06 novembro 2017

6º Dia - NOVENA MEDITATIVA A SÃO LEÃO MAGNO



Sermões de São Leão Magno sobre a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo – parte 1


Texto extraído do livro "Sermões" de São Leão Magno da Editora Paulus.


(...) Creio em Deus Pai todo poderoso e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, concebido pelo poder do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria.
Estes três artigos destroem as invenções de quase todos os hereges.

Quem crê em Deus, onipotente e Pai, demonstra ser o Filho sempiterno como ele, em nada diferente do Pai, porque Deus de Deus, onipotente do onipotente, nasceu coeterno do eterno. Não é posterior no tempo, nem inferior em poder, nem desigual em glória, nem separado quanto à essência.

O mesmo sempiterno Filho unigênito de um sempiterno Genitor nasceu pelo poder do Espírito Santo e de Maria Virgem. Tal nascimento temporal em nada diminuiu sua eterna e divina natividade, nada lhe acrescentou.

Entregou-se totalmente em prol da redenção do homem que fora seduzido, a fim de vencer a morte e destroçar por sua própria virtude o diabo que possuía o império da morte. Não poderíamos vencer o pecado e o autor da morte a não ser que assumisse nossa natureza e a fizesse sua, aquele a quem o pecado não pôde contaminar, nem a morte reter.
Visto que foi concebido por virtude do Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, esta o deu à luz conservando intata a virgindade, como seu detrimento da virgindade o concebera.

(...) “Eis a virgem que concebe e dá à luz um filho ao qual dará o nome de Emanuel, que quer dizer ‘Deus conosco’ (Is 7,14; Mt 1,23). Com fé teria lido as palavras do mesmo profeta: “Eis nasceu-nos um menino, um filho nos foi dado, sobre cujos ombros está o principado e cujo nome é: Admirável conselheiro, Deus forte, Pai perpétuo, Príncipe da paz” (Is 7,5). Não proferiria palavras vãs afirmando que o Verbo se fez carne de sorte que Cristo nascido do seio da Virgem tivesse a condição externa de homem, mas não a verdadeira carne da mãe. Acaso julgou que nosso Senhor Jesus Cristo não era de nossa natureza porque o anjo enviado à bem-aventurada sempre Virgem Maria disse: “virá sobre ti o Espírito Santo e a potência do Altíssimo te recobrirá, e por isso também o santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35).

Assim a concepção da Virgem teria sido obra divina, mas a carne concebida não era da natureza de quem a concebeu.

Mas, essa geração singularmente maravilhosa e maravilhosamente singular não deve ser entendida como se, por uma nova espécie de criação, fossem supressas as qualidades do gênero humano.

O Espírito Santo deu fecundidade à Virgem, no entanto, a constituição do corpo originou-se do corpo (virginal). Ao “construir a Sabedoria sua casa para si” (Pr 9,1), o “Verbo fez-se carne e habitou entre nós” (Jo 1,14), isto é, no corpo assumido de uma carne humana ao qual animou com o sopro de vida racional.




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