25 agosto 2008

Liturgia Diária!!!

Segunda-feira, dia 25 de Agosto de 2008
S. José de Calasanz, presbítero, educador, +1648, S. Luís (IX), rei de França, +1270, Beato Miguel de Carvalho, presbítero, mártir, +1624



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Cardeal John Henry Newman : Voltar a Deus com arrependimento verdadeiro

Leituras

2 Tess. 1,1-5.11-12.
Paulo, Silvano e Timóteo à Igreja de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus
Cristo, que está em Tessalónica.
Graça e paz a vós da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.
Devemos dar continuamente graças a Deus por vós, irmãos, como é justo, pois
que a vossa fé cresce extraordinariamente e a caridade recíproca
superabunda em cada um e em todos vós,
a ponto de nós próprios nos gloriarmos de vós nas igrejas de Deus, pela
vossa constância e fé em todas as perseguições e tribulações que suportais.

Elas são o indício do justo juízo de Deus, para que sejais considerados
dignos do reino de Deus pelo qual padeceis.
Eis por que oramos continuamente por vós: para que o nosso Deus vos torne
dignos da vocação e, com o seu poder, a vossa vontade de bem e a actividade
da vossa fé atinjam a plenitude,
de modo que seja glorificado em vós o nome de Nosso Senhor Jesus e vós
nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.


Salmos 96(95),1-2.2-3.4-5.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, terra inteira!
Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome, proclamai, dia após dia, a sua
salvação.
Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome, proclamai, dia após dia, a sua
salvação.
Anunciai aos pagãos a sua glória e a todos os povos, as suas maravilhas.
Porque o SENHOR é grande e digno de louvor, mais temível que todos os
deuses.
Os deuses dos pagãos não valem nada; foi o SENHOR quem criou os céus.


Mateus 23,13-22.
Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque fechais aos homens
o Reino do Céu! Nem entrais vós nem deixais entrar os que o querem fazer.
Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que devorais as casas das
viúvas, com o pretexto de prolongadas orações! Por isso, sereis mais
rigorosamente julgados.
Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que percorreis o mar e a
terra para fazer um prosélito e, depois de o terdes seguro, fazeis dele um
filho do inferno, duas vezes pior do que vós!
Ai de vós, guias cegos, que dizeis: 'Se alguém jura pelo santuário, isso
não tem importância; mas, se jura pelo ouro do santuário, fica sujeito ao
juramento.'
Insensatos e cegos! Que é o que vale mais? O ouro ou o santuário, que
tornou o ouro sagrado?
Dizeis ainda: 'Se alguém jura pelo altar, isso não tem importância; mas, se
jura pela oferta que está sobre o altar, fica sujeito ao juramento.'
Cegos! Qual é o que vale mais? A oferta ou o altar, que torna sagrada a
oferta?
Portanto, jurar pelo altar é o mesmo que jurar por ele e por tudo o que
está sobre ele;
jurar pelo santuário é jurar por ele e por aquele que nele habita;
jurar pelo Céu é jurar pelo trono de Deus e por aquele que nele está
sentado.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Cardeal John Henry Newman (1801-1890), sacerdote, fundador de comunidade religiosa, teólogo
PPS vol. 5, n°22

Voltar a Deus com arrependimento verdadeiro

O sentimento da presença de Deus não é apenas o fundamento da paz numa
consciência recta; é também o fundamento da paz no arrependimento. À
primeira vista, pode parecer estranho que o arrependimento do pecador
produza nele conforto e paz. É certo que o evangelho promete transformar
toda a dor em alegria; temos, pois, de nos alegrar até na dor, na fraqueza
e no desprezo. Gloriamo-nos «também nas tribulações [...] porque o amor de
Deus foi derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo, que nos foi
concedido», diz o Apóstolo Paulo (Rom 5, 3-5). Mas, se há dor que pode
parecer um mal absoluto, que continua a ser um mal no reinado do evangelho,
é claramente a consciência de não termos correspondido ao evangelho. Se há
momento em que a presença do Altíssimo pode parecer-nos intolerável, é o
momento em que tomamos subitamente consciência de termos sido ingratos e
rebeldes para com Ele.

E, contudo, não há arrependimento verdadeiro que não seja acompanhado pelo
pensamento de Deus. O homem arrependido pensa em Deus no seu coração,
porque O procura; e procura-O porque é movido pelo amor. É por isso que a
própria dor de ter ofendido a Deus deve ser acompanhada por uma certa
doçura, a doçura do amor. O que é o arrependimento, senão o impulso do
coração, que nos leva a entregar-nos a Deus, quer para o perdão, quer para
a correcção, a amar a Sua presença por si mesma, a preferir a correcção que
Dele provém ao repouso e à paz que o mundo poderia oferecer-nos sem Ele?
Enquanto vivia nos campos, com os porcos, o filho pródigo sentia dor, mas
não se sentia arrependido; limitava-se a ter remorsos. Quando, porém,
começou a sentir-se verdadeiramente arrependido, levantou-se, voltou para
junto do pai, a quem confessou que pecara, libertando assim o coração da
sua miséria. O remorso, aquilo a que o Apóstolo Paulo chama «a tristeza do
mundo», produz a morte (2Cor 7, 10). Em vez de voltarem para junto da fonte
da vida, do Deus da consolação, aqueles que estão cheios de remorsos
limitam-se a revolver as próprias ideias, sem conseguirem confiar a ninguém
a dor que sentem. [...] Precisamos de conforto para o nosso coração, a fim
de que ele saia das trevas e abandone a tristeza. [...] Mas só a presença
de Deus pode ser para nós refúgio verdadeiro.




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"Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da Luz" Rm 13,12
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