segunda-feira da 6ª semana do Tempo Comum

Beato José Allamano, presbítero, fundador, +1926



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Hilário : «Por que pede esta geração um sinal?»

Leituras

Gén. 4,1-15.25.
Adão conheceu Eva, sua mulher. Ela concebeu e deu à luz Caim, e disse:
«Gerei um homem com o auxílio do Senhor.»
Depois, deu também à luz Abel, irmão de Caim. Abel foi pastor, e Caim,
lavrador.
Ao fim de algum tempo, Caim apresentou ao Senhor uma oferta de frutos da
terra.
Por seu lado, Abel ofereceu primogénitos do seu rebanho e as suas gorduras.
O Senhor olhou com agrado para Abel e para a sua oferta,
mas não olhou com agrado para Caim nem para a sua oferta. Caim ficou muito
irritado e andava de rosto abatido.
O Senhor disse a Caim: «Porque estás zangado e de rosto abatido?
Se procederes bem, certamente voltarás a erguer o rosto; se procederes mal,
o pecado deitar-se-á à tua porta e andará a espreitar-te. Cuidado, pois ele
tem muita inclinação para ti, mas deves dominá-lo.»
Entretanto, Caim disse a Abel, seu irmão: «Vamos ao campo.» Porém, logo que
chegaram ao campo, Caim lançou-se sobre o irmão e matou-o.
O Senhor disse a Caim: «Onde está o teu irmão Abel?» Caim respondeu: «Não
sei dele. Sou, porventura, guarda do meu irmão?»
O Senhor replicou: «Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama da
terra até mim.
De futuro, serás amaldiçoado pela terra, que, por causa de ti, abriu a boca
para beber o sangue do teu irmão.
Quando a cultivares, não voltará a dar-te os seus frutos. Serás vagabundo e
fugitivo sobre a terra.»
Caim disse ao Senhor: «A minha culpa é excessivamente grande para ser
suportada.
Expulsas-me hoje desta terra; obrigado a ocultar-me longe da tua face,
terei de andar fugitivo e vagabundo pela terra, e o primeiro a encontrar-me
matar-me-á.»
O Senhor respondeu: «Não! Se alguém matar Caim, será castigado sete vezes
mais.» E o Senhor marcou-o com um sinal, a fim de nunca ser morto por quem
o viesse a encontrar.
Adão conheceu de novo a sua mulher, que teve um filho, e deu-lhe o nome de
Set, dizendo: «Porque Deus concedeu-me outro no lugar de Abel, morto por
Caim.»


Salmos 50,1.8.16-17.20-21.
O SENHOR, Deus dos deuses, falou e convocou os habitantes da terra, desde o
nascente até ao poente.
Não te repreendo por causa dos teus sacrifícios; os teus holocaustos estão
sempre na minha presença.
Ao pecador, Deus declara: "Porque andas sempre a falar da minha lei e
trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos e rejeitas as minhas palavras?
Sentas te a falar contra o teu irmão e difamas o filho da tua própria mãe.
Tens feito tudo isto. Poderei Eu calar me? Pensavas que Eu era igual a ti?
Vou chamar te a julgamento e lançar te


Marcos 8,11-13.
Apareceram os fariseus e começaram a discutir com Ele, pedindo-lhe um sinal
do céu para o pôr à prova.
Jesus, suspirando profundamente, disse: «Porque pede esta geração um sinal?
Em verdade vos digo: sinal algum será concedido a esta geração.»
E, deixando-os, embarcou de novo e foi para a outra margem.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Hilário (v. 315-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja
A Santíssima Trindade, livro 12, 52-53 (trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, Mediaspaul 1988, t. 1, p. 19)

«Por que pede esta geração um sinal?»

Pai Santo, Deus Todo Poderoso [...], quando levanto para o Teu céu a fraca
luz dos meus olhos, posso duvidar de que é o Teu céu? Quando contemplo o
caminho das estrelas, o seu regresso no ciclo anual, quando vejo as
Plêiades, a Ursa Menor e a Estrela da Manhã e considero como cada uma
brilha no lugar que lhe foi assinalado, compreendo, ó Deus, que Tu estás
aí, nesses astros que eu não compreendo. Quando vejo «as belas ondas do
mar» (Sl 92,4), não compreendo a origem dessas águas, não compreendo sequer
o que põe em movimento os seus fluxos e refluxos regulares, e no entanto,
creio que existe uma causa – certamente impenetrável para mim – para estas
realidades que ignoro, e também aí eu pressinto a Tua presença.

Se volto o meu espírito para a terra, que, pelo dinamismo das forças
escondidas, decompõe todas as sementes que acolheu no seu seio, as faz
germinar lentamente e as multiplica, e depois lhes permite crescerem, não
encontro nada que possa compreender com a minha inteligência; mas esta
ignorância ajuda-me a discernir-Te a Ti, porque, se não conheço a natureza
posta ao meu serviço, reencontro-Te, no entanto, pelo facto de ela estar lá
para minha utilização.

Se me volto para mim, a experiência diz-me que não me conheço a mim próprio
e admiro-Te tanto mais quanto sou para mim um desconhecido. De facto, mesmo
que não os possa compreender, tenho a experiência dos movimentos do meu
espírito que julga, destas operações, da sua vida, e esta experiência a Ti
a devo, a Ti que me deste a partilhar esta natureza sensível que faz a
minha felicidade, mesmo que a sua origem esteja para além da minha
inteligência. Eu não me conheço a mim próprio, mas dentro de mim
encontro-Te e, ao encontrar-Te, adoro-Te.




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