Terça-feira, dia 03 de Março de 2009
Terça-feira da 1ª semana da Quaresma
S. Marino, centurião romano, mártir, +260
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João da Cruz : «Rezai, pois, assim»
Leituras
Is. 55,10-11.
Assim como a chuva e a neve descem do céu, e não voltam mais para lá, senão
depois de empapar a terra, de a fecundar e fazer germinar, para que dê
semente ao semeador e pão para comer,
o mesmo sucede à palavra que sai da minha boca: não voltará para mim vazia,
sem ter realizado a minha vontade e sem cumprir a sua missão.
Salmos 34(33),4-5.6-7.16-17.18-19.
Enaltecei comigo o SENHOR; exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o SENHOR e Ele respondeu me, livrou me de todos os meus temores.
Aqueles que o contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o SENHOR, Ele atende o e liberta o das suas
angústias.
Os olhos do SENHOR estão voltados para os justos e os seus ouvidos estão
atentos ao seu clamor.
A ira do SENHOR volta se contra os malfeitores, para apagar da terra a sua
memória.
Os justos clamaram e o SENHOR atendeu os e livrou os das suas angústias.
O SENHOR está perto dos corações contritos e salva os espíritos abatidos.
Mateus 6,7-15.
Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições,
porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos.
Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais
antes de vós lho pedirdes.»
«Rezai, pois, assim:'Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu
nome,
venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, como no Céu, assim também na
terra.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia;
perdoa as nossas ofensas, como nós perdoámos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal.'
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai
celeste vos perdoará a vós.
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai
vos não perdoará as vossas.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João da Cruz (1542-1591), carmelita, Doutor da Igreja
A Subida do Carmelo III, 43/44 (trad. cf. Ed. Seuil 1947, p. 462 e OC, Ed. Cerf 1990, p. 895)
«Rezai, pois, assim»
De tudo o que diz respeito à oração e a exercícios de devoção,
detenhamo-nos apenas nos ritos, ou maneiras de rezar, ensinados por Cristo.
É evidente que, quando os discípulos pediram a Nosso Senhor que os
ensinasse a rezar (Lc 11, 1), Ele disse-lhes certamente tudo o que era
necessário para serem atendidos pelo Pai eterno, cuja vontade conhecia
perfeitamente. Ora, não lhes ensinou senão os sete pedidos do Pai Nosso, no
qual está contida a expressão de todas as nossas necessidades corporais e
espirituais. Não lhes ensinou uma quantidade de orações e de cerimónias;
pelo contrário, disse-lhes noutra ocasião que não multiplicassem as
palavras, ao rezar, porque o nosso Pai do Céu sabe muito bem aquilo de que
temos necessidade.
A única coisa que lhes recomendou, com a mais viva insistência, foi que
perseverassem na oração, ou seja, na recitação do Pai Nosso. Porque também
disse: «É necessário rezar sempre e nunca se cansar» (Lc 18, 1). Assim, Ele
não nos ensinou a multiplicar os pedidos, mas a tornar a fazê-los, muitas
vezes, com fervor e atenção. Porque, repito, estes pedidos do Pai Nosso
encerram tudo o que está de acordo com a vontade de Deus e tudo o que nos é
útil. Aí está por que razão, quando o Mestre divino por três vezes Se
dirigiu ao Pai eterno, em cada uma delas repetiu as mesmas palavras do Pai
Nosso, como reportam os Evangelistas: «Meu Pai, se este cálice não pode
passar sem que Eu o beba, faça-se a Tua vontade!» (Mt 26, 42).
Quanto aos ritos que devemos seguir na oração, Cristo deu-nos apenas dois:
ou «entrar no quarto mais secreto» (Mt 6, 6); ali, longe de todo o ruído e
com toda a liberdade, podemos rezar com um coração mais puro e mais
despreocupado [...]. Ou então procurar locais solitários, como Ele próprio
fazia, para aí orar nas horas mais favoráveis e mais silenciosas da noite
(Lc 6, 12).
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03 março 2009
Liturgia Diária!!!
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