19 agosto 2008

Olimpíadas: Oportunidade de uma grande confraternização


Dr. Frei Antônio Moser


Existem várias maneiras de ler a história da humanidade. Uma delas é a partir dos guerreiros e das guerras. Sempre de novo se fala da Primeira e da Segunda Guerra. Ademais, em algum lugar sempre explodem conflitos, mais ou menos intensos, mais ou menos prolongados.
Outra maneira de ler a mesma história é pelo ângulo das buscas de uma conciliação. Os tratados de paz também são marcos importantes, embora se limitem a certas regiões e a um certo tempo. É interessante notar que, quando se trata das mais diversas competições esportivas, as competições raramente se transformam em ponto de partida para um conflito.
Ora, as olimpíadas se constituem exatamente em marcos permanentes, porque ocorrem com uma periodicidade, sempre de novo renovada e porque envolvem um sempre maior número de nações. Se isto é verdade a propósito de qualquer esporte, se faz mais verdadeiro ainda quando se pensa nas olimpíadas.
De fato, desde o seu surgimento em 776 A.C., até 393, quando foram suspensos pelo Imperador Teodósio, os jogos olímpicos sempre levantaram uma bandeira de paz. E desde sua retomada em 1896 até nossos dias houve apenas 3 interrupções: 1916, 1940 e 1944, exatamente em razão das grandes guerras. E se formos buscar eventuais "tragédias" ocorridas durante as olimpíadas, vamos encontrar bem poucas na proporção dos atentados ocorridos em Munique em 1972.
Todas estas constatações já são mais do que suficientes para nos conduzir a algumas conclusões. A primeira delas é que as olimpíadas, como tantas outras competições esportivas, se constituem numa antítodo contra a guerra, segunda: sobretudo em nossos dias com a impressionante cobertura de todos os eventos pelos mais variados meios de comunicação, as olimpíadas se apresentam como excelente oportunidade de se vivenciar uma grande confraternização.
É evidente que para este último objetivo em pouco contribuem informações e notícias que ressaltam unilateralmente aspectos negativos da nação que acolhe os atletas. Infelizmente violência, poluição, corrupção, pobreza e produtos pirateados encontram-se em toda parte. Tudo depende para que lado voltamos nossas câmeras.Esperamos que nossa mídia contribua para ressaltar as belezas e valores, mais do que para encontrar defeitos. Quem deseja contribuir para a fraternidade deve, antes de mais nada, limpar suas lentes.

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