18 agosto 2008

Liturgia Diária!!!

Segunda-feira, dia 18 de Agosto de 2008
Beato Alberto Hurtado Cruchaga, presbítero, +1952, Santa Helena, mãe do imperador Constantino, +328



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Clemente de Alexandria : «Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5, 3)

Leituras

Ezeq. 24,15-24.
Foi-me dirigida a palavra do SENHOR, nestes termos:
"Filho de homem, vou tirar-te de repente aquela que é a alegria dos teus
olhos; mas tu não deverás lamentar-te, nem chorar, nem derramar lágrimas.
Suspira em silêncio, não guardes o luto habitual pelos defuntos; conserva o
turbante na cabeça, calça as sandálias, não cubras o rosto e não comas pão
ordinário."
Falei ao povo na parte da manhã. À tarde, minha mulher morria; e eu, na
manhã do dia seguinte, fiz como me tinha sido ordenado.
E o povo disse-me: "Não queres dizer-nos o que significa para nós aquilo
que fizeste?"
E eu respondi-lhes: "A palavra do SENHOR foi-me dirigida nestes termos:
Diz à casa de Israel: 'Assim fala o Senhor DEUS: Eis que vou profanar o meu
santuário, o orgulho da vossa força, as delícias dos vossos olhos e a
paixão das vossas vidas. Os vossos filhos e filhas que deixastes cairão ao
fio da espada.
Então, fareis o que Eu fiz. Não cobrireis o vosso rosto e não comereis pão
ordinário.
Com o turbante na cabeça e as sandálias calçadas, não vos lamentareis e não
chorareis; mas consumir-vos-eis nas vossas iniquidades e gemereis uns para
os outros.
Ezequiel será para vós um sinal: fareis como ele fez, quando isto
acontecer. Então, reconhecereis que Eu sou o Senhor DEUS.


Deut. 32,18-19.20.21.
Desprezaste o Rochedo que te gerou, e esqueceste o Deus que te formou.
O Senhor viu isso e irritou-se, provocado por seus filhos e filhas.
E disse: 'Vou esconder deles a minha face, verei qual será o seu futuro,
porque eles são uma geração rebelde, filhos em quem não se pode confiar.
Fazem-me ciúmes com o que não é Deus, irritam-me com seus ídolos vãos. Eu é
que lhes farei ciúmes com um que não é povo, com uma nação insensata os
irritarei.'


Mateus 19,16-22.
Aproximou-se dele um jovem e disse-lhe: «Mestre, que hei-de fazer de bom,
para alcançar a vida eterna?»
Jesus respondeu-lhe: «Porque me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só.
Mas, se queres entrar na vida eterna, cumpre os mandamentos.»
«Quais?» perguntou ele. Retorquiu Jesus: Não matarás, não cometerás
adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho,
honra teu pai e tua mãe; e ainda: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Disse-lhe o jovem: «Tenho cumprido tudo isto; que me falta ainda?»
Jesus respondeu: «Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá o
dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.»
Ao ouvir isto, o jovem retirou-se contristado, porque possuía muitos bens.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Clemente de Alexandria (150-c.215), teólogo
Homilia: «Os ricos salvar-se-ão?»

«Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5, 3)

Não se trata de rejeitar os bens susceptíveis de ajudar o próximo. É da
natureza das posses serem possuídas; como é da natureza dos bens difundir o
bem; Deus destinou-os ao bem-estar dos homens. Os bens estão nas nossas
mãos como ferramentas, como instrumentos dos quais retiramos bom uso, se
soubermos manipulá-los. [...] A natureza fez das riquezas escravas, e não
senhoras. Não se trata, pois, de as depreciar porque, em si mesmas, não são
boas nem más, mas perfeitamente inocentes. Só de nós depende o uso, bom ou
mau, que delas fizermos; o nosso espírito, a nossa consciência, são
inteiramente livres para disporem à sua vontade dos bens que lhes foram
confiados. Destruamos, pois, não os nossos bens, mas a cobiça que lhes
perverte o uso. Quando nos tivermos tornado virtuosos, saberemos usá-los
com virtude. Compreendamos que esses bens dos quais nos mandam
desfazermo-nos são os desejos desregrados da alma. [...] Nada lucrais em
largar o dinheiro que tendes, se continuardes a ser ricos em desejos
desregrados. [...]Eis de que forma concebe o Senhor o uso dos bens
exteriores: temos de nos desfazer, não de um dinheiro que nos permite
viver, mas das forças que nos levam a usá-lo mal, ou seja, das doenças da
alma. [...] Temos de purificar a nossa alma, isto é, de a tornar pobre e
nua, para nesse estado ouvirmos o chamamento do Salvador: «Vem e segue-Me».
Ele é o caminho que percorre aquele que tem o coração puro. [...] Este
considera que a fortuna, o ouro, a prata, as casas que possui, que tudo
isso são graças de Deus, e mostra-Lhe o seu reconhecimento socorrendo os
pobres com os seus próprios fundos. Ele sabe que possui esses bens, mais
para os irmãos do que para si mesmo; longe de se tornar escravo das suas
riquezas, é mais forte do que elas; não as encerra na sua alma. [...] E, se
um dia o dinheiro lhe desaparecesse, aceitaria a ruína com a felicidade dos
melhores dias. É esse o homem, afirmo eu, que Deus considera bem-aventurado
e a quem chama «pobre em espírito» (Mt 5, 3), herdeiro certo do Reino dos
Céus, que está fechado àqueles que não souberam desprender-se da sua
opulência.




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